Questõessobre Naturalismo

1
1
Foram encontradas 81 questões
b7cea16e-e0
UEPB 2011, UEPB 2011 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre o Naturalismo literário, é correto afirmar:


I - Ao aprofundar aspectos realistas da literatura, cientificiza um discurso, assumido no plano estético pela ficção, induzindo o leitor a buscar não somente entretenimento em seus romances, mas também a problematização de estruturas sociais e de aspectos psicológicos das personagens.

II - O romance de tese, a exemplo de O cortiço, é o melhor projeto para o naturalista, uma vez que este só é considerado naturalista na medida em que sua produção literária se realiza unicamente no chamado romance de tese.

III - O realce de traços físicos e psicológicos nos romances de tese ratifica a ideia de o naturalismo, em suas narrativas, acentuar as tensões sociais e de demandas coletivas como proposta a ser problematizada a partir do elemento com o qual o leitor estabelece um grau de intimidade ou identificação, a saber, a personagem de ficção.

A
somente II e III estão corretas
B
somente I está correta
C
somente I e II estão corretas
D
somente I e III estão corretas
E
as três proposições estão corretas
b7d1aacb-e0
UEPB 2011, UEPB 2011 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre O Cortiço de Aluísio Azevedo, é correto afirmar:


I - Romance cujo enredo traz à tona questões de ordem pessoal (de determinadas personagens) e coletiva (há personagens cujas tensões vividas remetem o leitor para questões de ordem mais geral, centradas num coletivo). As questões problematizadas numa perspectiva coletiva podem ser visualizadas em episódios como aquele em que os moradores do Carapicus e do Cabeça-de-gato se enfrentam e a tensão criada denuncia uma demanda coletiva e não apenas individual.

II - Romance cujo enredo aponta, embora timidamente, para a resolução de conflitos coletivos, visando uma melhoria do espaço urbano em que se assentam os cortiços Carapicus e Cabeça-de-gato, principalmente no que diz respeito ao projeto de saneamento básico e do fornecimento de energia elétrica, projetos que davam início à modernização dos centros urbanos do País no final do século XIX.

III - Romance cujo enredo problematiza muito mais as questões do pré-modernismo brasileiro, com a construção de um pensamento sanitarista e de modernização do espaço urbano do Rio de Janeiro do início do século XX, do que a proposta naturalista que insistia nas tensões particulares de suas personagens, demanda da “escola naturalista” cujas narrativas são as melhores representantes, no Brasil, dessa época.

A
apenas I e III estão corretas
B
apenas I está correta
C
apenas III está correta
D
apenas I e II estão corretas
E
apenas II está correta
13bde008-de
FGV 2014, FGV 2014 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

No romance Quincas Borba, evidencia-se a manipulação a que Palha submete Rubião, para melhor apropriar-se de seus bens, conforme se verifica ao longo da narrativa. Essa atitude já o indica como o tipo do arrivista, ou seja, alguém que quer vencer na vida (ou subir na escala social) a qualquer custo, mesmo em prejuízo de outrem. Considerando-se esses aspectos que caracterizam o tipo, configuram-se também como arrivistas as personagens citadas abaixo:

A
Leonardo [filho] (de Memórias de um sargento de milícias) e Paulo Honório (de São Bernardo). 
B
Aurélia (de Senhora) e Leonardo [filho] (de Memórias de um sargento de milícias).
C
Sérgio (de O Ateneu) e Aurélia (de Senhora).
D
João Romão (de O cortiço) e Paulo Honório (de São Bernardo).
E
Sérgio (de O Ateneu) e João Romão (de O cortiço).
120ac7c0-d8
INSPER 2015 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

A expressão “movimentos de cobra amaldiçoada” ao final do fragmento é uma forma de animalização que

(…) Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tirilando. Em torno o entusiasmo tocava ao delírio; um grito de aplausos explodia de vez em quando, rubro e quente como deve ser um grito saído do sangue. E as palmas insistiam, cadentes, certas, num ritmo nervoso, numa persistência de loucura. E, arrastado por ela, pulou à arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas com as pernas, a derreter‐se todo, a sumir‐se no chão, a ressurgir inteiro com um pulo, os pés no espaço, batendo os calcanhares, os braços a querer fugirem‐lhe dos ombros, a cabeça a querer saltar‐lhe. E depois, surgiu também a Florinda, e logo o Albino e até, quem diria! o grave e circunspecto Alexandre.
O chorado arrastava‐os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar. Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.

