Questõessobre Morfologia - Pronomes

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UFC 2013 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Funções morfossintáticas da palavra SE, Morfologia - Pronomes

Na passagem: Para isto se escrevem as cartas de amor, quanto à voz do verbo e à função da palavra se, temos, respectivamente:

A
Voz ativa e pronome apassivador.
B
Voz passiva e pronome reflexivo.
C
Voz passiva e pronome apassivador.
D
Voz reflexiva e pronome apassivador.
E
Voz ativa e índice de indeterminação do sujeito.
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UFC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Advérbios, Pronomes pessoais retos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que indica corretamente a que se refere o termo sublinhado.

ALVES, Rubem. O retorno e eterno: crônicas. Campinas, SP: Papirus, 1992, p. 43-44. 


Com base no texto 01, responda à questão.

A
“antecedem este” (linha 09) – pintor (linha 10).
B
a ocupavam” (linha 10) – porta (linha 10).
C
elas são feitas” (linha 17) – notícias (linha 17).
D
“realizar aquilo” (linha 18) – abraço (linha 19).
E
“está ali” (linha 20) – lugar (linha 20).
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IF-PR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Colocação Pronominal, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Dentre as expressões numeradas no texto, assinale a alternativa que apresenta quais aceitariam a mesma construção que a do período: “A porta bateu-lhe atrás com estrondo”, quando substituído um de seus termos pelo equivalente pronome (lhe, lhes), mantendo, inclusive, a colocação posterior ao verbo.

        Leia o trecho retirado do conto “O iniciado do vento”, de Aníbal Machado, que servirá de base para a questão.

        A autoridade policial e o agente da estação abriram caminho, pedindo a todos que se afastassem (1). Cada qual queria ser o primeiro a ver a cara do engenheiro (2). Este, calmo e alto, surgiu na plataforma do vagão. Não sabia que viajara com algum personagem importante; mas logo, pela convergência geral dos olhares em sua pessoa, compreendeu tudo. E empalideceu. Alguém teria dado o aviso de sua chegada (3).

        Houve o silêncio de alguns instantes para a “tomada” de sua figura; em seguida, rompeu um murmúrio indistinto, mas hostil, cortado pelas sílabas tônicas de alguns palavrões conhecidos, se não de palavrões sussurrados por inteiro.

        – Para o Hotel Bela Vista? Interrogou o delegado.

        – Sim, respondeu o acusado numa voz firme que reconheceu não ser a sua.

        Os moleques tinham combinado uma vaia com busca-pés que o perseguissem durante o trajeto até o Hotel. Maltrapilhos e abandonados, brigavam sempre entre si, mas o fato de ter sido um deles a vítima, unia-os agora no ódio comum ao engenheiro (4). Disso tirou partido o próprio escrivão do crime com uma parcialidade que a população aplaudia, e que o juiz da Comarca, severo, mas sempre alto e distante no desempenho de suas funções, ignorava.

        De tal juiz se dizia que era bom demais para aquele burgo. (...) Nunca porém o quiseram elevar àquelas cumeadas. Sempre elogios, jamais a promoção.

         Mediante manobras mesquinhas que escapavam aos olhos do juiz (5) sempre voltados para o mais alto e o mais longe, o seu esperto escrivão conseguira prestígio e se fazia temido na cidade. (...)

         [Já em seu quarto, aparece a dona hotel com chá e frutas]

        – O senhor deve estar lembrado de mim.

        – Sim, como não?

        – Vinte e tantos dias o senhor foi meu hóspede, não é verdade?

        Colocou a bandeja na mesa. O engenheiro permanecia silencioso. (...)

        A hoteleira não leva a mal o mutismo do hóspede (6). Estava triste e preocupado, era natural. (...) Ao sair, lembrou-se de dizer:

         – Há um advogado lá embaixo, na sala, querendo falar-lhe. (...)

        – Hein?!... Faça-o subir, tenha a bondade. (...)

        O advogado entrou ofegante. A porta bateu-lhe atrás com estrondo. Vinha oferecer-lhe seus serviços profissionais. Ali, naquela terra, tirante o juiz, “fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!” (...)

– A que horas é o interrogatório? Perguntou calmamente o engenheiro.

