Questõessobre Pontuação
Segundo a gramática normativa, as
reticências marcam, no texto escrito, uma pausa ou
suspensão no enunciado. No trecho “Um copo de
cerveja, para… não lembro bem para o que, mas faz
bem” (linhas 16-17), o propósito do uso das
reticências é
I. indicar omissão de uma ideia que não se
quer revelar;
II. realçar as hesitações do enunciador;III. deixar o sentido do enunciado em aberto,
permitindo, assim, uma interpretação
pessoal do leitor;
IV. mostrar a incapacidade do autor em concluir
a ideia a ser expressa.
Estão corretas as complementações contidas em
VERÍSSIMO, Luís Fernando. Exigências da vida
moderna. Disponível em:
http://www.refletirpararefletir.com.br/4-cronicas-de-luis-fernando-verissimo. Acesso: 22.06.2018.
O Twitter é uma das redes sociais mais importantes no Brasil
e no mundo. (...) Um estudo identificou que as fake news são
70% mais propensas a serem retweetadas do que fatos
verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do trabalho diz
respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos
pensam, esses robôs não são os grandes responsáveis por
disseminar notícias falsas. Nem mesmo comparando com
outros robozinhos: tanto os que espalham informações
mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros
alcançaram o mesmo número de pessoas.
Super Interessante, “No Twitter, fake news se espalham 6 vezes mais rápido
que notícias verdadeiras”. Maio/2019.
No período “Nem mesmo comparando com outros
robozinhos: tanto os que espalham informações mentirosas
quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram
o mesmo número de pessoas.”, os dois‐pontos são utilizados
para introduzir uma
O Twitter é uma das redes sociais mais importantes no Brasil e no mundo. (...) Um estudo identificou que as fake news são 70% mais propensas a serem retweetadas do que fatos verdadeiros. (...) Outra conclusão importante do trabalho diz respeito aos famosos bots: ao contrário do que muitos pensam, esses robôs não são os grandes responsáveis por disseminar notícias falsas. Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.
Super Interessante, “No Twitter, fake news se espalham 6 vezes mais rápido que notícias verdadeiras”. Maio/2019.
No período “Nem mesmo comparando com outros robozinhos: tanto os que espalham informações mentirosas quanto aqueles que divulgam dados verdadeiros alcançaram o mesmo número de pessoas.”, os dois‐pontos são utilizados para introduzir uma
Leia o texto:
Desolado com a possibilidade de extinção da língua portuguesa, deputado apresenta projeto
de lei com o objetivo de proibir o uso de palavras de outros idiomas em meios de
comunicação, nomes comerciais, documentos oficiais, etc. [...]
A identidade das línguas não se esconde nos vocabulários, mas na maneira como eles se
articulam. Seus segredos estão em palavras que a maioria dos mortais relega a segundo
plano como artigos, preposições, conjunções, ou em processos relacionais como regências,
concordâncias, flexões, declinações, sintaxes. Enquanto os fanáticos por computadores
conjugarem o anglicismo “escanear” como se fosse “escaneio, escaneias, escaneia...” tudo
está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas como
“desolado” ou “parlamento”... – a última , um caso particularmente interessante, por nos
fornecer uma palavra latina por tabela, sua raiz é latina, mas sua existência se deve aos
ingleses. No dia em que começarmos a lidar com respeitáveis palavras de ascendência
diretamente romana como “falar” em termos de “eu fala, tu fala, ele fala, nós fala”, aí talvez
seja o momento de profetizar a agonia da “última flor de Lácio” [...]
O simples fato de determinada comunidade usar ou não determinada expressão contém
significado que jamais poderá ser traduzido por outra palavra. Voltando ao nosso apaixonado
por computadores, se ele começar a disparar verbos como “escanear”, “printar”, deletar ou
congêneres, saberemos de sua condição de info-fanático. Ninguém precisará nos dizer isso.
