Questõessobre Redação - Reescritura de texto
Azeite de oliva e óleo de linhaça: uma dupla imbatível
Rico em gorduras do bem, ela combate a obesidade,
dá um chega pra lá no diabete e ainda livra o coração
de entraves
Ninguém precisa esquentar a cabeça caso não seja
possível usar os dois óleos juntinhos, no mesmo dia.
Individualmente, o duo também bate um bolão. Segundo
um estudo recente do grupo EurOlive, formado por
instituições de cinco países europeus, os polifenóis do
azeite de oliva ajudam a frear a oxidação do colesterol
LDL, considerado perigoso. Quando isso ocorre, reduz-se
o risco de placas de gordura na parede dos vasos,
a temida aterosclerose - doença por trás de encrencas
como o infarto.MANARINI, T. Saúde é vital, n. 347, fev. 2012 (adaptado).
Para divulgar conhecimento de natureza científica para um
público não especializado, Manarini recorre à associação
entre vocabulário formal e vocabulário informal. Altera-se
o grau de formalidade do segmento no texto, sem alterar
o sentido da informação, com a substituição de
Rico em gorduras do bem, ela combate a obesidade, dá um chega pra lá no diabete e ainda livra o coração de entraves
Essa voz atua com muita força, mas muitos de nós
acabam por se desviar dela.
Outra formulação para a frase acima, que seja clara e
correta e que não prejudique o sentido original, é
Essa voz atua com muita força, mas muitos de nós acabam por se desviar dela.
Outra formulação para a frase acima, que seja clara e correta e que não prejudique o sentido original, é
Assinale a alternativa em que o período, reescrito com base
nas informações do texto, está correto quanto ao emprego
da vírgula.
Leia o texto para responder às questões de números 122 a 125.
Nuvens contêm uma quantidade impressionante de água. Mesmo as pequenas podem reter um volume de 750 km³ de água e, se calcularmos meio grama de água por metro cúbico, essas minúsculas gotas flutuantes podem formar verdadeiros lagos voadores.
Imagine a situação de um agricultor que observa, planando sobre os campos ressecados, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar sua lavoura e deixar um bom saldo, mas que, em vez disso, produzem apenas algumas gotas antes de desaparecer no horizonte. É essa situação desesperadora que leva o mundo todo a gastar milhões de dólares todos os anos tentando controlar a chuva.
Nos Estados Unidos, a tendência de extrair mais umidade do ar vem aumentando em mais um ano de secas severas. Em boa parte das planícies centrais e do sudoeste do país, os níveis de chuva, desde 2010, têm diminuído entre um e dois terços, com impacto direto nos preços do milho, trigo e soja. A Califórnia, fonte de boa parte das frutas e legumes que abastecem o país, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas. Em fevereiro, o Serviço Nacional do Clima divulgou que o estado tem uma chance em mil de se recuperar logo. Produtores de amêndoas estão preocupados com suas plantações por falta de umidade, e até a água potável está ameaçada.
(Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa
e sem alterar os sentidos do texto, a frase final pode ser reescrita
da seguinte forma:
Leia o texto para responder às questões de números 122 a 125.
Nuvens contêm uma quantidade impressionante de água. Mesmo as pequenas podem reter um volume de 750 km³ de água e, se calcularmos meio grama de água por metro cúbico, essas minúsculas gotas flutuantes podem formar verdadeiros lagos voadores.
Imagine a situação de um agricultor que observa, planando sobre os campos ressecados, nuvens contendo água mais que suficiente para salvar sua lavoura e deixar um bom saldo, mas que, em vez disso, produzem apenas algumas gotas antes de desaparecer no horizonte. É essa situação desesperadora que leva o mundo todo a gastar milhões de dólares todos os anos tentando controlar a chuva.
Nos Estados Unidos, a tendência de extrair mais umidade do ar vem aumentando em mais um ano de secas severas. Em boa parte das planícies centrais e do sudoeste do país, os níveis de chuva, desde 2010, têm diminuído entre um e dois terços, com impacto direto nos preços do milho, trigo e soja. A Califórnia, fonte de boa parte das frutas e legumes que abastecem o país, ainda deve recuperar-se de uma seca que deixou seus reservatórios com metade da capacidade e áreas sem gelo perigosamente reduzidas. Em fevereiro, o Serviço Nacional do Clima divulgou que o estado tem uma chance em mil de se recuperar logo. Produtores de amêndoas estão preocupados com suas plantações por falta de umidade, e até a água potável está ameaçada.