A
5 e 6
B
2 e 3
C
1 e 2
D
1 e 4
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IF-PR 2019 - Português - Pronomes demonstrativos, Advérbios, Pronomes pessoais retos, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Os pronomes e advérbios são elementos textuais utilizados para promover a coesão do texto. Entre os elementos numerados e em negrito no texto, assinale aquele que apresenta um uso indevido.

TEXTO DE REFERÊNCIA PARA A QUESTÃO.


Objetivos dos fios de sustentação


        Os fios de sustentação podem ser colocados em diferentes níveis do rosto e do corpo para tratar a pele flácida. (1)Eles permitem reapertar a pele e, assim, rejuvenescer as características sem cirurgia.

         (2)Esse procedimento tem resultados expressivos, podendo dar uma aparência mais jovem para a pessoa que o realiza.

        Nem todas as pessoas podem realizar o tratamento, como por exemplo, (3)aquelas com a pele fina, muito relaxada ou enrugada. Isso acontece geralmente nas pessoas com a idade muito avançada, (4)onde o procedimento seria muito agressivo.

(Disponível em: https://www.cirurgia.net/fios-desustentacao, acessado em 08/07/2019.)

A
(1)Eles
B
(2)Esse
C
(3)aquelas
D
(4)onde
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Nas frases a seguir, estão sublinhadas algumas palavras que podem ser substituídas por pronomes. Selecione a alternativa que contém os pronomes adequados, respectivamente, quando feita a substituição desses nomes.


I – Marta esteve presente na festa do seu professor.
II – A menina de olhos azuis é filha do meu irmão.
III – Minha irmã emprestou a mim um casaco.
IV – Dei aos meus filhos presentes úteis.
V – O médico abraçou seu antigo paciente.

A
Dela, ele, me, lhe, ele.
B
Dele, ela, me, lhes, o.
C
Dele, ela, lhe, lhes, o.
D
Dele, ela, me, lhes, ele.
E
Dele, ela, me, lhes, a.
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IF-RS 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes pessoais retos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Os pronomes “àquela” (l. 02), “ela” (l. 03) e “eles” (l. 03) estão resgatando quais palavras anteriormente citadas, na ordem em que aparecem no texto?

A
lado – geração – intelectuais
B
Primeira Guerra – França – gaúchos
C
geração – França – gaúchos
D
geração – segunda pátria – gaúchos
E
dúvida – geração – intelectuais
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Univap 2016 - Português - Colocação Pronominal, Morfologia - Pronomes

A alternativa correta, quanto à colocação do pronome, é

A
Necessito encontrá-lo logo, me disse aflito o rapaz.
B
Esta pesquisa é um trabalho que absorve-me tempo demais.
C
Em tratando-se de estações do ano, prefiro o verão.
D
Tudo se resolve com o passar do tempo.
E
Se optassem por este novo processo, teriam-se obtido melhores resultados.
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Univap 2016 - Português - Pronomes pessoais retos, Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Complete a frase com os pronomes e indique a opção correta, dentre as indicadas abaixo. Se é para ................. dizer o que penso, acredito que nada mais há entre .................

A
mim, eu e tu
B
mim, mim e ti
C
eu, mim e tu
D
eu, eu e t
E
eu, mim e t
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Univap 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto, Morfologia - Pronomes

(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes que vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.


A alternativa cuja frase pode substituir, corretamen- te, o trecho acima, considerando-se o emprego do pronome relativo, é

A
(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes os quais vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.”
B
(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes cujos vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.”
C
(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes as quais vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.”
D
(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes cujas vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.”
E
(...) ajudar a preservar as tartarugas gigantes quantas vivem nas proximidades do vulcão Cerro Azul, na ilha Isabela, das Ilhas Galápagos.”
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Univap 2016 - Português - Colocação Pronominal, Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Em “Dê-me um cigarro”, quanto à colocação do pronome oblíquo “me”, em obediência às normas gramaticais da Língua Portuguesa, ocorreu

Leia os versos, abaixo, e responda à questão.


Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

ANDRADE, O. Obras completas. Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

A
próclise, por tratar-se de início de frase.
B
ênclise, por razões de eufonia.
C
mesóclise, pois o verbo “dar” apresenta-se no Futuro do Presente do Indicativo.
D
ênclise, pois trata-se de início de frase.
E
mesóclise, pois encontra-se no meio do verso poético.
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IF-BA 2019 - Português - Adjetivos, Interjeições, Advérbios, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Morfologia - Pronomes

Em “não evitará o crime” e “não se mobilizar para protegê-la”, as palavras em destaque funcionam morfologicamente no contexto em questão como:

A
Conjunção.
B
Advérbio de negação.
C
Interjeição.
D
Adjetivo.
E
Pronome adjetivo.
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UPE 2016 - Português - Regência, Colocação Pronominal, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

No que se refere a alguns aspectos formais presentes no Texto 1, analise as proposições a seguir.

I. No trecho: “(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.” (2º parágrafo), a substituição da forma verbal ‘acalentava’ por ‘nutria’ acarretará a seguinte alteração na regência: ‘(...) e da sua ama de leite (a mãe preta), em cujo leite afro nutria seu filho branco.’.
II. No trecho: “Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros.” (3º parágrafo), a forma verbal destacada está no plural em concordância com o predicativo plural ‘negros’.
III. No trecho: “Ouvimos muitos comentários (...) de que o grande mal do Brasil é o ‘jeitinho brasileiro’, que é atrelado à corrupção.” (1º parágrafo), o sinal indicativo de crase é opcional, já que o verbo ‘atrelar’, no contexto em que se insere, pode também ser transitivo direto.
IV. O segmento destacado no trecho: “Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país.” (6º parágrafo) exemplifica um caso de próclise; a forma enclítica correspondente é ‘fazem-no’.

Estão CORRETAS:

Texto 1

COMPREENDER O BRASIL É DIFÍCIL, MAS NÃO IMPOSSÍVEL

     Ouvimos muitos comentários de analistas sociais e também do senso comum (sobretudo) de que o grande mal do Brasil é o “jeitinho brasileiro”, que é atrelado à corrupção. Pois bem, a observação não é de todo errada, mas esconde outro truísmo aparente. Os males do Brasil enquanto nação e enquanto Estado assentam-se em dois pilares: o genocídio indígena e a escravidão africana.
     Advém daí o machismo e a cultura do estupro: as índias foram as primeiras a serem violentadas pelo colonizador europeu, o que acabou naturalizando essa abominável prática de invasão do corpo do outro, tempos depois aplicando-se o mesmo “método” no corpo da mulher negra e da mulher branca. Os escravocratas, em uma sociedade patriarcal, tornaram legítima também a decisão sobre o corpo da mulher, inclusive da sua esposa: bela, recatada e do lar, e da sua ama de leite (a mãe preta), cujo leite afro acalentava seu filho branco.
     Advém daí o racismo: o colonizador branco, com a chancela da religião cristã e da ciência, arrogou para si a superioridade racial branca, em detrimento do negro, do indígena e do asiático. Nem o questionável 13 de maio nem o estado democrático de direito superou isso. Isso é reproduzido hoje em nível societário. Quem mais morre nas periferias das cidades brasileiras são negros. Alguém cantou num passado recente “todo camburão tem um pouco de navio negreiro”.
     Advém daí o paternalismo: transplantamos para nossas relações humanas as antigas relações típicas de senhor escravo, não na acepção nietzschiana (moral do senhor/moral do escravo), mas na acepção eugênica herdada do darwinismo social de Spencer, que hierarquizou as raças, estando essas associadas ao processo civilizatório de aculturação do indígena, método descrito de forma primorosa por Alfredo Bosi em “As flechas do Sagrado”. Os jesuítas arrogaram para si a responsabilidade por “cuidar do indígena”, inculcando no colonizado a dependência contínua na esteira da “benevolência” mal intencionada. Mal sabiam os colonizadores que as etnias também negociavam, como enunciou Eduardo Viveiros de Castro em “A inconstância da alma selvagem”: os tupinambás jamais abriram mão do que lhes era essencial, a guerra.
     Advém daí o genocídio negro: desde 1982 até 2014 foram 1,2 milhões de negros mortos pela polícia nas periferias, dados da Anistia Internacional. O negro de hoje é o escravizado de ontem e o corpo reificado de anteontem. Na imprensa de hoje, a morte de um jovem branco de classe média suscita debates em torno da violência, ao passo que a morte de um negro é mais uma estatística. Do mesmo modo que a violência contra a mulher é naturalizada e contra a mulher negra duas vezes mais, pois aprendemos com a “globeleza” que o corpo negro feminino é o veículo do pecado e que o corpo feminino deve ser submetido à vontade do corpo masculino, estando apto desde sempre a servi-lo.
     Advém daí o genocídio indígena, ainda em curso. Ruralistas e posseiros o fazem à luz do dia no Norte e Centro-Oeste do país. A imprensa fala pouco, o silêncio cemiterial em torno do tema é um crime confesso, típico de quem consente porque se cala.
     Advém daí a corrupção, pois, no processo colonizatório, legitimou-se a prática de que tudo tem seu preço, quando até mesmo o corpo do outro poderia ser negociado, outrora o escravizado, tempos depois o trabalhador fabril, hoje qualquer alma vulnerável ao consumismo em busca de status.
     Resumo da ópera: a corrupção é um subciclo de dois ciclos maiores: genocídio e escravidão. Por isso esses dois temas interessam a todos os brasileiros. Enquanto não encararmos isso, não avançaremos como povo ou como nação.

