Questõessobre Figuras de Linguagem

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FGV 2014, FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Dos efeitos expressivos presentes nos trechos do texto reproduzidos abaixo, o único que NÃO está corretamente identificado é:

Texto para a questão 


        Escrevo neste instante com algum prévio pudor por vos estar invadindo com tal narrativa tão exterior e explícita. De onde no entanto até sangue arfante de tão vivo de vida poderá quem sabe escorrer e logo se coagular em cubos de geleia trêmula. Será essa história um dia o meu coágulo? Que sei eu. Se há veracidade nela – e é claro que a história é verdadeira embora inventada –, que cada um a reconheça em si mesmo porque todos nós somos um e quem não tem pobreza de dinheiro tem pobreza de espírito ou saudade por lhe faltar coisa mais preciosa que ouro – existe a quem falte o delicado essencial.

Clarice Lispector, A hora da estrela. 

A
“prévio pudor” (aliteração).
B
“o meu coágulo” (metáfora).
C
“de geleia trêmula” (antítese).
D
“é verdadeira embora inventada” (paradoxo).
E
“coisa mais preciosa que ouro” (símile).
13b3092c-de
FGV 2014, FGV 2014 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre os verbos “boiar” e “nadar”, empregados metaforicamente no texto, é correto afirmar:

Texto para a questão


Evanildo Bechara, Na ponta da língua. Adaptado. 

A
Representam ações que, a partir de um mesmo esforço, produzem resultados diferentes.
B
Expressam, respectivamente, a solução de dúvidas e a aprendizagem por meio do entretenimento.
C
O primeiro remete à “incompletude da lição” e o segundo, à “fixação da aprendizagem”.
D
O modo de aprender representado pelo primeiro resulta em “um passo a frente”; já o do segundo é o que leva a “uma resposta imediata”.
E
São duas maneiras de aprender que se distinguem mais pela quantidade do que pela qualidade.
df867536-dc
UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Nos versos “Amor é vida; é ter constantemente/ Alma, sentidos, coração – abertos”, encontram-se duas figuras: uma metáfora e uma hipérbole.

Leia atentamente o trecho selecionado e, em seguida, assinale a alternativa correta.

Se se morrre de amor
(...)
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração – abertos
Ao grande, ao belo; é ser capaz d’extremos,
D’ altas virtudes, té capaz de crimes!
Compr’ender o infinito, a imensidade,
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D’ aves, flores, murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
(...)
DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Volume único. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p. 293.

Vocabulário
ermo: descampado, deserto.
soledade: solidão. 
C
Certo
E
Errado
d718cdbf-d9
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No soneto, as expressões “Pobre te vejo a ti” e “Rica te vejo eu já” exemplificam uma das características da linguagem barroca de Gregório de Matos: o uso das antíteses.

Leia atentamente o soneto abaixo:

SONÊTO
Triste Bahia! oh quão dessemelhante
Estás, e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vejo eu já, tu a mi abundante.

A ti tocou-te a máquina mercante,
Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando, e tem trocado
Tanto negócio, e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sangaz Brichote.

Oh se quisera Deus, que de repente
Um dia amanheceras tão sisuda
Que fôra de algodão o teu capote!
MATOS, Gregório. Antologia. Porto Alegre: L&M, 2009, p. 103- 104.

Vocabulário
dessemelhante: diferente.
sangaz: sagaz, astuto, malicioso.
Brichote: palavra depreciativa para designar o estrangeiro.
sisuda: sensata, prudente.
capote: casaco.

Esse soneto é de autoria do poeta barroco Gregório de Matos e nele se encontram as principais características da poesia barroca brasileira. Com relação ao poeta Gregório de Matos e ao soneto, assinale a alternativa correta
C
Certo
E
Errado
fce28394-dc
UEMA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A linguagem da propaganda enfrenta o desafio de prender a atenção do destinatário e, por isso, dentre outros recursos, valese de meios estilísticos.


