Questõessobre Gêneros Textuais

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Foram encontradas 280 questões
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UFRN 2019 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto apresenta uma linguagem

O Texto  servirá de base para a questão.


TOMATE, O DIURÉTICO NATURAL


        Quem tem raízes italianas sabe que o tomate é um fruto indispensável no preparo de refeições. Ingrediente principal de molhos, ele faz parte do dia a dia dos brasileiros, acompanhando massas, cortado na salada, picado no vinagrete, batido na sopa ou até em forma de suco. Caqui, cereja, italiano, o que não faltam são opções para quem quiser variar no cardápio com ele, que sempre agrega sabor e saúde às mais diversas refeições.

        Porém, sua versatilidade não está só nos tipos. Muito saudável, é também uma boa escolha para quem busca prevenir uma série de doenças. É o caso do câncer de próstata: um estudo recente publicado na revista Molecular Cancer Research relacionou a ingestão de altos níveis de betacaroteno à prevenção do desenvolvimento de tumores na região. Outro fator de saúde associado ao seu consumo é a perda de peso. "O fruto auxilia no emagrecimento por ter baixo valor calórico. Possui ainda propriedades desintoxicantes, influenciando positivamente o funcionamento dos rins e promovendo efeito diurético, que aumenta a quantidade de líquido eliminado", explica a nutricionista Amanda Maffei (SP). Ela ressalta ainda que o fruto é capaz de combater o acúmulo da gordura localizada graças à sua ação anti-inflamatória.

        Uma das substâncias do tomate que traz benefícios ao organismo é o licopeno, um carotenoide que lhe dá a coloração vermelha. "Esse antioxidante combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e protegendo o sistema cardiovascular", pontua Amanda. O carotenoide também tem sido associado aos fatores de prevenção do câncer de próstata. Além disso, de acordo com a dermatologista Patrícia Mafra (SP), esse antioxidante ajuda no combate aos radicais livres e evita o envelhecimento precoce da pele causado pelos raios ultravioleta.


Vitaminas benéficas


Amanda destaca a forte presença das vitaminas A e C no tomate, nutrientes importantes para o sistema imunológico e para a visão, que tornam o consumo desse vegetal ainda mais recomendado. "Há também o magnésio, que age no metabolismo energético e no funcionamento das células, é relaxante muscular e equilibra a acidez sanguínea", acrescenta. Outra substância importante contida no vegetal é o cromo, que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, como explica a nutricionista Regina Teixeira (SP). "O tomate contribui ainda para a redução do colesterol e a prevenção de infecções, além de eliminar ácido úrico do organismo", completa.


Cuidados importantes


        Para quem apresenta problemas digestórios, como a gastrite, a recomendação é tomar cuidado. "Esse é um alimento ácido, que aumenta a produção de ácido clorídrico, causando mais dor", adverte Amanda. Ela também alerta sobre a quantidade de potássio contida no tomate, que pode aumentar a formação de cálculos renais, principalmente para as pessoas que possuem essa predisposição.


        Em relação ao consumo, 100 g de tomate (algo como uma unidade grande) forneceriam cerca de 6% da dose diária recomendada de potássio para adultos. A maior ingestão do nutriente na dieta está associada a menores taxas de acidente vascular cerebral (AVC) e pode diminuir a incidência de doenças cardiovasculares. A nutricionista Regina recomenda incluí-lo no cardápio diariamente e acrescenta: "Existe uma vantagem no consumo cozido, porque nosso organismo absorve melhor o licopeno, especialmente quando regado com um fio de azeite".


Na hora da compra


        Quando for escolher o fruto ideal, opte sempre pelos mais firmes e vermelhos e higienize muito bem antes de consumir. "Todo tomate deve ser lavado em água corrente e, em seguida, ficar imerso por 15 minutos em um litro de água com uma colher cheia (sopa) de solução de hipoclorito de sódio. Depois desse tempo, enxágue em água corrente antes de consumir", indica a nutricionista Maria Eduarda MeIo (SP). No entanto, ela ressalta que essa higienização tem o objetivo de diminuir os riscos microbiológicos, mas não de el iminar resíduos de agrotóxicos. ''As melhores opções são o consumo de alimentos da época ou orgânicos", pondera.

VIEIRA, Mariana; TORETTA, Murilo. Tomate, o diurético natural. VIVASAÚDE. São Paulo: Editora Escala, Ed. 188, jan. 2019. p. 36-39. [Adaptado].

      

A
dominantemente denotativa, adequada ao gênero produzido.
B
dominantemente conotativa, inadequada ao gênero produzido.
C
exclusivamente técnica, inadequada ao público-alvo.
D
exclusivamente coloquial, adequada ao público-alvo.
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UFRN 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Considerando a intenção comunicativa prioritária e a organização estilística e composicional, o texto configura-se como

O Texto  servirá de base para a questão.


TOMATE, O DIURÉTICO NATURAL


        Quem tem raízes italianas sabe que o tomate é um fruto indispensável no preparo de refeições. Ingrediente principal de molhos, ele faz parte do dia a dia dos brasileiros, acompanhando massas, cortado na salada, picado no vinagrete, batido na sopa ou até em forma de suco. Caqui, cereja, italiano, o que não faltam são opções para quem quiser variar no cardápio com ele, que sempre agrega sabor e saúde às mais diversas refeições.