(…) AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Cotia‐SP: Ateliê, 2011.
A
afasta o romance dos modelos realistas vigentes na literatura brasileira do século XIX.
B
desfaz as impressões positivas deixadas pela dança de Rita Baiana no primeiro parágrafo.
C
demonstra o racismo vigente no Brasil da época, que atinge também Albino e Alexandre.
D
atinge todas as personagens do romance, com a intenção, muitas vezes, de valorizá‐las.
E
retoma o encanto da dança de Rita por meio de uma metáfora típica do Naturalismo.
1207b9a5-d8
INSPER 2015 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

A apresentação da dança de Rita Baiana mostra que ela

(…) Ela saltou em meio da roda, com os braços na cintura, rebolando as ilhargas e bamboleando a cabeça, ora para a esquerda, ora para a direita, como numa sofreguidão de gozo carnal, num requebrado luxurioso que a punha ofegante; já correndo de barriga empinada; já recuando de braços estendidos, a tremer toda, como se se fosse afundando num prazer grosso que nem azeite, em que se não toma pé e nunca se encontra fundo. Depois, como se voltasse à vida, soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com os quadris, e em seguida sapateava, miúdo e cerrado, freneticamente, erguendo e abaixando os braços, que dobrava, ora um, ora outro, sobre a nuca, enquanto a carne lhe fervia toda, fibra por fibra, tirilando. Em torno o entusiasmo tocava ao delírio; um grito de aplausos explodia de vez em quando, rubro e quente como deve ser um grito saído do sangue. E as palmas insistiam, cadentes, certas, num ritmo nervoso, numa persistência de loucura. E, arrastado por ela, pulou à arena o Firmo, ágil, de borracha, a fazer coisas fantásticas com as pernas, a derreter‐se todo, a sumir‐se no chão, a ressurgir inteiro com um pulo, os pés no espaço, batendo os calcanhares, os braços a querer fugirem‐lhe dos ombros, a cabeça a querer saltar‐lhe. E depois, surgiu também a Florinda, e logo o Albino e até, quem diria! o grave e circunspecto Alexandre.
O chorado arrastava‐os a todos, despoticamente, desesperando aos que não sabiam dançar. Mas, ninguém como a Rita; só ela, só aquele demônio, tinha o mágico segredo daqueles movimentos de cobra amaldiçoada; aqueles requebros que não podiam ser sem o cheiro que a mulata soltava de si e sem aquela voz doce, quebrada, harmoniosa, arrogante, meiga e suplicante.

(…) AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Cotia‐SP: Ateliê, 2011.
A
sabia controlar melhor do que ninguém os movimentos do corpo.
B
era a única que tinha pleno domínio das potencialidades de seu corpo.
C
levava as pessoas a fazer coisas de que elas não eram capazes.
D
só podia ser comparada a Firmo e a Alexandre.
E
tinha mais controle dos membros inferiores do que dos superiores.
368379f9-b7
UEPB 2010 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Depois de analisar O Cortiço, é correto afirmar:

I - A relação direta das tensões entre os “donos” dos cortiços se estabelece não só no acirramento das diferenças entre os moradores de ambos os cortiços, como também na própria nominação desses espaços coletivos nos quais se percebe, metaforicamente, uma relação animalesca e predatória entre os cabeça-de-gato (termo que alude à imagem do predador) e os carapicus (termo cujo valor semântico, vinculado ao de cabeça-de-gato, atualiza a imagem de presa).
II - O final trágico de Bertoleza e o “diploma de sócio benemérito” dado a João Romão pela “comissão de abolicionistas” expressam as dissimetrias sociais, de gênero, étnico-culturais, dentre outras, viabilizando os estratagemas naturalistas que apontavam para suas personagens fortes, tornando improdutiva, em determinados momentos, a luta dos vencidos ou dos que procuravam sair da condição de menor, de fraco.
III - No trecho “E, durante muito tempo, fez-se um vaivém de mercadores. Apareceram os tabuleiros de carne fresca e outros de tripas e fatos de boi; só não vinham hortaliças, porque havia muitas hortas no cortiço” (cap. 3), percebe-se que o espaço do cortiço formava uma espécie de mundo à parte e à margem da sociedade em que se assentava. Parecia independente, autônomo, inclusive em seus aspectos econômicos.

