Questõessobre Naturalismo

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25a73933-7a
ENEM 2022 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

O Bom-Crioulo


            Com efeito, Bom-Crioulo não era somente um homem robusto, uma dessas organizações privilegiadas que trazem no corpo a sobranceira resistência do bronze e que esmagam com o peso dos músculos. […] A chibata não lhe fazia mossa; tinha costas de ferro para resistir como um hércules ao pulso do guardião Agostinho. Já nem se lembrava do número das vezes que apanhara de chibata…


            […]


            Entretanto, já iam cinquenta chibatadas! Ninguém lhe ouvira um gemido, nem percebera uma contorção, um gesto qualquer de dor. Viam-se unicamente naquele costão negro as marcas do junco, umas sobre as outras, entrecruzando-se como uma grande teia de aranha, roxas e latejantes, cortando a pele em todos os sentidos.


            […]


            Marinheiros e oficiais, num silêncio concentrado, alongavam o olhar, cheios de interesse, a cada golpe.


            — Cento e cinquenta!


            Só então houve quem visse um ponto vermelho, uma gota rubra deslizar no espinhaço negro do marinheiro e logo este ponto vermelho se transformar numa fita de sangue.


CAMINHA, A. O Bom-Crioulo. São Paulo: Martin Claret, 2006.



A prosa naturalista incorpora concepções geradas pelo cientificismo e pelo determinismo. No fragmento, a cena de tortura a Bom-Crioulo reproduz essas concepções, expressas pela 

A
exaltação da resistência inata para legitimar a exploração de uma etnia.
B
defesa do estoicismo individual como forma de superação das adversidades.
C
concepção do ser humano como uma espécie predadora e afeita à morbidez.
D
observação detalhada do corpo para a identificação de características de raça.
E
apologia à superioridade dos organismos saudáveis para a sobrevivência da espécie.
a04152c7-67
UFPR 2021 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

 A respeito do romance Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo, é correto afirmar que:

A
os eventos se sucedem de modo linear, começando com a narrativa da infância do protagonista no Maranhão e culminando com sua vida boêmia na capital.
B
a descrição minuciosa da construção e do apogeu da casa de Madame Brizard contrasta com a narração de episódios do cotidiano agitado dos hóspedes.
C
o motivo que leva Amâncio ao Rio de Janeiro ocupa papel secundário na trama, na qual têm destaque seus envolvimentos afetivos e sua situação financeira.
D
a passagem do tempo no romance é documentada pela trajetória das mucamas da fazenda e dos escravos Sabino e Cora, desde a compra até a alforria deles.
E
as histórias contadas pelos hóspedes são independentes umas das outras, o que torna o livro uma sucessão de contos unidos por uma mesma ambientação.
78cbaaf8-06
SÃO CAMILO 2019 - Literatura - Simbolismo, Naturalismo, Parnasianismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Completam as lacunas do texto, respectivamente:

Leia o texto para responder à questão.

    Se o século XIX, marcado pelo progresso científico — genética, evolucionismo, positivismo, sociologia, racionalismo, etc. — motivou escolas literárias correspondentes — ________, _______ , _______ —, propugnando uma descrição rígida, precisa e minuciosa, acarretou, em contrapartida, um momento de descrédito da ciência, uma reação quase radical, que propunha a diluição dos objetos e sentimentos no vago e indistinto, no inefável, abstrato e incorpóreo, ideal supremo do ________.

(Lauro Junkes, 2016. Adaptado.)
A
Realismo, Naturalismo, Romantismo — Simbolismo.
B
Romantismo, Simbolismo, Naturalismo — Realismo.
C
Realismo, Parnasianismo, Naturalismo — Simbolismo.
D
Realismo, Naturalismo, Romantismo — Parnasianismo.
E
Romantismo, Simbolismo, Naturalismo — Parnasianismo.
d5067c56-05
UFRGS 2016 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Leia o seguinte trecho de O cortiço.


A criadagem da família do Miranda compunha-se de Isaura, mulata ainda moça, moleirona e tola, que gastava todo o vintenzinho que pilhava em comprar capilé na venda de João Romão; uma negrinha virgem, chamada Leonor, muito ligeira e viva, lisa e seca como um moleque, conhecendo de orelha, sem lhe faltar um termo, a vasta tecnologia da obscenidade, e dizendo, sempre que os caixeiros ou os fregueses da taverna, só para mexer com ela, lhe davam atracações: “Óia, que eu me queixo ao juiz de orfe!”; e finalmente o tal Valentim, filho de uma escrava que foi de Dona Estela e a quem esta havia alforriado.


