Questõesde UEPB sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 107 questões
3b25a75c-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos

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Com base na estrofe acima, analise as proposições a seguir e coloque V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).

Da estrofe acima, pode-se concluir que há

( ) sujeito elíptico, identificável pela desinência verbal.

( ) uma repetição enfática de complementos verbais, demarcando a função de objeto direto pleonástico.

( ) uma adequação de uso, em relação à regência verbal (Verso 6), por aproximação ao registro típico da linguagem coloquial.

( ) uma inversão de natureza estilística nos versos “Sem pão, sem água e sem lar/ Vi sofrendo o pecador” (Versos 9 e 10).

( ) utilização de um paralelismo sintático acompanhado de um paralelismo rítmico, no verso 9.

Marque a alternativa CORRETA.

A
V F V V V
B
F V V F F
C
V V F F V
D
F F V F F
E
F V F V F
3885bb8a-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as proposições a seguir.

Em relação ao termo “Segundo” ( L 8), pode-se afirmar que

I. demarca a voz do autor citado, introduzindo procedimentos de reprodução discursiva, de forma indireta.

II. funciona como marcador temporal, seqüenciando uma idéia e apresentando compatibilidade entre os enunciados do texto.

III. ordena a sucessão de vários fatos, colaborando com a continuidade do texto e estabelecendo a coerência narrativa.

IV. introduz uma frase verbal, podendo ser substituído por “conforme”.

Está(ão) CORRETA(S), apenas:

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A
III e IV
B
II
C
I e IV
D
I e II
E
II e III
309b2e02-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em “De celeiro da biodiversidade a elemento controlador do clima do planeta [...]” (L. 2-3), pode-se concluir que neste fragmento de enunciado,

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A
o fenômeno da variação lingüística se estabelece por se aproximar do nível coloquial.
B
os usos de formas nominais são visíveis por serem um exemplo típico da linguagem informal.
C
a inadequação da linguagem padrão é evidenciada por iniciar-se com um termo preposicional.
D
a construção de sentido do texto não é prejudicada, embora se constate a ausência de formas verbais.
E
as escolhas lexicais se apresentam inadequadas por não garantirem a eficácia do uso da língua em situações formais.
3732fc22-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Formação das Palavras: Composição, Derivação, Hibridismo, Onomatopeia e Abreviação, Sintaxe, Morfologia

Analise as proposições acerca do 1º parágrafo do texto 4 e coloque V (verdadeiro) ou F (falso).

( ) Os enunciados oracionais são construções sintaticamente independentes, por isso considerados coordenados.

( ) Os termos “desordenada”, “desmatamentos” e “desequilíbrio” são exemplos do mesmo processo de formação de palavras.

( ) A expressão “os grandes desmatamentos” exerce a função de aposto, razão por que está entre vírgulas.

( ) As formas verbais “começou a rarear” e “causaram” são exemplos de articulação temporal, denominada de correlação verbal.

Assinale a seqüência CORRETA.

Imagem 004.jpg

A
V V F V
B
V F F F
C
F F V V
D
F V V F
E
F F F V
35e2b14b-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos

A expressão “Todos esses fatores” ( L. 5) funciona como um organizador textual que

Imagem 004.jpg

A
dá início a uma argumentação que se manifesta contrária à idéia do desequilíbrio ambiental.
B
faz remissão ao enunciado anterior, estabelece coesão referencial e proporciona a retomada da temática da desertificação.
C
produz efeitos de sentidos inadequados ao contexto dos grandes desmatamentos.
D
estabelece uma relação de ordem explicativa, que contraria as idéias da decadência de Gilbués.
E
introduz uma retificação, estabelecendo relações concessivas sobre a ocupação desordenada das terras.
34839fda-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos

Analise as proposições a seguir e marque V (verdadeiro) ou F (falso).

A expressão “Em menos de duas décadas” ( L 1)

( ) inicia uma oração subordinada ao enunciado posterior, exercendo uma função circunstancial temporal.

( ) faz referência a um marco temporal, evidenciando um processo de sucessão de fatos.

( ) indica imprecisão temporal nos termos usados e estabelece um efeito de subjetividade.

( ) apresenta adequação de uso no que se refere às regras de concordância nominal.

