Questõesde UNICENTRO sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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UNICENTRO 2016 - Português - Uso do ponto, do ponto de exclamação e do ponto de interrogação, Interpretação de Textos, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao conteúdo e/ou à forma do poema, a alternativa inadequada é a

ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 

A
O uso abundante do ponto-de-exclamação constitui um recurso de estilo do autor sem propósito temático.
B
O poema apresenta características tipicamente modernistas que contemplam os ideais da Semana de 22.
C
O humor irônico, a agressividade da linguagem e a irreverência aos padrões sociais caracterizam o caráter demolidor da 1ª geração modernista.
D
O poema é uma crítica à sociedade brasileira atada a modelos e comportamentos importados dos fins do século XIX.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque V ou F, conforme sejam as afirmativas verdadeiras ou falsas.

( ) O poema reflete uma atitude de contestação frente a uma realidade social.
( ) A maneira como o “burguês” se apresenta configura a classe média urbana.
( ) O modus vivendus do burguês reflete uma visão de vida abastada culturalmente e economicamente..
( ) Observa-se uma referência aos costumes sociais impostos por uma cultura importada.
( ) O verso 26 “— Um colar... — Conto e quinhentos!!!” revela uma admiração pelo estético e a alegria de possui-lo.

A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo, é a

ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 

A
V V F F V
B
V F V V F
C
F V F F V
D
V V F V F
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos fragmentos de textos III e IV, considerando-se autores, estilos e obras, é correto afirmar:

TEXTO III.

    “— és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. [...] O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foi levantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estava dentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas.” 
ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias.
Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros. 
Acesso em: 22 set. 2016.


TEXTO IV.

     Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; [...] Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Disponível em:< http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros>.
Acesso em 22 set. 2016
A
 Embora ambos se intitulem memórias, o texto III não se caracteriza como tal, em virtude de a narração se dar em terceira pessoa.
B
Os respectivos autores dos textos pertencem à mesma escola literária, embora possuam estilos individuais distintos.
C
O estilo de Manuel Antônio de Almeida mantém forte proximidade da linguagem coloquial falada, enquanto o estilo machadiano revela uma preocupação com a linguagem culta.
D
O texto de Manuel de Almeida apresenta uma narrativa desembaraçada, cheia de personagens e revelações de costumes da época com a mesma intensidade que o faz Machado em sua obra.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Pode-se inferir do texto II, exceto

TEXTO I.


SEUS OLHOS

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

De vivo luzir,

São meigos infantes, gentis, engraçados

Brincando a sorrir.

                              [...].

Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

assim é que são.

Às vezes luzindo, serenos, tranquilos,

Às vezes vulcão!


Às vezes oh! Sim, derramam tão fraco,

Tão frouxo brilhar,

Que a mim me parece que o ar lhe falece.

E os olhos tão meigos, que o pranto umedece

Me fazem chorar.”


Dias, Gonçalves. Seus olhos. Disponível em:

http://www.vidaempoesia.com.br/goncalvesdias.htm.

Acesso em: 22 set.2016. Adaptado.



TEXTO II.

O GONDOLEIRO DO AMOR

Teus olhos são negros, negros
Como as noites sem luar...
São ardentes, são profundos,
Como o negrume do mar;
                  [...]
Teu seio é vaga dourada
Ao tíbio clarão da lua,
Que, ao murmúrio das volúpias,
Arqueja, palpita nua;

Como é doce, em pensamento,
Do teu colo no langor
Vagar, naufragar, perder-se
O Gondoleiro do amor!?
                   [...]
Por isso eu te amo, querida,
Quer no prazer, quer na dor...
Rosa! Canto! Sombra! Estrela!
Do Gondoleiro do amor.

ALVES, Castro. In: Presença da Literatura Brasileira: D
Romantismo ao Simbolismo. 9. ed. São Paulo: DIFEL, 198 p. 60-2..
Adaptado.
A
a quebra da convenção clássica do amor platônico e da contenção de sentimentos.
B
a corporificação da mulher e seu envolvimento amoroso.
C
o uso frequente do sensorialismo que intensifica o sentimento amoroso.
D
a pontuação subjetiva e a natureza presente no texto intensificam o sensualismo expresso pelo sujeito poético.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Pontuação, Morfologia, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação à análise dos elementos linguísticos que estruturam o texto IV, é correto afirmar:

TEXTO III.

