Questõessobre Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

1
1
Foram encontradas 1140 questões
3f54250f-fc
UFT 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Ainda sobre a interpretação do texto I, assinale a alternativa CORRETA.

Texto I
Empatia, o sentimento que pode mudar a sociedade

      Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista.
      Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil não é dos países mais empáticos do mundo. Sim, somos conhecidos pela alegria e pela hospitalidade, mas quando falamos em se colocar no lugar do outro e tentar entender o que ele sente, ainda estamos muito longe do ideal. [...] Mas o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial.

Afinal, o que é empatia?
      A empatia é, em termos simples, a habilidade de se colocar no lugar do outro. Por exemplo, se você, leitor, escuta uma história sobre uma criança que teve muitos problemas de saúde, que vem de uma família muito pobre, e se comove, é possível ter dois tipos de emoção: o dó, que é a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. “É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas”, explica Rodrigo Scaranari, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. E é uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada. Para Rodrigo, o exercício passa pelo autoconhecimento: para compreender a emoção do outro, é preciso conhecer e entender o que se passa dentro da própria cabeça. [...]
      Mas por que nos colocamos no lugar do outro? Para o psicólogo, psicanalista e professor João Ângelo Fantini, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a empatia seria “uma forma de restabelecer um contato com um objeto de amor perdido, uma parte incompreendida do sujeito”. Enxergamos no outro uma humanidade compartilhada, sentimentos que também temos e que são aplicados em situações completamente diferentes. Por reconhecermos nós mesmos no próximo, temos empatia. [...]

Um caminho desde a infância

      Para reverter o cenário de crianças que crescem cada vez mais centradas em si mesmas e nos próprios problemas como reflexo da sociedade atual, a ONG (Organização Não Governamental) americana Roots of Empathy (Raízes da Empatia) atua em escolas tentando ensinar os pequenos a se colocar no lugar do outro. Uma vez por mês, durante nove meses, uma sala de aula recebe um bebê e sua família, além de um instrutor, para que as crianças acompanhem o crescimento da confiança e dos laços emocionais de outras pessoas. Frequentemente, eles começam a enxergar nos colegas emoções que aprenderam com os instrutores.
       Os resultados desse experimento são crianças menos agressivas, que combatem o bullying por entender como o outro se sente, e que têm inteligência emocional mais apurada, entendendo as próprias emoções. O programa é internacional, mas o ensino da empatia pode ser feito de diversas outras maneiras.
       A servidora pública Clara Fagundes, 32 anos, por exemplo, considera importante estimular a filha, Helena, 3 anos, a conviver harmonicamente com os outros e com o meio ambiente. Fez questão de escolher para a pequena uma escola que seguisse os mesmos valores apreciados por ela. “Minha mãe já era muito adepta ao diálogo comigo nos anos 1980, mas, hoje em dia, há tantas outras questões que não são discutidas, como a do desperdício”, cita Clara.
        A festa de aniversário de Helena foi na escola. Não produziram lixo, não foram usados enfeites descartáveis. As crianças ajudaram na organização e em toda a decoração: até as mais velhas, que não a conheciam, ajudaram. Além disso, em vez de receber um presente de cada colega, a aniversariante ganhou apenas um presente coletivo, feito pelos próprios colegas: uma casinha de papelão. Sem egoísmo, todos brincaram com o presente e, no fim, Helena levou à sua casa.
[...]
Fonte: SCARANARI, Rodrigo. Disponível em:
<http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-esaude/2017/01/04/internas_cienciaesaude,682928/empatia-o-sentimento-quepode-mudar-a-sociedade.shtml> Acesso em: 06 fev. 2019 (adaptado).
A
Empatia e dó são considerados sinônimos e podem ser substituídos um pelo outro no terceiro parágrafo.
B
Bullying e empatia apresentam uma relação semântica de sinonímia no primeiro parágrafo.
C
Intolerância e bullying estão numa relação semântica de contrariedade no primeiro parágrafo.
D
Dó e simpatia podem estar em uma relação semântica de sinonímia no terceiro parágrafo.
ac8e996f-d8
IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Ortografia, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Parônimos e Homônimos

Metaformose é uma palavra criada pela autora, provavelmente a partir de outra forma parônima: metamorfose. Observe como se deu o processo de formação de metamorfose:


meta (prefixo grego, “mudança) + morfo (radical grego, “forma”) + ose (sufixo grego, “ação, processo”)


A partir das informações acima e do significado da palavra formoso, o sentido provável do neologismo metaformose é:

Leia o poema abaixo, de Valéria Paz de Almeida, para responder à questão.



