Questõesde UFMT sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 44 questões
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UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Coesão e coerência

Sobre os recursos linguísticos e textuais, assinale a afirmativa correta.


(CIPRO NETO, P. e INFANTE, U. Gramática da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003, p. 406.)

A
O pronome nada exerce morfologicamente a função de advérbio de intensidade.
B
Em Aposto que você insinuou alguma coisa!Mas o quê?, as duas ocorrências do pronome que possuem a função de estabelecer relação de soma e conclusão, respectivamente.
C
Em Ah!!minha cabeça, há elipse de sujeito.
D
No segundo quadrinho, o pronome isso é um elemento coesivo por retomar a segunda fala do primeiro quadrinho.
E
Na expressão o quê (último quadrinho), o vocábulo quê pode ser classificado morfologicamente como substantivo.
36f34c56-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Que intencionalidade estrutura o texto?


(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)

A
Anunciar qualidades de um produto, procurando persuadir o leitor a comprá-lo.
B
Destacar a beleza de uma nova linha de papel, utilizado em empresas e gráficas.
C
Fazer uma crítica ao excessivo desmatamento para transformar o verde em papel.
D
Sensibilizar o consumidor a comprar um novo produto: papel hidrográfico.
E
Despertar interesse de pessoas poliglotas a utilizarem material próprio para impressoras, copiadoras de multiuso.
37056cea-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A coluna da esquerda apresenta provérbios e a da direita, uma leitura possível para cada um. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.


1-Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

2-Camarão que dorme a onda leva.

3-Quem semeia vento colhe tempestade.

4-Em terra de cego, quem tem um olho é rei.


( ) As pessoas arcam com as consequências dos próprios atos.

( ) No meio de ignorantes, quem sabe pouco é sábio.

( ) O sofrimento alheio não nos faz sofrer, porque não nos afeta.

( ) Se não estiver atento a sua volta, será passado para trás


Assinale a sequência correta

A
4, 3, 2, 1
B
3, 4, 1, 2
C
3, 1, 2, 4
D
1, 4, 3, 2
E
2, 1, 4, 3
370df10d-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os sentidos do texto, assinale a afirmativa correta.


(CIPRO NETO, P. e INFANTE, U. Gramática da língua portuguesa. São Paulo: Scipione, 2003, p. 406.)

A
O segundo quadrinho remete à ideia de grande disputa entre as personagens.
B
O produtor do texto joga com as palavras muito/nada com o propósito de intensificar os sintomas da dor da personagem.
C
No primeiro quadrinho, o humor emerge da soma da linguagem não verbal, principalmente o tamanho minúsculo da cabeça da personagem maior, à verbal.
D
No último quadrinho, a quebra de expectativa quanto às falas das personagens mostra a adversidade entre as duas.
E
O sentido da tira se sustenta em uma visão machista de que homem não pode sentir dor.
36e992f3-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos linguísticos e textuais, assinale a afirmativa correta.

Fobias

        Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
        Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, o sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
        Mas, e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
        - Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...
        - Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
        - Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
        - Não é possível! O que você faz durante a noite?
        - Tricô.
        Uma esperança!
        - Com manual?
        - Não. Danação.
        - Você não tem nada para ler?
        - Bem ... Tem uma carta da mamãe.
        - Manda!

(VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.)
A
Com o emprego da primeira pessoa, o narrador distancia-se da narrativa.
B
As frases Uma esperança! e Danação. constituem exemplos de monólogo.
C
O final do texto quebra a expectativa do leitor, pois o autor é conhecido pelo humor.
D
As palavras fobia e mania, aglomeradas a outras, indicam o mesmo sentido.
E
A repetição da palavra , no primeiro parágrafo, enfatiza a busca do narrador por algum material de leitura.
36fb0d82-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A respeito da construção da peça publicitária, analise as afirmativas abaixo.


I - O produtor coloca em relevância o aspecto gráfico, utilizando palavras escritas com nuanças de cinza e letras com tipologias diferentes.