Assinale a seqüência CORRETA.

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A
F V V F
B
V V F V
C
F F V V
D
F V F V
E
F F F V
3334c886-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Em “[...] a região ainda guarda muitos mistérios [...]” (L 3-4), o termo em destaque funciona como

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A
operador discursivo responsável pela organização das idéias que revelam a importância da floresta amazônica como controladora do clima do planeta.
B
introdutor de um argumento a mais, que estabelece uma relação seqüencial, indicando a Amazônia, também, como guardiã de mistérios.
C
conector que estabelece, ao mesmo tempo, uma relação de contradição e de concessão, tendo em vista a Amazônia ser o “pulmão do mundo” e guardar muitos mistérios.
D
elo coesivo que marca uma relação conclusiva, pois a relevância da floresta amazônica é maior do que se pensava.
E
organizador textual que remete a um discurso anterior, mostrando a Amazônia como uma floresta sem fim, muito mais do que “pulmão do mundo”.
2f257daa-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos

Analise as proposições a seguir.

Pode-se afirmar quanto à pessoa do discurso que o autor adota:

I. Linguagem impessoal, aparentando neutralidade e ocultando agentes de ações e/ou opiniões.

II. Subjetividade explícita, por meio do uso de termos que demarcam a presença do agente da enunciação.

III. Linguagem pessoal, representada por agentes da ação em linguagem figurada, como forma de atenuar a dialogicidade entre autor e leitor.

IV. Distanciamento da subjetividade discursiva, por meio da estratégia de indeterminação semântica do sujeito.

Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões)

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A
III e IV
B
I e IV
C
II
D
IV
E
I e III
29f33d9c-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos

Em relação ao termo “ou seja” (l. 5) pode-se afirmar que é um operador discursivo que

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A
nega o que foi apresentado anteriormente, indicando uma não contradição no decorrer do texto.
B
marca uma relação de retificação, distorcendo o enunciado anterior.
C
estabelece a progressão textual, ampliando o conteúdo semântico do enunciado.
D
delimita a relação entre os enunciados do texto, ocasionando uma redução de sentido à informação posterior.
E
introduz um argumento que produz efeitos de sentidos contrários, alterando a informação anterior.
2dd4fd20-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Em relação à charge acima, pode-se inferir que

I. o texto verbal apresenta aspectos que se opõem entre si e partilham da construção do sentido do texto, como um todo.

II. o autor incorpora explicitamente uma intertextualidade da linguagem popular.

III. o leitor deve atribuir um único sentido para o enunciado “a coisa tá ficando preta”.

IV. a temática sugere ao leitor um posicionamento crítico sobre as mudanças no planeta Terra.

Está(ão) CORRETA(S) apenas a(s) proposição(ões)

A
III e IV
B
I, II e III
C
I, II e IV
D
II
E
I e III
28778fe7-70
UEPB 2007 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa que apresenta o objetivo dessa notícia.

Imagem 001.jpg

A
Evidenciar um fenômeno ocorrido no Himalaia por meio de fotografias que registram a diminuição das geleiras.
B
Registrar um fato decorrente do derretimento das geleiras do Himalaia, que poderá provocar a vazão dos rios naquela região.
C
Mostrar resultados de um estudo, comprovando que os recursos hídricos provêm do derretimento das geleiras.
D
Alertar para o aquecimento global e suas conseqüências, o que poderá causar repercussões em várias partes do mundo.
E
Conferir os estragos causados pelo aquecimento global, sugerindo soluções para o problema.
c560bc02-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque a alternativa correta.