A
as proposições I, II e III estão corretas
B
apenas I está correta
C
apenas II está correta
D
apenas III está correta
E
estão corretas apenas I e III
367e0d68-b7
UEPB 2010 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre O Cortiço de Aluísio Azevedo, é correto afirmar:

I - Romance cujo enredo traz à tona questões de ordem pessoal (de determinadas personagens) e coletiva (há personagens cujas tensões vividas remetem o leitor para questões de ordem mais geral, centradas num coletivo). As questões problematizadas numa perspectiva coletiva podem ser visualizadas em episódios como aquele em que os moradores do Carapicus e do Cabeça-de-gato se enfrentam e a tensão criada denuncia uma demanda coletiva e não apenas individual.
II - Romance cujo enredo aponta, embora timidamente, para a resolução de conflitos coletivos, visando uma melhoria do espaço urbano em que se assentam os cortiços Carapicus e Cabeça-de-gato, principalmente no que diz respeito ao projeto de saneamento básico e do fornecimento de energia elétrica, projetos que davam início à modernização dos centros urbanos do País no final do século XIX.
III - Romance cujo enredo problematiza muito mais as questões do pré-modernismo brasileiro, com a construção de um pensamento sanitarista e de modernização do espaço urbano do Rio de Janeiro do início do século XX, do que a proposta naturalista que insistia nas tensões particulares de suas personagens, demanda da “escola naturalista” cujas narrativas são as melhores representantes, no Brasil, dessa época.

A
apenas I e III estão corretas
B
apenas I está correta
C
apenas III está correta
D
apenas I e II estão corretas
E
apenas II está correta
36784a79-b7
UEPB 2010 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre o Naturalismo literário, é correto afirmar:

I - Ao aprofundar aspectos realistas da literatura, cientificiza um discurso, assumido no plano estético pela ficção, induzindo o leitor a buscar não somente entretenimento em seus romances, mas também a problematização de estruturas sociais e de aspectos psicológicos das personagens.
II - O romance de tese, a exemplo de O cortiço, é o melhor projeto para o naturalista, uma vez que este só é considerado naturalista na medida em que sua produção literária se realiza unicamente no chamado romance de tese.
III - O realce de traços físicos e psicológicos nos romances de tese ratifica a ideia de o naturalismo, em suas narrativas, acentuar as tensões sociais e de demandas coletivas como proposta a ser problematizada a partir do elemento com o qual o leitor estabelece um grau de intimidade ou identificação, a saber, a personagem de ficção.

A
somente II e III estão corretas
B
somente I está correta
C
somente I e II estão corretas
D
somente I e III estão corretas
E
as três proposições estão corretas
d7c2a356-b7
IFN-MG 2016 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Com relação ao enredo e/ou características da obra, a única alternativa correta é:

A
Bom-Crioulo é uma obra literária do Romantismo, retratando o período histórico da Abolição dos escravos, o fim do Imperialismo e início da República.
B
a obra Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha, é realista, com tendência naturalista; explora a figura do negro, da religiosidade de matriz africana e o tema da homossexualidade.
C
Amaro, mais conhecido como Bom-Crioulo, é configurado como um negro delicado, ingênuo, ex-escravo que foi seduzido por Aleixo, através do qual iniciou suas experiências homossexuais.
D
os fatos narrados ocorrem no mar e na terra, mais precisamente no Rio de Janeiro, na pensão de D. Carolina, entretanto, o desfecho da narrativa se dá com o assassinato de Amaro, quando este estava em viagem ao Brasil com destino à África.
2bb13b6d-c3
UFU-MG 2019 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