    “— és filho de uma pisadela e de um beliscão; mereces que um pontapé te acabe a casta. [...] O menino suportou tudo com coragem de mártir, apenas abriu ligeiramente a boca quando foi levantado pelas orelhas: mal caiu, ergueu-se, embarafustou pela porta fora, e em três pulos estava dentro da loja do padrinho, e atracando-se-lhe às pernas.” 
ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um Sargento de Milícias.
Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros. 
Acesso em: 22 set. 2016.


TEXTO IV.

     Algum tempo hesitei se deveria abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; [...] Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo; diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Memórias Póstumas de Brás Cubas
Disponível em:< http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de-livros>.
Acesso em 22 set. 2016
A
A partícula “se” (l. 1-2), em suas duas ocorrências, exerce função de pronome reflexivo, já que se trata em narrar a própria história.
B
A colocação da palavra “defunto”, em diferente posição, uma antes e outra depois da palavra “autor”, é um recurso linguístico sem diferentes conotações.
C
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, as vírgulas aí aplicadas obedecem à mesma regra de pontuação.
D
Em “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo”, o termo “a”, nas duas ocorrências, exerce diferentes funções morfossintáticas.
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UNICENTRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa incorreta sobre os aspectos formais do texto e sua interpretação:

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
A linguagem apresentada no texto é acessível, de forma que se pode compreender o texto sem maiores dificuldades.
B
A palavra “emagrecer”, no texto, foi colocada em destaque. Tal fato ocorre visto que esse tem sido um dos temas de discussão bastante comuns na atualidade.
C
O autor se vale de comparações (um filme, um livro) para reforçar a ideia de que a satisfação pode acomodar as pessoas.
D
O autor conclui seu texto retomando Guimarães Rosa, citado na primeira linha do primeiro parágrafo.
E
O texto é encerrado com a oposição do significado das palavras escuro e claro. Essa oposição é incoerente e conduz o leitor a uma reflexão errônea de que, depois da escuridão, sempre vem a luz.
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UNICENTRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa incorreta em relação à leitura e à interpretação do texto 01.

O animal satisfeito dorme,
Mário Sérgio Cortella

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.
A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece. Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a ideia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.
Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?
Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento. 
Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar, EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.
Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.
Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na ideia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando… 
Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente. 
Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”… 

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella.
Disponível em:<http://www.contioutra.com/o-animal-satisfeito-dorme-texto-de-mario-sergio-cortella/> 
A
Podemos inferir que, através de uma metáfora, presente no primeiro parágrafo, o autor introduz a ideia principal do texto: o indivíduo acomoda-se quando está satisfeito com a sua condição atual.
B
Para o autor, de acordo com o texto, a sensação de satisfação inicia um período de dormência que, infelizmente, não pode ser interrompida a não ser pela fome excessiva.
C
De acordo com as opiniões do autor, o fato de alguém dizer " estou muito satisfeita com teu trabalho” deveria ser visto de maneira assustadora.
D
Um bom filme, um bom livro, de acordo com o texto, deveriam provocar na audiência, no leitor, a sensação de “quero mais”.
E
Podemos inferir, lendo o texto que, para o autor, o que se desgasta são bens como sapatos, geladeiras, eletrodomésticos, por exemplo. Com o homem, o que acontece é um constante aprendizado. Tal fato pode ser comprovado na passagem: “Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.”
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UNICENTRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Levando em consideração a obra dos escritores Paulo Leminski e Helena Kolody e os textos a seguir assinale a alternativa incorreta:

A estrela cadente
Me caiu ainda quente
Na palma da mão
(Paulo Leminski)

Nas mãos inspiradas
nascem antigas palavras
com novo matiz
(Helena Kolody)


A
O livro “Viagem no Espelho”, de Helena Kolody, tem como forte traço a reflexão acerca do próprio fazer poético, além de apresentar ao leitor um universo onde predominam poemas curtos que destacam a brevidade da poesia.
B
Os dois textos são considerados haicais porque possuem três versos, usam linguagem compreensão e conseguem alto grau de expressão linguística com a utilização concisa e sintética de palavras.
C
Marca registrada na obra dos dois autores declarados, Haicais são compostos por dois versos pentassílabos e um heptassílabo, o que confere economia de palavras e contribui para precisão e objetividade.
D
A obra de Paulo Leminski ficou marcada pela concisão, irreverência e coloquialidade, elementos que o autor fundiu de maneira dinâmica com rigor formal.
E
Embora seja comum nos haicais a composição em versos pentassílabos e heptassílabos, essa estrutura não é exatamente necessária para que um poema se enquadre nessa estética. A simplicidade linguística e a profundidade de sentido podem conferir um terceto o título de haicai, ainda que este seja composto por versos decassílabos como nos textos acima.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Inexiste nexo de equivalência referencial no texto entre