Sobre o texto acima, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.


( ) O fragmento reflete o tom geral do romance, no qual o narrador em terceira pessoa distancia-se das personagens populares – especialmente as negras –, pois está atrelado às reduções do cientificismo naturalista que antepõe raça superior a raça inferior.

( ) A linguagem do narrador é diferente da linguagem da personagem: a fala de Leonor não segue o registro linguístico adotado pelo narrador.

( ) As personagens femininas descritas no trecho – e no romance de maneira geral – são estereotipadas, respondem ao imaginário da mulata sensual e ociosa, especialmente Bertoleza e Rita Baiana.

( ) O narrador em terceira pessoa simpatiza com as personagens populares; tal simpatia está presente em todo o romance, nas inúmeras vezes em que a narração em terceira pessoa cede espaço para o diálogo entre escravos.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
V – V – F – F.
B
F – F – V – V.
C
F – F – F – V.
D
F – V – F – V.
E
V – V – V – F.
d5035fa2-05
UFRGS 2016 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Sobre o romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações.

( ) No início do romance, está o vendeiro português João Romão que, com força de trabalho e boa dose de oportunismo, constrói o cortiço, seu primeiro caminho para a ascensão social.
( ) No romance, a ex-escrava Bertoleza é a companheira de João Romão, por ele tratada com respeito, o que dá mostras do tom conciliatório do livro, que trata a escravidão como problema resolvido.
( ) No sobrado contíguo ao cortiço de João Romão, vivem Miranda, Dona Estela e a filha Zulmirinha, família financeiramente confortável, que cria sinceros vínculos de amizade com João Romão e Bertoleza.
( ) No romance, Dona Estela, sempre descrita pelo narrador como uma dama séria e decorosa, sofre com as constantes traições de seu marido Miranda.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
V – F – V – F.
B
F – V – F – V.
C
V – F – F – F.
D
F – F – V – V.
E
V – V – F – V.
d51186e9-05
UFRGS 2016 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

O cortiço (1890) e Dom Casmurro (1899) foram publicados na mesma década, porém apresentam registros de linguagem diferentes, como se pode ver nos trechos abaixo.

No bloco superior, estão listados nomes de personagens de O cortiço e de Dom Casmurro; no inferior, os trechos dos romances em que essas personagens são descritas.

Associe adequadamente o bloco inferior ao bloco superior.

1 - Firmo (O cortiço)
2 - Escobar (Dom Casmurro)
3 - Jerônimo (O cortiço)
4 - José Dias (Dom Casmurro)

( ) [...] viera da terra, com a mulher e uma filhinha ainda pequena, tentar a vida no Brasil, na qualidade de colono de um fazendeiro, em cuja fazenda mourejou durante dois anos, sem nunca levantar a cabeça, e de onde afinal se retirou de mãos vazias e uma grande birra pela lavoura brasileira. Para continuar a servir na roça tinha que sujeitar-se a emparelhar com os negros escravos e viver com eles no mesmo meio degradante, encurralado como uma besta, sem aspirações, nem futuro, trabalhando eternamente para outro.
( ) [...] era um mulato pachola, delgado de corpo e ágil como um cabrito; capadócio de marca, pernóstico, só de maçadas, e todo ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira. Teria seus trinta e tantos anos, mas não parecia ter mais de vinte e poucos. Pernas e braços finos, pescoço estreito, porém forte; não tinha músculos, tinha nervos.
( ) Era um rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, como os pés, como a fala, como tudo. Quem não estivesse acostumado com ele podia acaso sentir-se mal, não sabendo por onde lhe pegasse. Não fitava de rosto, não falava claro nem seguido; as mãos não apertavam as outras, nem se deixavam apertar delas, porque os dedos, sendo delgados e curtos, quando a gente cuidava tê-los entre os seus, já não tinha nada.
( ) [...] apareceu ali vendendo-se por médico homeopata; levava um Manual e uma botica. Havia então um andaço de febres; [...] curou o feitor e uma escrava, e não quis receber nenhuma remuneração. Então meu pai propôs-lhe ficar ali vivendo, com pequeno ordenado. [...] recusou, dizendo que era justo levar a saúde à casa de sapé do pobre.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