        Porém, sua versatilidade não está só nos tipos. Muito saudável, é também uma boa escolha para quem busca prevenir uma série de doenças. É o caso do câncer de próstata: um estudo recente publicado na revista Molecular Cancer Research relacionou a ingestão de altos níveis de betacaroteno à prevenção do desenvolvimento de tumores na região. Outro fator de saúde associado ao seu consumo é a perda de peso. "O fruto auxilia no emagrecimento por ter baixo valor calórico. Possui ainda propriedades desintoxicantes, influenciando positivamente o funcionamento dos rins e promovendo efeito diurético, que aumenta a quantidade de líquido eliminado", explica a nutricionista Amanda Maffei (SP). Ela ressalta ainda que o fruto é capaz de combater o acúmulo da gordura localizada graças à sua ação anti-inflamatória.

        Uma das substâncias do tomate que traz benefícios ao organismo é o licopeno, um carotenoide que lhe dá a coloração vermelha. "Esse antioxidante combate os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce e protegendo o sistema cardiovascular", pontua Amanda. O carotenoide também tem sido associado aos fatores de prevenção do câncer de próstata. Além disso, de acordo com a dermatologista Patrícia Mafra (SP), esse antioxidante ajuda no combate aos radicais livres e evita o envelhecimento precoce da pele causado pelos raios ultravioleta.


Vitaminas benéficas


Amanda destaca a forte presença das vitaminas A e C no tomate, nutrientes importantes para o sistema imunológico e para a visão, que tornam o consumo desse vegetal ainda mais recomendado. "Há também o magnésio, que age no metabolismo energético e no funcionamento das células, é relaxante muscular e equilibra a acidez sanguínea", acrescenta. Outra substância importante contida no vegetal é o cromo, que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, como explica a nutricionista Regina Teixeira (SP). "O tomate contribui ainda para a redução do colesterol e a prevenção de infecções, além de eliminar ácido úrico do organismo", completa.


Cuidados importantes


        Para quem apresenta problemas digestórios, como a gastrite, a recomendação é tomar cuidado. "Esse é um alimento ácido, que aumenta a produção de ácido clorídrico, causando mais dor", adverte Amanda. Ela também alerta sobre a quantidade de potássio contida no tomate, que pode aumentar a formação de cálculos renais, principalmente para as pessoas que possuem essa predisposição.


        Em relação ao consumo, 100 g de tomate (algo como uma unidade grande) forneceriam cerca de 6% da dose diária recomendada de potássio para adultos. A maior ingestão do nutriente na dieta está associada a menores taxas de acidente vascular cerebral (AVC) e pode diminuir a incidência de doenças cardiovasculares. A nutricionista Regina recomenda incluí-lo no cardápio diariamente e acrescenta: "Existe uma vantagem no consumo cozido, porque nosso organismo absorve melhor o licopeno, especialmente quando regado com um fio de azeite".


Na hora da compra


        Quando for escolher o fruto ideal, opte sempre pelos mais firmes e vermelhos e higienize muito bem antes de consumir. "Todo tomate deve ser lavado em água corrente e, em seguida, ficar imerso por 15 minutos em um litro de água com uma colher cheia (sopa) de solução de hipoclorito de sódio. Depois desse tempo, enxágue em água corrente antes de consumir", indica a nutricionista Maria Eduarda MeIo (SP). No entanto, ela ressalta que essa higienização tem o objetivo de diminuir os riscos microbiológicos, mas não de el iminar resíduos de agrotóxicos. ''As melhores opções são o consumo de alimentos da época ou orgânicos", pondera.

VIEIRA, Mariana; TORETTA, Murilo. Tomate, o diurético natural. VIVASAÚDE. São Paulo: Editora Escala, Ed. 188, jan. 2019. p. 36-39. [Adaptado].

      

A
verbete.
B
manual de instrução.
C
artigo de opinião.
D
artigo de divulgação científica.
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CESMAC 2015 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As histórias em quadrinhos constituem um gênero de texto que, como todos os outros, têm a sua função comunicativa. Analisando a historinha acima, podemos afirmar que:


1) há um propósito de fazer humor, que está contido no clímax do episódio, quando Mafalda descreve para a professora seu último infortúnio.

2) a sequência de episódios que antecedem o último problema funciona como um contexto prévio pelo qual se possa reconhecer o último como 'outro desastre'.

3) as expressões que indicam 'tempo' são, na historinha em análise, fundamentais para se estabelecer o fluxo dos episódios.

4) no diálogo, a aluna1 usa uma linguagem contundente, meio arrogante, até, que contraria as normas sociais adequadas a situações análogas.


Estão corretas:

TEXTO 2

A
1 e 4 apenas.
B
1, 2, 3 e 4.
C
1, 2 e 3 apenas
D
2 e 3 apenas
E
2, 3 e 4 apenas
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UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Releia o parágrafo 2 do texto 1. Você deve ter percebido que o Paulo César de que fala o texto 2 é o mesmo Paulo César de que fala Nélson Rodrigues no texto 1. Cotejando esses dois textos, marque a opção INCORRETA.