Victor Martins. Disponível em: http://www.circulopalmarino.org.br/2016/05/compreender-o-brasil-e-dificil-mas-nao-impossivel. Acesso em: 14/07/16. Adaptado.
A
I e III, apenas.
B
II e III, apenas.
C
I, III e IV, apenas.
D
II e IV, apenas.
E
I, II, III e IV.
f98e1823-e7
CÁSPER LÍBERO 2016 - Português - Colocação Pronominal, Crase, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que completa, de acordo, com a norma-padrão, as lacunas do período organizado a partir do texto: Se os cursos de filosofia se voltassem ______ interpretação sistematizada dos textos filosóficos, os alunos não ______ da capacidade de raciocinar com lógica; exercício inviável, sem que se ______ os textos canônicos da filosofia.

Leia o texto a seguir e responda à questao:


Os adolescentes e a filosofia

Vladimir Safatle


    Há poucos anos, o ensino de filosofia tornou-se matéria obrigatória para os alunos de ensino médio. Uma decisão acertada que leva em conta a necessidade de estudantes adolescentes desenvolverem habilidades críticas, além de compreenderem a complexidade da gênese de conceitos fundamentais para nossas formas de vida.

    De fato, a filosofia, tal como a conhecemos hoje, é o discurso que permite à chamada “experiência do pensamento ocidental” criticar seus próprios valores morais, estéticos, normas sociais e evidências cognitivas. A cláusula restritiva relativa ao “ocidente” justifica-se pelo fato de conhecermos muito pouco a respeito dos sistemas não ocidentais de pensamento. Temos, em larga medida, uma visão estereotipada de que eles ainda seriam fortemente vinculados ao pensamento mítico e, por isso, não teriam algo parecido à nossa razão desencantada, que baseia seus princípios na confrontação das argumentações a partir da procura do melhor argumento. É provável que em alguns anos tenhamos de rever tal análise.

    De toda forma, que adolescentes sejam apresentados à filosofia, eis algo que vale a pena conservar. A adolescência transformou-se entre nós em um momento de revisão profunda do sistema de valores e crenças, de abertura e de profunda insegurança. Em sociedades com tendências a criticar modelos de autoridade baseados no legado da tradição e na repetição de experiências passadas, sociedades que incitam os indivíduos a tomar em seus ombros a responsabilidade pela construção de seus estilos de vida, inclusive como estratégia para apagar os impasses propriamente sociais de nossos modelos de conduta e julgamento, a adolescência será necessariamente vivenciada de forma mais angustiante. Nesse sentido, o contato com a filosofia encontra um terreno fértil de questionamento.

    A avaliação dos livros e projetos pedagógicos normalmente direcionados a nossos alunos revela, no entanto, que deveríamos procurar outras estratégias de ensino. Nossos livros didáticos e paradidáticos são, na sua grande maioria, manuais de exposição da história da filosofia a partir de seus personagens principais. Os melhores se organizam a partir de temas específicos e do seu desdobramento nos últimos dois mil anos (o que, convenhamos, não é pouco tempo). Nos dois casos, alcança-se, no máximo, uma visão geral da história das ideias. Normalmente muito bem ilustrada.