Considero-me um realista, mas sou realista não à maneira naturalista — que falseia a vida — mas à maneira de nossa maravilhosa literatura popular, que transfigura a vida com a imaginação para ser fiel à vida. [...] O que eu procuro atingir, portanto, é, se não a verdade do mundo, a verdade de meu mundo, afinal inapreensível em sua totalidade, mas mesmo assim, ou por isso mesmo, tentador e belo [...] Assim, sem exageros que acabem a ilusão consentida do público, é melhor não apelar para as muletas do verismo nem esconder as traves da arquitetura teatral — sejam as do autor, as do encenador ou as dos atores, pois todos nós temos as nossas; assim o público, vendo que não pretendemos enganá-lo, que não queremos competir com a vida, aceita nossos andaimes de papel, madeira e cola e pode, graças a essa generosidade, participar de nossa maravilhosa realidade transfigurada.

SUASSUNA, Ariano. O santo e a porca. 26 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2012. p. 16-17.


Sobre o texto acima, da “nota do autor” de O santo e a porca, e a peça em si, é correto afirmar que

A
com o claro objetivo de retratar a vida como ela é no sertão, Suassuna investe em um teatro realista, que não “esconda as traves da arquitetura teatral”.
B
Suassuna recusa “apelar para as muletas do verismo”, motivo pelo qual a peça contém elementos chamados “fantásticos”, como a porca falante.
C
faz parte da “generosidade” do leitor aceitar momentos da trama pouco verossímeis, como o sumiço e a reaparição espontâneos da estátua de Santo Antônio.
D
há momentos da peça, como os disfarces múltiplos dos personagens, que dependem da “ilusão consentida do público”.
398da849-c2
PUC - Campinas 2016 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Um dos estilos de época marcantes do século XIX é aquele pelo qual se manifesta a convicção de que todos os atos humanos são determinados pela ação direta tanto do meio social quanto por injunções biológicas. Tal determinismo está presente, como característica fundamental,

Considere o texto abaixo. 

    Os homens reunidos em sociedade (relevem-me este tom meio pedante) estão virtual e tacitamente obrigados a obedecer às leis formuladas por eles mesmos para a conveniência comum. Há, porém, leis que eles não impuseram, que acharam feitas, que precederam as sociedades, e que se hão de cumprir não por uma determinação de jurisprudência humana, mas por uma necessidade divina e eterna. Entre essas, e antes de todas, figura a da luta pela vida (...)

(ASSIS, Machado de. Obra completa. Rio de janeiro: Nova Aguilar, 1986, p. 432) 
A
no romance O cortiço, de Aluísio Azevedo.
B
nos contos de Várias histórias, de Machado de Assis.
C
nas narrativas de Noite na taverna, de Álvares de Azevedo.
D
nos poemas de Primeiros cantos, de Gonçalves Dias.
E
no indianismo de O Guarani, de José de Alencar.
dd7ee4c2-c2
IFN-MG 2017 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre a obra O bom Crioulo, de Adolfo Caminha, podemos afirmar que:

A
Há na obra alguns traços de um narrador romântico, uma vez que se desenvolvem os seguintes temas: a dor da separação e do ciúme; a descoberta do amor e a presença do herói forte e protetor, capaz de qualquer sacrifício pelo ente amado.
B
A trama centraliza na história de um amor romântico, entre dois homens. Entretanto, os fatos são narrados objetivamente, através da 1ª pessoa, com interferência desse narrador, que emite comentários a respeito de certas circunstâncias do enredo.
C
O autor é um grande representante da vertente do Romantismo brasileiro, porque recusa o sentimentalismo e aborda temas chocantes como o homossexualismo, por exemplo.
D
A obra não apresenta nenhum traço do Naturalismo, embora trate dos temas da sexualidade, da luxúria dos encontros amorosos e os indivíduos são dominados pelos instintos.
34bc6cd4-b4
IF-TO 2017 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Parnasianismo, Escolas Literárias, Arcadismo

Observe as imagens a seguir: 


FONTE:https://noticias.uol.com.br/album/album-dodia/2016/03/15/imagens-do-dia---15-de-marco-de-2016.htm.