Além de nos informar que vai imprimir ou apagar algo, ele está nos dizendo, também, que
se quiser pode estourar o disco rígido de nosso computador sem que notemos. Quando um
executivo fala em personal banking, ele não se refere apenas à relação personalizada que
a informática permite entre ele e seu banco, informa-nos, também, sobre a tribo à qual
pertence [...] A lei contém, portanto, elemento limitador da expressão. Quando pretende se
impor a meios de comunicação, o problema torna-se mais grave. Além da redução
quantitativa de informações que permite à comunidade, realiza, também, uma redução
qualitativa: estabelece que certas categorias de informações simplesmente não podem ser
transmitidas. Antigamente isso se chamava censura.
(Texto adaptado de: AVELAR, Marcelo Castilho. O idioma está acima do controle das leis.
Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 set. 2000. Espetáculo/Opinião, p.4.)
O dois-pontos usado no fragmento “[...] tudo está bem: estão apenas repetindo processos
que nos deram palavras preciosas [...]” dá idéia de ________ e pode ser substituído por
________.
Completa corretamente as lacunas:
Leia o texto:
Desolado com a possibilidade de extinção da língua portuguesa, deputado apresenta projeto de lei com o objetivo de proibir o uso de palavras de outros idiomas em meios de comunicação, nomes comerciais, documentos oficiais, etc. [...] A identidade das línguas não se esconde nos vocabulários, mas na maneira como eles se articulam. Seus segredos estão em palavras que a maioria dos mortais relega a segundo plano como artigos, preposições, conjunções, ou em processos relacionais como regências, concordâncias, flexões, declinações, sintaxes. Enquanto os fanáticos por computadores conjugarem o anglicismo “escanear” como se fosse “escaneio, escaneias, escaneia...” tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas como “desolado” ou “parlamento”... – a última , um caso particularmente interessante, por nos fornecer uma palavra latina por tabela, sua raiz é latina, mas sua existência se deve aos ingleses. No dia em que começarmos a lidar com respeitáveis palavras de ascendência diretamente romana como “falar” em termos de “eu fala, tu fala, ele fala, nós fala”, aí talvez seja o momento de profetizar a agonia da “última flor de Lácio” [...] O simples fato de determinada comunidade usar ou não determinada expressão contém significado que jamais poderá ser traduzido por outra palavra. Voltando ao nosso apaixonado por computadores, se ele começar a disparar verbos como “escanear”, “printar”, deletar ou congêneres, saberemos de sua condição de info-fanático. Ninguém precisará nos dizer isso. Além de nos informar que vai imprimir ou apagar algo, ele está nos dizendo, também, que se quiser pode estourar o disco rígido de nosso computador sem que notemos. Quando um executivo fala em personal banking, ele não se refere apenas à relação personalizada que a informática permite entre ele e seu banco, informa-nos, também, sobre a tribo à qual pertence [...] A lei contém, portanto, elemento limitador da expressão. Quando pretende se impor a meios de comunicação, o problema torna-se mais grave. Além da redução quantitativa de informações que permite à comunidade, realiza, também, uma redução qualitativa: estabelece que certas categorias de informações simplesmente não podem ser transmitidas. Antigamente isso se chamava censura. (Texto adaptado de: AVELAR, Marcelo Castilho. O idioma está acima do controle das leis. Estado de Minas, Belo Horizonte, 17 set. 2000. Espetáculo/Opinião, p.4.)
O dois-pontos usado no fragmento “[...] tudo está bem: estão apenas repetindo processos que nos deram palavras preciosas [...]” dá idéia de ________ e pode ser substituído por ________.
Completa corretamente as lacunas:
(Folha de São Paulo, Ilustrada, E9, 2 ago. 2007.)
No primeiro quadro, o uso de reticências indica
(Folha de São Paulo, Ilustrada, E9, 2 ago. 2007.)
No primeiro quadro, o uso de reticências indica
Nesse texto, as falas do homem descrito pelo narrador são marcadas por aspas e algumas
palavras grafadas em itálico. Esses destaques caracterizam uma variedade linguística
O Lavrador
Esse homem deve ser de minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda se podia requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café.
Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu.” Seu raciocínio quando veio foi este: “Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado, devo ter direito.” Confessa que sua posse até hoje não está legalizada: “Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...”
BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio Janeiro: Record, 2004.
Quanto aos aspectos linguístico-discursivos do texto,
assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
INCORRETA.
