Questõessobre Naturalismo
Sobre O Cortiço de Aluísio Azevedo, é correto afirmar:
I - Romance cujo enredo traz à tona questões de ordem pessoal
(de determinadas personagens) e coletiva (há personagens
cujas tensões vividas remetem o leitor para questões de ordem
mais geral, centradas num coletivo). As questões
problematizadas numa perspectiva coletiva podem ser
visualizadas em episódios como aquele em que os moradores
do Carapicus e do Cabeça-de-gato se enfrentam e a tensão criada
denuncia uma demanda coletiva e não apenas individual.
II - Romance cujo enredo aponta, embora timidamente, para a
resolução de conflitos coletivos, visando uma melhoria do
espaço urbano em que se assentam os cortiços Carapicus e
Cabeça-de-gato, principalmente no que diz respeito ao projeto
de saneamento básico e do fornecimento de energia elétrica,
projetos que davam início à modernização dos centros urbanos
do País no final do século XIX.
III - Romance cujo enredo problematiza muito mais as questões do
pré-modernismo brasileiro, com a construção de um pensamento
sanitarista e de modernização do espaço urbano do Rio de
Janeiro do início do século XX, do que a proposta naturalista
que insistia nas tensões particulares de suas personagens,
demanda da “escola naturalista” cujas narrativas são as melhores
representantes, no Brasil, dessa época.
No romance Quincas Borba, evidencia-se a manipulação a que Palha submete Rubião, para
melhor apropriar-se de seus bens, conforme se verifica ao longo da narrativa. Essa atitude já o
indica como o tipo do arrivista, ou seja, alguém que quer vencer na vida (ou subir na escala social)
a qualquer custo, mesmo em prejuízo de outrem. Considerando-se esses aspectos que
caracterizam o tipo, configuram-se também como arrivistas as personagens citadas abaixo:
A expressão “movimentos de cobra amaldiçoada” ao final do fragmento é uma forma de animalização que
A apresentação da dança de Rita Baiana mostra que ela
Depois de analisar O Cortiço, é correto afirmar:
I - A relação direta das tensões entre os “donos” dos cortiços se estabelece não só no acirramento das diferenças entre os moradores de
ambos os cortiços, como também na própria nominação desses espaços coletivos nos quais se percebe, metaforicamente, uma relação
animalesca e predatória entre os cabeça-de-gato (termo que alude à imagem do predador) e os carapicus (termo cujo valor semântico,
vinculado ao de cabeça-de-gato, atualiza a imagem de presa).
II - O final trágico de Bertoleza e o “diploma de sócio benemérito” dado a João Romão pela “comissão de abolicionistas” expressam as
dissimetrias sociais, de gênero, étnico-culturais, dentre outras, viabilizando os estratagemas naturalistas que apontavam para suas
personagens fortes, tornando improdutiva, em determinados momentos, a luta dos vencidos ou dos que procuravam sair da condição
de menor, de fraco.
III - No trecho “E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos
de boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço” (cap. 3), percebe-se que o espaço do cortiço formava uma
espécie de mundo à parte e à margem da sociedade em que se assentava. Parecia independente, autônomo, inclusive em seus aspectos
econômicos.
Sobre O Cortiço de Aluísio Azevedo, é correto afirmar:
I - Romance cujo enredo traz à tona questões de ordem pessoal
(de determinadas personagens) e coletiva (há personagens
cujas tensões vividas remetem o leitor para questões de ordem
mais geral, centradas num coletivo). As questões
problematizadas numa perspectiva coletiva podem ser
visualizadas em episódios como aquele em que os moradores
do Carapicus e do Cabeça-de-gato se enfrentam e a tensão criada
denuncia uma demanda coletiva e não apenas individual.
II - Romance cujo enredo aponta, embora timidamente, para a
resolução de conflitos coletivos, visando uma melhoria do
espaço urbano em que se assentam os cortiços Carapicus e
Cabeça-de-gato, principalmente no que diz respeito ao projeto
de saneamento básico e do fornecimento de energia elétrica,
projetos que davam início à modernização dos centros urbanos
do País no final do século XIX.