A
1 – 2 – 3 – 4.
B
1 – 3 – 2 – 4.
C
2 – 3 – 4 – 1.
D
3 – 1 – 2 – 4.
E
3 – 2 – 4 – 1.
6faf9063-06
UNIFESP 2015 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo



A conhecida pintura de Pedro Américo (1840-1905) remete a um fato histórico relacionado à seguinte escola literária brasileira:

A
Barroco.
B
Arcadismo.
C
Naturalismo.
D
Realismo.
E
Romantismo.
858415c1-04
ESPM 2019 - Literatura - Simbolismo, Vanguardas Europeias, Naturalismo, Modernismo, Parnasianismo, Escolas Literárias

Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico Mistério,
Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!

A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões visuais que eu sinto,
Nas divinas visões do íncola¹ etéreo²! 

Vestido de hidrogênio incandescente,
Vaguei um século, improficuamente³,
Pelas monotonias siderais...

Subi talvez às máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que ainda eu suba mais!

(“Solilóquio de um Visionário”, de Augusto dos Anjos, Eu e Outras Poesias)


¹íncola: habitante

²etéreo: referente ao céu

³improficuamente: inutilmente

Augusto dos Anjos é um poeta contextualizado no Pré-Modernismo, época literária em que houve um entrecruzamento de várias posturas artísticas. Assinale a opção que traz um aspecto de estilo não incorporado no poema acima.

A
Do Modernismo, em sua fase inicial, a busca pela hegemonia da cultura popular, com linguagem acessível.
B
Do Parnasianismo, o rigor formal, a escolha do soneto com uso de rimas ricas, ou seja, com palavras de classes gramaticais diferentes.
C
Do Simbolismo, a evocação do aspecto espiritual, mais as referências ao metafísico, etéreo, vago e misterioso.
D
Do Naturalismo, a utilização de vocabulário científico (“hidrogênio”) e imagens agressivas, antirromânticas.
E
Do Expressionismo, o gosto pelo grotesco, com imagens deformadas, pelo tom de exagero.
cb5aeb3f-02
MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Assinale as correntes estéticas que, por aproximação, possuem mais afinidades com o simbolismo de “Siderações”.

Texto para a questão


A
Naturalismo e Realismo.
B
Trovadorismo e Quinhentismo.
C
Ultrarromantismo e Decadentismo.
D
Classicismo e Neoclassicismo.
E
Modernismo e Pós-modernismo.
6b2ec2f4-01
MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Assinale a alternativa correta.

O trecho abaixo é um fragmento do capítulo de abertura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
A publicação do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, é considerada de maneira unânime pela crítica especializada como o marco inicial do Naturalismo na literatura brasileira.
B
Iracema, de José de Alencar, A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e Navio Negreiro, de Castro Alves, compartilham com Memórias Póstumas de Brás Cubas a mesma filiação literária.
C
Ao idealizar a realidade, o Realismo pouco se interessou pelos contextos econômicos dos seus personagens. Da mesma maneira, os escritores realistas deixaram de lado a reflexão sobre as relações entre as classes sociais.
D
Ao debater, no trecho que serve de base para essa questão, sobre as relações entre a vida e a morte, o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas flerta com o cientificismo de sua época, muito bem representado em um romance como O cortiço, de Aluísio Azevedo.
E
A presença de elementos fantásticos em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a começar pela condição peculiar do seu narrador, nos impede de filiar o romance como um puro representante da estética realista.
6b3d7b1b-01
MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Assinale a alternativa correta sobre a produção literária brasileira ao longo do Século XIX.

Read the text and asnwer questions:

HOME

They rose up like men. We saw them. Like men they stood.

We shouldn’t have been anywhere near that place. Like most farmland outside Lotus, Georgia, this here one had plenty scary warning signs. The threats hung from wire mesh fences with wooden stakes every fifty or so feet. But when we saw a crawl space that some animal had dug—a coyote maybe, or a coon dog—we couldn’t resist. Just kids we were. The grass was shoulder high for her and waist high for me so, looking out for snakes, we crawled through it on our bellies. The reward was worth the harm grass juice and clouds of gnats did to our eyes, because there right in front of us, about fifty yards off, they stood like men. Their raised hooves crashing and striking, their manes tossing back from wild white eyes. They bit each other like dogs but when they stood, reared up on their hind legs, their forelegs around the withers of the other, we held our breath in wonder. One was rust-colored, the other deep black, both sunny with sweat. The neighs were not as frightening as the silence following a kick of hind legs into the lifted lips of the opponent. Nearby, colts and mares, indifferent, nibbled grass or looked away. Then it stopped. The rust-colored one dropped his head and pawed the ground while the winner loped off in an arc, nudging the mares before him.