II - A escolha lexical, somada à maneira como são apresentadas as palavras, aumenta o efeito persuasivo do texto.

III - Um jogo de palavras cria duas possibilidades de leitura para o termo polígamo: uma denotativa – casar com mais de um elemento; e uma outra conotativa – ser usado de várias formas.


Está correto o que se afirma em


(ABAURRE, M. L. M. et alii. Português: contexto, interlocução e sentido.São Paulo: Moderna, 2008, p. 236.)

A
I, II, III.
B
II e III, apenas.
C
II, apenas.
D
I e III, apenas.
E
I, apenas.
36d353f9-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O narrador afirma que Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. o trecho assinalado sugere que a Bíblia é colocada nos quartos de hotel para

Fobias

        Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
        Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, o sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
        Mas, e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
        - Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...
        - Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
        - Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
        - Não é possível! O que você faz durante a noite?
        - Tricô.
        Uma esperança!
        - Com manual?
        - Não. Danação.
        - Você não tem nada para ler?
        - Bem ... Tem uma carta da mamãe.
        - Manda!

(VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.)
A
entreter os hóspedes.
B
difundir a Sagrada Escritura.
C
impor respeito aos hóspedes.
D
servir de decoração do ambiente.
E
mostrar a opção religiosa do hotel.
36cb0329-e6
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre as ideias do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) A Bíblia foi denominada best-seller pelo narrador por ser uma obra muito vendida em todo mundo.

( ) O narrador chamou seu problema de gutembergomania, relacionando-o a Gutemberg, inventor da imprensa no século XV.

( ) A recomendação, de maneira enfática e precisa, de algumas partes da Bíblia mostra que o narrador conhece a obra.

( ) O narrador solicitou uma companhia feminina, pois estava com insônia, sozinho em um quarto de hotel.


Assinale a sequência correta.

Fobias

        Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos), acrofobia (medo de altura), collorfobia (medo do que ele vai nos aprontar agora) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até treiskaidekafobia (medo do número treze), mas o pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a gutembergomania, uma dependência patológica na palavra impressa. Na falta dela, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham “Frio” e “Quente” escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri a lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
        Alguns hotéis brasileiros imitam os americanos e deixam uma Bíblia no quarto, e ela tem sido a minha salvação, embora não no modo pretendido. Nada como um best-seller numa hora dessas. A Bíblia tem tudo para acompanhar uma insônia: enredo fantástico, grandes personagens, romance, o sexo em todas as suas formas, ação, paixão, violência – e uma mensagem positiva. Recomendo “Gênesis” pelo ímpeto narrativo, “O cântico dos cânticos” pela poesia e “Isaías” e “João” pela força dramática, mesmo que seja difícil dormir depois do Apocalipse.
        Mas, e quando não tem nem a Bíblia? Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
        - Desculpe, cavalheiro, mas o hotel não fornece companhia feminina...
        - Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
        - Infelizmente, não tenho nenhuma revista.
        - Não é possível! O que você faz durante a noite?
        - Tricô.
        Uma esperança!
        - Com manual?
        - Não. Danação.
        - Você não tem nada para ler?
        - Bem ... Tem uma carta da mamãe.
        - Manda!

(VERÍSSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2001.)
A
V, V, F, F
B
V, F, V, F
C
F, V, F, V
D
F, F, V, V
E
V, V, V, F
80afd4a1-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à tira, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) No segundo quadrinho, Calvin declara-se mais exigente que todo mundo, o que justifica considerar-se, no primeiro quadrinho, diferente.

( ) A discordância de Haroldo à fala de Calvin é percebida por sua postura corporal e por seu silêncio no terceiro quadrinho.

( ) A fala de Calvin no último quadrinho revela que ele entendeu perfeitamente o significado do silêncio de Haroldo no quadrinho anterior.