Metaformose



A palavra atravessa

a máscara pálida da emoção

e instiga o reflexo ofuscante da criação.


Através da forma formosa

da disforme forma

da alomorfia da metáfora

crio e recrio

o empírico

o impuro

o imperene.


Até o nada

me alucina

me fertiliza.

Niilismo lírico

da existência metamórfica

que me desgasta

e se engasta na palavra.


Essa palavra que atravessa

o corpo silente

e explode e se expande

como o cosmo

metaformoso.



ALMEIDA, Valéria Paz de. In: CEREJA, W. R.;
(MAGALHÃES, T. C. Gramática reflexiva: texto, semântica e
interação. 4. ed. São Paulo: Atual, 2013. p. 93).


A
Processo de transformação da beleza com o passar dos anos.
B
Processo de mudança da forma e, ao mesmo tempo, da beleza.
C
Processo de mudança da forma e, ao mesmo tempo, de envelhecimento.
D
Processo de transformação que torna algo (ou alguém) formoso.
E
Processo de transformação do feio em bonito.
ac7fe7bb-d8
IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

O trecho Grande parte do que sobrou foi degradado pela derrubada de árvores ou queimadas poderia ser substituído, sem perda de sentido, pela seguinte alternativa:

Texto 1


Os cinco maiores problemas ambientais do
mundo e suas soluções


Poluição do ar, desmatamento, extinção de espécies, degradação do solo e superpopulação representam grandes ameaças que devem ser resolvidas para que o planeta continue sendo um lar para todas as espécies.

(…)

Desmatamento

O problema: florestas ricas em espécies estão sendo destruídas, especialmente nos trópicos, para muitas vezes abrir espaço para criação de gado, plantações de soja ou de óleo de palma, ou para outras monoculturas agrícolas. Cerca de 30% da área terrestre do planeta é coberta por florestas – isso é cerca de metade do que existia antes de o início da agricultura, 11 mil anos atrás. Cerca de 7,3 milhões de hectares de floresta são destruídos a cada ano, principalmente nos trópicos.
Florestas tropicais costumavam cobrir cerca de 15% da área terrestre do planeta. Atualmente elas cobrem de 6% a 7%. Grande parte do que sobrou foi degradado pela derrubada de árvores ou pelas queimadas. As florestas naturais não atuam apenas como reservas da biodiversidade, elas também são reservatórios, que mantêm o carbono fora da atmosfera e dos oceanos.
Soluções: conservar o que resta das florestas naturais e recuperar as áreas degradadas com o replantio de espécies arbóreas nativas. Isso exige um governo forte – só que muitos países tropicais ainda estão em desenvolvimento, têm populações crescentes, carecem de um Estado de Direito e sofrem com nepotismo generalizado e corrupção quando se trata do uso da terra.

(...)

Disponível em: noticias.uol.com.br/ciencia-e-saude. Acesso em: 26 out. 2016.
A
Grande parte do que sobrou foi alterado pelo deslocamento de árvores ou queimadas.
B
Grande parte do que sobrou foi graduado pela dispersão de árvores ou queimadas.
C
Grande parte do que sobrou foi rebaixado pela eliminação de árvores ou queimadas.
D
Grande parte do que sobrou foi destituído pela destituição de árvores ou queimadas.
E
Grande parte do que sobrou foi deteriorado pelo abatimento de árvores ou queimadas.
30059bb7-fc
PUC - RS 2017 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta sobre a composição e o conteúdo do texto.

INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto.


Adaptado de: SILVA, Gislene. O imaginário rural do leitor urbano: o sonho mítico da casa no campo. UFSC, Brasil. Disponível em: https://bjr.sbpjor.org.br/bjr/article/view/200.

A
Não nos causa inquietações a vida nas cidades porque sabemos que nelas estão as mais belas construções da humanidade.
B
“Sair do meio rural rumo ao meio urbano” (linhas 05 e 06) equivale, na história natural do homem, a passar “da vida selvagem para a civilizada” (linhas 07 e 08).
C
O argumento de autoridade (linhas 11 a 14) poderia servir como uma resposta para a pergunta feita nas linhas 09 a 11.
D
Os termos “fascínio” (linha 19) e “encantamento” (linha 23) são sinônimos e, no texto, são provocados pelo mesmo referente.
ba3cad6e-fb
FGV 2012 - Português - Interpretação de Textos, Formas nominais do verbo (particípio, gerúndio, infinitivo), Adjetivos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Tendo em vista o contexto, sobre os seguintes trechos, só NÃO é correto afirmar:

Texto para a questão.