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
“a lógica dos dinossauros” (l. 4) e “A cultura dominante” (l. 1).
B
“o big bang” (l. 23-24) e “processo cosmogênico” (l. 22-23).
C
“a competição” (l. 39) e “cultura do capital” (l. 38).
D
“recursos de reengenharia da violência” (l. 55-56) e “O ser humano” (l. 53).
E
“tais forças” (l. 66-67) e “Todas essas forças” (l. 41-42).
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se os aspectos temáticos do texto, é correto afirmar que o locutor
I. reconhece que a evolução humana sempre foi marcada pela violência reforçada por um conjunto de forças naturais e sociais, o que dificulta sua superação.
II. apresenta argumentos que, seguindo a linha de raciocínio de Freud, sustentam a tese de que será totalmente impossível controlar o instinto de agressividade do homem.
III. mostra o perigo do retorno à barbárie, caso os indivíduos não se proponham urgentemente a desmontar o potencial de destruição que carregam consigo, dando um novo rumo à história da humanidade.
IV. defende que é indispensável a busca de uma cultura da paz a partir das próprias pessoas, que são providas também de componentes genéticos que lhe permitem a socialização, impedindo, assim, a sua extinção da Terra.
V. acredita que os povos se desumanizaram com o processo evolutivo, buscando sempre o poder e o sucesso, de sorte que o fim do gênero humano se assemelha ao dos dinossauros, cuja lógica era pautada na cultura do medo e da guerra.

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado.

A
I e II.
B
II e III.
C
IV e V.
D
I, III e IV.
E
III, IV e V.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto, as ações humanas que se configuram como bullying

CAMARGO, Orson. Bullying. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
ocorrem, sobretudo, em países subdesenvolvidos.
B
constituem crime, requerendo, desse modo, indenização à vítima.
C
passaram a constituir um assunto discutido, durante o ano, em todas as escolas.
D
representam invariavelmente uma forma de vingança de maus-tratos antes sofridos.
E
são praticadas, não raro, como meras brincadeiras feitas com pessoas frágeis e indefesas.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A charge evidencia um contexto familiar marcado



AMARILDO. Charge. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016
A
pela imprudência do menino ao interromper a audiência de uma notícia na qual sua genitora estava muito interessada.
B
pela ousadia da criança que se julga no direito de atrapalhar o adulto porque deseja algum esclarecimento sobre algo sem grande relevância.
C
por uma atitude incongruente da mãe do garoto que lamenta a violência que atinge os jovens do noticiário televisivo, mas agride o filho desnecessariamente.
D
por um momento de quebra de concentração de uma pessoa em decorrência da falta de sensatez da outra, que não sabe esperar a ocasião propícia para ser ouvida.
E
pela falta de capacidade do menor de perceber a dor vivenciada, naquele instante, por aquela que sempre se dedicou a ele em todas as situações que demandaram seus cuidados.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Para o autor do texto, a violência, no Brasil

CAMARGO, Orson. A violência no Brasil, outro olhar. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
constitui um problema típico dos grandes centros urbanos, que se apresentam com instituições de controle social muito deficientes.
B
surge com o advento do progresso de forma desordenada, sem as bases necessárias para suprir os anseios do povo em face das novas descobertas.
C
possui raízes históricas, alicerçadas, ao longo do tempo, pelos mais variados fatores que vêm contribuindo para que ela ganhe proporções desmedidas.
D
resulta da influência dos meios de comunicação e difusão de notícias, gerando, cada vez mais, a ânsia de eliminação dos que perturbam a ordem social.
E
é fruto exclusivo de um processo de colonização marcado pela agressão física e moral, o que causou revolta e desejo de superação por parte dos descendentes dos agredidos.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É um argumento apresentado pela voz autoral, que está voltado para a continuidade da violência no país, o indicado em

