Questõesde INSPER sobre Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No texto, a função da linguagem predominante é a

Leia o texto para responder à questão


    A palavra vernáculo caracteriza um modo de aprender as línguas: o aprendizado que se dá, por assimilação espontânea e inconsciente, no ambiente em que as pessoas são criadas. A vernáculo opõe-se tudo aquilo que é transmitido através da escola. Para exemplificar com fatos conhecidos, basta que o leitor brasileiro pense em formas verbais como eu farei e eu fizera, ou em construções como fá-lo-ei, dir-lhe-ia, tu o fizeste ou Ninguém lho negaria. A parte da população brasileira que as conhece chegou a elas pela escola, provavelmente através da leitura de textos literários bastante antigos, pois no Brasil de hoje é quase nula a chance de que essas formas ou construções sejam usadas de maneira espontânea.


(Rodolfo Ilari e Renato Basso. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que falamos)

A
poética, por meio da qual se enfatiza a espontaneidade expressiva presente na língua do brasileiro, muitas vezes abandonada na escola.
B
apelativa, por meio da qual se induz o leitor à aprendizagem da língua com liberdade, porém sem utilidade prática para os usos cotidianos.
C
emotiva, por meio da qual se enaltece a forma intuitiva de se aprender a língua de forma mais produtiva, notadamente fora da escola.
D
informativa, por meio da qual se explica a língua em seus usos espontâneos, o que revela a necessidade de se oferecer estudo às crianças.
E
metalinguística, por meio da qual os autores estabelecem a diferença entre a aprendizagem natural da língua e a transmitida pela escola.
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INSPER 2016 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Na organização do poema, além da função poética, sobressai também a

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.

Evocação do Recife
Recife
Não a Veneza americana
Não a Mauritsstad dos armadores das Índias Ocidentais
Não o Recife dos Mascates
Nem mesmo o Recife que aprendi a amar depois
– Recife das revoluções libertárias
Mas o Recife sem história nem literatura
Recife sem mais nada
Recife da minha infância
A rua da União onde eu brincava de chicote-queimado
e partia as vidraças da casa de dona Aninha Viegas
Totônio Rodrigues era muito velho e botava o pincenê
na ponta do nariz
Depois do jantar as famílias tomavam a calçada com cadeiras
mexericos namoros risadas
A gente brincava no meio da rua
(...)
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada
(Manuel Bandeira. Poesia completa e prosa, 1993. Adaptado)
A
apelativa, pois o eu lírico invoca a cidade de Recife, personificando-a, com a intenção de imputar a ela as causas das suas desgraças e das suas tristezas.
B
fática, pois o eu lírico faz um movimento temático redundante, mais preocupado em manter-se em contato com o leitor do que em expressar seus sentimentos.
C
referencial, pois o eu lírico afasta-se do campo da subjetividade e dá vez à descrição da realidade de sua infância, com seus sonhos, ansiedades e frustrações.
D
emotiva, pois o eu lírico se põe a buscar Recife nas reminiscências de sua infância, externando com nostalgia sua relação com a cidade.
E
metalinguística, pois o eu lírico pontua o movimento de criação artística, deixando claro ao leitor que se trata de um relato pessoal e afetivo da sua infância.
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No texto, a função da linguagem predominante é a

      Às 15h de uma segunda-feira, o campinho de futebol sob o viaduto de Vila Esperança está lotado de jovens descalços disputando o clássico Dois Poste contra Santa Cruz.

      Ninguém tem emprego. Xambito é um deles.

      Xambito precisa pagar pensão para seu filho de três anos, mas não quer voltar para a “vida errada”, como diz.

      “Essa vida errada aí, biqueira [ponto de vendas de drogas], tráfico, só tem dois caminhos: cadeia ou morte; não quero nenhum desses dois, quero ver meu filho crescer, botar ele pra jogar bola, pra estudar”, diz Xambito, que anda pela favela com uma caixinha de som tocando o sertanejo Felipe Araújo.

      Ele está correndo atrás de um “serviço fichado” (registrado). Já foi várias vezes aos pátios das fábricas em Cubatão, mas diz que aparecem dez vagas para 500 pessoas. “Só com ajuda de Deus para ser chamado, é muita gente desempregada.”