As we elbowed back through the grass looking for the dug-out place, avoiding the line of parked trucks beyond, we lost our way. Although it took forever to re-sight the fence, neither of us panicked until we heard voices, urgent but low. I grabbed her arm and put a finger to my lips. Never lifting our heads, just peeping through the grass, we saw them pull a body from a wheelbarrow and throw it into a hole already waiting. One foot stuck up over the edge and quivered, as though it could get out, as though with a little effort it could break through the dirt being shoveled in. We could not see the faces of the men doing the burying, only their trousers; but we saw the edge of a spade drive the jerking foot down to join the rest of itself. When she saw that black foot with its creamy pink and mud-streaked sole being whacked into the grave, her whole body began to shake. I hugged her shoulders tight and tried to pull her trembling into my own bones because, as a brother four years older, I thought I could handle it. The men were long gone and the moon was a cantaloupe by the time we felt safe enough to disturb even one blade of grass and move on our stomachs, searching for the scooped-out part under the fence. When we got home we expected to be whipped or at least scolded for staying out so late, but the grown-ups did not notice us. Some disturbance had their attention.

Since you’re set on telling my story, whatever you think and whatever you write down, know this: I really forgot about the burial. I only remembered the horses. They were so beautiful. So brutal. And they stood like men.

SOURCE: Excerpted from MORRISON, Toni. Home (2012), Harmondsworth: Penguin, 2012.

A
Poesia e prosa de ficção foram importantes expressões culturais do século XIX, tendo como exemplos importantes as obras de Gonçalves Dias e Cruz e Sousa, no campo poético, por exemplo, ou de José de Alencar, Aluísio Azevedo e Machado de Assis no romance.
B
As gerações românticas, naturalistas e realistas se recusaram a representar a realidade brasileira, bem como a cor local de suas respectivas regiões de origem.
C
A influente Semana de Arte Moderna aconteceu durante dois polêmicos dias, contando com o apoio do Imperador Dom Pedro II e de todos os membros da futura Academia Brasileira de Letras.
D
Foi durante esse período histórico, e tendo como núcleo o Rio de Janeiro, que se organizou a geração de poetas árcades brasileiros, entre eles Cláudio Manoel da Costa e Basílio da Gama.
E
A literatura quinhentista só foi superada esteticamente a partir do modernismo, tendo alcançado seu auge durante as carreiras de José de Alencar e Machado de Assis.
3eb752c6-f9
UFRGS 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Escolas Literárias

Considere as seguintes afirmações sobre os romances abaixo.

I - A personagem Bertoleza, de O cortiço, representa um entrave as ambições de Joao Romão de ascender socialmente, razão pela qual ele planeja devolve-la ao seu antigo senhor, na condição de escrava que era.
II - Euclides da Cunha narra, em "A luta", terceira parte de Os sertões, as formas de organização e as estratégias de combate dos sertanejos, liderados por Antonio Conselheiro, que derrotam o Exercito Republicano.
III- O personagem Ricardo Coração dos Outros, em Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, e um musico popular, que goza da estima da mais alta sociedade carioca, por ser a expressão característica da alma nacional.

Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas III.
C
Apenas I e II.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
bb4f33a1-f7
UEG 2016 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

A produção artística no Paleolítico se caracteriza pelo

A
uso de pedras polidas, a partir da descoberta de que, mediante o atrito, as pedras poderiam ser polidas e utilizadas no processo de confecção artística.
B
naturalismo, pois as imagens da época são naturalistas, ou seja, representam os seres conforme a visão que os homens da época tinham da natureza.
C
uso dos metais, o que foi possibilitado a partir do domínio do fogo, com o qual os homens derretiam o metal para, depois, trabalharem-no artisticamente.
D
naturalismo, uma vez que as imagens do período estavam intimamente ligadas à religião, servindo de veículo para propagação de crenças religiosas.
E
uso de pedras preciosas e de metais nobres, o que propiciou a criação de artefatos imponentes e valiosos, tanto do ponto de vista artístico quanto material.
509077a6-f7
UNEMAT 2016 - Literatura - Naturalismo, Escolas Literárias

Mas ao cabo de três meses, João Romão, [...] retornou à sua primitiva preocupação com o Miranda, única rivalidade que verdadeiramente o estimulava. Desde que o vizinho surgiu com o baronato, o vendeiro transformava-se por dentro e por fora a causar pasmo. Mandou fazer boas roupas e aos domingos refestelava-se de casaco branco e de meias, assentado defronte da venda, a ler jornais. Depois deu para sair a passeio, vestido de casemira, calçado e de gravata. [...] Já não era o mesmo lambuzão.