Tomo sempre um susto danado quando meu interlocutor, com ares de sociólogo, antropólogo, etnólogo ou besteirólogo, invariavelmente posudo e sisudo, assevera-me existir a ironia tipicamente alagoana, a maledicência inconfundivelmente caeté ou o humor característico de quem por aqui nasceu. Não ignoro que há uma diferença nítida e notória entre o humor inglês e o humor italiano; mas o que diferencia o humor de um alagoano do humor de um capixaba ou de um sergipano? Acaso rimos mais graciosamente que esses outros, ou emitimos algum som inconfundível quando gargalhamos?
Haver uma ironia, um humor, uma maledicência, uma violência ou um ressentimento inconfundivelmente alagoanos parece-me um disparate tão considerável quanto haver um futebol alagoano, uma poesia alagoana ou uma cardiologia alagoana. O que há é gente a jogar bola, a compor poemas ou a distrair-se remuneradamente com cateteres nos limites desta modestíssima unidade federativa.
Ocorre-me agora um dilema visceral: opto pela concisão (“as mesmas vinte palavras”) de nosso romancista maior ou pela incontinência verbal de nosso poeta maior, o palmarino Jorge de Lima? Deverei, de imediato, atribuir alguma média ponderada a suas obras e a seus espíritos e obter algum valor que exprima com exatidão e fidedignidade a alma média do homo alagoensis, afogada por inteiro numa mescla de nossos pontos/homens culminantes. Assim, decerto obterei por fim essa tão apregoada quanto fictícia alagoanidade – força vital, espírito motor, éter, suprassumo, élan, quinta-essência – que nos desconfunde e anima.
Que pecado para um alagoano típico preferir o primeiro (“há sempre um copo de mar” – não necessariamente alagoano – “para um homem navegar”) e o quarto cantos de Invenção de Orfeu (“O perigo da vida são os vácuos”), bem como a difícil decifração do Livro de sonetos, ao Jorge de Lima dengoso e aliciante dos Poemas negros e ao devoto fervoroso de A túnica inconsútil. Que ato bárbaro de antialagoanidade – digno talvez de um fim similar ao que obtiveram Zumbi, Julião Tavares, Baleia e Calabar – preferir a viagem ao lado da vaca palustre e bela e do cavalo erudito e em chamas, ao passeio pelo parnasianismo sentencioso e de fácil consagração de “O acendedor de lampiões”!
Advogo, sim, uma alagoanidade esculhambada, disforme, banguela, antropofágica (com direito a sardinhas e Sardinha), macunaímica (“Ai! que preguiça!” desse papo infausto e broncoposudo de identidade cultural etc. e coisa e tal), desbragadamente inclusiva e insaciavelmente cosmofágica. Uma alagoanidade tal a de dona Nise da Silveira, que soube unir os tórridos loucos e os gatos tupiniquins à psicologia dos arquétipos junguianos, oriundos da fria e fleumática Suíça. Uma alagoanidade que acolha o cego Homero e o boêmio Zé do Cavaquinho, os epilépticos Dostoiévski e Machado de Assis e o desassossegado Breno Accioly, a mitologia nórdica e o reisado, a madeleine proustiana e as bolachas Pirauê da padaria de Viçosa, o puteiro do finado Mossoró e as libidinagens de Molly Bloom, os travestis da Pajuçara e os versos de Whitman e Lorca, os labirintos borgianos e os descaminhos da feira do Rato, o mujique russo e o sertanejo de Dois Riachos, os feitiços verbais de Guimarães Rosa e o segredo sagrado do camarão do Bar das Ostras, o decassílabo camoniano e o martelo agalopado dos cantadores de viola da minha já recuada infância.
Uma alagoanidade que me permita ser os trezentos, os trezentos e cinquenta que trago em mim desde a nascença e que se finarão em breve, felizmente, pois viver por vezes é um bocado custoso e prolongado. Ai, que preguiça! e que vontade de adormecer, profundamente, em Viçosa, na confluência dos rios Paraíba, Tejo, Ganges, Mississippi e Eufrates.
Percebe-se um desvio relativo ao emprego ou ausência da pontuação, especificamente, no emprego da vírgula
em:
Leia o texto a seguir para responder a questão
O ambiente escolar é um excelente laboratório para a vida adulta de nossas crianças e adolescentes. Entre inúmeras virtudes, a escola desenvolve resiliência às frustrações e propicia a convivência com a diversidade, pois é um espaço de aprendizado e alegria.
