INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as possibilidades de reescrita do trecho das linhas 04 a 08.
I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
I. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.
A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as possibilidades de reescrita do trecho das linhas 04 a 08.
I. Espalhados pelos ambientes coletivos da cidade, os moradores de rua vivem assim: fazem comida no asfalto, arrumam suas camas, limpam as calçadas, tal como dentro de uma casa.
I. Ao se espalharem pelos ambientes coletivos da cidade, como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim: a fazerem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpam as calçadas.
III. Os moradores de rua vivem assim: espalham-se pelos ambientes coletivos da cidade como dentro de uma casa, fazem comida no asfalto, arrumando suas camas e limpando as calçadas.
A(s) possibilidade(s) de reescrita que mantém/mantêm o sentido e a correção do texto é/são apenas
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto
Entre o espaço público e o privado
01 Excluídos da sociedade, os moradores de rua
02 ressignificam o único espaço que lhes foi permitido
03 ocupar, o espaço público, transformando-o em
04 seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados pelos
05 ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no
06 asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas
07 como se estivessem dentro de uma casa: assim vivem
08 os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São
09 Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas calçadas,
10 passando por situações constrangedoras, pedindo
11 esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das
12 pessoas que fazem da rua sua casa e nela constroem
13 sua intimidade. Assim, a ideia de individualização que
14 está nas casas, na separação das coisas por cômodos
15 e quartos que servem para proteger a intimidade do
16 indivíduo, ganha outro sentido. O viver nas ruas, um
17 lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica
18 de funcionamento, que vai além das possibilidades.
19 A relação que o homem estabelece com o
20 espaço que ocupa é uma das mais importantes para
21 sua sobrevivência. As mudanças de comportamento
22 social foram sempre precedidas de mudanças físicas
23 de local. Por mais que a rua não seja um local para
24 viver, já que se trata de um ambiente público, de
25 passagem e não de permanência, ela acaba sendo,
26 senão única, a mais viável opção. Alguns pensadores
27 já apontam que a habitação é um ponto base e
28 adquire uma importância para harmonizar a vida.
29 O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
30 de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas
31 e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis
32 e invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’,
33 ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa
34 existência à vista de outras pessoas”.
35 O modo como essas pessoas constituem o único
36 espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram
37 transformá-lo em “seu lugar”, que aproximaram, cada
38 um à sua maneira, dois mundos nos quais estamos
39 inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono.
(fragmento adaptado) In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/
ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp.
Acesso em 21/8/2014.
INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto
Entre o espaço público e o privado
02 ressignificam o único espaço que lhes foi permitido
03 ocupar, o espaço público, transformando-o em
04 seu “lugar”, um espaço privado. Espalhados pelos
05 ambientes coletivos da cidade, fazendo comida no
06 asfalto, arrumando suas camas, limpando as calçadas
07 como se estivessem dentro de uma casa: assim vivem
08 os moradores de rua. Ao andar pelas ruas de São
09 Paulo, vemos essas pessoas dormindo nas calçadas,
10 passando por situações constrangedoras, pedindo
11 esmolas para sobreviver. Essa é a realidade das
12 pessoas que fazem da rua sua casa e nela constroem
13 sua intimidade. Assim, a ideia de individualização que
14 está nas casas, na separação das coisas por cômodos
15 e quartos que servem para proteger a intimidade do
16 indivíduo, ganha outro sentido. O viver nas ruas, um
17 lugar aparentemente inabitável, tem sua própria lógica
18 de funcionamento, que vai além das possibilidades.
19 A relação que o homem estabelece com o
20 espaço que ocupa é uma das mais importantes para
21 sua sobrevivência. As mudanças de comportamento
22 social foram sempre precedidas de mudanças físicas
23 de local. Por mais que a rua não seja um local para
24 viver, já que se trata de um ambiente público, de
25 passagem e não de permanência, ela acaba sendo,
26 senão única, a mais viável opção. Alguns pensadores
27 já apontam que a habitação é um ponto base e
28 adquire uma importância para harmonizar a vida.
29 O pensador Norberto Elias comenta que “o quarto
30 de dormir tornou-se uma das áreas mais privadas
31 e íntimas da vida humana. Suas paredes visíveis
32 e invisíveis vedam os aspectos mais ‘privados’,
33 ‘íntimos’, irrepreensivelmente ‘animais’ da nossa
34 existência à vista de outras pessoas”.
35 O modo como essas pessoas constituem o único
36 espaço que lhes foi permitido indica que conseguiram
37 transformá-lo em “seu lugar”, que aproximaram, cada
38 um à sua maneira, dois mundos nos quais estamos
39 inseridos: o público e o privado.
RODRIGUES, Robson. Moradores de uma terra sem dono.
(fragmento adaptado) In: http://sociologiacienciaevida.uol.com.br/
ESSO/edicoes/32/artigo194186-4.asp.
Acesso em 21/8/2014.
Gabarito comentado
Gabarito: Alternativa A (I)
Tema central: A questão exige análise de reescrita de trecho mantendo sentido e correção gramatical (concordância, coerência, clareza e ausência de ambiguidade), além da fidelidade à ideia original do texto. Envolve diretamente interpretação de texto e gramática normativa, com ênfase em concordância verbal/nomeal, coesão e clareza sintática.
Justificativa da alternativa correta (I):
A reescrita I mantém a estrutura lógica do texto original, apresentando clara relação entre as ações (espalhar-se, fazer comida, arrumar camas, limpar calçadas), com concordância correta entre sujeito e verbo (“fazem comida, arrumam, limpam”) e preserva a ideia de rotina dos moradores de rua, sem ambiguidade e com coesão entre as orações.
Segundo a Gramática Normativa de Evanildo Bechara, “o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito, e a elipse de sujeitos diferentes deve ser evitada se causar ambiguidade ou falta de clareza.”
Análise das alternativas incorretas:
II: Apresenta erro de regência e paralelismo verbal no trecho “a fazerem comida (...), arrumando suas camas e limpam as calçadas”. Aqui, ocorre incompatibilidade de formas verbais (“a fazerem” não se encaixa paralelamente com “arrumando” e “limpam”). Segundo Azeredo, quando une-se verbos em sequência, devem ser do mesmo tempo e modo (paralelismo). Além disso, o segmento “como se estivessem dentro de uma casa os moradores de rua vivem assim” carece de pontuação adequada, o que compromete a clareza.
III: Falha no paralelismo verbal (“fazem comida..., arrumando, limpando...”) e traz ambiguidade na expressão “como dentro de uma casa”, que não deixa claro se modifica “espalham-se” ou “fazem comida”. O texto original é explícito: todas essas ações simulam o cotidiano de quem está em uma casa, atribuindo caráter privado ao espaço público, e essa sutileza é perdida.
Dicas e estratégias:
Quando confrontar alternativas de reescrita, atente-se para:
- Paralelismo: Sequências verbais devem estar uniformes.
- Coerência: Explicitações devem manter-se fiel à ideia central do texto.
- Concordância: Sujeito e verbo devem harmonizar-se em pessoa e número.
- Clareza: Evite ambiguidades; reorganize trechos quando necessário para preservar o sentido correto.
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