Questõesde ULBRA sobre Literatura
Observe o poema A Rosa de Hiroxima, de Vinícius de Morais, abaixo, e marque a resposta INCORRETA:

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Leia atentamente o fragmento do poema de Gregório de Matos e marque a alternativa correta.
Ontem a vi por minha desventura
De uma mulher, que em anjo se mentia
De um sol, que se trajava em criatura
Matem-me, disse eu, vendo abrasar-me
Se a beleza heis de ver para matar-me
Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
I – Os versos acima mostram o conflito do homem barroco centrado entre o amor divino e o amor carnal.
II – O fragmento acima é repleto de antíteses, uma das figuras mais empregadas no Arcadismo. Podemos
destacar, como exemplo, que a antítese de mulher, no poema, é beleza.
III – Uma das características do Barroco é o cultismo, que se constitui no jogo de palavras e construção de
imagens. O fragmento destacado confirma essa ideia com a presença de metáforas, paradoxos e
antíteses nos seus versos.
Estão corretas:
Leia atentamente o fragmento do poema de Gregório de Matos e marque a alternativa correta.
Ontem a vi por minha desventura
De uma mulher, que em anjo se mentia
De um sol, que se trajava em criatura
Matem-me, disse eu, vendo abrasar-me
Se a beleza heis de ver para matar-me
Antes olhos cegueis, do que eu perder-me.
I – Os versos acima mostram o conflito do homem barroco centrado entre o amor divino e o amor carnal.
II – O fragmento acima é repleto de antíteses, uma das figuras mais empregadas no Arcadismo. Podemos destacar, como exemplo, que a antítese de mulher, no poema, é beleza.
III – Uma das características do Barroco é o cultismo, que se constitui no jogo de palavras e construção de imagens. O fragmento destacado confirma essa ideia com a presença de metáforas, paradoxos e antíteses nos seus versos.
Estão corretas:
O Romantismo surge na Europa em pleno clima de rebeldia; surgia o liberalismo na política; o inconformismo
no meio social e, no campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax das transformações
do século XIX na Europa. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do quadro abaixo, tendo,
como base, o ideário romântico, em oposição ao pensamento árcade do século XVIII.