( ) A explicação dada por Haroldo, no último quadrinho, é ambígua pois revela a sua descoberta da forte amizade que o liga a Calvin.


Assinale a seqüência correta.

 Leia a tira abaixo e responda à questão.



A
V, F, V, F
B
V, F, F, V
C
F, V, V, V
D
F, F, V, V
E
V, V, F, F
80b374b2-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Morfologia - Pronomes

Em relação aos recursos lingüísticos e textuais, assinale a afirmativa correta.

 Leia a tira abaixo e responda à questão.



A
No primeiro quadrinho, o pronome isso retoma Todo mundo busca a felicidade!
B
Em Eu não!, a elipse serve para evitar a repetição de parte da frase anterior.
C
A palavra Haroldo, no último quadrinho, tem a função de aposto.
D
O pronome lhe, no último quadrinho, na linguagem padrão deveria ser substituído pelo pronome o.
E
Na única fala de Haroldo, a palavra que, nas três ocorrências, é conjunção integrante.
80a15f4e-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A coluna da esquerda apresenta recursos expressivos usados na crônica e a da direita, exemplos deles. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.


1 - léxico relativo a futebol

2 - comparação

3 - enumeração de termos

4 - coesão por substituição


( ) Nesse esporte descampado todas as linhas são imaginárias - ou flutuantes, como a linha da água no futebol de praia

( ) Em suma, pelada é uma espécie de futebol que se joga apesar do chão. Nesse esporte descampado todas as linhas são imaginárias – ou flutuantes

( ) no meio da rua, em pirambeira, na linha de trem, dentro do ônibus, no mangue, na areia fofa, em qualquer terreno pouco confiável

( ) o moleque encara uma bola de couro, mata a redonda no peito e faz a embaixada com um pé nas costas


Assinale a seqüência correta.

 Leia trecho da crônica O moleque e a bola, de F. B. de Hollanda, e responda à questão.



A
2, 4, 3, 1
B
1, 2, 4, 3
C
4, 3, 1, 2
D
2, 3, 4, 1
E
4, 1, 2, 3
809875e8-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre o sentido do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) A imagem delineada da pelada contrapõe-se à do futebol oficial por ser espontânea e em campo improvisado.

( ) Gramado e chão são figuras usadas pelo produtor do texto para construir palcos onde a bola rola.

( ) Um campo oficial de futebol é imprescindível ao peladeiro visto que ele consegue fazer de uma laranja uma bola.

( ) A pelada caracteriza-se também pela ausência de linhas demarcadas no chão, de traves e rede no gol.


Assinale a seqüência correta.

 Leia trecho da crônica O moleque e a bola, de F. B. de Hollanda, e responda à questão.



A
V, V, F, V
B
V, F, V, F
C
F, V, F, V
D
F, F, V, V
E
F, V, V, F
809493e8-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Dom Pedro Casaldáliga, padre espanhol radicado na região de São Félix do Araguaia, é representativo de uma poética que, engajada, encoraja a luta contra o silêncio e a dominação, como exemplifica o texto Dá-nos a tua paz!, de Cantigas menores, obra publicada em 1979.


Dá-nos, Senhor, aquela Paz estranha

que brota em plena luta

como uma flor de fogo;

que rompe em plena noite

como um canto escondido;

que chega em plena morte

como beijo esperado.


Dá-nos a Paz dos que caminham sempre,

nus de toda vantagem,

vestidos pelo vento da Esperança.


Aquela Paz dos Pobres,

vencedores do medo.

Aquela Paz dos Livres,

amarrados à vida.


A Paz que se partilha na igualdade,

como a água e a Hóstia.


Aquela Paz do Reino, que vem vindo,

inviável e certo.


Dá-nos a Paz, a outra Paz, a tua,

Tu que és nossa Paz!


Em relação ao sentido da expressão aquela Paz estranha, primeiro verso, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Limita-se ao conceito de paz interior, individual, intransferível.

