Questõessobre Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

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f5c8a3de-d8
UERR 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Regência, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Funções morfossintáticas da palavra SE, Sintaxe

Assinale a alternativa VERDADEIRA, a partir do TEXTO I.

TEXTO I

ERRO POÉTICO

Rosa-se quintal


(PEREZ, Marcelo. Ainda se estivesse faltando pedaços. Série Máfia do Verso V 4. Boa Vista, 2014.) 

A
"Rosa" é um verbo intransitivo.
B
"Rosa-se quintal" está na voz passiva sintética.
C
Só é possível voz passiva com verbos intransitivos.
D
"Se" é índice de indeterminação do sujeito.
E
Nenhuma das anteriores é verdadeira.
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SEBRAE - SP 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Assinale a alternativa em que ocorre a correta conversão para a voz passiva analítica da frase “Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da startup finalmente toca a esfera da corporação.” (l. 36-37).

Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

A
Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da startup finalmente é tocada pela esfera da corporação.
B
Finalmente, em um determinado, grande e suficiente momento, a esfera da startup toca a esfera da corporação.
C
Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da startup finalmente toca a esfera da corporação.
D
Num determinado momento, a esfera da startup, que já é grande o suficiente, é finalmente tocada pela esfera da corporação.
E
Num determinado momento, já grande o suficiente, a esfera da corporação é tocada finalmente pela esfera da startup.
a69c98ee-cd
SEBRAE - SP 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Locução Verbal, Sintaxe

Em relação à frase: “As empresas que estão montando são, por enquanto, pequenas bolas de gude, soltas no chão dessa sala.” (l. 30-31), avalie as afirmações que seguem:

I. O sujeito da primeira oração classifica-se como simples.
II. Há duas orações no período.
III. A locução verbal destacada está na voz reflexiva.

Quais estão corretas? 

Instrução: A questão pode referir-se ao texto abaixo; consulte-o, quando necessário. Os destaques ao longo do texto estão citados na questão.

Empreendedores e suas bolinhas de gude
Por Romero Rodrigues
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br – 25/09/19 – texto adaptado)

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas I e II.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
cbd55f86-cb
IF-PE 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Advérbios, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Análise sintática, Sintaxe, Morfologia

Acerca de gêneros textuais, classes de palavras e termos da oração, assinale a alternativa CORRETA em relação ao TEXTO 4.

TEXTO 4

Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz

as árvores da floresta.


Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança.

MURRAY, Roseana. Disponível em https://www.orelhadelivro.com.br/livros 

A
Nos versos “onde a vida seja sempre uma festa” e “onde a vida seja sempre uma dança”, os termos em destaque exercem a função de predicativos do sujeito “vida”.
B
m “onde a vida seja sempre uma festa”, o advérbio “sempre” expressa intensidade em relação à festa em que a vida se tornará.
C
Em “as árvores da floresta” e em “tenham no rosto um olhar de criança”, os termos sublinhados desempenham a função de complementos nominais. 
D
No verso “nem bicho nem homem” são explicitados os termos sujeitos do verbo “matar”, presente no terceiro verso da primeira estrofe.
E
O verso “Procura-se algum lugar no planeta” está na voz passiva, estrutura comum ao gênero do TEXTO 4 – anúncio classificado, comumente veiculado em jornais, com o objetivo de se realizar venda, aluguel ou troca de algo.
2404ec5f-b9
UNIVESP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Coesão e coerência

“Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram.”

Está escrito em consonância com o conteúdo dessa frase e com uma forma verbal na voz passiva o que se encontra em:

Leia o trecho de São Bernardo, de Graciliano Ramos, para responder às questão.