O texto 2 (subdividido em seções) faz uma reflexão sobre a maneira como se comporta, em determinado momento, a sociedade brasileira, que, mais cedo ou mais tarde, teria que integrar negros e mulatos.

Texto 2

A
O enunciador do texto 1 revela envolvimento afetivo com o tema abordado, enquanto o do texto 2 é mais contido e procura revelar–se um cientista imparcial.
B
A subjetividade é uma das características do gênero crônica que está presente no texto de Nélson Rodrigues.
C
Nélson Rodrigues e José Paulo Florenzano abordam o mesmo tema em tons diferentes: enquanto o primeiro expõe suas impressões, o segundo procura fazer uma análise sociológica.
D
O seguinte enunciado é o melhor exemplo da subjetividade do discurso de Nélson Rodrigues: “O time que deixou o Brasil era um, o time que chegou no México era outro”.
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UECE 2014 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Geralmente, em um texto, detectam-se outras vozes além da voz do enunciador, contradizendo-o ou concordando com ele. Às vezes, essas vozes vêm marcadas por um verbo discendi e por sinais gráficos, tais como dois pontos, aspas, travessão, etc. Isso acontece, principalmente, na narrativa dita tradicional. Outras vezes, essas vozes aparecem muito sutilmente e exigem maior atenção do leitor. Pondere sobre o seguinte excerto: “Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: Avisoume que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria.” (linhas 4-8). Nesse trecho da crônica, ouve-se mais de uma voz camuflada pela voz do enunciador. Reconheça a única voz que NÃO se manifesta no trecho destacado.


LISPECTOR, Clarice. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos. Organização e introdução. As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. p. 186-187.

A
A primeira voz é a do enunciador da crônica que relata o que lhe foi dito por alguém.
B
Para fazer o relato do que lhe foi dito ele se vale do discurso indireto.
C
A segunda voz é a de alguém que fala sobre milagre ao enunciador da crônica.
D
Ouve-se a voz de quem, como terceira voz, deu à segunda voz informações sobre milagre.
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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Ipueirinha, Santana do Acaraú, 2005.
    Saudações para você Sabrina,
   Passo a escrever-lhe estas linhas somente para falar da minha escola. Eu estou adorando a escola e a professora Solange. Eu não acho melhor a escola porque a gente passa o dia no trabalho e à noite estou cansada. Eu gostaria de melhorar de vida. Assim iria tranquila para a escola, não iria preocupada com o serviço. A gente bate muito com a cabeça tanto na escola quanto no serviço. Vou terminar, desculpe os erros que vai, desculpa.
    Um abraço para você.
    Lúcia
          Assentamento: Ipueirinha
          Município: Santana do Acaraú – CE – 2005
  DIOGO, A. P. S. et al. (Org.). Semeando letras no campo: colhendo ideias, transformando sonhos em realidade. Fortaleza: Pronera, 2009.

Observando-se os aspectos estruturais (cabeçalho com local e data, saudação inicial e despedida), as características relacionadas ao conteúdo (assuntos de interesse particular) e a informalidade da linguagem, percebe-se que o texto é um(a)

A
e-mail.
B
memorando.
C
carta pessoal.
D
peça publicitária.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na parte inferior esquerda do anúncio, há duas frases em letras menores: “Seleção tá no coração” e “Copa do Mundo tá na Globo”. Sobre o uso da palavra “tá” nessas frases, está correta a alternativa:

A
O autor do anúncio utilizou essa expressão (comum na linguagem oral informal), propositalmente, para aproximar-se do interlocutor, visto que é comum na linguagem oral da maioria das pessoas o uso de “tá” no lugar da forma verbal “está”.
B
O emprego da expressão “tá” está inadequado a esse gênero textual, uma vez que o objetivo do texto publicitário é vender um produto ou uma imagem; desse modo, ao utilizar uma expressão coloquial, o autor torna a imagem da seleção brasileira e da Rede Globo desprestigiada.
C
O uso da expressão “tá” revela que o autor do anúncio não tem conhecimento gramatical.
D
O autor do anúncio utilizou essa expressão, propositalmente, para mostrar que os brasileiros, de forma geral, não falam corretamente.
E
Ouve um erro de digitação, pois a expressão “tá” não existe na língua portuguesa.
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FGV 2012 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia também este texto, para responder às questão. ]


Quando Bauer, o de pés ligeiros, se apoderou da cobiçada esfera, logo o suspeitoso Naranjo lhe partiu ao encalço, mas já Brandãozinho, semelhante à chama, lhe cortou a avançada. A tarde de olhos radiosos se fez mais clara para contemplar aquele combate, enquanto os agudos gritos e imprecações em redor animavam os contendores. A uma investida de Cárdenas, o de fera catadura, o couro inquieto quase se foi depositar no arco de Castilho, que com torva face o repeliu. Eis que Djalma, de aladas plantas, rompe entre os adversários atônitos, e conduz sua presa até o solerte Julinho, que a transfere ao valoroso Didi, e este por sua vez a comunica ao belicoso Pinga. (...)

Assim gostaria eu de ouvir a descrição do jogo entre brasileiros e mexicanos, e a de todos os jogos: à maneira de Homero. Mas o estilo atual é outro, e o sentimento dramático se orna de termos técnicos.

Carlos Drummond de Andrade, Quando é dia de futebol. Rio: Record, 2002.