A
"era tido e havido" (L. 01 e 02): trata-se de uma repetição com valor enfático.
B
"meus cinco, meus seis anos" (L. 01): expressa ideia de aproximação.
C
"Bocage fidedigno" / "verdadeiro Bocage" (L. 13 e 14): embora sinônimos, os adjetivos foram usados com sentidos diferentes.
D
"justiça se lhe faça" (L. 02): pode ser considerada uma construção na voz passiva sintética.
E
"correndo (...), matando-se, agonizando, rilhando" (L. 17): apenas o primeiro gerúndio dá ideia de continuidade.
ba3415e9-fb
FGV 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A expressão "Nero de fita de cinema" (L. 05) tem a finalidade de, principalmente,

Texto para a questão.



A
expressar um paradoxo, semelhante ao da expressão "anjo de boca suja".
B
opor-se, quanto ao sentido, a "proporções feéricas de um Drácula".
C
mostrar a popularidade do menino que falava palavrões.
D
traduzir a admiração que o autor nutria pelo seu vizinho.
E
reforçar a ideia contida em "anticristo da rua".
a383aeee-f2
IFAL 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dentre estas afirmações, há uma errada. Assinale-a.

TEXTO 4

Família

Três meninos e duas meninas,
sendo uma ainda de colo.
A cozinheira preta, a copeira mulata,
o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.

A espreguiçadeira, a cama, a gangorra,
o cigarro, o trabalho, a reza,
a goiabada na sobremesa de domingo,
o palito nos dentes contentes,
o gramofone rouco toda noite
e a mulher que trata de tudo.

O agiota, o leiteiro, o turco,
o médico uma vez por mês,
o bilhete todas as semanas
branco! mas a esperança sempre verde.
A mulher que trata de tudo
e a felicidade.

Carlos Drummond de Andrade. Sentimento do Mundo.
Rio de Janeiro: Record, 1999.
A
Ainda que referente às crianças, a ordem numérica decrescente no primeiro verso do poema sugere uma relação familiar em que o homem é o único que exerce o poder.
B
O verso “a goiabada de domingo na sobremesa” tem o mesmo sentido do verso “a goiabada na sobremesa de domingo”.
C
O verso “o gramofone rouco toda noite” mantém o sentido se for reescrito da seguinte maneira: “o gramofone rouco todas as noites”.
D
O vocábulo “tudo”, em todos as estrofes, expressa uma contradição em relação ao plano secundário a que a mulher está relegada na família patriarcal; apesar da aparente sujeição, é ela quem está à frente de todas as coisas, inclusive da felicidade da qual o marido desfruta.
E
Na última estrofe, os dois primeiros versos insinuam causas para a ação sugerida no terceiro verso, a de comprar um bilhete lotérico semanalmente.
a370e498-f2
IFAL 2016 - Português - Por que- porque/ porquê/ por quê, Interpretação de Textos, Ortografia, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Problemas da língua culta, Crase, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa correta.


TEXTO 3


NADA COMO UMA BOA BRIGA

(Duda Teixeira)


COM TODO MUNDO lendo nas redes sociais somente as notícias que corroboram seus preconceitos, os debates entre políticos ganharam uma utilidade pública ainda maior. Ao confrontarem ideias opostas, eles revelam fragilidades e silenciam os radicalismos ancorados na internet. Na segunda-feira, 26, a refrega verbal entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos à Presidência dos Estados Unidos, estendeu-se por noventa minutos. O republicano Trump escorregou ao dizer que não pode divulgar sua declaração de imposto de renda e ao negar ter sido a favor da Guerra do Iraque. A democrata Hillary não explicou por que passou a criticar os tratados de livre- comércio, os quais sempre defendeu. À vista de todos, nenhuma mentira ficou impune. As afirmações foram conferidas simultaneamente por equipes de jornalistas. Abastecido por eles, o moderador, Lester Holt, da NBC, interpelou várias vezes os dois rivais sobre as falsidades que tinham acabado de dizer. A transparência e a rapidez deixaram tudo mais empolgante e atraíram 84 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Apesar do risco de corrigir algo que esteja certo, a checagem dos fatos em tempo real entusiasmou canais de televisão brasileiros, que pensam em reproduzir a iniciativa. Ficou a impressão de que, na era da polarização virtual, a democracia não perdeu vigor, como se especula aqui e ali. Está apenas sendo reinventada.

Veja. Ed. 2498, de 5 de outubro de 2016. p. 39.