(Scientific American Brasil, julho de 2014. Adaptado)
Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de rede
foi inadequada.
Examine as quatro possibilidades de reescrever a frase destacada
para evitar a repetição desnecessária da forma verbal foi.
I. Uma das conclusões do estudo aponta que a infraestrutura
de rede foi inadequada.
II. Uma das conclusões do estudo foi a inadequação da estrutura
de rede.
III. A estrutura de rede foi inadequada, conforme uma das conclusões
do estudo.
IV. Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de
rede foi considerada inadequada.
As frases que evitam a repetição da forma verbal foi estão contidas
apenas em
Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de rede foi inadequada.
Examine as quatro possibilidades de reescrever a frase destacada para evitar a repetição desnecessária da forma verbal foi.
I. Uma das conclusões do estudo aponta que a infraestrutura de rede foi inadequada.
II. Uma das conclusões do estudo foi a inadequação da estrutura de rede.
III. A estrutura de rede foi inadequada, conforme uma das conclusões do estudo.
IV. Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de rede foi considerada inadequada. As frases que evitam a repetição da forma verbal foi estão contidas apenas em
As questões de números 16 a 20 tomam por base uma reportagem de Antônio Gois publicada em 03.02.2012 pelo jornal Folha de S.Paulo.
Laptop de aluno de escola pública tem problemas
Estudo feito pela UFRJ para o governo federal mostra que o programa UCA (Um Computador por Aluno), implementado em 2010 em seis municípios, esbarrou em problemas de coordenação, capacitação de professores e adequação de infraestrutura.
O programa piloto do MEC forneceu 150 mil laptops de baixo custo a professores e alunos de cerca de 300 escolas públicas. Às cidades foram prometidas infraestrutura para acesso à internet e capacitação de gestores e professores.
Uma das conclusões do estudo foi que a infraestrutura de rede foi inadequada. Em cinco cidades, os avaliadores identificaram que os sinais de internet eram fracos e instáveis tanto nas escolas quanto nas casas e locais públicos.
A pesquisa mostra que os professores se mostravam entusiasmados no início, mas, um ano depois, 70% relataram não ter contado com apoio para resolver problemas técnicos e 42% disseram usar raramente ou nunca os laptops em tarefas pedagógicas.
Em algumas cidades, os equipamentos que davam defeito ficaram guardados por falta de técnicos que soubessem consertá-los.
Além disso, um quinto dos docentes ainda não havia recebido capacitação, e as escolas não tinham incorporado o programa em seus projetos pedagógicos.
Um dos pontos positivos foi que os alunos passaram a ter mais domínio de informática. O programa foi mais eficiente quando as escolas que permitiram levar o laptop para casa.
Foram avaliadas Barra dos Coqueiros (SE), Santa Cecília
do Pavão (PR), São João da Ponta (PA), Terenos (MS) e Tiradentes
(MG). Os autores do estudo não deram entrevista.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as possibilidades de reescrita do trecho das linhas 04 a 08.
I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
I. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.
A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as possibilidades de reescrita do trecho das linhas 04 a 08.
I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
I. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.
A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto
Entre o espaço público e o privado
02 ressignificam o único espaço que lhes foi permitido
03 ocupar, o espaço público, transformando-o em
04 seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados pelos
05 ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no
06 asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas
07 como se estivessem dentro de uma casa: assim vivem
08 os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São
09 Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas calçadas,
10 passando por situações constrangedoras, pedindo
11 esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das
12 pessoas que fazem da rua sua casa e nela constroem
13 sua intimidade. Assim, a ideia de individualização que
14 está nas casas, na separação das coisas por cômodos
15 e quartos que servem para proteger a intimidade do
16 indivíduo, ganha outro sentido. O viver nas ruas, um
17 lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica
18 de funcionamento, que vai além das possibilidades.
19 A relação que o homem estabelece com o
20 espaço que ocupa é uma das mais importantes para
21 sua sobrevivência. As mudanças de comportamento
22 social foram sempre precedidas de mudanças físicas
23 de local. Por mais que a rua não seja um local para
24 viver, já que se trata de um ambiente público, de
25 passagem e não de permanência, ela acaba sendo,
26 senão única, a mais viável opção. Alguns pensadores
27 já apontam que a habitação é um ponto base e
28 adquire uma importância para harmonizar a vida.
29 O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
30 de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas
31 e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis
32 e invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’,
33 ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa
34 existência à vista de outras pessoas”.
35 O modo como essas pessoas constituem o único
36 espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram
37 transformá-lo em “seu lugar”, que aproximaram, cada
38 um à sua maneira, dois mundos nos quais estamos
39 inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono.