Ambos os textos - o de Nélson Rodrigues e o de Drummond - pertencem à modalidade textual conhecida como

Texto para a questão.



A
colunismo social - variedade jornalística de crítica de costumes, que proliferou na imprensa de todo o Brasil, a partir dos anos de 1950.
B
poema em prosa - tipo de texto em que a prosa narrativa, sem apresentar os aspectos formais exteriores do poema (rimas, métrica etc.), submete-se, no entanto, ao rigor construtivo próprio da poesia.
C
paródia - uma variedade textual construída com base no paralelismo com outro texto, geralmente com intenção crítica ou jocosa.
D
editorial - que consiste, modernamente, nos textos que, ocupando as primeiras páginas dos grandes jornais, são assinados pelos seus mais renomados colunistas.
E
crônica - variedade ou gênero textual bastante livre, ocorrente no Brasil desde o século XIX, cuja proximidade com o cotidiano não impedia de, conforme o caso, explorar outras dimensões de sentido.
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Esamc 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A palavra ‘sim’, no artigo de opinião:

Releia o excerto a seguir, para a questão.


    Tais órgãos ajudaram a dar as disposições institucionais do sistema brasileiro de C&T contemporâneo. Sistema este que apresenta sim muitas lacunas que dificultam a geração de sinergias e a ampliação das oportunidades inovativas domésticas.

A
pressupõe que há vozes discordantes da afirmação de que o sistema de C&T apresenta lacunas.
B
é polifônica ao trazer a reafirmação das vozes que defendem a hipótese das lacunas em C&T.
C
é bastante inadequada, considerando a formalidade do gênero e de seu campo de circulação.
D
teria outro sentido se fosse utilizada entre vírgulas, separando o verbo de seu objeto.
E
dada sua oralidade, fragiliza o caráter argumentativo esperado em artigos de opinião.
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UDESC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

O Texto 4 faz parte da obra Crônicas para Jovens, Marina Colasanti. Analise as proposições sobre o gênero textual crônica, e assinale (V) para verdadeira e (F) para a falsa.

( ) Pertence somente ao jornalismo opinativo e tem sempre como motivo as notícias do cotidiano ou mesmo um tema muito comentado ou polêmico nos jornais.
( ) Caracteriza-se pela sucessividade dos episódios e a simultaneidade de conflitos.
( ) É a representação de um fato com o objetivo de sensibilizar o espectador e provocar a emoção, o riso e a piedade.
( ) É o relato de fatos do cotidiano, pois está diretamente ligada ao radical grego crono, que significa tempo.
( ) Consiste em uma atividade literária em prosa e tem, entre outros, o objetivo de entretenimento do leitor. Registra os fatos em uma linguagem despretensiosa, que se aproxima da vida cotidiana.

Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.

A
V -F -F -V -V
B
F - F - F - V - V
C
V - F - F - F - V
D
V - F - V - V - F
E
F - F - V - V - F
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UDESC 2018 - Português - Interpretação de Textos, Substantivos, Gêneros Textuais, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise as proposições em relação à obra Quarto de Despejo: diário de uma favelada, Carolina Maria de Jesus, e ao Texto 3.

I. Da leitura da obra, percebe-se que a escritora emprega uma linguagem que ora se aproxima da oralidade, a exemplo “viludo” (linha 13), por não ter concluído o ensino básico; ora faz uso de palavras mais cultas como “ostenta” (linha 12) e “propalado” (linha 20), evidenciando o conhecimento de suas leituras.
II. Da leitura da obra, infere-se que Carolina não gostava de dias chuvosos, uma vez que nestes dias não conseguia catar papelão, outros materiais e, consequentemente, eram dias em que não obtinha dinheiro para o sustento dela e da família.
III. No período “ - Mamãe, vende eu para a Dona Julita” (linha 16) a palavra destacada é, na morfossintaxe, substantivo e sujeito.
IV. A obra pertence ao gênero “diário”, está em 1a pessoa, e registra, entre 1955 e primeiro de janeiro de 1960, a vida de Carolina, dos filhos dela e de outras pessoas que viviam na favela do Canindé (SP).
V. No período “Tem uns metais e um pouco de ferro que eu vou vender no Seu Manuel" (linhas 4 e 5) destacou-se o personagem que juntamente com Raimundo, um belo cigano, e também Orlando, um corajoso nortista, disputavam o amor de Carolina e com ela desejavam casar.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
B
Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
E
Somente as afirmativas I e III são verdadeiras
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UFC 2013 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Pela leitura dos textos 01, 02 e 03, entende-se que o gênero textual “carta” está formalmente caracterizado:



ALVES, Rubem. O retorno e eterno: crônicas. Campinas, SP: Papirus, 1992, p. 43-44. 



ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e Prosa: Rio de Janeiro, Nova Aguilar 1988, p.1914-1915.


Mensagem. Composição: Cícero Nunes – Aldo Cabral


Com base nos textos 01, 02 e 03, responda à questão.

A
apenas no texto 01.
B
apenas no texto 02.
C
apenas no texto 03.
D
nos textos 01, 02 e 03.
E
apenas nos textos 01 e 03.
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IF-PR 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação ao gênero a que se filia o texto, assinale a resposta certa.