( ) É concedida ao homem, gratuitamente, como bênção divina.

( ) Emerge da revolução, vez que brota em plena luta.

( ) É flor de fogo que, necessária, ilumina, dá brilho, dá vida.

( ) É diferente, porque vem da luta e não da prece.


Assinale a seqüência correta.

A
F, F, V, V, F
B
V, V, V, F, F
C
V, V, F, F, V
D
F, F, V, V, V
E
V, F, F, V, V
809df416-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe, Orações coordenadas sindéticas: Aditivas, Adversativas, Alternativas, Conclusivas..., Orações coordenadas assindéticas, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação aos recursos expressivos, analise as afirmativas.


I - Os conectores Daí (linha 06), E quando (linha 07), Por isso mesmo (linha 10), além de cumprir sua função de estabelecer relação de sentido, contribuem para imprimir informalidade ao texto.

II - Períodos como O que conta mesmo é a bola e o moleque, o moleque e a bola, e por bola pode-se entender um coco, uma laranja ou um ovo, pois já vi fazerem embaixada com ovo., essencialmente coordenados, ao contrário dos subordinados, conferem às idéias um plano não hierárquico.

III - Em É a bola e o moleque, o moleque e a bola., elementos fônicos e sintáticos, como ritmo, sonoridade e frase curta, recriam o toque de bola e o movimento do jogo.

IV - A expressão como se sabe (linha 02) é usada no texto para recuperar uma informação que o leitor não detém, mas o produtor espera que seja tomada como verdadeira.


Estão corretas as afirmativas

 Leia trecho da crônica O moleque e a bola, de F. B. de Hollanda, e responda à questão.



A
II, III e IV, apenas.
B
II e III, apenas.
C
I, II e III, apenas.
D
III e IV, apenas.
E
I, II, III e IV.
808d4508-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia trechos do Avoante do Cariri, pseudônimo de Antônio Rodrigues Pimentel, poeta mato-grossense que, com olhar agudo sobre a realidade, tem sua obra enriquecida pela pluralidade temática. A coluna da esquerda apresenta trechos extraídos de vários volumes das Desovas em trovas e a da direita, sua caracterização. Numere a coluna da direita de acordo com a da esquerda.

1 Avoas baixo, mais do que perdiz
E entanto do meu vôo inda ris...
Não lembras o ditado que assim diz...
Antes fanhoso do que sem nariz...

2 Nem vejo tanta maldade
No agir do astuto Satã
Pois, bem mais grave é, em verdade
Tal represália malsã:
Punir-se assim a humanidade
Por causa de uma maçã.

3 Sonhei, um dia, best-seller vir a ser
E enfiar no bolso boa grana até,
Mas, afinal de contas, dei-me fé
Ser é besta-de-sela, sem querer.

4 Pra cobaia não deixes que te tomem!
Não confies ao INAMPS* o teu abdômen...
(Que estão fazendo cesariana em homem).

*Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (atualmente SUS)

( ) Há questionamento quanto à extensão do castigo imposto ao ser humano e presença de intertextualidade.
( ) Ao lado da crítica social, sobressai fina ironia em estilo predominantemente oral.
( ) O ditado popular, as escolhas lexicais e a sátira são utilizados para rebaixar a figura de um tu a quem se dirige o autor.
( ) O poeta, ao ironizar sua própria ilusão, brinca com a linguagem, criando trocadilhos.


Marque a seqüência correta.

A
3, 2, 1, 4
B
2, 4, 1, 3
C
2, 4, 3, 1
D
3, 1, 4, 2
E
1, 3, 2, 4
8090efe6-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Manuel de Barros, uma das mais sólidas referências literárias mato-grossenses, é autor de O homem de lata, da obra Gramática expositiva do chão, de 1968.


O homem de lata

Está na boca de espera

De enferrujar.


O homem de lata

Se relva nos cantos

E morre de não ter um pássaro

Em seus joelhos.