CAMARGO, Orson. A violência no Brasil, outro olhar. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
A burocracia atrapalha a atuação da força policial, que se desestimula e passa a não se empenhar para a manutenção da ordem social.
B
O ser humano, diante dos fatos presenciados, incorpora a ideologia social em vigor e vai atropelando os seus semelhantes para atingir seus objetivos.
C
A frustração popular, por não poder nivelar-se ao padrão de vida dos que possuem poder aquisitivos, é a maior causa da brutalidade que capeia no Brasil.
D
A coparticipação dos poderes públicos no que diz respeito aos atos de selvageria que grassam no país reforça a audácia dos que apostam na impunidade.
E
A alienação da consciência humana pelo sistema em vigor no país transforma o povo brasileiro em massa de manobra para os que querem ver o caos social.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Advérbios, Análise sintática, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com relação aos aspectos coesivos presentes no texto e seus efeitos de sentido, está correto o que se afirma em
I. O advérbio “especialmente” (l. 4) destaca o uso do trabalho escravo africano em relação ao indígena. II. O conector “que” (l. 11) dá progressão temática ao texto restringindo a ideia expressa por “a urbanização acelerada” (l. 11).
III. A expressão “Em contrapartida” (l. 18) introduz uma concessão relacionada com o informe que será apresentado a seguir.
IV. O vocábulo “mais” (l. 28) modifica “diversos” (l. 28), intensificando-lhe o sentido, em um contexto opinativo sobre o incremento de ações por parte dos variados âmbitos sociais com o objetivo de debelar a violência.
V. O conectivo “mas também” (l. 29-30) acrescenta outras medidas indispensáveis ao combate da tirania que ganha cada vez mais espaço no Brasil

A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão corretas é a

CAMARGO, Orson. A violência no Brasil, outro olhar. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016. Adaptado.

A
I e II.
B
II e III.
C
I, IV e V.
D
II, III e IV.
E
III, IV e V.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo Luís Alves, a



ALVES, Luis. O verdadeiro otimista. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016.
A
crença no destino faz a pessoa sonhar e, assim, aguardar, sem ansiedade, o porvir.
B
confiança nas próprias aptidões move o indivíduo à ação e se traduz em resultados positivos.
C
responsabilidade das conquistas humanas reside na certeza do homem de que nasceu para ser feliz.
D
esperança dá asas à imaginação, que desperta o desejo na pessoa de batalhar para vencer obstáculos.
E
luta em busca das metas traçadas já é meio caminho andado para a consecução do que foi planejado.
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UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na interação verbal entre Susanita e Mafalda, o humor é desencadeado pelo neologismo INVEJÓLOGO, criado para designar a futura especialidade médica do “filho da D. Susanita”. O processo de formação dessa palavra indica

Para responder à questão , considere a tira abaixo.



A
a invariabilidade imanente da língua.
B
a fragilidade da língua colocada em risco de deterioração.
C
o dinamismo da língua na criação de novas palavras.
D
a impossibilidade de a língua se adaptar ao contexto social dos falantes.
E
a inadequação do uso do radical grego para indicar a nova profissão.
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UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Vocativo e Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, Diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, Adjunto Adverbial e Aposto, Análise sintática, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as seguintes afirmativas:

I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.

É correto apenas o que se afirma em

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
II e III
B
I e III
C
I e IV
D
II, III e IV
E
I, II e III
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UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Valendo-se de um tom de contestação, o poema “Não há Vagas” critica, fundamentalmente,

Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
 Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão

O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras

- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas

Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço

O poema, senhores,
não fede
nem cheira

Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de ago. 2018.
A
a escassez de emprego e a carência com relação aos gêneros alimentícios de primeira necessidade, como “arroz” e “feijão”.
B
a alienação de determinado tipo de poeta, para quem os problemas sociais e os dramas diários não devem afetar a poesia.
C
o marasmo do funcionário público “fechado em arquivos” e do operário “nas oficinas escuras” diante de suas próprias mazelas sociais.
D
a desigualdade social e a injustiça face àqueles que passam fome, não encontram emprego, pois nunca “há vagas”.
E
as relações perversas entre patrão e empregado, denunciando a falta de sensibilidade e de justiça social.
c6be6ebb-fd
UNICENTRO 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere o funcionamento das asserções abaixo.
I. Discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço.

PORQUE
II. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar.

A alternativa correta é:

Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
A
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa da primeira.
C
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
D
A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
E
As asserções I e II são proposições falsas.