FONTE:http://www.efecade.com.br/1813-navios-negreiros/



FONTE: https://www.pinterest.com/pin/202099102004736152/



A literatura é, também, imagem em palavras. Sentimentos, eventos, situações humanas podem ser iguais, no seu impacto, tanto em palavras quanto em imagens.

As imagens acima representam o espírito, sentido e características de movimentos literários, respectivamente, como: 

A
O Arcadismo, em Tomás Antônio Gonzaga; o Simbolismo, em Cruz e Sousa; o Surrealismo, em Cláudio Willer.
B
O Parnasianismo, em Bilac; o Arcadismo em Tomás Antônio Gonzaga; o Impressionismo, em Raul Pompéia.
C
o Naturalismo, em Adolfo Caminha; o Romantismo de primeira geração, em Álvares de Azevedo; o Surrealismo, em Jorge de Lima.
D
O Barroco, em Gregório de Matos; o Romantismo nacionalista, em José de Alencar; o Expressionismo, em Sousândrade.
E
O Naturalismo, em Aluísio de Azevedo; o Romantismo condoreiro, em Castro Alves; o Surrealismo, em Murilo Mendes.
1da94c82-b0
FGV 2015 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Escolas Literárias, Romantismo

O trecho final do excerto, “Tal uma lâmina, / o povo, meu poema, te atravessa”, pode ser empregado para se caracterizar o fio condutor da seguinte obra literária

(...) Eis aí meu canto.
Ele é tão baixo que sequer o escuta
ouvido rente ao chão. Mas é tão alto
que as pedras o absorvem. Está na mesa
aberta em livros, cartas e remédios.
Na parede infiltrou-se. O bonde, a rua,
o uniforme de colégio se transformam,
são ondas de carinho te envolvendo.

Como fugir ao mínimo objeto
ou recusar-se ao grande? Os temas passam,
eu sei que passarão, mas tu resistes,
e cresces como fogo, como casa,
como orvalho entre dedos,
na grama, que repousam.

Já agora te sigo a toda parte,
e te desejo e te perco, estou completo,
me destino, me faço tão sublime,
tão natural e cheio de segredos,
tão firme, tão fiel... Tal uma lâmina,
o povo, meu poema, te atravessa.
Carlos Drummond de Andrade.  A rosa do povo.
A
Senhora.
B
Dom Casmurro.
C
O Ateneu.
D
São Bernardo.
E
Morte e vida severina.
4798d0c2-b1
UFAM 2017 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Escolas Literárias

Assinale V para verdadeiro e F para falso nas afirmativas a seguir:

( ) Após o movimento experimentalista da Geração de 22, Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Carlos Drummond de Andrade fazem parte da Geração que traz para a literatura o amadurecimento do movimento modernista.
( ) Na prosa de ficção da geração de 30, a paisagem nos é familiar. Estão ali o nordeste decadente, as agruras das classes médias no começo da fase urbanizadora, os conflitos internos da burguesia entre provinciana e cosmopolita.
( ) Caetés (1933), São Bernardo (1934) e Angústia (1936) são romances autobiográficos de Graciliano Ramos, portanto escritos em primeira pessoa, nos quais as narrativas se prendem à análise do mundo interior, sem desprezar o contexto sócio-político em que vive cada personagem.
( ) Na escrita de Graciliano Ramos, o “herói” é sempre um problema: não aceita o mundo, nem os outros, nem a si mesmo.
( ) Graciliano Ramos é, ao mesmo tempo, ora neo-realista, ao molde de um Machado de Assis, ora neo-naturalista, ao molde de um Aluízio Azevedo, ao contextualizar seus romances no Nordeste ou na memória da vida de origem nordestina de seus personagens.

Assinale a alternativa que relaciona a sequência CORRETA de V e F de cima para baixo:

A
V–V–F–V–F
B
V–V–V–V–F
C
V–V–F–V–V
D
F–V–F–V–V
E
F–V–V–F–F
e7d90ea6-af
UFRGS 2017 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

Leia o segmento abaixo.