   Conforme declarei, Madalena possuía um excelente coração. Descobri nela manifestações de ternura que me sensibilizaram. E, como sabem, não sou homem de sensibilidades. É certo que tenho experimentado mudanças nestes dois últimos anos. Mas isto passa.
(S. Bernardo. 93. ed. Rio de Janeiro, Record, 2012)
A
As manifestações de ternura que descobri nela me deixaram sensibilizado.
B
Fui sensibilizado pelas manifestações de ternura que descobri nela.
C
Tendo descoberto nela manifestações de ternura, fiquei sensibilizado.
D
Fui me sensibilizando ao descobrir nela manifestações de ternura.
E
Quando me deixei sensibilizar, descobri nela manifestações de ternura.
9e151c5c-b6
UEAP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Coesão e coerência, Conjunções: Relação de causa e consequência, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a única alternativa que traz uma informação incorreta de acordo com o texto.

TEXTO I


A
No período E é aí que, geralmente, pinta aquele incômodo persistente, quase que como uma voz que nos estimula a cobiçar o trunfo do outro. (L.30 a 32), o locutor conjuntivo em destaque estabelece uma relação de semelhança e reciprocidade entre as orações por ele interligadas.
B
O vocábulo quando presente em Isso ocorre quando as pessoas... (L.38) pode ser substituído, sem que haja alteração de sentido, por no momento em que.
C
A inveja pode causar medo àqueles que são alvo desse sentimento. Isso pode ser confirmado com a história da fábula e também com a seguinte passagem: ...qual de nós nunca notou (e temeu!) olhos invejosos diante de um momento feliz que estava vivenciando? (L.16/17).
D
Quando a autora do texto escreve Essa simples história retrata... (L.13), ela faz menção a algo já explicitado. No caso, o texto usado como alegoria e como introdução dos seus argumentos, e que pertence ao gênero fábula.
E
A voz passiva, em substituição à voz ativa presente em A cultura moderna prega padrões profissionais, estéticos e até pessoais... (L.24/25), é: Padrões profissionais, estéticos e até pessoais são pregados pela cultura moderna.
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UESPI 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Uso dos dois-pontos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe, Pontuação

Considere o trecho a seguir, para responder a questão.

“Pessoas que já vivenciaram um terremoto costumam ter lembranças claras dessa experiência: o solo vibra, treme, fica abaulado e se desloca; o ar se enche de estrondos; abrem-se rachaduras; e vidros se estilhaçam; armários se abrem; livros, pratos e bugigangas caem das prateleiras” (l. 01 - 04).

Analise as opções abaixo e assinale aquela que contém uma informação INCORRETA, quanto ao emprego de palavras, expressões e estruturas linguísticas.

TEXTO I 


A
Subentende-se a existência da palavra “solo”, antes de “treme”, “fica abaulado” e “se desloca”.
B
O sujeito gramatical de “estilhaçam” é o mesmo de “caem”.
C
No segmento “abrem-se rachaduras”, a forma verbal encontra-se na voz passiva sintética.
D
Os dois pontos utilizados logo após a palavra “experiência” indicam a explicação dos itens que são apresentados a seguir.
E
“abrem-se” (primeira ocorrência) e “caem” possuem sujeitos gramaticais distintos.
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UEFS 2011, UEFS 2011, UEFS 2011, UEFS 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Uso dos conectivos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Locução Verbal, Travessão, Sintaxe, Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Pontuação

Sobre os recursos linguísticos que compõem o primeiro parágrafo do texto, está correto o que se afirma em

TEXTO:

O equívoco de uma nova lei de imprensa


SILVA, Carlos Eduardo Lins da. A Malquerida Liberdade de Imprensa: O equívoco de uma nova lei de imprensa. Disponível em: <http://interessenacional.uol.com.br/artigos-integra.asp?cd_artigo=41>. Acesso em: maio 2011. Adaptado.

A
A locução verbal “podem ser consertados” (l. 2), na transposição para a voz ativa, é substituída por poderão consertar, sem prejuízo na natureza gramatical.
B
A expressão “por meio da edição de alguma lei.” (l. 2-3) explicita o paciente da ação verbal a que está vinculada.
C
A expressão “modelo de felicidade e desenvolvimento.” (l. 4-5) completa o sentido da forma verbal “seríamos” (l. 4), que sugere ideia hipotética do fato.
D
O uso do travessão destacando “assassinato, acidente aéreo, sequestro, calamidade pública” (l. 6-7) isola termos que enumeram exemplos de temas que ganham relevância social, segundo a observação do articulista.
E
A marca linguística “como” (l. 9) evidencia uma conformidade em relação às “saídas mágicas” (l. 10).
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FATEC 2014 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Observe o trecho do texto: “e assim recebi o livro na mão(...)”