(fragmento adaptado) In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/
ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp.
Acesso em 21/8/2014.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise
as possibilidades de reescrita da última frase do
texto 3 (linhas 29 a 32).
I. Assim, somos cada um de nós agentes morais e,
sendo inviável que alguém censure a opinião de
um agente moral, todas as decisões éticas que
tomamos em primeira pessoa, são inalienáveis.
II. Nessa linha de pensamento, todo indivíduo é um
agente moral, e as decisões éticas são sempre
tomadas em primeira pessoa, não se admitindo a
apropriação indevida da voz de um agente moral.
III. De acordo com essa concepção, cada um de nós
é um agente moral cuja voz não deve ser tolhida,
porque todas as decisões éticas são particulares e
intransferíveis, não podendo pois ser alienadas.
A(s) proposta(s) que mantém / mantêm o sentido e a
correção da frase original é/são
I. Assim, somos cada um de nós agentes morais e, sendo inviável que alguém censure a opinião de um agente moral, todas as decisões éticas que tomamos em primeira pessoa, são inalienáveis.
II. Nessa linha de pensamento, todo indivíduo é um agente moral, e as decisões éticas são sempre tomadas em primeira pessoa, não se admitindo a apropriação indevida da voz de um agente moral.
III. De acordo com essa concepção, cada um de nós é um agente moral cuja voz não deve ser tolhida, porque todas as decisões éticas são particulares e intransferíveis, não podendo pois ser alienadas.
A(s) proposta(s) que mantém / mantêm o sentido e a correção da frase original é/são
O período Quando já tínhamos achado as respostas, mudaram a pergunta. constitui uma
reestruturação de “Quando achamos as respostas, mudaram a pergunta”. (l.11-12), sem alterar a
semântica do texto.
Assinale a alternativa em que a reformulação do trecho transcrito entre parênteses implique erro ou mudança de sentido.
O PEIXE NEMO E O MAIS MÉDICOS
Rogério Cezar de Cerqueira Leite
1º § A indústria farmacêutica apresenta uma característica peculiar. Ela vende para um, o doente, que é quem paga, mas quem escolhe o medicamento é outro, o médico.
2º § Essa condição fez com que a indústria farmacêutica internacional desenvolvesse uma estratégia “sui generis” que, não obstante, imita um comportamento comum entre animais inferiores, a simbiose.
3º § Observo em meu aquário o peixe-palhaço percola Nemo colher um vôngole e levá-lo à boca de “sua” anêmona, antes mesmo que ele próprio se alimente. Em troca, recebe da anêmona – um animal com tentáculos venenosos – proteção contra eventuais predadores. Essa troca de favores chamamos simbiose.
4º § A promoção de medicamentos se faz de porta em porta, nos consultórios médicos. Todo mundo sabe que os inúmeros congressos médicos nos mais pitorescos locais do mundo, de Paris a Cancun, são patrocinados pelas empresas produtoras de medicamentos, inclusive com passagens e estadia pagas.
5º § O que não era percebido até recentemente é a importância e o volume de recursos repassados diretamente a médicos como remuneração pela promoção de medicamentos. Pois bem, embora sejam esses recursos diminutos em comparação com os gastos globais dessas empresas com propaganda, em que se incluem as conferências técnico-turísticas, elas ultrapassam só nos Estados Unidos uma centena de milhões de dólares por ano.
6º § E onde fica a ética? E o ensinamento de Hipócrates? A prática quotidiana e a necessidade de sobrevivência geram padrões de comportamento que, por sua vez, estabelecem dogmas, tabus, que enfim são incorporados como princípios éticos à cultura de cada sociedade.
7º § Aos poucos, os médicos acabam por sepultar sua própria percepção dos conflitos de interesse que regem essa maléfica simbiose. Três empresas multinacionais do setor farmacêutico foram há pouco multadas e 18 de seus funcionários presos na China por adotarem essa prática.
8º § Recentemente, o médico britânico e Nobel de medicina Richard J. Roberts acusou as farmacêuticas de evitar a cura em prol da dependência, um fato já conhecido. Se você cura o doente, você deixa de faturar. Se você simplesmente o mantém vivo, você fatura indefinidamente. Uma estratégia também adotada por animais parasitas. Quantas corporações médicas denunciaram essa condição maléfica?