        Leia o trecho retirado do conto “O iniciado do vento”, de Aníbal Machado, que servirá de base para a questão.

        A autoridade policial e o agente da estação abriram caminho, pedindo a todos que se afastassem (1). Cada qual queria ser o primeiro a ver a cara do engenheiro (2). Este, calmo e alto, surgiu na plataforma do vagão. Não sabia que viajara com algum personagem importante; mas logo, pela convergência geral dos olhares em sua pessoa, compreendeu tudo. E empalideceu. Alguém teria dado o aviso de sua chegada (3).

        Houve o silêncio de alguns instantes para a “tomada” de sua figura; em seguida, rompeu um murmúrio indistinto, mas hostil, cortado pelas sílabas tônicas de alguns palavrões conhecidos, se não de palavrões sussurrados por inteiro.

        – Para o Hotel Bela Vista? Interrogou o delegado.

        – Sim, respondeu o acusado numa voz firme que reconheceu não ser a sua.

        Os moleques tinham combinado uma vaia com busca-pés que o perseguissem durante o trajeto até o Hotel. Maltrapilhos e abandonados, brigavam sempre entre si, mas o fato de ter sido um deles a vítima, unia-os agora no ódio comum ao engenheiro (4). Disso tirou partido o próprio escrivão do crime com uma parcialidade que a população aplaudia, e que o juiz da Comarca, severo, mas sempre alto e distante no desempenho de suas funções, ignorava.

        De tal juiz se dizia que era bom demais para aquele burgo. (...) Nunca porém o quiseram elevar àquelas cumeadas. Sempre elogios, jamais a promoção.

         Mediante manobras mesquinhas que escapavam aos olhos do juiz (5) sempre voltados para o mais alto e o mais longe, o seu esperto escrivão conseguira prestígio e se fazia temido na cidade. (...)

         [Já em seu quarto, aparece a dona hotel com chá e frutas]

        – O senhor deve estar lembrado de mim.

        – Sim, como não?

        – Vinte e tantos dias o senhor foi meu hóspede, não é verdade?

        Colocou a bandeja na mesa. O engenheiro permanecia silencioso. (...)

        A hoteleira não leva a mal o mutismo do hóspede (6). Estava triste e preocupado, era natural. (...) Ao sair, lembrou-se de dizer:

         – Há um advogado lá embaixo, na sala, querendo falar-lhe. (...)

        – Hein?!... Faça-o subir, tenha a bondade. (...)

        O advogado entrou ofegante. A porta bateu-lhe atrás com estrondo. Vinha oferecer-lhe seus serviços profissionais. Ali, naquela terra, tirante o juiz, “fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!” (...)

– A que horas é o interrogatório? Perguntou calmamente o engenheiro.

A
O narrador é o próprio personagem principal que relata sua chegada de trem a uma cidadezinha, onde é recebido pelas autoridades que o conduzem ao Hotel Bela Vista, onde aguardará para prestar depoimento.
B
Apesar de ser apenas um fragmento, é possível perceber que o texto pertence ao gênero narrativo, devido à presença dos principais elementos constitutivos desse gênero literário: personagens, narrador, enredo e espaço.
C
O protagonista da narrativa certamente é o juiz, pois ele desencadeia as ações da narrativa, como o interrogatório a que o engenheiro veio responder. Por isso, ele recebe a caracterização que o destaca no texto.
D
O trecho: Ali, naquela terra, tirante o juiz, "fique certo, seu doutor, ninguém mais presta, nem eu mesmo!", do último parágrafo, utiliza apenas o discurso indireto, isto é, não registra a fala livre do personagem.
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UPE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

O Texto 2 dialoga com o leitor apresentando-se como um “cartaz”. Para aceitar essa identidade do gênero cartaz como verdadeira, o leitor deve considerar, principalmente:

A
a composição gráfica e o funcionamento discursivo do texto.
B
a descrição física – dimensões e especificações do papel.
C
a apresentação em forma de discurso em primeira pessoa.
D
o formato ‘diálogo explícito com o leitor’ – receptor da mensagem.
E
a escolha do tema e sua abordagem criativa e inovadora.
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UPE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Acerca dos Textos 3 e 4, bem como dos seus autores e do contexto histórico e literário em que estão inscritos, analise as seguintes proposições.

I. O Texto 3 é um poema em que o autor se revela comprometido com as causas sociais de seu tempo, e em que um eu lírico questionador faz vir à tona imagens da indiferença de quem está no poder, subjugando o oprimido.
II. Mário de Andrade foi o autor de Macunaíma, cujo protagonista é um “herói sem nenhum caráter”, uma espécie de mito grego, nascido na selva amazônica que vai até São Paulo, em busca de um valioso talismã. Sobre o nascimento desse mito, confira o seguinte trecho: “No fundo do matovirgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite”.
III. O Texto 4 é um poema, cujo eu lírico é um revolucionário, em luta por sua liberdade. A sua causa, isto é, o seu ideal, é a humanidade.
IV.Para Oswald de Andrade, no seu Manifesto da Poesia Pau-brasil, “a poesia existe nos fatos”. Isso faz entender que ele conseguiu reunir, na sua poesia e na sua prosa, elementos para um olhar crítico sobre a realidade brasileira.