III - Romance cujo enredo problematiza muito mais as questões do
pré-modernismo brasileiro, com a construção de um pensamento
sanitarista e de modernização do espaço urbano do Rio de
Janeiro do início do século XX, do que a proposta naturalista
que insistia nas tensões particulares de suas personagens,
demanda da “escola naturalista” cujas narrativas são as melhores
representantes, no Brasil, dessa época.
Sobre o Naturalismo literário, é correto afirmar:
I - Ao aprofundar aspectos realistas da literatura, cientificiza um
discurso, assumido no plano estético pela ficção, induzindo o
leitor a buscar não somente entretenimento em seus romances,
mas também a problematização de estruturas sociais e de
aspectos psicológicos das personagens.
II - O romance de tese, a exemplo de O cortiço, é o melhor projeto
para o naturalista, uma vez que este só é considerado naturalista
na medida em que sua produção literária se realiza unicamente
no chamado romance de tese.
III - O realce de traços físicos e psicológicos nos romances de tese
ratifica a ideia de o naturalismo, em suas narrativas, acentuar as
tensões sociais e de demandas coletivas como proposta a ser
problematizada a partir do elemento com o qual o leitor
estabelece um grau de intimidade ou identificação, a saber, a
personagem de ficção.
Com relação ao enredo e/ou características da obra, a única alternativa correta é:
Considero-me um realista, mas sou realista não à maneira naturalista — que falseia a vida
— mas à maneira de nossa maravilhosa literatura popular, que transfigura a vida com a imaginação
para ser fiel à vida. [...] O que eu procuro atingir, portanto, é, se não a verdade do mundo, a verdade
de meu mundo, afinal inapreensível em sua totalidade, mas mesmo assim, ou por isso mesmo,
tentador e belo [...] Assim, sem exageros que acabem a ilusão consentida do público, é melhor não
apelar para as muletas do verismo nem esconder as traves da arquitetura teatral — sejam as do
autor, as do encenador ou as dos atores, pois todos nós temos as nossas; assim o público, vendo
que não pretendemos enganá-lo, que não queremos competir com a vida, aceita nossos andaimes
de papel, madeira e cola e pode, graças a essa generosidade, participar de nossa maravilhosa
realidade transfigurada.
SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. 26 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. p. 16-17.
Sobre o texto acima, da “nota do autor” de O santo e a porca, e a peça em si, é correto
afirmar que
Um dos estilos de época marcantes do século XIX é
aquele pelo qual se manifesta a convicção de que todos
os atos humanos são determinados pela ação direta tanto
do meio social quanto por injunções biológicas. Tal determinismo está presente, como característica fundamental,
Sobre a obra O bom Crioulo, de Adolfo Caminha, podemos afirmar que:
Observe as imagens a seguir:
FONTE:https://noticias.uol.com.br/album/album-dodia/2016/03/15/imagens-do-dia---15-de-marco-de-2016.htm.
FONTE:http://www.efecade.com.br/1813-navios-negreiros/
FONTE: https://www.pinterest.com/pin/202099102004736152/
A literatura é, também, imagem em palavras.
Sentimentos, eventos, situações humanas podem ser
iguais, no seu impacto, tanto em palavras quanto em
imagens.
As imagens acima representam o espírito, sentido e
características de movimentos literários,
respectivamente, como:
Observe as imagens a seguir:
FONTE:https://noticias.uol.com.br/album/album-dodia/2016/03/15/imagens-do-dia---15-de-marco-de-2016.htm.
FONTE: https://www.pinterest.com/pin/202099102004736152/
A literatura é, também, imagem em palavras. Sentimentos, eventos, situações humanas podem ser iguais, no seu impacto, tanto em palavras quanto em imagens.
As imagens acima representam o espírito, sentido e
características de movimentos literários,
respectivamente, como:
O trecho final do excerto, “Tal uma lâmina, / o povo, meu
poema, te atravessa”, pode ser empregado para se
caracterizar o fio condutor da seguinte obra literária
Assinale V para verdadeiro e F para falso nas
afirmativas a seguir:
( ) Após o movimento experimentalista da Geração
de 22, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e
Carlos Drummond de Andrade fazem parte da
Geração que traz para a literatura o
amadurecimento do movimento modernista.