(http://arte.folha.uol.com.br/mundo/2017/um-mundo-de-muros/brasil/ excluidos/)  

A
apelativa, considerando-se a intenção de persuadir o público leitor, fazendo-o acreditar que muitas pessoas vivam sem renda.
B
referencial, considerando-se a intenção de analisar e expor ao público leitor a condição de vida dos menos favorecidos.
C
emotiva, considerando-se a ênfase nas condições de vida conturbadas das pessoas com o fim de comover o público leitor.
D
emotiva, considerando-se a descrição de um contexto de vida particular para expor a questão das drogas na sociedade.
E
referencial, considerando-se que expõe de forma pouco idealizada a rotina de jovens que preferem o futebol ao trabalho formal.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Identifica-se a função apelativa da linguagem em

Leia o poema para responder a questão.

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
[dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoero!

Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

Vocabulário:
Relho: chicote
Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
Encarapitados: postos no alto
Alimárias: bestas de carga
A
“Os burros são magrinhos e velhos.”, com o termo destacado expressando sentido de fragilidade física.
B
“vem uma velhinha que os recolhe”, com o termo destacado expressando sentido de acolhimento.
C
“Vão bem com estes burrinhos descadeirados.”, com o termo destacado expressando sentido de ironia.
D
“Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”, com o termo destacado expressando sentido de empatia.
E
Pequenina, ingênua miséria!”, com o termo destacado expressando sentido de limitação quantitativa.
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INSPER 2015 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

No terceiro parágrafo do texto, o modo como as reflexões são feitas pelo articulista – usando interrogações, exclamações e diversas marcas de oralidade – indica que, em relação às funções da linguagem, o texto

Geopolítica do coração

Existem duas Copas paralelas: aquela em que o Brasil joga – e você sofre, grita, esperneia – e aquela em que as outras seleções jogam – e você pode se dar ao luxo de assistir tranquilamente do seu sofá, encantado com as belezas e surpresas do esporte bretão. O único problema dessa segunda modalidade de fruição desportiva é que nem sempre é fácil escolher o time para o qual torcer.
Tendo sido criado por um torcedor fiel do Linense, com moderadas convicções de esquerda, cresci
acreditando que uma das graças do futebol é ver o mais fraco vencer. Chile e Espanha, portanto, foi bico: colonizados contra colonizadores, atuais campeões do mundo contra um time que jamais ganhou uma Copa. Até fui a um restaurante chileno, gritei "Chi-chi-chi-le-le-le" e fiquei com os olhos marejados na hora do hino.
Diante de Holanda e Austrália, porém, minha opção preferencial pelos pobres subiu no telhado. Como não querer ver a máquina que havia metido cinco na Espanha funcionando perfeitamente, de novo? Entre Robben e a retranca, ficaria com a retranca? Tive que me submeter a um rápido tour de force para aceitar meus pendores alaranjados: a Holanda é um país liberal, pensei, os caras esconderam a Anne Frank dos nazistas durante anos, que coisa linda é “A Noite Estrelada", do Van Gogh. Ótimo:
mas aos 21 minutos do primeiro tempo, quando Cahill pegou na veia e mandou pro fundo da rede, abandonei imediatamente a laranja mecânica e abracei a esquadra amarela. Que Holanda, que nada! Eles liberam o consumo de maconha, mas não o plantio, incentivando o tráfico em outros países! Entregaram a Anne Frank pros nazistas! O Van Gogh morreu sem orelha e na miséria! Go, Aussies! (...)

Antonio Prata. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antonioprata/... geopolitica-do-coracao.shtml. Acesso em 25.06.14.
A
recorre apenas à função fática, para que o leitor acompanhe o paradoxal raciocínio do autor do texto.
B
faz perguntas retóricas, sobretudo para mostrar que o receptor da mensagem está sendo desconsiderado.
C
valoriza a função referencial, uma vez que narra como foi o primeiro gol da Austrália contra a Holanda.
D
utiliza a metalinguagem, na medida em que mostra a preocupação de explicar que Van Gogh é um pintor holandês.
E
mistura as funções emotiva e conativa, chegando a se referir aos australianos como receptores da mensagem.