No Brasil novecentista, uma sociedade escravocrata e patriarcal, o espaço de atuação das mulheres era restrito. Elas aparecem representadas em Dom Casmurro, de Machado de Assis, e O cortiço, de Aluísio Azevedo. ........ escolhe ficar com o homem que desperta seu desejo, sem a necessidade de casar. Paira sobre ........ a desconfiança sobre sua motivação para casar com o vizinho. Por sua vez, ........ casa e descarta o marido, em busca de uma vida livre do domínio masculino.


Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do segmento acima, na ordem em que aparecem.

A
Rita Baiana – Capitu – Pombinha
B
Capitu – Rita Baiana – Pombinha
C
Pombinha – Capitu – Rita Baiana
D
Pombinha – Rita Baiana – Capitu
E
Rita Baiana – Pombinha – Capitu
e7d1b12b-af
UFRGS 2017 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Leia o segmento abaixo, do terceiro capítulo de O cortiço, de Aluísio Azevedo.



Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (...) O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.



Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre o segmento.


( ) O segmento apresenta a descrição do cortiço sem destacar um personagem, com ênfase na coletividade para ações triviais de homens, mulheres e crianças.

( ) O despertar, matéria cotidiana, é figurado como fato rotineiro de pessoas executando seus hábitos higiênicos matinais.

( ) A linguagem do narrador, preocupado em mostrar a dimensão natural presente nas ações humanas, evidencia-se em expressões como ―prazer animal de existir‖.

( ) O objetivo, nesse segmento, é apresentar o cortiço e a venda como empreendimentos comerciais usados no enriquecimento de João Romão.




A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
V – V – F – F.
B
V – V – V – V.
C
V – F – F – V.
D
F – F – F – V.
E
V – V – V – F.
a2c9d34a-af
UNEMAT 2011 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Aluísio Azevedo tinha estabelecido um plano como romancista: “traçar um grande painel da sociedade brasileira, com a intenção declarada de reunir todos os tipos brasileiros, bons e maus, de seu tempo e compendiar, em forma de romance, fatos de nossa vida pública que jamais serão apresentados pela História”.
Assim, ao lançar, em 1890, O Cortiço, o autor coloca no romance as seguintes personagens ficcionais que contracenam, exceto

A
Bertoleza e João Romão.
B
Marcela e Brás Cubas.
C
Pombinha e Leònie.
D
Rita baiana e Jerônimo.
E
Estela e Miranda.
a2b0f5e8-af
UNEMAT 2011 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

As ideias desenvolvidas nos textos O Cortiço, de Aluísio Azevedo [1890], e A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós [1901], estão ligadas às consequências da civilização e do progresso que aprofundaram a divisão das classes sociais na segunda metade do século XIX e início do XX, no Brasil e em Portugal.


Com base nessa perspectiva sócio-histórica, assinale a afirmativa incorreta.

A
O espaço de ambientação das obras deixa de ser significativo em consequência da valorização do sobrado de Miranda e do cortiço.
B
A superpopulação do cortiço reduz as pessoas ao grau mais baixo e repulsivo da escala animal.
C
Jacinto representa o resgate do coletivo e das raízes nacionais campesinas.
D
O homem ‘civilizado’ tem como única saída a tranquilidade de um espaço que simboliza a volta ao passado pré-industrial.
E
Tanto Aluísio Azevedo quanto Eça de Queirós utilizam-se da habilidade descritiva para criar o efeito visual dos espaços representados.
d617d23f-cc
IFN-MG 2018 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Sobre as características das escolas literárias brasileiras, é INCORRETO afirmar que:

A
O Realismo centraliza na caracterização das personagens, com o propósito de denunciar o caráter humano e a hipocrisia da sociedade burguesa do século XIX.
B
A Escola Naturalista apresenta obras cujas personagens exemplificam a corrente filosófica denominada Determinismo, proposta Hippolyte Taine, para o qual a hereditariedade e o meio social explicam o comportamento humano.
C
As personagens românticas são representativas das camadas sociais que viviam à margem: prostitutas, policiais, moradores dos cortiços, enfim, tipos humanos em embate com a sociedade burguesa.
D
O Naturalismo brasileiro explorou personagens simples, patológicas, mórbidas e doentias.