A
O cordel é uma produção literária que, pela tradição já consolidada, articula em sua formulação interna aspectos apenas da vida de pessoas comuns, uma vez que apenas estas são as que sonham com os ideais valorizados pela representação cordelística, como a noção de amor presente no cordel Romance do pavão misterioso.
B
O cordel é uma produção literária que, pela tradição já consolidada, articula em sua formulação interna aspectos da vida cotidiana, real ou imaginária, filtrada pelo olhar e valores do cordelista. O Romance do pavão misterioso é uma dessas produções, a qual discute, dentre outros temas, a visão romantizada de amor, por muito tempo presente nas sociedades e culturas ocidentais.
C
O cordel não é uma produção literária, uma vez que os motivos de que se utilizam os cordelistas para a produção desse “gênero literário” são mais assuntos para a crônica do que para o cordel propriamente dito.
D
O cordel não é uma produção literária, porque não tem tradição de escrita. Sua memória é de curto tempo, uma vez que, adaptado ao contexto nordestino brasileiro, vindo da Europa, apenas nas últimas três décadas alcançou visibilidade como “literatura”.
E
O cordel Romance do pavão misterioso, escrito por Manoel Monteiro da Silva, é uma obra que resgata o fantástico mundo da imaginação do escritor e do leitor, uma vez que um e outro articulam, seja na produção ou na recepção do texto, valores pertinentes a ambos, como o ideal de beleza, amor e casamento.
c3dcd003-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto ao cordel Romance do pavão misterioso, pode-se afirmar

A
que é um “romance [exclusivamente] romântico” porque retoma o único ideal/valor presente tanto nas cantigas de amor trovadorescas quanto nos romances românticos: o morrer de amor ou o amor inacessível, como se lê na estrofe 32 “– Seu conselho não me serve,/Estou impressionado./Rapaz sem moça bonita/É um desaventurado!/Se eu não casar com Creuza,/Findo os dias enforcado”
B
que é um “romance romântico”, porque a sua estrutura física, e apenas ela, é uma invenção/produção do século XIX, em cujo interior representa-se a sociedade burguesa e capitalista que procura registrar pela ficção valores e ideologias com as quais comungam.
C
que é um “romance romântico”, porque narra a história de Evangelista e de Creuza, personagens que, impedidos por alguns fatores que intervêm na fábula para o não relacionamento entre ambos, como a distância espacial, cultural e de valores, retoma caracteres típicos da narrativa romântica do século XX.
D
que é um “romance de encantamento” apenas porque nas estrofes 79, 83 e 85 lê-se, respectivamente, “E disse: – Vá me dizendo/Se é vivo ou encantado!”, “Mas nós vamos descobrir/O autor desse mistério” e “Só sendo uma visão,/Que entra neste sobrado!/Só chega a meia-noite,/Entra e sai sem ser notado/E se é gente deste mundo,/Usa feitiço encantado”.
E
que é um “romance de encantamento”, porque aborda a solução de um aparente problema (o casamento do ‘mocinho’ com a ‘donzela’) através de um elemento “mágico” (o pavão mecânico) incompreensível à época também “mágica” a que a fábula se reporta.
a944fe77-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Sintaxe, Pontuação, Redação - Reescritura de texto

Analise as proposições abaixo.

I - Os termos “portanto” (linha 5) e “pois” (linha 7) possuem equivalência semântica e provocam o mesmo efeito de sentido.

II - A locução “pode-se pensar” (linha 7), se substituída por “deve- se pensar”, permanece com o mesmo valor semântico.

III - A expressão intercalada “(mas não somente)” (linha 9), se colocada entre travessões, teria o seu sentido alterado.

IV - Os termos relacionais “por um lado” (linha 9) e “por outro” (linha 11) funcionam como conectores de idéias opostas.

Está(ão) correta(s), apenas:

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A
I
B
I, II e IV
C
III e IV
D
IV
E
I, II e III
c260f59a-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

m “Os olhos da mulher, súplica e esperança, o meio sorriso, ferida aberta no meio da cara [...] Mas ela nada diz de sua boca, impõe com as mãos febris, com as pernas magras, com o corpo esquálido de bicho fêmea que ele lhe entregue seu corpo duro de bicho macho [...] Ela vê volume nos bolsos dele, mete as mãos e as traz cheias de brita que atira pela janela, o dinheiro, cadê o dinheiro?” (p.16-17) e em “Irene [...] provado devagarinho, por primeira vez, quem sabe?, o sabor que pode ter tocar-se o corpo de um homem por nada, só por carinho” (p. 57), é possível afirmar

I - que o fio de esperança por dias melhores, alimentado por Irene, depois de conhecer Rosálio, opera uma mudança na sua forma de ver e de sentir o outro.