Leia as afirmações abaixo e assinale a resposta correta:
I – O romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, mostra ao leitor diversos aspectos, como a
descrição e as regras para alcançar e preservar o modus vivendi de uma sociedade de determinada
época, assim como a ideologia. Tudo isso é revelado sob uma história de amor, sem deixar de lado, no
entanto, a crítica irônica e, por vezes, ferina, dos hábitos de uma sociedade que segue o Romantismo
como moda tirânica da qual não pode fugir.
II – Aurélia Camargo, filha de uma pobre costureira, e órfã de pai, apaixonou-se por Fernando Seixas –
homem ambicioso – a quem namorou. Este, porém, desfez a relação, movido pela vontade de se casar
com uma moça rica, Adelaide Amaral, que tinha um considerável dote para o futuro marido. Essa é a
trama do romance Lucíola, de José de alencar.
III – A partir do paradoxo, “inseto que brilha à beira dos charcos”, Machado de Assis narra a história de
Lúcia, do romance Senhora.
IV – A morte de um ente querido, muitas vezes, causa sérios problemas, no entanto, ocasionalmente,
surpresas são reservadas aos familiares e amigos do falecido, e Machado de Assis descreve bem uma
dessas surpresas no romance Helena.
Estão corretas:
Leia o fragmento abaixo e marque a resposta correta.
- Está vendo aquele umbu, lá embaixo, à direita do coxilhão? Pois ali é a tapera do Mariano. Nunca vi pêssegos mais bonitos que os que amadurecem naquele abandono;
ainda hoje os marmeleiros carregam, que é uma temeridade!
Mais para baixo, como umas três quadras, há uns olhos-d'água, minando as pedras, e logo adiante uns
coqueiros; depois pega um cordão de araçazeiros. Diziam os antigos que ali encostado havia um lagoão mui
fundo onde até jacaré se criava.
Eu, desde guri conheci o lagoão já tapado pelos capins, mas o lugar sempre respeitado como um tremedal
perigoso: até contavam de um mascate que aí atolou-se e sumiu-se com duas mulas cargueiras e canastras e
tudo...
Mais de uma rês magra ajudei a tirar de lá; iam à grama verde e atolavam-se logo, até a papada. Só cruzam ali por cima as perdizes e algum cusco leviano.
Com certeza que as raízes do pasto e dos aguapés foram trançando uma enrediça fechada, e o barro e as
folhas mortas foram-se amontoando e, pouco a pouco, capeando, fazendo a tampa do sumidouro. E depois nunca deram desgoto na ponta do lagoão, porque, se dessem, a água corria e não se formaria o
mundéu...
Mas, onde quero chegar: vou mostrar-lhe, lá, bem no meio do manantial, uma cousa que vancê nunca
pensou ver; é uma roseira, e sempre carregada de rosas...
Gente vivente não apanha as flores porque quem plantou a roseira foi um defunto... e era até agouro um
cristão enfeitar-se com uma rosa daquelas!...
Leia o poema Terra, de Décio Pignatari, disponível no site: http://educaterra.terra.com.br/literatura/
litcont/2003/04/22/001.htm e marque a alternativa em desacordo com o poema.
ra terra ter
rat erra ter
rate rra ter
rater ra ter
raterr a ter
raterra terr
araterra ter
raraterra te
rraraterra t
erraraterra
terraraterra
Leia o fragmento do poema e marque a resposta correta.
É difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida
como a de há pouco, franzina
mesmo quando é a explosão de uma vida severina.
I– O fragmento é do poema Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 30, que
cantou o amor e a saudade da terra natal.
II – Nesse auto de Natal pernambucano, o poeta expressa a miserável condição humana de um povo
subdesenvolvido.
III – Severino, retirante, no caminho, rumo ao litoral, encontra a morte em cada parada.
IV – No último pouso, Severino recebe a notícia do nascimento de um menino; metáfora da resistência à
constante negação da vida.
Está (ão) correta (s):
Leia o fragmento do poema e marque a resposta correta.
É difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida
como a de há pouco, franzina
mesmo quando é a explosão de uma vida severina.
I– O fragmento é do poema Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 30, que cantou o amor e a saudade da terra natal.
II – Nesse auto de Natal pernambucano, o poeta expressa a miserável condição humana de um povo subdesenvolvido.
III – Severino, retirante, no caminho, rumo ao litoral, encontra a morte em cada parada.
IV – No último pouso, Severino recebe a notícia do nascimento de um menino; metáfora da resistência à constante negação da vida.
Está (ão) correta (s):
Assinale a alternativa correta.
I – A literatura canônica, representada pelo cordel, tem maior abrangência do que a literatura escrita, porque
todas as pessoas, mesmo não alfabetizadas, têm acesso a ela.
II – As rimas e aliterações são recursos que auxiliam a memorização.
III – O mote do texto 1 é a glosa presente no texto 2.
IV – Cordel são os poemas narrativos compostos por homens do povo, que contam fatos ou lendas relacionados
com a comunidade em que vivem.
Está (ão) correta (s):
Leia o fragmento de um dos poemas de cordel, da obra Vida e obra de Gonzagão, de Cacá Lopes, e o poema Asa Brancade Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e responda à questão .
TEXTO 1
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.
Dos acordes de um grande brasileiro,
Um intérprete da alma de seu povo,
Sai um canto que sempre será novo,
Amoroso, sincero, alvissareiro.
Entre os hinos do seu cancioneiro,
O que fala duma ave migratória
Conferiu a Luiz eterna glória
Para além desta vida que se estanca.
http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2012/06/o-maiscompleto-cordel-sobre-o-rei-do_11.html.
TEXTO 2
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do Céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore, não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração
Leia o trecho a seguir e assinale a alternativa verdadeira:
“Quando Chico Bento, depois daquela noite passada ali, no abandono da estrada, chamou a mulher Cordulina e,
ajudando a levantar um dos meninos, foi andando em procura do povoado, em vão buscou, pelas voltas do caminho,
sentando nalguma pedra, o vulto de Pedro. Na estrada limpa e seca só se via um homem com uma trouxinha no cacete,
e mais à frente, dentro de uma nuvem de poeira um cavaleiro galopando.- Que besteira! Naturalmente ele já está no
Acarape...”.
(http://falarachel.com.br/downloads/romance-1-o-quinze-diversidade-em-tempo-de-seca.pdf)
Com base na síntese a seguir, assinale a alternativa verdadeira com relação à obra O centauro no jardim, do
escritor Moacyr Scliar.
“No interior do Rio Grande do Sul, na pacata família Tratskovsky, nasce um centauro: um ser metade homem,
metade cavalo. Seu nome é Guedali, quarto filho de um casal de imigrantes judeus russos. Guedali cresce solitário,
excluído da sociedade, e o isolamento o leva a cultivar o hábito da leitura. Inteligente e culto, é ele quem conduz a
narrativa, feita a partir do dia de seu 38° aniversário, comemorado entre amigos num restaurante de São Paulo.
(http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp)
O trecho a seguir pertence a Simões Lopes Neto. Assinale a alternativa correta com relação às suas
características.
“Eu, desde guri conheci o lagoão já tapado pelos capins, mas o lugar sempre respeitado como um tremedal
perigoso: até contavam de um mascate que aí atolou-se e sumiu-se com duas mulas cargueiras e canastras e tudo...
Mais de uma rês magra ajudei a tirar de lá; iam à grama verde e atolavam-se logo, até a papada.
Só cruzam ali por cima as perdizes e algum cusco leviano.”
(Contos gauchescos. Editora, Leitura XXI, 2011)
Leia o poema a seguir e assinale a alternativa correta com relação à chamada Geração de 45 na literatura
brasileira.

I – Um dos pontos em comum aos poetas da Geração de 45 e presentes no poema são as regras rigorosas na composição do verso.
II – Uma das características da Geração de 45 presente no poema é a intuição e o sentimentalismo ingênuo predominante na rima dos versos.
III – Intitula-se “A lição de pedra”, seu autor é Haroldo de Campos e sua característica é a superficialidade psicológica.
IV – O poema é A educação pela pedra, título homônimo ao do livro, de autoria de João Cabral de Melo
Neto, um dos nomes expressivos da Geração de 45, que devolve espaço ao regionalismo na literatura.
V – O poema pertence à obra “Morte e vida Severina”, porque refere o Sertão e suas paisagens áridas, uma característica de Lígia Fagundes Telles.