A partir da leitura do poema, assinale a afirmativa INCORRETA.

A
O homem de lata representa um repúdio de Manuel de Barros ao mundo do progresso tecnológico.
B
O homem de lata sofre a falta de um contato mais direto com o elemento natural, representado pelo pássaro.
C
Na poética de Manuel de Barros, é recorrente a valorização de coisas impróprias à geração de lucro.
D
Manuel de Barros, ao se referir a um homem criado pela tecnologia, enaltece o progresso materialista.
E
A ausência de uma comunhão com a natureza desvitaliza O homem de lata, prestes a enferrujar.
808550a2-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Coesão e coerência, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os Textos I e II, pode-se afirmar:


A
No Texto II, as aspas foram usadas com a finalidade de criar ambigüidade entre o favoritismo da Rede Globo e a novela global A Favorita.
B
As duas propagandas possuem o mesmo objetivo: levar o leitor à intenção de denunciar situações desumanas.
C
No Texto I, o implícito e a metonímia constroem idéia de que existe trabalho escravo em Mato Grosso e de que morrem trabalhadores escravizados.
D
No Texto I, o correto emprego da vírgula indica pausa na entonação e torna mais clara a compreensão do texto.
E
As formas verbais ajuda (Texto I) e troque (Texto II) trazem sujeito elíptico – você – que remete ao leitor.
8081d3c5-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público do Estado de Mato Grosso usaram o gênero propaganda social (Texto I) para


A
oferecer apoio a empresas, objetivando o esclarecimento de práticas ligadas à vida do campo.
B
prestar serviço de utilidade pública no sentido de disseminar uma idéia.
C
divulgar doutrina obsoleta que fere os princípios humanos de convivência.
D
salvaguardar o perfil de proprietários de terra ligados ao agronegócio.
E
estabelecer política governamental que reforce a participação da população de baixa renda.
807e71ef-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base no texto de Machado de Assis, assinale a afirmativa correta.

Leia trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão. 


A DENÚNCIA


    Ia a entrar na sala de visitas, quando ouvi proferir o meu nome e escondi-me atrás da porta. A casa era a da Rua de Matacavalos. O mês novembro, o ano é que é um tanto remoto, mas eu não hei de trocar as datas à minha vida só para agradar as pessoas que não amam histórias velhas; o ano era de 1857.

    – D. Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no seminário? É mais que tempo, e já agora pode haver uma dificuldade.

    – Que dificuldade?

    – Uma grande dificuldade.

    Minha mãe quis saber o que era. José Dias, depois de alguns instantes de concentração, veio ver se havia alguém no corredor; não deu por mim, voltou e, abafando a voz, disse que a dificuldade estava na casa ao pé, a gente do Pádua.

    – A gente do Pádua?

    – Há algum tempo estou para lhe dizer isto, mas não me atrevia. Não me parece bonito que o nosso Bentinho ande metido nos cantos com a filha do Tartaruga, e esta é a dificuldade, porque se eles pegam de namoro, a senhora terá muito que lutar para separá-los.

    – Não acho. Metidos nos cantos?

    – É um modo de falar. Em segredinhos, sempre juntos. Bentinho quase que não sai de lá. A pequena é uma desmiolada; o pai faz que não vê; tomara ele que as coisas andassem de tal maneira, que... Compreendo o seu gesto, a senhora não crê em tais cálculos, parece-lhe que todos têm a alma cândida...

    – Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça desconfiar. Basta a idade: Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada; são dois criançolas. Não se esqueça que foram criados juntos, desde aquela grande enchente, há dez anos, em que a família do Pádua perdeu tanta coisa; daí vieram as nossas relações. Pois eu hei de crer?... Mano Cosme, você que acha?

    Tio Cosme respondeu com um “Ora!” que, traduzido em vulgar, queria dizer. “São imaginações de José Dias; os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?”

     – Sim, creio que o senhor está enganado.

