Questõessobre Modernismo: Tendências contemporâneas
Sobre o romance Relato de um certo Oriente, de Milton Hatoun, é incorreto afirmar que:
Analise as afirmações sobre a obra Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago
e, posteriormente, assinale a alternativa correta.
I- Tem como cenário principal o sertão, onde os migrantes lutam contra o
sistema latifundiário que os oprime.
II- Os personagens apresentados na narrativa não têm nomes, suas
identidades são marcadas por seus sentimentos e suas atitudes.
III- Faz crítica aos valores sociais e da sociedade urbana em transformação,
tanto do ponto de vista moral quanto material.
IV- A narrativa é predominantemente alinear, ou seja, pode ir ao passado e ao
futuro, sem obedecer à ordem do tempo cronológico.
Sobre o livro Relato de um certo oriente, de Miltom Hatoum, é incorreto afirmar:
O faz-pés, que dá título ao conto de Rui Guilherme, é:
O conto “O cobrador”, de Rubem Fonseca, é narrado
em primeira pessoa pelo próprio protagonista. O foco
narrativo, portanto, é o de um assassino em série que
pratica seus atos como forma de cobrança das dívidas
que acredita que a sociedade tem para com ele. Eis o
início do conto: “Na porta da rua uma dentadura
grande, embaixo escrito Dr. Carvalho, Dentista. Na
sala de espera vazia uma placa, Espere o Doutor está
atendendo um cliente”.
A coletânea de narrativas curtas O calor das coisas,
de Nélida Piñon, é construída em torno da temática
do casamento. São ao todo 13 contos cujas
personagens se veem mergulhadas em conflitos oriundos de uniões conjugais problemáticas. A
exceção fica por conta de “I love my husband”,
narrativa constituída do depoimento da narradora-protagonista acerca de sua plenitude matrimonial,
como demonstra o desfecho do conto: “Um pão que
ele e eu comemos há tantos anos sem reclamar,
ungidos pelo amor, atados pela cerimônia de um
casamento que nos declarou marido e mulher. Ah,
sim, eu amo meu marido”.
A coletânea de narrativas curtas O cobrador, de
Rubem Fonseca – diferentemente das demais obras
do escritor paulistano, marcadas pela abordagem de
problemas do cotidiano urbano contemporâneo, como
a violência – caracteriza-se pelo intimismo ou pela
sondagem psicológica, em que a problematização da
sociedade urbana violenta cede lugar a colóquios
amorosos. Pode-se atestar isso no seguinte fragmento
do conto que dá nome à coletânea: “Agora, muito
tempo depois, deitados olhando um para o outro
hipnotizados até que anoitece e nossos rostos brilham
no escuro e o perfume do corpo dela traspassa as
paredes do quarto”.
No poema, o eu lírico
Morri cem vezes
e cem vezes renasci
sob os golpes do açoite.
Testemunharam
a dança dos algozes
em torno do meu cadáver.
Tornei-me mineral
memória da dor.
Para sobreviver,
recolhi das chagas do corpo
a lua vermelha de minha crença,
no meu sangue amanhecendo.
[...]
Porque sou o poeta
dos mortos assassinados,
dos eletrocutados, dos “suicidas”,
dos “enforcados” e “atropelados”,
dos que “tentaram fugir”,
dos enlouquecidos.
dos torturados,
dos “desaparecidos”,
dos atirados ao mar,
sou os olhos atentos
sobre o crime.
Quando se compara literatura e cinema, o primeiro fato que ocorre ao estudioso é o do enorme fosso semiótico que separa, aparentemente de
modo inconciliável, essas duas formas de expressão, fundadas, cada uma, em espécies de signos e códigos tão diferentes. A literatura,
acredita-se, não vai ter nunca a mobilidade plástica do cinema, e este, por sua vez, nunca o nível de abstração da literatura. Por outro lado, por
grande e intransponível que seja esse fosso, há um número considerável de semelhanças que podem ser apontadas e que mantêm literatura
e cinema numa espécie de estado sincrônico de compatibilidade permanente.
BRITO. J.B. Literatura no cinema. São Paulo: Unimarco, 2006.
Os diálogos entre literatura e cinema, frutos da reflexão de diversos pensadores, como o crítico de cinema paraibano João Batista de Brito, e
da prática artística de inúmeros escritores e diretores, NÃO permitem concluir que
O poema apresentado no TEXTO 7 é representativo da poética de Sandra Fonseca
porque:
Sobre o filme Que horas Ela volta, de Anna Muylaert, pode-se afirmar que:
As relações familiares são o tema central do romance O filho eterno, de Cristovão Tezza.
Levando-se em consideração as peculiaridades da família representada pela obra, é INCORRETO
afirmar que
Integrando o que se pode considerar uma revolta sem
método, como manifestação satírica de uma crítica ao
estatuto colonia
Considere o texto abaixo.
Paralelos históricos nunca são exatos, e por isso sempre são suspeitos, mas no século XIX está o molde do que nos acontece agora, com as revoluções anárquicas da era da restauração pós-Bonaparte, nascidas da frustração com a promessa libertária esgotada da Revolução Francesa, no lugar do nosso atual inconformismo sem centro, nascido da frustração com experiências socialistas fracassadas. Nos dois casos, a revolta sem método, muitas vezes apolítica e suicida, substituiu a revolução racionalizada.
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 149)
os versos das Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga, destacaram-se em nosso século de Ilustração.
Tanto o poema-canção quanto a imagem apresentados tecem, a seu modo, uma
Leia o poema e observe a imagem a seguir para responder à questão.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
MORAES, Vinícius de. Rosa de Hiroxima. In: Antologia poética. São Paulo:Companhia das Letras, 1992. p.196
A pintura apresentada foi criada na década de 1940, e o poema-canção, mesmo tendo sido composto em 1954,
tem como referente uma cena de genocídio ocorrida nessa mesma década, de 1940. Desse modo, tanto a
pintura quanto o poema-canção dialogam com o contexto histórico da
Leia o poema e observe a imagem a seguir para responder à questão.
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada.
MORAES, Vinícius de. Rosa de Hiroxima. In: Antologia poética. São Paulo:Companhia das Letras, 1992. p.196