Estão CORRETAS:

Texto 3

Retrato de Novembro

I
Os trabalhadores protestam na rua,
Excelência.
Não me incomodam!
Como?!
Não vou sair para essas bandas!
Querem avistar-se com Vossa Excelência.
Não os conheço!
Já estão a fazer barulho.
Manda-os embora!
Não abalam.
Manda-os calar!

Não nos escutam, Excelência.
Bom, somos um país livre!
Mas a gritaria vai-nos incomodar.
Fecha as portas e as janelas!
Mesmo assim os ouviremos.
Tapa os ouvidos!
Também não resulta, Excelência.
Então, ignora-os!
Como?!
Finge que não existem!
Vai ser difícil, Excelência.
Mas não impossível!
II
E os massacres no Alentejo, Excelência?
Oh nada de extraordinário a assinalar
Senão os coveiros já teriam reclamado
Horas suplementares!

(Mário de Andrade)


Texto 4

Alerta

Lá vem o lança-chamas
Pega a garrafa de gasolina
Atira
Eles querem matar todo amor
Corromper o polo
Estancar a sede que eu tenho doutro ser
Vem de flanco, de lado
Por cima, por trás
Atira
Atira
Resiste
Defende
De pé
De pé
De pé
O futuro será de toda a humanidade
(Oswald de Andrade)
A
I e II, apenas.
B
I, III e IV, apenas.
C
II e III, apenas.
D
II e IV, apenas.
E
I, II, III e IV.
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UNIOESTE 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque a alternativa INCORRETA.

PALAVRAS CARREGAM RECORTES DO MUNDO

     Um termo pode revelar mais de quem o usa do que daquilo que deveria nomear. É por essas e por outras que nunca se pode tratar a língua como uma ciência exata.
    Aquele que, para alguns, é teimoso ou obsessivo, para outros, pode ser apenas determinado; o que é enfadonho para uns é meticuloso para outros; o irresponsável de uns pode ser o ousado de outros; o que uns chamam de pessimismo outros chamam de realismo. Impeachment ou golpe, eis uma questão do momento (vale lembrar que o que houve em 1964 no Brasil, embora seja comumente chamado de golpe militar, ainda tem quem o chame de revolução).
    Como vemos, as palavras carregam uma espécie de recorte da realidade, portanto, a escolha de cada uma delas revela o modo como a pessoa vê o mundo.
   Não faz muito tempo, era comum usarem a expressão “de cor” em referência a pessoas negras. Tratar uma característica natural de uma pessoa (como a cor de sua pele) com um eufemismo faz parecer que a característica é, de alguma forma, um traço negativo, algo a ser disfarçado. Em geral, quem usava “de cor” no lugar de “negro” o fazia em tom de cochicho, quase como se pedisse ao interlocutor permissão para dizer um palavrão. 

   POLITICAMENTE CORRETO
    Nos Estados Unidos da América, a palavra “nigger” é que é pejorativa, altamente ofensiva. Por lá, usam-se os termos “afro-american” e “afrodescendant”, fruto de ações afirmativas. No Brasil, o termo “afrodescendente” aparece sobretudo em traduções do inglês, mas, salvo engano, não é um termo disseminado entre os falantes.
    Entre as ações afirmativas, que visam a dar voz às minorias, está o estímulo ao emprego de termos chamados de politicamente corretos, uma forma de introduzir um recorte livre de preconceitos arraigados. O uso dessas palavras é, portanto, parte de um processo de reeducação.
     As pessoas que têm algum tipo de deficiência física ou intelectual costumam ser chamadas de “portadores de necessidades especiais”. Embora essa expressão, que tenta abranger num só grupo pessoas com quaisquer tipos de deficiência, seja usada como politicamente correta, aqueles que ela procura nomear pensam de modo diverso, pois repelem o termo “portador”. Vejamos por quê.
      Uma consulta ao verbete “portador” do dicionário “Houaiss” traz-nos, entre vários outros significados, estes dois: que ou aquele que apresenta certa característica diferencial [vagas para (pessoas) portadoras de deficiência].
1.   infectologia – que ou aquele que se encontra infectado por germes de doença [são (crianças) portadoras de malária].
    Já que se buscam formas politicamente corretas (ou afirmativas) de denominar pessoas com deficiência, seria melhor escolher um termo que não servisse também a algo negativo, associado à ideia de doença, sobretudo porque ainda é comum na sociedade a ideia (falsa!) de que a deficiência é uma doença.
   O termo “especial”, usado não só na locução “necessidades especiais” como também na alusão a certas síndromes (fulano tem um filho especial), substituiu o antigo “excepcional”, relativo à ideia de “exceção”, que aparece definido no “Houaiss”, entre outras acepções, assim:
   1. diz-se de ou indivíduo que tem deficiência mental [baixo QI (quociente de inteligência)], física [deformação do corpo] ou sensorial [cegueira, surdez etc.]
   “Especial”, naturalmente, é um termo mais adequado, pois substitui a ideia de exceção pela de especificidade. Como sabemos, no entanto, “especial” carrega fortemente a noção de superioridade (excelente, fora de série, capaz de evocar coisas boas, aquilo que tem vantagens extras etc.), o que pode fazer parecer que se está empregando um eufemismo. O emprego de “necessidades específicas” talvez fosse mais adequado.
    “Específico”, todavia, não resolve o emprego genérico pretendido por quem diz ter um “filho especial” (não se diria “específico” nesse caso, em que se faz alusão, geralmente, a alguma síndrome). Não é difícil perceber que estamos num terreno delicado, portanto sujeitos a errar na tentativa de acertar. 