Bertoleza é que continuava na cepa torta, sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de serviço, sem domingo nem dia santo; essa, em nada, em nada absolutamente, participava das novas regalias Vestibular 2016/2 Página 15 do amigo; pelo contrário, à medida que ele galgava posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais escrava e rasteira. [...] p.142

AZEVEDO, Aluisio. O cortiço. 5ª edição. São Paulo: Martin Claret, 2010.

A composição dos personagens é um dos elementos a serem considerados na interpretação de uma obra narrativa. No excerto destacado, tem-se o caso de um personagem que não se modifica no desenrolar da trama e de outro que se transforma na perspectiva da ascensão social e, sobre essa composição, observa-se que:

A
o português João Romão, no romance, representa um tipo que na vida social contemporânea denomina-se “novo-rico” e que corresponde àquela pessoa que enriquece financeiramente e, na mesma proporção e de modo espontâneo, muda seus hábitos socioculturais, que não se restringem apenas às aparências.
B
o fato de um personagem ascender economicamente e de outro manter-se na marginalidade, no romance em questão, possibilita uma reflexão sobre as complexas relações envolvidas nas discrepâncias entre as classes sociais no Brasil e o modo como a literatura lida com tais relações.
C
uma leitura atenta da obra, desde o começo até o final, permite a afirmação de que João Romão enriquece pelo esforço próprio, sem exploração da mão de obra alheia, e graças aos atributos da raça superior a que pertence.
D
Bertoleza, negra, permanece na marginalidade até o final da obra, quando recebe um desfecho trágico. Essa permanência na marginalidade não pode ser questionada no romance, porque o destino das personagens é algo que não sofre qualquer tipo de determinação e não se discute no plano da referida narrativa.
E
a única motivação de João Romão era o acúmulo de capital. Sua rivalidade com Miranda, que obtivera o título de Barão, não levava em conta o prestígio social advindo do baronato, fato que João Romão desprezava.
2144cf7b-f7
UEG 2015 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Modernismo, Quinhentismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo

Verifica-se que os versos e a pintura, em razão das características que lhes são peculiares, pertencem respectivamente aos períodos

Leia o poema e observe a pintura a seguir para responder à questão.


                                                      Destes penhascos fez a natureza

                                                      O berço, em que nasci: oh quem cuidara,

                                                      Que entre pedras tão duras se criara

                                                      Uma alma terna, um peito sem dureza!


                                                      Amor, que vence os tigres, por empresa

                                                      Tomou logo render-me ele declara

                                                      Centra o meu coração guerra tão rara,

                                                      Que não me foi bastante a fortaleza


                                                      Por mais que eu mesmo conhecesse o dano,

                                                      A que dava ocasião minha brandura,

                                                      Nunca pude fugir ao cego engano:


                                                      Vós, que ostentais a condição mais dura,

                                                      Temei, penhas, temei; que Amor tirano,

                                                      Onde há mais resistência mais se apura


COSTA, Claudio Manuel da. Soneto XCVIII. Disponível em: <http://www.bibvirt.futuro.usp.br>.  Acesso em: 26 ago. 2015



CARAVAGGIO, Michelangelo. Conversão de São Paulo – 1600-1601. Óleo sobre tela. Disponível em: <galleryhip.com>.  Acesso em: 26 ago. 2015.

A
Árcade e Barroco
B
Romântico e Realista
C
Quinhentista e Naturalista
D
Modernista e Vanguardista
cd576496-eb
ULBRA 2010 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Leia o fragmento abaixo e assinale a alternativa correta:

Ambientado no interior do Ceará, nos fins de 1878, durante uma grande seca, a história narra a vida de uma mulher arredia, corajosa e destemida de grande força física, que trabalha na construção de uma prisão, junto aos homens, e é desejada pelo soldado Capriúna. Ela, porém, não se interessa por amores e mantém uma relação de amizade e ajuda mútua com Alexandre.