    Melhor seria focar o ensino na leitura dirigida de textos maiores da tradição filosófica. Um adolescente tem todas as condições de ter uma primeira leitura produtiva de textos como O banquete ou A república, de Platão, Discurso sobre a origem da desigualdade, de Rousseau, Meditações, de Descartes, Além do bem e do mal, de Nietzsche, ou mesmo um texto como O que é o esclarecimento?, de Kant, entre tantos outros. São obras que abrem parte de suas questões diante de uma primeira leitura dirigida. Eles permitem ainda uma problematização sobre questões maiores como o amor, a política, a autoidentidade, a injustiça social e as aspirações da razão.

    Nesse sentido, ganharíamos mais se os cursos fossem direcionados, por um lado, ao aprendizado sistemático da leitura e da interpretação. Nossos alunos chegam à universidade sem uma real capacidade de compreensão e problematização de textos. Os cursos de Filosofia poderiam colaborar em muito para mudar tal realidade.

    Por outro lado, e sei que isso pode estranhar alguns, ganharíamos muito se uma parte dos cursos de Filosofia para os adolescentes fosse dedicada ao ensino da lógica. Nossos alunos chegam às universidades com dificuldades de escrita e raciocínio que poderiam ser minoradas se eles tivessem cursos de lógica. Sei que esta é uma das disciplinas de que nossos alunos de filosofia menos gostam, mas eles ganhariam muito, em todas as áreas, se tivessem uma formação mais sistemática no campo da lógica e da teoria do conhecimento.

    Neste momento em que a sociedade brasileira se dá conta da importância da luta pela qualidade do ensino, deveríamos parar de desqualificar a capacidade de raciocínio de nossos adolescentes. Eles merecem conhecer diretamente os textos e ideias que constituíram nossa experiência social. Esta seria uma estratégia melhor do que lhes apresentar manuais.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/760/os-adolescentes-e-a-filosofia-9201.html

A
à, se privariam, leiam
B
a, privariam-se, leiam
C
à, privar-se-iam, leia
D
a, se privariam, lessem
E
a, se privavam, lessem
0206a569-f9
UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Os pronomes servem para criar uma cadeia de referência a elementos que são retomados ao longo do texto. Aplicando esta ideia ao excerto do romance de Vidas Secas, é correto afirmar que


A
em “As crianças se espojariam com ela” (linhas 156-157), o pronome ela se refere à sinhá Vitória(linha 152), mãe das crianças.
B
no trecho “[...] emanações familiares revelavam-lhe a presença deles (linhas 123-124), o uso do pronome lhe faz referência à Baleia(linha 121)
C
no enunciado “O estrondo, a pancada que recebera no quarto e a viagem difícil no barreiro ao fim do pátio desvaneciam-se no seu espírito” (linhas 129-132), o pronome seu está se referindo a Fabiano(linha 122).
D
a forma pronominal deles(linha 124) retoma a expressão estes sons(linha 120).
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IF-MT 2016 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Advérbios, Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em relação aos aspectos linguísticos, assinale a alternativa correta.

A QUESTÃO REFERE-SE AO TEXTO I.

A
A locução conjuntiva concessiva ainda mais (primeiro parágrafo) é apenas enfática e poderia ser substituída por “ainda que” que não alteraria o sentido
B
A conjunção porém (2º parágrafo) estabelece uma relação conclusiva.
C
A palavra aquilo (3º parágrafo) faz referência ao nascimento de Zulmira
D
A expressão desde que (quinto parágrafo) é uma locução conjuntiva coordenada e estabelece relação causal.
E
O termo Agora (último parágrafo), indica tempo e remete ao momento da ação praticada pelo personagem Miranda.
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IF-PR 2016 - Português - Problemas da língua culta, Pronomes pessoais oblíquos, Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal, Morfologia - Pronomes

Assinale a alternativa que registra a mesma incorreção gramatical, contida no texto abaixo, segundo a norma padrão.

Escorpião: Os desafios podem lhe atrair, mas talvez não seja o dia de lhe fazerem bem (Gazeta do Povo, 13/09/2016).