Para convencer o receptor, observa-se a combinação entre as figuras

A
sinestesia e sinédoque, trazendo percepções de diferentes sentidos na parte/todo de uma expressão adverbial.
B
onomatopeia e hipérbole, explorando uma reprodução natural com intensificação na expressão interjetiva.
C
polissíndeto e paralelismo, favorecendo a fluidez da estrutura sintática de uma locução substantiva.
D
ironia e prosopopeia, chamando atenção pelo fingir do não dizer na expressão adjetiva.
E
eufemismo e disfemismo, agregando ideias de impacto a uma expressão verbal.
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UniCEUB 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa em que há uma análise adequada do trecho apresentado.

Leia o trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, para responder à questão.

    Em certas casas os agregados eram muito úteis, porque a família tirava grande proveito de seus serviços [...]; outras vezes porém e estas eram em maior número, o agregado, refinado vadio, era uma verdadeira parasita que se prendia à árvore familiar, que lhe participava da seiva sem ajudá-la a dar os frutos, e o que é mais ainda, chegava mesmo a dar cabo dela. E o caso é que, apesar de tudo, se na primeira hipótese o esmagavam com o peso de mil exigências, se lhe batiam a cada passo com os favores na cara, se o filho mais velho da casa, por exemplo, o tomava por seu divertimento, e à menor e mais justa queixa saltavam-lhe os pais em cima tomando o partido de seu filho, no segundo aturavam quanto desconforto havia com paciência de mártir; o agregado tornava-se quase rei em casa, punha, dispunha, castigava os escravos, ralhava com os filhos, intervinha enfim nos mais particulares negócios.

             (Memórias de um sargento de milícias, 2016.)
A
“Em certas casas os agregados eram muito úteis” — o vocábulo destacado exprime noção de indefinição.
B
“lhe participava da seiva sem ajudá-la a dar os frutos” — os vocábulos destacados são empregados em sentido próprio.
C
“se na primeira hipótese o esmagavam com o peso de mil exigências” — o vocábulo destacado produz um eufemismo.
D
“no segundo aturavam quanto desconforto havia com paciência de mártir” — o vocábulo destacado refere-se metaforicamente a “agregado”.
E
“intervinha enfim nos mais particulares negócios” — o vocábulo destacado estabelece relação de finalidade.
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UNIFESP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Personificação: recurso expressivo que consiste em atribuir propriedades humanas a uma coisa, a um ser inanimado ou abstrato.


                                        (Dicionário Porto Editora da Língua Portuguesa.
                                                                        www.infopedia.pt. Adaptado.)

Verifica-se a ocorrência desse recurso no seguinte verso:

Para responder à, leia o poema “Dissolução”, de Carlos Drummond de Andrade (1902- 1987), que integra o livro Claro enigma, publicado originalmente em 1951. 

Escurece, e não me seduz 
tatear sequer uma lâmpada. 
Pois que aprouve1 ao dia findar, 
aceito a noite.

E com ela aceito que brote 
uma ordem outra de seres 
e coisas não figuradas. 
Braços cruzados. 

Vazio de quanto amávamos, 
mais vasto é o céu. Povoações 
surgem do vácuo. 
Habito alguma?

E nem destaco minha pele 
da confluente escuridão. 
Um fim unânime concentra-se 
e pousa no ar. Hesitando.

E aquele agressivo espírito 
que o dia carreia2 consigo, 
já não oprime. Assim a paz,
destroçada.

Vai durar mil anos, ou 
extinguir-se na cor do galo? 
Esta rosa é definitiva, 
ainda que pobre.

Imaginação, falsa demente, 
já te desprezo. E tu, palavra. 
No mundo, perene trânsito, 
calamo-nos.
E sem alma, corpo, és suave.

(Claro enigma, 2012.)

1 aprazer: causar ou sentir prazer; contentar(-se).
2 carrear: carregar. 
A
“Vazio de quanto amávamos,” (3a estrofe)
B
“E nem destaco minha pele” (4a estrofe)
C
“Esta rosa é definitiva,” (6a estrofe)
D
“Pois que aprouve ao dia findar,” (1a estrofe)
E
“No mundo, perene trânsito,” (7a estrofe)
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UNIFESP 2016, UNIFESP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O Dicionário Houaiss de língua portuguesa define “elipse” como “supressão, num enunciado, de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico”. Verifica-se a ocorrência desse recurso em:

Leia o trecho inicial de Raízes do Brasil, do historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), para responder à questão.