     – Pode ser, minha senhora. Oxalá tenham razão; mas creia que não falei senão depois de muito examinar... ......................................................................................................................................................................................................................

José Dias desculpava-se: “Se soubesse, não tinha falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo, um dever amaríssimo...” 

A
Tio Cosme acoberta o namoro de Bentinho com Capitu e por isso desdenha a opinião de José Dias.
B
Por reconhecer que sua suspeita não tem fundamento, José Dias acaba pedindo desculpas.
C
Bentinho sabe que reconhecer que se enganou é, para José Dias, um dever amargo, um dever amaríssimo...
D
Há indicativos de que entre o narrador e Bentinho haja uma distância temporal curtíssima.
E
Bentinho é narrador participante dos eventos que compõem o enredo de Dom Casmurro.
8079ef1a-df
UFMT 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em Compreendo o seu gesto, a senhora não crê em tais cálculos, parece-lhe que todos têm a alma cândida, José Dias indica que

Leia trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder à questão. 


A DENÚNCIA


    Ia a entrar na sala de visitas, quando ouvi proferir o meu nome e escondi-me atrás da porta. A casa era a da Rua de Matacavalos. O mês novembro, o ano é que é um tanto remoto, mas eu não hei de trocar as datas à minha vida só para agradar as pessoas que não amam histórias velhas; o ano era de 1857.

    – D. Glória, a senhora persiste na idéia de meter o nosso Bentinho no seminário? É mais que tempo, e já agora pode haver uma dificuldade.

    – Que dificuldade?

    – Uma grande dificuldade.

    Minha mãe quis saber o que era. José Dias, depois de alguns instantes de concentração, veio ver se havia alguém no corredor; não deu por mim, voltou e, abafando a voz, disse que a dificuldade estava na casa ao pé, a gente do Pádua.

    – A gente do Pádua?

    – Há algum tempo estou para lhe dizer isto, mas não me atrevia. Não me parece bonito que o nosso Bentinho ande metido nos cantos com a filha do Tartaruga, e esta é a dificuldade, porque se eles pegam de namoro, a senhora terá muito que lutar para separá-los.

    – Não acho. Metidos nos cantos?

    – É um modo de falar. Em segredinhos, sempre juntos. Bentinho quase que não sai de lá. A pequena é uma desmiolada; o pai faz que não vê; tomara ele que as coisas andassem de tal maneira, que... Compreendo o seu gesto, a senhora não crê em tais cálculos, parece-lhe que todos têm a alma cândida...

    – Mas, Sr. José Dias, tenho visto os pequenos brincando, e nunca vi nada que faça desconfiar. Basta a idade: Bentinho mal tem quinze anos. Capitu fez quatorze à semana passada; são dois criançolas. Não se esqueça que foram criados juntos, desde aquela grande enchente, há dez anos, em que a família do Pádua perdeu tanta coisa; daí vieram as nossas relações. Pois eu hei de crer?... Mano Cosme, você que acha?

    Tio Cosme respondeu com um “Ora!” que, traduzido em vulgar, queria dizer. “São imaginações de José Dias; os pequenos divertem-se, eu divirto-me; onde está o gamão?”

     – Sim, creio que o senhor está enganado.

     – Pode ser, minha senhora. Oxalá tenham razão; mas creia que não falei senão depois de muito examinar... ......................................................................................................................................................................................................................

José Dias desculpava-se: “Se soubesse, não tinha falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo, um dever amaríssimo...” 

A
entende que Dona Glória está interessada em esquecer a antiga promessa.
B
considera Dona Glória calculista, capaz de decidir o momento certo de enviar Bentinho ao seminário.
C
concorda com Dona Glória acerca da provável inocência do pai de Capitu.
D
está certíssimo de que todos, a exemplo de Dona Glória, têm a alma cândida.
E
conhece a brandura com que, via de regra, Dona Glória julga as pessoas.