A
O “a” em “candidatos à Presidência dos Estados Unidos” (l. 9) continuaria acentuado, se escrevêssemos “Presidente” em vez de “Presidência”.
B
Por estar explicando, a expressão “por que” (l. 13) deve ser grafada assim: “porque”.
C
Se substituíssemos a expressão “nenhuma mentira” (l. 15-16) por “mentira alguma”, a frase ficaria com o mesmo sentido.
D
Tanto faz escrever “espectadores” (l. 23) ou “expectadores”: as duas palavras são sinônimas.
E
Paralização” escreve-se com “z”, tal qual “polarização” (l. 28).
a352948b-f2
IFAL 2016 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

“Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei.” A frase manter-se-ia com sentido equivalente se, em vez da palavra grifada, se utilizasse um vocábulo que lhe fosse sinônimo, tal qual

TEXTO 1


“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”

(Douglas Belchior)


       Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.

       Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.

      Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”

      Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! " 


(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)

A
desvalorizado
B
mulato
C
excluído
D
mestiço
E
pobre
c14389b4-f2
Esamc 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em “O sistema de C&T brasileiro foi forjado lentamente durante décadas com forte presença do Estado”, a palavra sublinhada:

A asfixia da Ciência e Tecnologia brasileira


    Nos últimos dois anos o sistema brasileiro de ciência e tecnologia (C&T) tem sofrido ataques constantes. Um dos mais fortes foi, sem dúvida, a aprovação do projeto de emenda constitucional (PEC 241/55) que limita os gastos do governo para os próximos anos. Segundo economistas mais críticos, tal medida não trata de uma agenda de crescimento, mas de um projeto de longo prazo de desmonte do Estado de bem-estar social brasileiro. 

    As reduções orçamentárias para atuação tanto do Ministério da Educação (MEC) como do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) podem ter efeitos de longo prazo desastrosos, ajudando a ampliar o hiato entre a nossa produção científica e a fronteira mundial. Justamente o contrário do que tem sido feito na China nos últimos anos. Enquanto em Terra Brasilis há cortes em C&T, a China investe pesadamente em atividades científicas e consegue dar saltos fantásticos, obviamente com ativa atuação do governo central.

    O sistema de C&T brasileiro foi forjado lentamente durante décadas com forte presença do Estado. Nos anos 1950 foram criados o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e na década seguinte a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), cada qual com sua missão. Tais órgãos ajudaram a dar as disposições institucionais do sistema brasileiro de C&T contemporâneo. Sistema este que apresenta sim muitas lacunas que dificultam a geração de sinergias e a ampliação das oportunidades inovativas domésticas, porém nenhum especialista em sã consciência recomendaria seu desmonte [...].

    No bojo das ações referentes aos cortes gigantescos no orçamento de C&T, no início de agosto, o comunicado da Capes sobre a possível interrupção do pagamento das bolsas de pesquisa, a partir de 2019, causou estremecimento na comunidade científica brasileira. Apesar disso, o que presenciamos tem sido pouco ou nenhum posicionamento da mídia tradicional, a qual, pelo contrário, tem atacado sobremaneira a comunidade científica brasileira.

    [...] Sabemos que não há “receita” para a superação do subdesenvolvimento, porém, a experiência histórica das estratégias desenvolvimentistas de muitas nações desde a primeira revolução industrial mostra que a C&T importa. Aliás, não só importa, mas é essencial para a ruptura do atraso. As conquistas científicas empurram a fronteira do conhecimento e ajudam a prover respostas e soluções para os desafios impostos pela sociedade, sejam estes econômicos, relacionados à saúde, bem-estar da população e ao meio-ambiente. A superação do subdesenvolvimento de diferentes nações demandou, portanto, investimentos pesados, sobretudos públicos, em pesquisa científica e tecnológica. Infelizmente, em Terra Brasilis, fala-se de C&T como algo secundário…

    Algo que pode ser facilmente substituído pela aquisição de máquinas, equipamentos e conhecimentos produzidos e enlatados no exterior.

(VIEIRA, Karina Pereira e CHIARINI, Tulio. A asfixia da Ciência e Tecnologia brasileira.

Publicado em 10 ago. 2018. Disponível em: https://diplomatique.org.br/ a-asfixia-da-ciencia-e-tecnologia-brasileira/. Acesso em: 19 ago. 2018.)

