Questõesde ESPM sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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ESPM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O autor defende a ideia de que:

    Quando se conversa, deve-se evitar as frases feitas que são verdadeiras chapas. Exemplos: em um enterro, dizer “que não se morre senão uma vez”, que “basta estar vivo para morrer”, que “o morto é feliz porque deixou de sofrer”, que “Deus sabe o que faz e escreve certo por linhas tortas” ou que “as grandes dores são mudas”. Quando se visita um doente, não há necessidade de levar no bolso sentenças desse jaez: “a saúde é a maior das fortunas”, “somos nós que pagamos pelos excessos de nossos pais” ou “a ciência, que tudo pode, ainda não encontrou remédio para os pequenos males”. Em todos os setores das atividades sociais, há frases no mesmo estilo e que convém deixar ao cuidado do Conselheiro Acácio que nelas se esmerou.

(Marcelino de Carvalho, Guia de Boas Maneiras)
A
deve-se evitar frases clichês, mas pode-se confiar em quem se esmera em frases delicadas.
B
em visita a um doente, embora não haja necessidade, uma frase amável já conhecida conforta mais.
C
para sair do universo de frases feitas, é recomendável sentenciar adotando o estilo do Conselheiro Acácio.
D
infelizmente o Conselheiro Acácio não previu frases para todos os setores das atividades sociais.
E
deve-se poupar o próximo de exemplos do repertório de lugares comuns.
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ESPM 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto


A graça da tira decorre:

A
da existência de "ruído" na comunicação, efetuada por Hagar, sobre um relacionamento amoroso anterior ao atual.
B
de uma fala metafórica de Hagar que, ao dirigir-se diretamente à própria esposa, refere-se às qualidades de uma terceira pessoa.
C
da diferença do nível de linguagem usado pelo emissor para se dirigir aos interlocutores, fato que fez sugerir a existência de duas mulheres.
D
do não entendimento de um discurso ambíguo bastante comum, no qual se dirige a um interlocutor, referindo-se a ele como se fosse uma terceira pessoa.
E
da dificuldade de compreensão no discurso de Hagar, por parte do amigo Ed Sortudo, devido aos traços de formalidade da linguagem erudita.
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Segundo o texto:

    Afora espíritos essencialmente satíricos e caricatos como Emílio de Menezes, outros havia, como Lima Barreto, que parece se vingavam das desditas da existência transbordando o fel da maledicência travestido em constantes ataques a tudo e a todos. (...) Raro era o homem de letras e, até mesmo, o homem público que tivesse passado a vida sem experimentar a vivência belicosa da polêmica. Tal era a frequência, que tinha foros de gênero literário que alguém poderia cultivar e no qual fosse, por assim dizer, um especialista. As biografias dos grandes homens da época são, a esse respeito, bastante instrutivas. Não são poucos aqueles cujos biógrafos qualificam de polemista como poderiam qualificar de publicista, romancista ou polígrafo.

(Antonio Luís Machado Neto, Estrutura social da república das Letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930, Edusp) 
A
As biografias dos grandes homens públicos ou de letras mostram, em geral, conduta avessa à polêmica.
B
Ataques pessoais entre literatos resultam invariavelmente de indivíduos com personalidades satíricas e caricatas.
C
Muitos biógrafos equivocadamente qualificaram de polemista aqueles que são publicista, romancista ou polígrafo.
D
Emílio Menezes e Lima Barreto são figuras exemplares do mesmo tipo de personalidade polêmica.
E
De tão praticada, a polêmica acabou constituindo-se numa especialidade literária.
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O autor defende que:

“É Brasileiro, já passou de Português...”


 
  A ideia de uma língua única, que não se altera, é um mito, pois a heterogeneidade social e cultural implica a heterogeneidade linguística.
    (...)
   Embora Brasil e Portugal tenham uma língua comum, é nítido a qualquer falante do português que existem diferenças entre o português falado nos dois países – claro que elas também existem com relação aos demais países de língua portuguesa. (...) Essas diferenças são tão grandes que podemos afirmar que no Brasil se fala uma língua diferente da de Portugal, que os linguistas denominaram de português brasileiro. Isso é tão evidente que, se você observar um processador de textos, o Word, por exemplo, na ferramenta idiomas há as opções português e português brasileiro ou português (Brasil). Por quê? Como são línguas diferentes, o corretor automático do processador precisa saber em que “língua” está sendo escrito o documento, pois o português europeu e o brasileiro seguem regras diferentes.
 Quando ouvimos um habitante de Portugal falando, percebemos imediatamente um uso diverso da língua. A diferença mais perceptível é de ordem fonológica, ou seja, na maneira de produzir os sons da língua. Identificamos rapidamente que ele fala português, porém com “sotaque ou acento lusitano”. Se atentarmos com mais cuidado, perceberemos, entretanto, que as diferenças não são apenas de ordem fonológica. Há também diferenças sintáticas (poucas) e lexicais. Um mesmo conceito é designado por significantes diferentes, o que prova o caráter imotivado do signo linguístico. (...)

(Ernani Terra, Revista Língua Portuguesa, adaptado, julho/2018)
A
Há diferenças linguísticas tão grandes, com regras também tão diferentes, que se constatam duas línguas diversas: o português de Portugal e o português europeu.
B
Diferenças de ordem fonológica ocorrem quando um mesmo significado é designado por significantes diferentes.
C
Diferenças linguísticas em outros países, como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste e São Tomé e Príncipe, são tão pequenas que não chegam a caracterizar línguas diferentes.
D
As alterações linguísticas entre Portugal e Brasil ocorrem principalmente, por serem mais verificáveis, no campo da escrita.
E
O signo linguístico não necessita, para sua existência, de um caráter motivado.