Ademais, a escola tem legitimidade e autoridade intelectual e moral para ser um agente de transformação da comunidade na qual está inserida. Desgraçadamente, no entanto, não é isso que ocorre em uma boa parte de nossos estabelecimentos de ensino. Mesmo reconhecida por uma maioria como a “nova riqueza das nações”, a escola, no Brasil, tem sido exacerbadamente o espaço de frequentes agressões físicas e morais, muito acima da média mundial, como bem demonstram estatísticas comparativas internacionais.
Sem forças para reverter uma dura realidade boa parte de nossas escolas é um escoadouro das mazelas sociais e éticas. Destarte, vivenciam-se a violência física e o bullying, cuja frequência e intensidade indicam o quanto a escola está moralmente comprometida, como decorrência da falta de regras claras e de punição adequada, conflitos mal resolvidos e ausência de uma cultura mais humana no colégio ou em casa.
[...] Além disso, nos últimos anos temos passado por um agravamento de toda essa problemática, uma vez que o Brasil vivencia a imbricação de três graves crises: econômica, política e, a mais avassaladora delas, a crise moral. E, como professa Aristóteles, “o homem guiado pela ética é o melhor dos animais; quando sem ela, é o pior”.
Assim, quando os valores, virtudes, mérito, dedicação aos estudos e ao trabalho duro são relegados por uma boa
parcela de nossos políticos e da população, cabe à pergunta: que força tem a escola para romper os grilhões de
violências físicas e morais? Quando o entorno é conflagrado, a agressividade e a intimidação adentram as escolas –
se não for pelas portas ou pelas janelas, será pelas frestas. E como estancar essa invasão indesejada e deletéria?[...]
Um bom educador é comprometido com a sua comunidade escolar, pois ele carrega dentro de si a chama esplendorosa
do entusiasmo em promover o ser humano nos espectros ético, cognitivo, social e espiritual. (Gazeta do Povo, Jacir J.
Venturi, coordenador da Universidade Positivo, 10 set. 2017, com adaptações)
Quanto aos recursos da língua usados no texto, Identifique com
V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) A forma verbal “acredita” (l. 1) está no singular, concordando
com “maioria” (l. 1), mas poderia ter aparecido no plural,
concordando com “pessoas” (l. 1).
( ) A vírgula que isola o termo “Atualmente” (l. 7) foi usada
pela mesma razão da que está destacando a expressão
“Numa região rica em recursos hídricos” (l. 29).
( ) A oração “que, pelo menos, 90% da energia elétrica
consumida em suas cidades venha de fontes limpas,
como as hidrelétricas.” (l. 30-32) tem valor adjetivo.
( ) A forma verbal “Há” (l. 34), se substituída por sua
correspondente do verbo existir, preservando-se a
correspondência modo-temporal, não sofre nenhuma
alteração.
( ) Os adjetivos “poluente” (l. 42) e “cara” (l. 42), se deslocados
para antes do substantivo que qualificam, não alteram o
sentido do contexto em que estão inseridos.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para
baixo, é a
Quanto aos recursos da língua usados no texto, Identifique com V as afirmativas verdadeiras e com F, as falsas.
( ) A forma verbal “acredita” (l. 1) está no singular, concordando com “maioria” (l. 1), mas poderia ter aparecido no plural, concordando com “pessoas” (l. 1).
( ) A vírgula que isola o termo “Atualmente” (l. 7) foi usada pela mesma razão da que está destacando a expressão “Numa região rica em recursos hídricos” (l. 29).
( ) A oração “que, pelo menos, 90% da energia elétrica consumida em suas cidades venha de fontes limpas, como as hidrelétricas.” (l. 30-32) tem valor adjetivo.
( ) A forma verbal “Há” (l. 34), se substituída por sua correspondente do verbo existir, preservando-se a correspondência modo-temporal, não sofre nenhuma alteração.
( ) Os adjetivos “poluente” (l. 42) e “cara” (l. 42), se deslocados para antes do substantivo que qualificam, não alteram o sentido do contexto em que estão inseridos.