A
é aplicada ironicamente, para destacar a fragilidade do sistema de C&T brasileiro.
B
tem dupla leitura, quando lida no contexto global do artigo: fabricado e inventado.
C
usada na voz passiva, marca o caráter vitimista da área de C&T, insensível à economia.
D
tem sentido denotativo, ao representar o investimento em C&T por meio da metafórica forja do metal.
E
restringe-se a explicar como foi o paulatino e recente investimento em C&T no Brasil.
c14f3d3d-f2
Esamc 2018 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

O trecho “ampliação das oportunidades inovativas domésticas” poderia ser reescrito, sem prejuízo de sentido, em:

Releia o excerto a seguir, para a questão.


    Tais órgãos ajudaram a dar as disposições institucionais do sistema brasileiro de C&T contemporâneo. Sistema este que apresenta sim muitas lacunas que dificultam a geração de sinergias e a ampliação das oportunidades inovativas domésticas.

A
maximização das possibilidades de inovação simples.
B
maximização das condições de incremento nacional.
C
aumento das possibilidades de inovação nacional.
D
aumento das possibilidades de inovação simples.
E
crescimento das condições para incrementos simples.
dc6c099d-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a alternativa em que a inversão dos termos implica na alteração semântica da expressão.

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
Muralha alta.
B
Chapéu cônico.
C
Grande construtor.
D
Políticos hesitantes.
E
Força arquitetônica.
dc42c6d8-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa cujo verbo está empregado em sentido figurado.

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
defender (linha 04)
B
galgar (linha 07)
C
caminhar (linha 08)
D
chocar (linha 42).
E
voar (linha 44).
dc39ca2e-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa cujo termo pertence ao mesmo campo semântico de “sólida” (linha 11).

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
solidária.
B
solitária.
C
solidão.
D
solidéu.
E
solidez.
dc36ca4f-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Assinale a alternativa em que as frases O bem-te-vi chama. Vou ao terraço. O bem-te-vi mergulha em voo rasante foram unidas respeitando o mesmo sentido do texto (linha 28).

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
O bem-te-vi chama, mas, embora eu vá ao terraço, ele mergulha em voo rasante.
B
Como o bem-te-vi chama, vou ao terraço, mas ele mergulha em voo rasante.
C
O bem-te-vi chama, mas mergulha em voo rasante, portanto vou ao terraço.
D
O bem-te-vi chama, mas mergulha em voo rasante, caso eu vá ao terraço.
E
Como vou ao terraço, o bem-te-vi chama, mas mergulha em voo rasante.
dc20b62b-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

O termo “fustigava” (linha 22) tem, no texto, sentido contrário ao da alternativa:

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
roçava.
B
açoitava.
C
golpeava.
D
castigava.
E
vergastava.
dc1a4215-fa
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Assinale a alternativa cujo termo equivale semanticamente a “compacta” (linha 07)

COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996, p. 130-132. 

A
dispersa.
B
contrita.
C
escassa.
D
contrita.
E
unida.
c18f6411-f9
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Advérbios, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto, Morfologia

O trecho “Perdemos, enfim, a chance de realmente conhecermos uns aos outros.” (linha 19) pode ser reescrito sem alteração de sentido:


TURKLE, Sherry. Mensagens de texto deixam você solitário. Superinteressante. Disponível em: . Acesso em 11 jan. 2014.


Com base no texto 2, responda à questão.

A
enfim, perdemos a chance de verdadeiramente conhecermos uns aos outros.
B
enfim, evidentemente perdemos a chance de conhecermos uns aos outros.
C
enfim, realmente perdemos a chance de conhecermos uns aos outros.
D
perdemos, enfim, a real chance de conhecermos uns aos outros.
E
perdemos, enfim, a chance de nos conhecermos pessoalmente.
c18c6a3d-f9
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe

A expressão “desde que” (linha 07) equivale, quanto ao sentido, a:


TURKLE, Sherry. Mensagens de texto deixam você solitário. Superinteressante. Disponível em: . Acesso em 11 jan. 2014.


Com base no texto 2, responda à questão.

A
à medida que.
B
contanto que.
C
depois que.
D
visto que.
E
logo que.
c192c1f4-f9
UFC 2014 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o trecho “Estamos deixando de ter conversações para ter meras conexões” (linha 17), é correto afirmar que:


TURKLE, Sherry. Mensagens de texto deixam você solitário. Superinteressante. Disponível em: . Acesso em 11 jan. 2014.


Com base no texto 2, responda à questão.

A
o termo conexões faz referência a relações mais complexas, cara a cara.
B
o termo conversações está relacionado ao envio de mensagens editadas.
C
o termo conexões é definido como uma relação e não uma companhia ilusória.
D
 o termo meras deixa entrever que ter conversações é melhor que ter conexões.
E
o termo meras deixa claro que conexões são relações mais exigentes que conversações.