    A tentativa de implantação da cultura europeia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em consequências. Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra. Podemos construir obras excelentes, enriquecer nossa humanidade de aspectos novos e imprevistos, elevar à perfeição o tipo de civilização que representamos: o certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem.
    Assim, antes de perguntar até que ponto poderá alcançar bom êxito a tentativa, caberia averiguar até onde temos podido representar aquelas formas de convívio, instituições e ideias de que somos herdeiros.
    É significativa, em primeiro lugar, a circunstância de termos recebido a herança através de uma nação ibérica. A Espanha e Portugal são, com a Rússia e os países balcânicos (e em certo sentido também a Inglaterra), um dos territórios- -ponte pelos quais a Europa se comunica com os outros mundos. Assim, eles constituem uma zona fronteiriça, de transição, menos carregada, em alguns casos, desse europeísmo que, não obstante, mantêm como um patrimônio necessário.
    Foi a partir da época dos grandes descobrimentos marítimos que os dois países entraram mais decididamente no coro europeu. Esse ingresso tardio deveria repercutir intensamente em seus destinos, determinando muitos aspectos peculiares de sua história e de sua formação espiritual. Surgiu, assim, um tipo de sociedade que se desenvolveria, em alguns sentidos, quase à margem das congêneres europeias, e sem delas receber qualquer incitamento que já não trouxesse em germe.
    Quais os fundamentos em que assentam de preferência as formas de vida social nessa região indecisa entre a Europa e a África, que se estende dos Pireneus a Gibraltar? Como explicar muitas daquelas formas, sem recorrer a indicações mais ou menos vagas e que jamais nos conduziriam a uma estrita objetividade?
    Precisamente a comparação entre elas e as da Europa de além-Pireneus faz ressaltar uma característica bem peculiar à gente da península Ibérica, uma característica que ela está longe de partilhar, pelo menos na mesma intensidade, com qualquer de seus vizinhos do continente. É que nenhum desses vizinhos soube desenvolver a tal extremo essa cultura da personalidade, que parece constituir o traço mais decisivo na evolução da gente hispânica, desde tempos imemoriais. Pode dizer-se, realmente, que pela importância particular que atribuem ao valor próprio da pessoa humana, à autonomia de cada um dos homens em relação aos semelhantes no tempo e no espaço, devem os espanhóis e portugueses muito de sua originalidade nacional. [...]
    É dela que resulta largamente a singular tibieza das formas de organização, de todas as associações que impliquem solidariedade e ordenação entre esses povos. Em terra onde todos são barões não é possível acordo coletivo durável, a não ser por uma força exterior respeitável e temida.

(Raízes do Brasil, 2000.)

A
“A Espanha e Portugal são, com a Rússia e os países balcânicos (e em certo sentido também a Inglaterra), um dos territórios-ponte pelos quais a Europa se comunica com os outros mundos” (3° parágrafo)
B
“Em terra onde todos são barões não é possível acordo coletivo durável” (7° parágrafo)
C
“Precisamente a comparação entre elas e as da Europa de além-Pireneus faz ressaltar uma característica bem peculiar à gente da península Ibérica” (6° parágrafo)
D
“Foi a partir da época dos grandes descobrimentos marítimos que os dois países entraram mais decididamente no coro europeu” (4° parágrafo)
E
“o certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem” (1° parágrafo)
08d82465-da
UNIFESP 2016, UNIFESP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No primeiro parágrafo, o autor recorre a uma construção paradoxal em:

Leia o trecho inicial de Raízes do Brasil, do historiador brasileiro Sérgio Buarque de Holanda (1902-1982), para responder à questão.