Ao passar a oração sublinhada nesse trecho para a voz passiva analítica, teremos:

Felicidade Clandestina

Clarice Lispector

      Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. (...) Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. (...)

      Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continuava a implorar-lhe emprestados os livros que ela não lia.

      Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.

      Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o. E, completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. (...)

      No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.

      Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. (...) E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. (...) Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. (...)

      Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!(...)

      Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.

      Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. (...) Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. (...) Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. (...)

(http://tinyurl.com/veele-contos Acesso em: 27.08.14. Adaptado)

A
O livro era recebido por mim.
B
O livro é recebido por mim.
C
O livro será recebido por mim.
D
O livro foi recebido por mim.
E
O livro seria recebido por mim.
f22111af-b0
IFF 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Um texto pode ser reescrito de várias formas, sem que seu sentido seja alterado. A mudança de voz verbal é um mecanismo bastante utilizado nesse processo. No texto IV, a oração “Você está cercado de ignorantes!” encontra-se na voz passiva. Marque o item em que a reescritura da oração em destaque foi efetuada, por meio da conversão para a voz ativa, de modo correto.

TEXTO IV

 Disponível em: <http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/2010/05/26/21>.

 Acesso em: 23 set 2017. 

A
Ignorantes cercavam você.  
B
Ignorantes cercam você. 
C
Ignorantes cercarão você. 
D
Ignorantes cercaram você. 
E
Ignorantes têm cercado você. 
2417d9b8-af
UFRGS 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Assinale a alternativa que apresenta a correta passagem de segmento do texto da voz ativa para a voz passiva.


A
como os dois formam uma realidade única (l. 20-21) – como uma realidade única é formada pelos dois.
B
trata-se, sempre, da questão de identidade (l. 34-35) – é tratado, sempre, da questão de identidade.
C
A pergunta, na sua discreta singeleza, permite descobrir algo muito importante (l. 37-39) – algo muito importante é perguntado, na sua discreta singeleza.
D
o Brasil ter sido descoberto por portugueses e não por chineses (l. 44-46) – portugueses, e não chineses, terem descoberto o Brasil.
E
nunca lhe propusemos esta questão relacional e reveladora (l. 62-63) – esta questão relacional e reveladora nunca lhe foi proposta.
0d8906e5-99
USP 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva), Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Leia o trecho extraído de uma notícia veiculada na internet:

“O carro furou o pneu e bateu no meio fio, então eles foram obrigados a parar. O refém conseguiu acionar a população, que depois pegou dois dos três indivíduos e tentaram linchar eles. O outro conseguiu fugir, mas foi preso momentos depois por uma viatura do 5º BPM”, afirmou o major.
Disponível em https://www.gp1.com.br/.

No português do Brasil, a função sintática do sujeito não possui, necessariamente, uma natureza de agente, ainda que o verbo esteja na voz ativa, tal como encontrado em:

A
“O carro furou o pneu”.
B
“e bateu no meio fio”.
C
“O refém conseguiu acionar a população”.
D
“tentaram linchar eles”.
E
“afirmou o major”.
46784d77-ba
UFRGS 2019 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Assinale a alternativa que apresenta uma oração na voz passiva.


A
mesmo que pareça que sim, [...] (l. 32-33).
B
é normal, em português, haver orações sem sujeito expresso [...] (l. 41-43).
C
Exemplos correntes são frases como “chegaram e saíram em seguida”, [...] (l. 44-45).
D
não seria estranha a sequência “meninos, vocês se comportem”; [...] (l. 50-51).
E
se forem aceitas as hipóteses a) e b) [...] (l. 51-52).
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UNIFESP 2018 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Ao se transpor a frase “Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos.” (1° parágrafo) para a voz passiva analítica, o termo sublinhado assume a seguinte forma:

Para responder à questão, leia o trecho do livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre.