9º § Médicos e suas associações já se opuseram, se não publicamente, pelo menos nos bastidores, a iniciativas positivas do Estado. Isso ocorreu com a instalação do SUS e com as poucas iniciativas de produção de medicamentos em laboratórios estatais. Agora acontece com o programa Mais Médicos, que, para as condições atuais da saúde no Brasil, é imprescindível. Tudo que pareça interferir com a tradicional simbiose médico-produtoras de medicamentos, mesmo que tangencialmente, passa a ser hostilizado.
10º § Quantos dos médicos que se declaram contra o programa repudiaram ofertas de passagens e estadias em gostosas conferências? Quantos colocam o interesse da sociedade brasileira acima dos seus próprios e de sua corporação?
(Extraído de: Folha de S.Paulo, 19 nov. 2013.)
(O que não era percebido até recentemente é a importância e o volume de recursos repassados diretamente a médicos como remuneração pela promoção de medicamentos. – 5º §)
(A indústria farmacêutica apresenta uma característica peculiar. – 1º §)
(Se você cura o doente, você deixa de faturar. – 8º §)
(Tudo que pareça interferir com a tradicional simbiose médico-produtoras de medicamentos, mesmo que tangencialmente, passa a ser hostilizado. – 9º §)
O trecho “é difícil determinar sua posição quanto ao futuro da Igreja na Revolução” (L.9-10) pode ser substituído corretamente por quanto ao futuro da Igreja, é difícil determinar, na Revolução, a posição de Robespierre.
Com base no texto acima, julgue os itens de 23 a 32.
Seriam mantidas a correção gramatical e a interpretação original do texto, se o trecho “os gestos que se esperam dele” (L.17) fosse reescrito como os gestos lhe são esperados.
Considerando o texto acima e aspectos a ele relacionados, julgue os itens de 17 a 22.
Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO pode ser substituído pelo termo entre parênteses por alterar o sentido original do texto.
Somos uma sociedade injusta e segregacionista
O fenômeno dos centenas de rolezinhos que ocuparam shoppings centers no Rio e em São Paulo suscitaram as mais disparatadas interpretações. (...)
Eu, por minha parte, interpreto da seguinte forma tal irrupção:
Em primeiro lugar, são jovens pobres, das grandes periferias, sem espaços de lazer e de cultura, penalizados por serviços públicos ausentes ou muito ruins como saúde, escola, infra-estrutura sanitária, transporte, lazer e segurança. Veem televisão cujas propagandas os seduzem para um consumo que nunca vão poder realizar. E sabem manejar computadores e entrar nas redes sociais para articular encontros. Seria ridículo exigir deles que teoricamente tematizem sua insatisfação.
Mas sentem na pele o quanto nossa sociedade é malvada porque exclui, despreza e mantém os filhos e filhas da pobreza na invisibilidade forçada. O que se esconde por trás de sua irrupção? O fato de não serem incluídos no contrato social. Não adianta termos uma "constituição cidadã" que neste aspecto é apenas retórica, pois implementou muito pouco do que prometeu em vista da inclusão social. Eles estão fora, não contam, nem sequer servem de carvão para o consumo de nossa fábrica social (Darcy Ribeiro). Estar incluído no contrato social significa ter garantidos os serviços básicos: saúde, educação, moradia, transporte, cultura, lazer e segurança. Quase nada disso funciona nas periferias. O que eles estão dizendo com suas penetrações nos bunkers do consumo? "Oia nóis na fita"; "nois não tamo parado";"nóis tamo aqui para zoar"(incomodar). Eles estão com seu comportamento rompendo as barreiras do aparheid social.(...)
Continuamos uma Brasilíndia: uma Bélgica rica dentro de uma Índia pobre. Tudo isso os rolezinhos denunciam, por atos e menos por palavras.
Em segundo lugar, eles denunciam a nossa maior chaga: a desigualdade social cujo verdadeiro nome é injustiça histórica e social. Releva constatar que, com as políticas sociais do governo do PT, a desigualdade diminuiu, pois, segundo o IPEA, os 10% mais pobres tiveram entre 2001-2011 um crescimento de renda acumulado de 91,2%, enquanto a parte mais rica cresceu 16,6%. Mas esta diferença não atingiu a raiz do problema, pois o que supera a desigualdade é uma infraestrutura social de saúde, escola, transporte, cultura e lazer que funcione e seja acessível a todos. Não é suficiente transferir renda; tem que criar oportunidades e oferecer serviços, coisa que não foi o foco principal no Ministério de Desenvolvimento Social.