II - que, embora lutando por sobreviver e alimentar um “guri e uma velha”, Irene encontra momentos para pensar em si, cuidar de si, ao mesmo tempo em que cuida do outro (Rosálio);

III - que não há alusão a uma possível mudança na forma de Irene sentir a si e ao outro: ela apenas quis agradá-lo (como mostra o fragmento), depois retoma a dura vida de prostituta, uma vez que a sobrevivência é um imperativo maior que “o prazer de ler”;

Está(ão) correta(s) apenas a(s) proposição(ões)

A
II
B
I e III
C
I
D
I e II
E
III
c0e696e9-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O vôo da guará vermelha traz à tona momentos em que a sinestesia e recursos gráficos e fônicos, mais recorrentes na poesia, têm liberdade de se fazerem presentes na narrativa. Pode-se dizer que,

I - em “cores desmaiadas, manchadas, nas cores, todas as cores, em trapos de vestir, em colchas e cortinas, almofadas desbotadas e bonecas estropiadas,nos restos de tintas e papéis nas paredes [...] cores de vida, fanada mas vida, ainda pulsante, cores redobradas” (p. 15), é possível entender o chamar a atenção para o vermelho que é presente em toda a obra, seja com o significado de vida (paixão, desejo de viver), seja com o significado de morte (ave/mulher ferida, condenada = guará (vermelha), mulher (de vestido vermelho = prostituta).

II - em “Esta mulher saber ler!, leia mais, lia tudinho, me diga onde está ‘guará’ e onde está ‘vermelha’ e ‘sangue’ e ‘espinhos’ e ‘penas’. Aqui, ali, acolá, Rosálio corre as linhas buscando a guará vermelha nos espinheiros das letras até vê-la com clareza distinguir luminosos, espinhos, penas e sangue” (p. 24), os termos em destaque (guará, vermelho,sangue, espinhos, pena) compõem um conciso inventário terminológico que induz o leitor a entender que, articulados como se encontram, aludem à vida, paixão e morte de Irene.

III - em “Rosálio olha intrigado tentando compreender que, quando lê ‘avó’, por quê, quando lê ‘avô’, parece que alguma coisa lembra-lhe a ave guará? A mulher ri da pergunta e lhe explica o ‘a’, o ‘v’, o ‘ó’, o ‘ô’, e o ‘e’ e ele fica deslumbrado com as letras do abc” (p. 42), constrói-se uma harmonia fônica em que os grafemas e os sons de ‘ave’, ‘avó’ e ‘avô’ são, poeticamente, imaginados na seqüência “ave, avó, avô, guará”, jogo lingüístico-poético que atualiza, na história contada, o título da obra, disseminado ao longo da narrativa (ave – guará; avó/avô – vôo, guará – ave de coloração vermelha);

Está(ão) correta(s) a(s) proposição(ões)

A
II, apenas
B
I e III, apenas
C
I, apenas
D
I, II e III
E
III, apenas
bf6a5f80-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em O vôo da guará vermelha, Irene conta (e ouve) histórias de “fazer durar” ou estender o tempo, atitude similar a de Sherazade, que, para evitar a sua morte pelo sultão, seu esposo, cumpre a tarefa de, à noite, contar-lhe um “conto”, deixando a história em suspenso para que ele tome gosto e queira ouvir a continuação na noite seguinte. No que diz respeito a O vôo da guará vermelha, pode-se afirmar

A
que é uma história que atualiza, na ficção, o desejo de vencer a morte (tanto Irene quanto Sherazade estão condenadas à morte), despertando no companheiro o gosto pelo ouvir e, assim, a narradora (Irene, tal qual Sherazade) enche-se do prazer de viver, ludibriando a morte com a narrativa oral.
B
que é uma história que se distancia de nossa realidade, porque quem está condenado à morte (seja por decreto, doença ou quaisquer outros “desígnios”) não sente mais prazer em viver.
C
que é uma história incomparável a As mil e uma noites, porque ambas as fábulas falam de personagens que vivem em culturas diferentes e a comparação se dá apenas pela similaridade.
D
que a personagem Irene, por passar pela morte, não adia o seu destino trágico ao contar histórias para Rosálio: ela narra aquilo que ele quer ouvir, interessada apenas no dinheiro que irá ganhar.
E
que o ato de narrar é atividade do narrador e, logo, a personagem não narra, porque é mera reprodutora da fala que lhe é posta na boca.
bdf3b3ff-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia os fragmentos 1 e 2, abaixo, e analise o que se afirma sobre eles em seguida.