A alternativa que contém a sequência correta, de cima para
baixo, é a
José João Craveirinha foi o primeiro autor
africano que ganhou o Prêmio Camões, o mais
importante prêmio literário da língua portuguesa.
Sobre o poema Grito Negro, é INCORRETO afirmar
que
No trecho “Uma parte dos insumos agrícolas é
levada pela enxurrada da chuva, que chega a rios e
córregos, inserindo várias substâncias tóxicas.”
(linhas 29-32), é correto afirmar, sobre a presença
de vírgulas na expressão destacada, que o sinal de
pontuação
No texto, a expressão “ou melhor dizendo” (l. 12-13)
Em relação ao conteúdo e/ou à forma do poema, a alternativa
inadequada é a
ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.
Em relação à análise dos elementos linguísticos que
estruturam o texto IV, é correto afirmar:
Analise o excerto abaixo, extraído do
texto.
Certa vez me entregaram um bilhete que dizia: “Se
você ama alguém, deixe-o livre.”
As aspas foram empregadas para:
Leia o texto a seguir para responder à questão.
Revogue-se
LUFT, Lya. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005. p. 145.
(Fragmento).
Na introdução às ‘Aventuras de Alice no país das maravilhas’, em versão traduzida por Sebastião Uchoa Leite, Lewis Carroll escreve um poema, que finaliza da seguinte forma:
Alice! Recebe essa estória
E com mãos gentis depositaLá longe, onde os sonhos da infância
Se confundem com lembranças idas,
Tal guirlanda de flores murchas
Em distante terra colhidas.
CARROLL, Lewis. As aventuras de Alice no país das maravilhas. São Paulo: Editora 34, 2016.
Em relação a essa última estrofe, assinale a alternativa incorreta:
Na introdução às ‘Aventuras de Alice no país das maravilhas’, em versão traduzida por Sebastião Uchoa Leite, Lewis Carroll escreve um poema, que finaliza da seguinte forma:
E com mãos gentis deposita
Lá longe, onde os sonhos da infância
Se confundem com lembranças idas,
Tal guirlanda de flores murchas
CARROLL, Lewis. As aventuras de Alice no país das maravilhas. São Paulo: Editora 34, 2016.
Em relação ao uso da vírgula, a sua ausência é defendida pela Gramática da Língua Portuguesa nos períodos abaixo, exceto
Sobre a linguagem do trecho a seguir, é correto:
Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de
gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.
Sobre a linguagem do trecho a seguir, é correto:
Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.
Cientistas descobrem o que passa pela cabeça dos animais
(Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz)
[...] Para começar a entender como funciona a inteligência em mentes que não são de Homo sapiens, temos que compreender como elas percebem o mundo. Para os humanos, uma rosa é uma flor romântica. Para um besouro, ela é um território de caça. Um leopardo mal percebe que as rosas existem. Um cachorro não vai ligar pra ela, a menos que ela contenha xixi de outro cachorro ou tenha sido tocada pelo dono. Aí sim, ele vai dar à rosa um montão de significados.
“Enquanto somos seres visuais, os cães sentem a realidade com o focinho”, diz a psicóloga americana Alexandra Horowitz, especialista em comportamento animal. Ao cheirar um cafezinho, por exemplo, algumas pessoas conseguem saber se ele foi adoçado com uma colherinha de açúcar. Já um beagle consegue farejar uma colher de açúcar diluída numa quantidade de café equivalente a duas piscinas olímpicas.
Assim, o universo dos cachorros é um extrato de cheiros diferentes. Talvez por isso eles não liguem para a própria imagem no espelho. Mesmo que não concluam que a imagem é a deles, não sentem nenhum cheiro diferente, então não interpretam como sendo outro cachorro. Esse supernariz também lhes confere a habilidade de um detetive. Graças aos odores que você exala e às células epiteliais que deixa pelo caminho, seu cão sabe quase tudo sobre você: por onde andou, que objetos tocou, o que comeu, se beijou alguém ou se correu um pouco. Exceto a comida, claro, ele não se interessa pelos outros dados. O olfato do cão é capaz até de rastrear doenças em humanos, como mostra um recente estudo da Universidade Kyushi, no Japão. O labrador Marine, de 8 anos, detectou câncer de intestino ao cheirar o hálito e as fezes de pacientes. Tumores de pele, pulmão e bexiga também já foram farejados por cães em estudos anteriores. Mas nem vem, cachorrada: nossa capacidade de ler placas lá longe na estrada deixaria vocês morrendo de inveja.