O "Atlas da Exclusão Social" de Márcio Poschmann (Cortez 2004) nos mostra que há cerca de 60 milhões de famílias no Brasil, das quais cinco mil famílias extensas detém 45% da riqueza nacional. Democracia sem igualdade, que é seu pressuposto, é farsa e retórica. Os rolezinhos denunciam essa contradição. Eles entram no "paraíso das mercadorias" vistas virtualmente na TV para vê-las realmente e senti-las nas mãos. Eis o sacrilégio insuportável pelos donos dos shoppings. Eles não sabem dialogar, chamam logo a polícia para bater e fecham as portas a esses bárbaros. Sim, bem o viu T.Todorov em seu livro "Os novos bárbaros": os marginalizados do mundo inteiro estão saindo da margem e indo rumo ao centro para suscitar a má consciência dos "consumidores felizes" e lhes dizer: esta ordem é ordem na desordem. Ela os faz frustrados e infelizes, tomados de medo, medo dos próprios semelhantes que somos nós.
Por fim, os rolezinhos não querem apenas consumir. Não são animaizinhos famintos. Eles têm fome sim, mas fome de reconhecimento, de acolhida na sociedade, de lazer, de cultura e de mostrar o que sabem: cantar, dançar, criar poemas críticos, celebrar a convivência humana. E querem trabalhar para ganhar sua vida. Tudo isso lhes é negado, porque, por serem pobres, negros, mestiços sem olhos azuis e cabelos loiros, são desprezados e mantidos longe, na margem.
Esse tipo de sociedade pode ser chamada ainda de humana e civilizada? Ou é uma forma travestida de barbárie? Esta última lhe convém mais. Os rolezinhos mexeram numa pedra que começou a rolar. Só parará se houver mudanças.
BOFF, Leonardo. Jornal Zero Hora. 28 jan. 2014. (adaptado). Disponível em:
A expressão essa esquiva em “Atribuímos essa esquiva ao cansaço” (Texto I, l 31-32) pode ser apropriadamente substituída, mantendo-se o sentido, por:
A sentença do Texto II “Ficou um instante assim besta, olhando os filhos, a mulher e a bagagem pesada.” ( l 9-10) foi reescrita alterando-se a colocação dos termos e a pontuação.
A senteça alterada que mantém o sentido da original é:
A senteça alterada que mantém o sentido da original é:
A sentença que mantém sua estrutura morfossintática, de acordo com a norma-padrão, com a substituição do verbo principal em “e a quem iam pedir?” (Texto I, l 43) é:
Podem-se reescrever as sentenças abaixo num único pe- ríodo. Ainda não sabemos para que serve a máquina. Isso não tem importância. Ela é o nosso orgulho.
O período que junta as três, mantendo as relações lógicas, é:
O período que junta as três, mantendo as relações lógicas, é:
Um dos contrastes entre passado e presente que caracterizam o desenvolvimento do texto manifesta-se na oposição entre as seguintes expressões:
Em discurso indireto, as informações iniciais do texto assumem a seguinte redação:
Releia o segundo parágrafo do texto.
No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente efciente.
O trecho em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por:
No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente efciente.
O trecho em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por:
No Brasil, continua-se a defender a prática, mas com ressalvas: há vários cuidados necessários para torná-la realmente eficiente.
Diego Gomes, paulistano, funcionário de uma instituição bancária, trabalha dois dias por semana em casa. Ele optou pelo trabalho remoto no dia do rodízio de seu carro e na sexta-feira, quando o trânsito é pior.
Apesar de reconhecer os benefícios, ele afirma que precisou tomar precauções para sua produtividade não ser afetada, como criar um ambiente de escritório em casa e conversar com sua família. “[Com a família] precisa ser duro: das 9 h às 18 h, estou trabalhando: não vou ao mercado e não vou consertar chuveiro. Tem que deixar claro.”
No banco onde Diego atua, os funcionários que se interessam pelo teletrabalho têm de participar de um workshop e precisam fazer uma autoavaliação. Eles precisam verificar, por exemplo, se trabalham com independência e se sabem cumprir metas diárias ou se sua performance precisa de acompanhamento constante.
As empresas também procuram descartar certos funcionários na hora de escolher quem fará home office. A diretora de RH Edna Bedani afirma que estagiários não devem atuar em casa. “São pessoas em formação, que precisam de orientação”, afirma.
Especialistas também destacam a necessidade de disciplina do profissional que fica em casa. “É preciso manter a rotina como se você fosse para o escritório: acordar, tomar banho, tomar café, vestir-se etc., afirma Jorge Matos, presidente de uma agência especializada em gestão de pessoas e carreiras.