As obras artísticas são marcadas por seu tempo
histórico e mostram, assim, os valores humanos,
estéticos e estilísticos da arte de cada época. Tais
características, entretanto, dificilmente serão
inteiramente novas ou originais, ou por causa da
interação (entre tempos e entre artistas) ou por reação
ao novo, quando o artista revisita o passado para se
opor ao presente. Acerca das relações entre estilos de
época e entre autores e suas obras na literatura
brasileira, analise as afirmativas a seguir.
1) O Romantismo de Castro Alves, distante dos
ideais libertários, retoma a retórica jesuítica, de
feição barroca, dos sermões de Pe. Antônio
Vieira.
2) O Parnasianismo pretendeu combater os temas
próprios do Romantismo, calcado em referências
clássicas e buscando a perfeição formal.
3) Os valores defendidos pelo Arcadismo foram
retomados na linguagem fluida, mística e
subjetiva do Simbolismo de Cruz e Sousa.
4) O modernista Graciliano Ramos buscou no
Romantismo de José de Alencar as temáticas
voltadas para o homem em sua relação com o
meio.
5) Com “Macunaíma”, o modernista Mário de
Andrade contrapõe-se ao herói indígena de
Alencar, um modo de posicionar-se criticamente
frente ao nacionalismo ufanista do Romantismo.
Estão corretas, apenas:
2) O Parnasianismo pretendeu combater os temas próprios do Romantismo, calcado em referências clássicas e buscando a perfeição formal.
3) Os valores defendidos pelo Arcadismo foram retomados na linguagem fluida, mística e subjetiva do Simbolismo de Cruz e Sousa.
4) O modernista Graciliano Ramos buscou no Romantismo de José de Alencar as temáticas voltadas para o homem em sua relação com o meio.
5) Com “Macunaíma”, o modernista Mário de Andrade contrapõe-se ao herói indígena de Alencar, um modo de posicionar-se criticamente frente ao nacionalismo ufanista do Romantismo.
Texto 3
O problema da norma culta
Nosso problema linguístico não é a regência desse ou
daquele verbo; não é esta ou aquela concordância verbal;
não são as regras de colocação dos pronomes oblíquos.
Nosso problema linguístico são 5 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. Nosso problema são os elevados índices de evasão escolar. Nosso problema é termos ainda algo em torno de 12% de analfabetos na população adulta. Nosso problema é o tamanho do analfabetismo funcional, isto é, a quantidade daqueles que, embora frequentem ou tenham frequentado a escola, não conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Os estudos sugerem que apenas 25% da população adulta brasileira, perto de 30 milhões de pessoas, conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.