A
Sagitário: Sua saúde e suas finanças podem desequilibrar-se. Mantenha-as sob controle e a vida lhe sorrirá.
B
Não o deixe sozinho por muito tempo, pois o menino é capaz de traquinagens surpreendentes.
C
Os formandos eram muitos e, por isso, o Reitor outorgou-lhes o grau coletivamente.
D
Não poderei ser feliz sem você, pois eu lhe amo incondicionalmente.
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Univap 2017 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

As escolas literárias, os movimentos artísticos, obras, estilos e propostas sempre foram uma rica fonte de inspiração para a publicidade. A partir do autorretrato de Tarsila do Amaral de 1923, foi criada uma propaganda na qual a pintora segura um frasco de um perfume. A pintora em destaque no anúncio foi a musa inspiradora de Oswald de Andrade que lhe dedicou o poema "Atelier", publicado em 1925 no periódico "Pau-Brasil". Nesse poema, no terceiro verso, o pronome relativo “que” retoma o termo

Observe as imagens, leia o poema e responda à questão que segue:



Imagem 1 - Autorretrato de Tarsila do Amaral



Imagem 2 - Propaganda Tarsila Rouge


Atelier

Caipirinha vestida de Poiret

A preguiça paulista reside nos teus olhos

Que não viram Paris nem Piccadilly

Nem as exclamações dos homens

Em Sevilha

À tua passagem entre brincos

Locomotivas e bichos nacionais

Geometrizam as atmosferas nítidas

Congonhas descora sobre o pálio

Das procissões de Minas

A verdura no azul klaxon

Cortada

Sobre a poeira vermelha

Arranha-céus

Fordes

Viadutos

Um cheiro de café

No silêncio emoldurado

ANDRADE, Oswald de. Pau Brasil (1925). Cadernos de Poesia do aluno Oswald (Poesias reunidas), 2003.


A
olhos.
B
caipirinha.
C
vestida de Poiret.
D
a preguiça paulista.
E
Paris.
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IF-PE 2017 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

No que se refere às relações sintáticas utilizadas na construção do trecho transcrito de Macunaíma, no TEXTO, analise as afirmativas a seguir.

I. Em “A inteligência do herói estava muito perturbada”, na primeira linha do texto, “muito perturbada”, funciona como predicativo do sujeito.
II. Em “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, “um respeito cheio de inveja” funciona como objeto direto da forma verbal “tomou”.
III.No trecho “Tomou-o um respeito cheio de inveja”, o pronome oblíquo em “Tomou-o” é um elemento catafórico que se remete à expressão “o herói”, no início do segundo parágrafo.
IV.No período “Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada”, a expressão “numa cisma assombrada”, sintaticamente, funciona como adjunto adverbial.
V. Em “A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto”, a forma verbal gostava possui dois objetos indiretos, respectivamente, “deus” e “distintivos femininos”.

Estão CORRETAS apenas as proposições

Piaimã

     A inteligência do herói estava muito perturbada. Acordou com os berros da bicharia lá em baixo nas ruas, disparando entre as malocas temíveis. E aquele diacho de sagui-açu (...) não era saguim não, chamava elevador e era uma máquina. De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados berros cuquiadas sopros roncos esturros não eram nada disso não, eram mas cláxons campainhas apitos buzinas e tudo era máquina. As onças pardas não eram onças pardas, se chamavam fordes hupmobiles chevrolés dodges mármons e eram máquinas.
   O herói aprendendo calado. De vez em quando estremecia. Voltava a ficar imóvel escutando assuntando maquinando numa cisma assombrada. Tomou-o um respeito cheio de inveja por essa deusa de deveras forçuda, Tupã famanado que os filhos da mandioca chamavam de Máquina, mais cantadeira que a Mãe-d’água, em bulhas de sarapantar. Então resolveu ir brincar com a Máquina pra ser também imperador dos filhos da mandioca. Mas as três cunhãs deram muitas risadas e falaram que isso de deuses era gorda mentira antiga, que não tinha deus não e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata. A máquina não era deus não, nem possuía os distintivos femininos de que o herói gostava tanto. Era feita pelos homens. Se mexia com eletricidade com fogo com água com vento com fumo, os homens aproveitando as forças da natureza. Porém jacaré acreditou? nem o herói!
[... ]
     Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranhacéu com os manos, Macunaíma concluiu: — Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate.
ANDRADE, Mário. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Belo Horizonte: Itatiaia, 1986. p. 110.
A
I, III e V.
B
II e IV.
C
I e IV.
D
III, IV e V
E
II, III e V.
8055e4c1-b0
UNEMAT 2017 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes demonstrativos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