       Mas a casa-grande patriarcal não foi apenas fortaleza, capela, escola, oficina, santa casa, harém, convento de moças, hospedaria. Desempenhou outra função importante na economia brasileira: foi também banco. Dentro das suas grossas paredes, debaixo dos tijolos ou mosaicos, no chão, enterrava-se dinheiro, guardavam-se joias, ouro, valores. Às vezes guardavam-se joias nas capelas, enfeitando os santos. Daí Nossas Senhoras sobrecarregadas à baiana de teteias, balangandãs, corações, cavalinhos, cachorrinhos e correntes de ouro. Os ladrões, naqueles tempos piedosos, raramente ousavam entrar nas capelas e roubar os santos. É verdade que um roubou o esplendor e outras joias de São Benedito; mas sob o pretexto, ponderável para a época, de que “negro não devia ter luxo”. Com efeito, chegou a proibir-se, nos tempos coloniais, o uso de “ornatos de algum luxo” pelos negros.

      Por segurança e precaução contra os corsários, contra os excessos demagógicos, contra as tendências comunistas dos indígenas e dos africanos, os grandes proprietários, nos seus zelos exagerados de privativismo, enterraram dentro de casa as joias e o ouro do mesmo modo que os mortos queridos. Os dois fortes motivos das casas-grandes acabarem sempre mal-assombradas com cadeiras de balanço se balançando sozinhas sobre tijolos soltos que de manhã ninguém encontra; com barulho de pratos e copos batendo de noite nos aparadores; com almas de senhores de engenho aparecendo aos parentes ou mesmo estranhos pedindo padres-nossos, ave-marias, gemendo lamentações, indicando lugares com botijas de dinheiro. Às vezes dinheiro dos outros, de que os senhores ilicitamente se haviam apoderado. Dinheiro que compadres, viúvas e até escravos lhes tinham entregue para guardar. Sucedeu muita dessa gente ficar sem os seus valores e acabar na miséria devido à esperteza ou à morte súbita do depositário. Houve senhores sem escrúpulos que, aceitando valores para guardar, fingiram-se depois de estranhos e desentendidos: “Você está maluco? Deu-me lá alguma cousa para guardar?”

      Muito dinheiro enterrado sumiu-se misteriosamente. Joaquim Nabuco, criado por sua madrinha na casa-grande de Maçangana, morreu sem saber que destino tomara a ourama para ele reunida pela boa senhora; e provavelmente enterrada em algum desvão de parede. […] Em várias casas-grandes da Bahia, de Olinda, de Pernambuco se têm encontrado, em demolições ou escavações, botijas de dinheiro. Na que foi dos Pires d’Ávila ou Pires de Carvalho, na Bahia, achou-se, num recanto de parede, “verdadeira fortuna em moedas de ouro”. Noutras casas-grandes só se têm desencavado do chão ossos de escravos, justiçados pelos senhores e mandados enterrar no quintal, ou dentro de casa, à revelia das autoridades. Conta-se que o visconde de Suaçuna, na sua casa-grande de Pombal, mandou enterrar no jardim mais de um negro supliciado por ordem de sua justiça patriarcal. Não é de admirar. Eram senhores, os das casas-grandes, que mandavam matar os próprios filhos. Um desses patriarcas, Pedro Vieira, já avô, por descobrir que o filho mantinha relações com a mucama de sua predileção, mandou matá-lo pelo irmão mais velho.

                         (In: Silviano Santiago (coord.). Intérpretes do Brasil, 2000.)

A
seriam guardadas.
B
fossem guardadas.
C
foram guardadas.
D
eram guardadas.
E
são guardadas.
9bc21295-dd
UNIFESP 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

“Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia.” (4o parágrafo)

Ao se converter o trecho destacado para a voz passiva, o verbo “influencia” assume a seguinte forma:

Leia um trecho do artigo “Reflexões sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico brasileiro Marcelo Gleiser.


  Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão, devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o “agora”, o instante atual.