[...] Golfinhos aprendem linguagens artificiais, como demonstrou o psicólogo Louis Herman, da Universidade do Havaí, EUA. Numa delas, palavras representadas por sons de computador formavam 2 mil frases. Quando os golfinhos ouviam “ESQUERDO BOLA BATER”, por exemplo, entendiam que era para bater na bola do lado esquerdo. E também compreendiam a ordem das palavras. Sabiam que o pedido “PRANCHA PESSOA ÁGUA” era para que levassem uma prancha a uma pessoa que estava na água. Já “PESSOA PRANCHA ÁGUA” era para levar a pessoa à prancha na água. Não existe diferença entre fazer isso e aprender um idioma. Ponto para os golfos.
Mas talvez nem eles sejam páreo para Chaser, uma border collie. A cadela aprendeu o nome de mais de mil objetos - a maioria brinquedos, mas tudo bem. Seu dono, um psicólogo, já nem conta mais quantas palavras ela sabe. Agora ele prefere lhe ensinar rudimentos de gramática. Então estamos de acordo: certos animais, quando treinados, conseguem compreender parte da linguagem humana. [...] a ideia de que eles praticamente não se comunicam entre si morreu faz tempo. Até as abelhas fazem isso: elas dançam para informar a distância e a direção das fontes de alimentos.
Golfinhos têm uma linguagem interna. Eles se comunicam por assobios e sinais corporais como saltos, tapas da cauda na água e fricção da mandíbula. Cada animal tem uma modulação única, o que lhe confere uma voz individual.
Kathleen Dudzinski, diretora do Dolphin Communication Project, escuta esses animais há quase 20 anos com aparelhos que registram a frequência e as nuances de sua linguagem. Mas admite que ainda falta muito para decifrá-la, sobretudo porque golfinhos nadam rápido e é difícil captar uma conversa entre vários animais debaixo d’água. Além disso, cada sinal varia conforme o contexto. Com os humanos é igual: dependendo da situação, uma pessoa que levanta a mão aberta quer dizer “tchau”, “pare” ou “custa R$ 5”. [...]
Golfinhos têm um lado sádico: se aproximam sorrateiramente de gaivotas que descansam na água, dão um caldo nelas e as liberam depois de mantê-las alguns segundos debaixo d’água, sofrendo.
Mas o macaco rhesus, um primata asiático com jeito de babuíno, está aí para redimir seus colegas aquáticos. Num estudo da Universidade Northwestern, EUA, os macacos precisavam apertar um botão para ganhar comida. Mas sempre que eles faziam isso outros rhesus levavam um choque (de leve, mas um choque). Alguns macacos não se importaram. Mas com outros foi diferente. O psicólogo americano Frans De Wall conta melhor: “Um macaco parou de apertar o botão por 12 dias depois de ver outro levar choque. Ele estava morrendo de fome para não causar sofrimento aos outros”. Pois é. Não precisa ser gente para pensar, se emocionar ou aproveitar a vida. Nem para ser gente fina.
[...]
(Adaptado de http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-descobrem-o-que-passapela-cabeca-dos-animais?utm_source=redesabril_jovem&utm_medium=f
acebook&utm_campaign=redesabril_super)
Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas:
I) No quarto parágrafo, a expressão na juventude
vem isolada por vírgula por se tratar de uma circunstância de tempo deslocada.
II) No quarto parágrafo, a conjunção E introduz uma
ideia de proporção à oração anterior.
III) No quarto parágrafo, o verbo têm está no plural
porque concorda com o sujeito plural os adultos.
Está(ão) correta(s):
Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas:
I) No quarto parágrafo, a expressão na juventude vem isolada por vírgula por se tratar de uma circunstância de tempo deslocada.
II) No quarto parágrafo, a conjunção E introduz uma ideia de proporção à oração anterior.
III) No quarto parágrafo, o verbo têm está no plural porque concorda com o sujeito plural os adultos.
Está(ão) correta(s):