( ) Na prosa de ficção da geração de 30, a
paisagem nos é familiar. Estão ali o nordeste
decadente, as agruras das classes médias no
começo da fase urbanizadora, os conflitos
internos da burguesia entre provinciana e
cosmopolita.
( ) Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia
(1936) são romances autobiográficos de
Graciliano Ramos, portanto escritos em primeira
pessoa, nos quais as narrativas se prendem à
análise do mundo interior, sem desprezar o
contexto sócio-político em que vive cada
personagem.
( ) Na escrita de Graciliano Ramos, o “herói” é
sempre um problema: não aceita o mundo, nem
os outros, nem a si mesmo.
( ) Graciliano Ramos é, ao mesmo tempo, ora neo-realista, ao molde de um Machado de Assis, ora
neo-naturalista, ao molde de um Aluízio
Azevedo, ao contextualizar seus romances no
Nordeste ou na memória da vida de origem
nordestina de seus personagens.
Assinale a alternativa que relaciona a sequência
CORRETA de V e F de cima para baixo:
Leia o segmento abaixo.
No Brasil novecentista, uma sociedade escravocrata e patriarcal, o espaço de atuação das mulheres
era restrito. Elas aparecem representadas em Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O cortiço, de
Aluísio Azevedo. ........ escolhe ficar com o homem que desperta seu desejo, sem a necessidade de
casar. Paira sobre ........ a desconfiança sobre sua motivação para casar com o vizinho. Por sua vez,
........ casa e descarta o marido, em busca de uma vida livre do domínio masculino.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do segmento acima, na ordem em que
aparecem.
Leia o segmento abaixo.
No Brasil novecentista, uma sociedade escravocrata e patriarcal, o espaço de atuação das mulheres era restrito. Elas aparecem representadas em Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. ........ escolhe ficar com o homem que desperta seu desejo, sem a necessidade de casar. Paira sobre ........ a desconfiança sobre sua motivação para casar com o vizinho. Por sua vez, ........ casa e descarta o marido, em busca de uma vida livre do domínio masculino.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do segmento acima, na ordem em que aparecem.
Leia o segmento abaixo, do terceiro capítulo de O cortiço, de Aluísio Azevedo.
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos
e fêmeas. (...) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se
não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam
a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas;
já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de
plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal
de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o segmento.
( ) O segmento apresenta a descrição do cortiço sem destacar um personagem, com ênfase na
coletividade para ações triviais de homens, mulheres e crianças.
( ) O despertar, matéria cotidiana, é figurado como fato rotineiro de pessoas executando seus
hábitos higiênicos matinais.
( ) A linguagem do narrador, preocupado em mostrar a dimensão natural presente nas ações
humanas, evidencia-se em expressões como ―prazer animal de existir‖.
( ) O objetivo, nesse segmento, é apresentar o cortiço e a venda como empreendimentos
comerciais usados no enriquecimento de João Romão.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
Aluísio Azevedo tinha estabelecido um plano
como romancista: “traçar um grande painel da
sociedade brasileira, com a intenção declarada de
reunir todos os tipos brasileiros, bons e maus, de
seu tempo e compendiar, em forma de romance,
fatos de nossa vida pública que jamais serão
apresentados pela História”.
Assim, ao lançar, em 1890, O Cortiço, o autor
coloca no romance as seguintes personagens
ficcionais que contracenam, exceto:
As ideias desenvolvidas nos textos O Cortiço, de
Aluísio Azevedo [1890], e A Cidade e as Serras, de
Eça de Queirós [1901], estão ligadas às
consequências da civilização e do progresso que
aprofundaram a divisão das classes sociais na
segunda metade do século XIX e início do XX, no
Brasil e em Portugal.
Com base nessa perspectiva sócio-histórica,
assinale a afirmativa incorreta.
As ideias desenvolvidas nos textos O Cortiço, de Aluísio Azevedo [1890], e A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós [1901], estão ligadas às consequências da civilização e do progresso que aprofundaram a divisão das classes sociais na segunda metade do século XIX e início do XX, no Brasil e em Portugal.
Com base nessa perspectiva sócio-histórica, assinale a afirmativa incorreta.