Em uma produção textual, os pronomes este e lhe são elementos usados para referência, podendo se relacionar a termos já citados ou a termos posteriores a eles. No texto A casa caiu, tais pronomes se referem respectivamente

A CASA CAIU

     O empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, contou ao juiz Sérgio Moro, em depoimento em Curitiba, que o apartamento tríplex, no Guarujá, era do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que este lhe deu ordens para destruir toda a documentação que juntou contendo dados sobre depósitos de propinas. O ex-ministro de Lula e de Dilma Rousseff, Antônio Palocci, se dispôs a fornecer fatos, nomes, endereços e documentos que darão trabalho por pelo menos mais de um ano à força-tarefa da Operação Lava Jato. Ou seja, a casa de Lula caiu e a batata dos ex-presidentes petistas pode queimar mais cedo do que se pensava.
José Nêumanne

Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3, na sexta-feira, 21 de abril de 2007. Disponível em: www.estadao.com.br Acesso em maio 2017. (Adaptado)
A
ao empreiteiro Léo Pinheiro e ao ex-presidente Lula.
B
ao apartamento tríplex e ao ex-presidente Lula.
C
ao ex-presidente Lula e ao juiz Sérgio Moro.
D
ao empreiteiro Léo Pinheiro e ao juiz Sérgio Moro.
E
ao ex-presidente Lula e ao empreiteiro Léo Pinheiro.
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FAG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Pronomes possessivos, Gêneros Textuais, Coesão e coerência, Sintaxe, Morfologia - Pronomes

Leia as afirmações abaixo a respeito do Texto 2:


I. Na linha 2, o autor afirma que “o jornalismo é também um pouco de sociologia”. O uso da palavra também faz pressupor outro significado além do que está explícito no texto, a saber: O jornalismo é tudo e mais um pouco.
II. Na linha 2, ocorre o conectivo ‘‘mas’’, que manifesta uma relação de contradição entre dois enunciados: O jornalismo pode conter sociologia, não como um todo e sim, como parte.
III. Na linha 6, a expressão ‘‘quanto mais’’ manifesta uma relação proporcional entre dois termos, quais sejam: jornalismo racional e jornalismo emocional.
IV. Na linha 9, está dito: “e rachou o seu corpo”; nas linhas 9 e 10 afirma-se: “não era o seu filho”. O pronome possessivo em cada caso refere-se na 1.ª colocação ao corpo do menino P... e na 2.ª colocação está se referindo a do Personagem F... Tais recursos são indispensáveis no texto, caso contrário a coesão e coerência ficariam comprometidas.
V. Na linha 10, afirma-se: “F. descobrira isso poucos minutos antes...”. O caso de coesão por catáfora faz referência à descoberta que o menino P... não era o seu filho.
VI. O texto “O pulo do gato” caracteriza-se como uma resenha crítica.


Está correto o que se afirma em:

Texto 2 - O pulo do gato

    O grande perigo do jornalista que começa é o de cair na presunção sociológica. É claro que, tratando da sociedade, o jornalismo é também um pouco de sociologia — mas a sociologia deve ir para o lugar próprio, os artigos elaborados com mais tempo, os editoriais e tópicos e, bem digerida em um texto fluido, a reportagem.
    Jornalismo é razão e emoção. O texto apenas racional é frio, e só comunica aos que se encontrem diretamente interessados no assunto. O texto deve saber dosar emoção e razão, e é nesse equilíbrio que está o chamado "pulo do gato". Muitos jornalistas acreditam que o adjetivo emociona. Enganam-se. Quanto mais despida uma frase, mais cortante o seu efeito.
    "E amolou o machado, preparou um toco para servir de cepo, chamou o menino, amarrou-lhe as mãos, fez-lhe um sinal para que ficasse calado, e rachou o seu corpo em sete pedaços. O menino P., de cinco anos, não era seu filho e F. descobrira isso poucos minutos antes, quando discutia com a mulher." Leads como esse são sempre possíveis na reportagem de polícia: não necessitam de adjetivos. As tragédias, como os cantores famosos, dispensam apresentações.
Adaptada de : FIORIN, J L.; SAVIOLI, F.P. Para entender o texto: leitura e redação. São Paulo Ática, 2006)
A
I, II e IV.
B
I, III e V.
C
II, III apenas.
D
III, IV e V.
E
II, IV e V.