    A tentativa de implantação da cultura europeia em extenso território, dotado de condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar, é, nas origens da sociedade brasileira, o fato dominante e mais rico em consequências. Trazendo de países distantes nossas formas de convívio, nossas instituições, nossas ideias, e timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil, somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra. Podemos construir obras excelentes, enriquecer nossa humanidade de aspectos novos e imprevistos, elevar à perfeição o tipo de civilização que representamos: o certo é que todo o fruto de nosso trabalho ou de nossa preguiça parece participar de um sistema de evolução próprio de outro clima e de outra paisagem.
    Assim, antes de perguntar até que ponto poderá alcançar bom êxito a tentativa, caberia averiguar até onde temos podido representar aquelas formas de convívio, instituições e ideias de que somos herdeiros.
    É significativa, em primeiro lugar, a circunstância de termos recebido a herança através de uma nação ibérica. A Espanha e Portugal são, com a Rússia e os países balcânicos (e em certo sentido também a Inglaterra), um dos territórios- -ponte pelos quais a Europa se comunica com os outros mundos. Assim, eles constituem uma zona fronteiriça, de transição, menos carregada, em alguns casos, desse europeísmo que, não obstante, mantêm como um patrimônio necessário.
    Foi a partir da época dos grandes descobrimentos marítimos que os dois países entraram mais decididamente no coro europeu. Esse ingresso tardio deveria repercutir intensamente em seus destinos, determinando muitos aspectos peculiares de sua história e de sua formação espiritual. Surgiu, assim, um tipo de sociedade que se desenvolveria, em alguns sentidos, quase à margem das congêneres europeias, e sem delas receber qualquer incitamento que já não trouxesse em germe.
    Quais os fundamentos em que assentam de preferência as formas de vida social nessa região indecisa entre a Europa e a África, que se estende dos Pireneus a Gibraltar? Como explicar muitas daquelas formas, sem recorrer a indicações mais ou menos vagas e que jamais nos conduziriam a uma estrita objetividade?
    Precisamente a comparação entre elas e as da Europa de além-Pireneus faz ressaltar uma característica bem peculiar à gente da península Ibérica, uma característica que ela está longe de partilhar, pelo menos na mesma intensidade, com qualquer de seus vizinhos do continente. É que nenhum desses vizinhos soube desenvolver a tal extremo essa cultura da personalidade, que parece constituir o traço mais decisivo na evolução da gente hispânica, desde tempos imemoriais. Pode dizer-se, realmente, que pela importância particular que atribuem ao valor próprio da pessoa humana, à autonomia de cada um dos homens em relação aos semelhantes no tempo e no espaço, devem os espanhóis e portugueses muito de sua originalidade nacional. [...]
    É dela que resulta largamente a singular tibieza das formas de organização, de todas as associações que impliquem solidariedade e ordenação entre esses povos. Em terra onde todos são barões não é possível acordo coletivo durável, a não ser por uma força exterior respeitável e temida.

(Raízes do Brasil, 2000.)

A
“condições naturais, se não adversas, largamente estranhas à sua tradição milenar”.
B
“somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra”.
C
“timbrando em manter tudo isso em ambiente muitas vezes desfavorável e hostil”.
D
“enriquecer nossa humanidade de aspectos novos e imprevistos”.
E
“o fato dominante e mais rico em consequências”.
de12b49a-d9
UEM 2011, UEM 2011, UEM 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os vocábulos que se utilizam para fazer referência a seres, lugares, eventos podem não apenas nomeá-los, mas também demonstrar o que se pensa sobre eles. Assinale o que for correto a respeito dos vocábulos utilizados no texto

Ao afirmar que o apartamento onde a filha mora é um “chiqueiro” (linha 1), a mãe da narradora-personagem Malu emprega uma metáfora, utilizando o conhecimento extralinguístico que se tem de um curral de porcos. 

TEXTO

A minha mãe falava sério!

Thalita Rebouças

(Adaptação do capítulo do livro Fala sério, professor! Rio de Janeiro: Rocco, 2006)

C
Certo
E
Errado
02d73945-db
MACKENZIE 2012 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere os seguintes traços de estilo:

I. Evidência de metáforas na composição do discurso descritivo.
II. Marca linguística que denuncia a presença do interlocutor no texto.
III. Sinais explícitos de reflexão metalinguística, ou seja, discurso que tematiza o próprio fazer literário.

No texto,

Texto para a questão


Machado de Assis, A mão e a luva
A
apenas as características I e II estão presentes.
B
apenas a característica I está presente.
C
apenas as características II e III estão presentes.
D
apenas as características I e III estão presentes.
E
as características I, II e III estão presentes.
b123df33-d7
UEM 2010, UEM 2010, UEM 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale o que for correto a respeito do texto


Em “Tal qual soldados dispostos a vencer a árdua luta ...” (linhas 10-11), há uma comparação, ao passo que em “... primeiros artífices da grande Maringá.” (linha 31), há uma metáfora.  