  Isso tudo parece bastante óbvio, mas não é. Para definirmos passado e futuro, precisamos definir o presente. Mas, segundo nossa separação estrutural, o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso poderíamos definir um período no seu passado e no seu futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou seja, o presente não existe!

  A discussão acima nos leva a outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve uma origem, então existiu um momento no passado em que ele passou a existir. Segundo nossas modernas teorias cosmogônicas, que visam explicar a origem do Universo, esse momento especial é o momento da origem do Universo “clássico”. A expressão “clássico” é usada em contraste com “quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos e subatômicos.

   [...]

  As descobertas de Einstein mudaram profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou de energia) também influencia a passagem do tempo, embora esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a relatividade geral para descrever a origem do Universo.

(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)

A
é influenciada.
B
foi influenciada.
C
era influenciada.
D
seria influenciada.
E
será influenciada.
334c0db6-1b
UNESP 2017 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

“Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul [...].”


Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.

Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder à questão.


   Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira.” Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue encontrar tinta vermelha.” Neste caso, a estrutura é mais refinada do que indicam as aparências: apesar de não ter como usar o código combinado para indicar que tudo o que está dito é mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introdução da referência ao código, como um de seus elementos, na própria mensagem codificada.

                                                              (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.)

A
Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul seria recebida pelos amigos.
B
Os amigos deveriam ter recebido, um mês depois, uma carta escrita em tinta azul.
C
Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul foi recebida pelos amigos.
D
Um mês depois, uma carta escrita em tinta azul é recebida pelos amigos.
E
Os amigos receberiam, um mês depois, uma carta escrita em tinta azul.
44bdb8f5-3c
UNESP 2015 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

Assinale a alternativa que indica duas estrofes em que o termo “Arminda” surge como paciente da ação expressa pelo verbo da oração de que faz parte.

Protestos a Arminda

    Conheço muitas pastoras
Que beleza e graça têm,
Mas é uma só que eu amo
Só Arminda e mais ninguém.

    Revolvam meu coração
Procurem meu peito bem,
Verão estar dentro dele
Só Arminda e mais ninguém.

    De tantas, quantas belezas
Os meus ternos olhos veem,
Nenhuma outra me agrada
Só Arminda e mais ninguém.

    Estes suspiros que eu solto
Vão buscar meu doce bem,
É causa dos meus suspiros
Só Arminda e mais ninguém.

Os segredos de meu peito
Guardá-los nele convém,
Guardá-los aonde os veja
Só Arminda e mais ninguém.

    Não cuidem que a mim me importa
Parecer às outras bem,
Basta que de mim se agrade
Só Arminda e mais ninguém.

    Não me alegra, ou me desgosta
Doutra o mimo, ou o desdém,
Satisfaz-me e me contenta
Só Arminda e mais ninguém.

    Cantem os outros pastores
Outras pastoras também,
Que eu canto e cantarei sempre
Só Arminda e mais ninguém.

(Viola de Lereno, 1980.)
A
Primeira e terceira estrofes.
B
Sétima e oitava estrofes.
C
Primeira e oitava estrofes.
D
Terceira e quarta estrofes.
E
Terceira e quinta estrofes.
1a7e5085-30
UNESP 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

O trecho “As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe.” (2º parágrafo) foi construído na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para a voz ativa, a locução verbal “foram substituídas” assume a seguinte forma:

Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.

    De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos. Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar, principalmente se estiver sozinho e seu bairro for deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se for assaltado, não reaja – entregue tudo.
   É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras. As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento que o medo impõe. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De lugares de encontro, troca, comunidade, participação coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se em palco do horror, do pânico e do medo.
   A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –, dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente para pior. De potenciais cidadãos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado de direito?
(Violência urbana, 2003.)
A
substitui.
B
substituíram.
C
substituiriam.
D
substituiu.
E
substituem.
2b24e6ea-cf
IF-BA 2011 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

"A maior parte do que se produz no mercado publicitário (...)” (l. 34-35).

O termo em negrito pode ser substituído por

imagem-002.jpg

A
seria produzido;
B
é produzido;
C
foi produzido;
D
teria sido produzido;
E
fora produzido.