UM NOVO OLHAR, UMA NOVA ATITUDE

     Certamente mais importante que os termos é a atitude que os acompanha. Embora seja bem-intencionado (e importante), o vocabulário politicamente correto, por si só, não basta. É preciso reeducar o olhar a fim de ver o outro como outra possibilidade, outra condição, outro modo de estar no mundo. Isso significa não ver o outro filtrado pelo déficit, pelo sinal negativo, mas apenas como diferente, se tanto.
    Não poderia aqui deixar de indicar a leitura do comovente texto de Gregório Duvivier, publicado na Folha, em que, em seu habitual estilo descontraído, trata dessa questão com muita sensibilidade. 

   “MALACABADO”
      Menos ainda poderia deixar de citar todos os textos do blog Assim Como Você, de Jairo Marques, colunista da Folha, que, há vários anos, vem trabalhando nesse processo de reeducação do olhar das pessoas.
    Jairo, ora provocador em sua linguagem, ora comovente em suas descrições, mas, sobretudo destemido, porque não teme mostrar suas emoções, acaba de publicar seu primeiro livro.
    Desde o título, “Malacabado”, o autor desafia o esforço da linguagem politicamente correta. Não quer, no entanto, dizer que esse empenho não seja válido. Ao dizer “malacabado”, engolindo o hífen da palavra e dando a ela um tom jocoso, Jairo provoca o leitor (eu sei que é assim que você me vê). Paraplégico desde os seis meses de idade, em decorrência da poliomielite, o autor vai narrando histórias de sua vida, que fazem chorar, mas também fazem rir ou, mais que isso, fazem refletir.
   Quem estiver em São Paulo na próxima terça-feira, 28 de junho, poderá, a partir das 18h30, trocar um dedo de prosa com o Jairo Marques, que lançará o seu “Malacabado” na Livraria Martins Fontes, da avenida Paulista (a loja fica no número 509).
(por Thaís Nicoleti, Folha de São Paulo, 22 de junho de 2016).
A
O texto pertence ao gênero opinativo e reflete sobre o peso valorativo das palavras para a designação, principalmente, de pessoas da raça negra e com necessidades especiais.
B
O texto mostra que há preocupação com a busca de formas politicamente corretas para se referir às pessoas da raça negra e às portadoras de alguma deficiência.
C
Segundo o texto, de forma geral, na escolha que as pessoas fazem das palavras, revela-se o modo como elas veem o mundo.
D
Pode-se afirmar que, de acordo com o texto, um vocabulário adequado é importante, mas mais importante do que isso é a forma de olhar para aqueles que são ‘diferentes’.
E
O texto é partidário e explicita um posicionamento político contrário às ações afirmativas.
01d08143-f9
UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipos de Discurso: Direto, Indireto e Indireto Livre, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto jornalístico em análise, ao procurar manter a imparcialidade e a objetividade, utiliza-se do discurso direto e do indireto para registrar a fala de pessoas envolvidas na notícia. Atente para as seguintes afirmações a esse respeito:



I. No trecho “Peritos da ONU calculam que será necessário aumentar em 60% da produção de alimentos para dar conta das necessidades futuras da humanidade, um patamar insustentável para o planeta” (linhas 32-36), o jornalista busca reproduzir literalmente a fala dos peritos da ONU para permanecer sempre fiel aos fatos relatados.


II.O autor se vale do discurso direto no trecho “Conseguir o maior número possível de alimentos de cada gota de água, porção de terreno, partícula de fertilizantes e minuto de trabalho poupa recursos para o futuro e torna os sistemas mais sustentáveis” (linhas 70-75), para validar, de forma segura, a informação transmitida.


III. No enunciado “A organização destacou a importância de uma dieta equilibrada para combater o aumento da obesidade e garantir a saúde das populações” (linhas 80-83), o jornalista se reportou, através do discurso indireto, à fala da organização para adaptá-la aos objetivos da notícia.

IV. No excerto “as superfícies agrícolas utilizadas para a produção de alimentos que não serão utilizados equivalem às do Canadá e da Índia, em conjunto” (linhas 39-42), embora não haja marcas textuais, como o uso do verbo dicendi, e nem tipográficas, como o uso de dois pontos e de travessão, temos um caso de uso do discurso direto, em que o jornalista, para valorizar o que diz o especialista, recupera, pela indicação das aspas, sua fala literal.


Está correto apenas o que se afirma em


A
II, III e IV.
B
I, II e III.
C
I, III e IV.
D
I, II e IV.
01c6f925-f9
UECE 2019 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em relação à estrutura do poema em análise, é INCORRETO afirmar que


A
o poema se constitui de dez versos dispostos em quatro estrofes que, em grande parte, são formadas por um vocabulário retirado do registro informal da língua.
B
o poema, na sua estrutura, faz uso dos versos livres, sem obedecer fielmente à métrica da poesia clássica.
C
os versos do poema, organizados sob uma forma poética fixa, seguem de perto as estruturas rígidas do verso rimado.
D
o poema se organiza em quatro estrofes em que cada uma apresenta uma determinada cena: a visão do enunciador de um bicho esfaimado comendo detritos, a descrição da ação do bicho, o espanto diante desta ação e, por fim, a revelação sobre quem é este bicho.
ab725aa6-b3
IF-PR 2016 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia atentamente os textos a seguir.