Texto


Adaptação de trecho do seguinte livro: ANDRADE, Arthur. Maringá: ontem, hoje e amanhã. Maringá, 1979, p. 61-63.
C
Certo
E
Errado
f0c783a5-d9
IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

No estudo das figuras de linguagem encontra-se a antonomásia. Embora o nome pareça complicado, trata-se apenas do recurso de substituir um nome por outro (ou expressão), que facilmente o identifique. Assinale a alternativa em que se encontra uma antonomásia, retirada do texto.

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere o texto abaixo.



URBIM, Carlos (coord.). Rio Grande do Sul: um século de história. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999.
A
“posterior” (l. 02)
B
“patinho feio” (l. 05)
C
“papel” (l. 05)
D
“cidade luz” (l. 05)
E
“tudo o que havia de mal” (l. 06)
3ce92df7-d9
IF Sul Rio-Grandense 2016, IF Sul Rio-Grandense 2016 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Figuras de Linguagem

Considere as seguintes afirmações.

I - O verso “O dia voa como um pássaro” está em sentido denotativo.

II - O verso “A História é um carro alegre” traz uma metáfora.

III - A frase “Eu já te falei um milhão de vezes que não a perdoarei!” traz uma ironia.


Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas III.
D
Apenas I e II.
E
Apenas II e III.
51bbd053-d8
IF Goiano 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Maria é o nome da personagem central e o título do Texto 1. Observa-se que a palavra Maria evidencia uma função



TEXTO 1
Maria

    Maria estava parada há mais de meia hora no ponto do ônibus. Estava cansada de esperar. Se a distância fosse menor, teria ido a pé. Era preciso mesmo ir se acostumando com a caminhada. O preço da passagem estava aumentando tanto! Além do cansaço, a sacola estava pesada. No dia anterior, no domingo, havia tido festa na casa da patroa. Ela levava para casa os restos. (...)
    O ônibus não estava cheio, havia lugares. (...) Ao entrar, um homem levantou lá de trás, do último banco, fazendo um sinal para o trocador. Passou em silêncio, pagando a passagem dele e de Maria. Ela reconheceu o homem. Quanto tempo, que saudades! Como era difícil continuar a vida sem ele. (...) Por que não podia ser de uma outra forma? Por que não podiam ser felizes? E o menino, Maria? Como vai o menino? cochichou o homem. Sabe que sinto falta de vocês? (...)
    Ela, ainda sem ouvir direito, adivinhou a fala dele: um abraço, um beijo, um carinho no filho. E, logo após, levantou rápido sacando a arma. Outro lá atrás gritou que era um assalto. Maria estava com muito medo. Não dos assaltantes. Não da morte. Sim da vida. Tinha três filhos. O mais velho, com onze anos, era filho daquele homem que estava ali na frente com uma arma na mão. (...)
    Os assaltantes desceram rápido. Maria olhou saudosa e desesperada para o primeiro. Foi quando uma voz acordou a coragem dos demais. Alguém gritou que aquela puta safada lá da frente conhecia os assaltantes. Maria se assustou. Ela não conhecia assaltante algum. Conhecia o pai de seu primeiro filho. Conhecia o homem que tinha sido dela e que ela ainda amava tanto. Ouviu uma voz: Negra safada, vai ver que estava de coleio com os dois. (...)
    — Calma pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta para sustentar os filhos...
     Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. (...)
    Tudo foi tão rápido, tão breve, Maria tinha saudades de seu ex-homem. (...) Quando o ônibus esvaziou, quando chegou a polícia, o corpo da mulher estava todo dilacerado, todo pisoteado.
    Maria queria tanto dizer ao filho que o pai havia mandado um abraço, um beijo, um carinho.