A
O texto refere-se ao romance O Quinze, de Raquel de Queirós, e narra a história de vida da personagem protagonista, sua luta para sobreviver, bem como a tessitura de seu amor.
B
O texto constitui-se no tema de um romance realista, cuja principal característica é a denúncia de uma concepção materialista da realidade.
C
O texto é parte da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, que narra com exatidão e veracidade os fatos da vida cotidiana.
D
O texto consiste na trama do romance naturalista, de Domingos Olímpio, Luzia-Homem, com traços naturalistas. Do mesmo modo, determinista, vê o homem como produto do meio, uma projeção do ambiente, com o qual se confunde e de onde não consegue escapar.
E
O texto é parte da obra O Mulato, de Aluísio de Azevedo e apresenta marcas do Realismo, apoiado na Sociologia e na Psicologia e preso à documentação.
d7821f8e-72
UNIFESP 2021 - Literatura - Naturalismo, Parnasianismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Este movimento surge como momento de negação profunda e revolucionária, porque visava a redefinir não só a atitude poética, mas o próprio lugar do homem no mundo e na sociedade. Concebe de maneira nova o papel do artista e o sentido da obra de arte, pretendendo liquidar a convenção universalista dos herdeiros de Grécia e Roma em benefício de um sentimento novo, embebido de inspirações locais, procurando o único em lugar do perene.

(Antonio Candido. Formação da literatura brasileira, 2013. Adaptado.)

O texto refere-se ao movimento

A
realista
B
romântico
C
árcade
D
naturalista
E
parnasiano
fe959a76-6a
UNESP 2021 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo



A obra Paisagem italiana (1805), do pintor alemão Jakob Philipp Hackert (1737-1807), remete, sobretudo, ao ideário do

A
Realismo.
B
Romantismo.
C
Arcadismo.
D
Barroco.
E
Naturalismo.
13d2312f-fd
UNICENTRO 2017 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias

Sobre o Romance Luzia-Homem de Domingos Olímpio é errado afirmar que

A
O romance apresenta características da estética Naturalista, o que se evidencia por exemplo na construção das personagens, que são produtos do meio onde vivem, fortemente influenciadas pelo ambiente, movidas pelo instinto sexual e incapazes de lidar com tais impulsos. É possível perceber inclusive a secura que o povo descrito no texto herdou da terra infértil.
B
Luzia é uma protagonista forte, que se mantém firme nos seus propósitos até o fim da narrativa. A personagem figura como um símbolo da mulher nordestina que enfrenta o flagelo da seca com coragem e sem perder a bondade e a sensibilidade.
C
Luzia é um grande símbolo feminista, visto que sua composição é produto do impacto que os movimentos femininos de conquista por espaço, efervescentes no período de criação do texto, causou nenhum no contexto intelectual brasileiro e, consequentemente, no escritor Domingos Olímpio.
D
Luzia-Homem se situa no chamado ciclo das secas da Literatura Nordestina, e tem como marcas regionais a fala característica das personagens e a descrição dolorosa do flagelo vivido pelos nordestinos. Além disso vale ressaltar a presença dos exploradores da miséria popular tentando sempre alguma vantagem diante de um contexto miserável.
E
A protagonista Luzia tem como atributos físicos força incomum para uma mulher, o que lhe rende o apelido de homem. Porém no decorrer do romance também se nota sua força interior, sendo um personagem firme e incorruptível na constituição de seu caráter.
f5ac73c1-fc
UNIFESP 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Parnasianismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

No trecho, o “sapo-tanoeiro” representa uma sátira aos

Leia o trecho do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira.


O sapo-tanoeiro

[...]

Diz: — “Meu cancioneiro

É bem martelado.


Vede como primo

Em comer os hiatos!

Que arte! E nunca rimo

Os termos cognatos.


O meu verso é bom

Frumento sem joio.

Faço rimas com

Consoantes de apoio.


Vai por cinquenta anos

Que lhes dei a norma:

Reduzi sem danos

A formas a forma.


Clame a saparia

Em críticas céticas:

Não há mais poesia

Mas há artes poéticas...”


(Estrela da vida inteira, 1993.)



A
modernistas.
B
românticos.
C
naturalistas.
D
parnasianos.
E
árcades.