1. “O meu nome é Severino,/não tenho outro de pia./Como há muitos Severinos,/que é santo de romaria,/deram então de me chamar/ Severino de Maria [...] Somos muitos Severinos/iguais em tudo na vida” (seis primeiros versos do poema Morte e vida severina)

2. “[...] E aqui arribou, onde havia tantos outros, Rosálios, chegados pelas mesmas veredas, macambúzios, revestidos de cinzenta tristeza [...]” (O vôo da guará vermelha. p. 12)

A leitura dos fragmentos permite o leitor perceber

I - que ambos convergem para um mesmo ponto semântico: a aproximação entre Severino e Rosálio, que, pelo nome, comum ou adotado de uma “linhagem sem precedentes”, enfatiza um sujeito social sem grande “função”, espécie de “peso morto”, aparentemente vivendo à revelia dos prazeres, uma vez que a prioridade na vida de ambos é a sobrevivência.

II - que, diferentemente de Severino, Rosálio sobrepõe-se à mera atividade funcional por ele desenvolvida, porque encontra alimento para o seu espírito no “prazer de ler”, e somente isso na vida lhe basta.

III - que Severino, assim como Rosálio, encontra nas tradições culturais de sua comunidade respostas para uma vida melhor, daí migrar do interior para centros urbanos mais desenvolvidos, onde, à custa de bastante sacrifício, encontra uma forma de viver dignamente.

É(São) correto(s) apenas:

A
I e III
B
II
C
III
D
I
E
II e III
bc8387a6-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia as assertivas abaixo a respeito de Morte e vida severina:

I - Poema narrativo no qual predomina a construção imaginária de um Nordeste rico em tradições culturais, idealizando um espaço social sem divisões rígidas, onde a morte, tema principal do autor, aparece como signo da renovação constante, do nascimento e da vida.

II - Poema narrativo que usa preferencialmente o verso heptassílabo, ou redondilha maior, próprio à tradição ibérico-medieval e ao folclore nordestino, as duas principais influências temático-formais do texto.

III - Severino, que conota ao mesmo tempo sujeito e condição, substantivo e adjetivo (Severina), vai em busca da própria vida, retirando-se de um espaço pautado pela exclusão sócio-econômica em que predominam as diversas facetas da morte, reveladoras da própria divisão social;

IV - O acentuado cunho social de Morte e vida severina destoa da obra de João Cabral de Melo Neto, preocupada exclusivamente com os aspectos formais da poesia.

A
Todas são corretas
B
Apenas II é correta
C
Apenas I e IV são corretas
D
Apenas II e III são corretas
E
Nenhuma é correta
bb089a4c-6e
UEPB 2008 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Assinale a alternativa que NÃO SE APLICA ao romance de Raul Pompéia:

A
As relações sociais movidas pela aparência e por interesses encobertos mas determinantes vão aos poucos destruindo as intenções de solidariedade e comunhão fraternal do menino Sérgio, transformadas em ironia e em desencantamento pelo narrador ao longo de todo o romance, por vezes com auxílio da descrição grotesca dos personagens
B
Os fragmentos demonstram a postura crítica do narrador em relação a suas impressões infantis sobre o Ateneu e sobre o seu Diretor.
C
O narrador utiliza-se da diferença entre o tempo do relato e o tempo da narração, diferença entre as impressões da infância e a avaliação crítica do sujeito que narra já adulto, para expor a hipocrisia e o interesse representados na figura de Aristarco.
D
A linguagem sóbria, aliada ao modo realista de narrar, não impede o romance de conter uma forte carga emocional, neste sentido diferente do ponto de vista da estética realista quanto ao tratamento dos personagens por parte do narrador.
E
Os fragmentos acima demonstram a intenção do autor de filiar seu romance ao pensamento positivista-determinista, na medida em que mostram como o menino Sérgio não modificará sua visão do colégio, e da vida, visão que já aparece inteira e formada desde os primeiros dias de sua entrada no internato.