EVARISTO, Conceição. Maria. In: Olhos D’Água. Rio de Janeiro: Pallas e Fundação Biblioteca Nacional. 2016. p. 39-42. [Adaptado].
A
metonímica, pois a personagem sintetiza as experiências de vida de outras mulheres vítimas de violências.
B
metafórica, dado que a protagonista simboliza uma heroína que vence as lutas contra as mazelas de seu povo.
C
irônica, já que a personagem sofre na pele a violência de seus semelhantes e o descaso governamental.
D
hiperbólica, haja vista que a protagonista ganha tons de exagero em sua trajetória com excessivas desgraças.
63845cc3-d8
IF-BA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Assinale a alternativa em que encontramos um exemplo de antítese:

Leia o texto II e responda à questão

TEXTO II
ELA E EU

Há flores de cores concentradas
Ondas queimam rochas com seu sal
Vibrações do sol no pó da estrada
Muita coisa, quase nada
Cataclismas, carnaval

Há muitos planetas habitados
E o vazio da imensidão do céu
Bem e mal e boca e mel
E essa voz que Deus me deu
Mas nada é igual a ela e eu

Trecho de uma canção de Caetano Veloso, cantada por Marina Lima no álbum Marina Lima, do ano de 1991. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/marina-lima/ ela-e-eu.html>. Acessado em: 06/08/2018.
A
“Muita coisa, quase nada”.
B
“Há flores de cores concentradas”.
C
“Ondas queimam rochas com seu sal”.
D
“Mas nada é igual a ela e eu”.
E
“Vibrações do sol no pó da estrada”.
f1e26002-d7
EBMSP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem



KAYSER. Charge. Disponível em: <http://praiadexangrila.com.br>. Acesso em: mai. 2018.


As figuras de linguagem são recursos utilizados normalmente para tornar mais expressiva a mensagem transmitida, ampliando o significado de palavras, criando outros, enfim, sugerindo simbolismos.


O humor da charge é revelado por meio da figura de linguagem indicada na alternativa 

A
Ironia, pois há o deslocamento contextual do significado de um termo a fim de criticar ou censurar algo.
B
Eufemismo, devido ao uso de uma expressão mais suave para substituir outra de valor desagradável.
C
Metonímia, por possibilitar a troca de um termo por outro similar.
D
Metáfora, porque existe o emprego, nesse caso, de uma palavra por outra, em razão de uma relação de semelhança entre elas, estabelecida por meio de uma comparação implícita.
E
Paradoxo, pela presença, no contexto, de elementos linguísticos que se excluem mutuamente, quebrando, assim, a lógica das ideias.
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IFF 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

A estrofe a seguir foi retirada da canção “Mil razões”, do cantor Tiago Iorc.

“Posso lhe dar mais mil razões pra te querer
Coisas que eu já nem sei o nome
Posso compor mais cem canções de amor
Pra quê?”

O primeiro verso traz uma figura de linguagem muito utilizada nesse tipo de texto. Trata-se de uma:

A
Catacrese.
B
Metáfora.
C
Antítese.
D
Onomatopeia
E
Hipérbole.
980f6536-d7
FAMERP 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem


(Quino. Toda Mafalda, 2012. Adaptado.)

O autor inseriu no balão do último quadrinho uma fala que exemplifica o conceito de metonímia (figura de linguagem baseada numa relação de proximidade). Essa fala é:

A
Bem!... Vai ver que em vez de mente meu pai quis dizer cabeça.
B
Se é assim, por que você fica fora do ar, de vez em quando?
C
Filipe... Você acha, então, que o meu pai mente?
D
Olhei pelo buraco do seu ouvido e não vi nada...
E
Pra você, com esse topete que parece uma antena, é fácil!
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EBMSP 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

LAVADO, Joaquín Salvador (QUINO). Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p. 75. 


Na tira apresentada, o autor explora alguns recursos da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido.


No primeiro balão, o autor utiliza uma figura de sintaxe, a fim de atribuir maior expressividade ao significado da fala de Filipe, personagem que dialoga com Mafalda, que é denominada de

A
elipse, por haver a omissão de um termo na oração facilmente identificado, não prejudicando, assim, a clareza do enunciado.
B
zeugma, pela supressão de um elemento oracional, já mencionado anteriormente, com o objetivo de evitar repetição.
C
anacoluto, devido a uma quebra da estrutura sintática da frase por meio de uma pausa que altera a lógica do discurso.
D
hipérbato, em virtude da existência de uma inversão da ordem direta dos constituintes da sentença expressa pelo locutor.
E
silepse, pois existe um desvio de concordância pelo fato de o verbo estar em consonância, nesse caso, com a pessoa que está inscrita no sujeito.