I) Sempre que se começa a ter amor a alguém, no ramerrão, o amor pega e cresce é porque, de certo jeito, a gente quer que isso seja, e vai, na ideia, querendo e ajudando, mas quando é destino dado, maior que o miúdo, a gente ama inteiriço fatal, carecendo de querer, e é um só facear com as surpresas. Amor desse, cresce primeiro; brota é depois (Guimarães Rosa)

II) Quem já passou

Por esta vida e não viveu

Pode ser mais, mas sabe menos do que eu

Porque a vida só se dá

Pra quem se deu

Pra quem amou, pra quem chorou

Pra quem sofreu, ai (Vinícius de Moraes de Toquinho).


III) Mas quem sente muito, cala;

Quem quer dizer quanto sente

Fica sem alma nem fala,

Fica só, inteiramente! (Fernando Pessoa).


IV) João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número

Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro

Bebeu

Cantou

Dançou

Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado. (Manuel Bandeira).


V) Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura (Friedrich Nietzsche).


Da mesma forma que o texto de Ferreira Gullar, são textos poéticos: 

(...)
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
A
I, III e V apenas.
B
I, II, III e V apenas.
C
II, III e IV apenas.
D
I, II, III e IV apenas.
9834e31f-d5
CESMAC 2017 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Variação Linguística, Gêneros Textuais

O Texto constitui uma ‘exposição’, de natureza acadêmico-científica. Considerando as especificidades que deve apresentar um texto desse tipo, podemos avaliá-lo como adequado, uma vez que:

1) recorre a uma terminologia especializada a fim de assegurar a clareza e a consistência necessárias ao entendimento dos conceitos abordados.

2) são indicados os ‘limites’ em que as ideias propostas são tidas como cabíveis: ‘Na tradição filosófica ocidental’; ‘Nessa perspectiva’; ‘Do ponto de vista cronológico’).

3) foge às marcas da oralidade convencional e prima pelo uso de uma linguagem erudita, apesar de metafórica e extremamente simbólica.

4) encaminha o leitor, em linguagem decisiva, para a formulação de conclusões gerais, como ocorreu no último parágrafo.

5) apresenta uma abordagem aberta, no sentido de que admite flexibilidade conceitual e faz avaliações considerando a questão integralmente.

Estão corretas as alternativas: 

Aspectos relevantes para a observação da relação fala e escrita


1. Na tradição filosófica ocidental, nos acostumamos a distinguir entre natureza e cultura, atribuindo à cultura tudo aquilo que não se dá naturalmente. No entanto, hoje, esta distinção está cada vez mais difícil de ser mantida, como, de resto, acontece em todas as dicotomias. O certo é que a cultura é um dado que torna o ser humano especial no contexto dos seres vivos. Mas, o que o torna ainda mais especial é o fato de ele dispor de uma linguagem simbólica articulada que é muito mais do que um sistema de classificação, pois é também uma prática que permite que estabeleçamos crenças e pontos de vista diversos ou coincidentes sobre as mesmas coisas. Daí ser a língua um ponto de apoio e de emergência de consenso e dissenso, de harmonia e luta. Não importa se na modalidade escrita ou falada.

2. Nessa perspectiva, seria útil ter presente que, assim como a fala não apresenta propriedades intrínsecas negativas, também a escrita não tem propriedades intrínsecas privilegiadas. São modos de representação cognitiva e social que se revelam em práticas específicas. Postular algum tipo de supremacia ou superioridade de alguma das duas modalidades seria uma visão equivocada, pois não se pode afirmar que a fala é superior à escrita ou vice-versa. Em primeiro lugar, deve-se considerar o aspecto que se está comparando e, em segundo, deve-se considerar que esta relação não é homogênea nem constante.

3. Do ponto de vista cronológico, a fala tem grande precedência sobre a escrita, mas do ponto de vista do prestígio social, a escrita é vista como mais prestigiada que a fala. Não se trata, porém, de algum critério intrínseco nem de parâmetros linguísticos e sim de postura ideológica. Por outro lado, há culturas em que a fala é mais prestigiada que a escrita.

4. Mesmo considerando a enorme e inegável importância que a escrita tem nos povos e nas civilizações letradas, continuamos povos orais. A oralidade jamais desaparecerá e sempre será, ao lado da escrita, o grande meio de expressão e de atividade comunicativa. A oralidade enquanto prática social é inerente ao ser humano e não será substituída por nenhuma tecnologia. Ela será sempre a porta de nossa iniciação à racionalidade e fator de identidade social, regional, grupal dos indivíduos.


                                     (Luís Antônio Marcuschi. Da fala para a escrita. São Paulo: Editora Contexto, 2001, p. 35-36)
A
1, 2, 4, e 5, apenas.
B
1, 2, 3 e 4, apenas.
C
2, 3 e 4, apenas
D
1 e 5, apenas.
E
1, 2, 3, 4 e 5.