Questão 8cf80522-d8
Prova:
Disciplina:
Assunto:
No poema, o eu lírico
No poema, o eu lírico
Leia o poema de Pedro Tierra para responder à questão:
Fui assassinado.
Morri cem vezes
e cem vezes renasci
sob os golpes do açoite.
Meus olhos em sangue
Testemunharam
a dança dos algozes
em torno do meu cadáver.
Tornei-me mineral
memória da dor.
Para sobreviver,
recolhi das chagas do corpo
a lua vermelha de minha crença,
no meu sangue amanhecendo.
[...]
Porque sou o poeta
dos mortos assassinados,
dos eletrocutados, dos “suicidas”,
dos “enforcados” e “atropelados”,
dos que “tentaram fugir”,
dos enlouquecidos.
Sou o poeta
dos torturados,
dos “desaparecidos”,
dos atirados ao mar,
sou os olhos atentos
sobre o crime.
(Pedro Tierra, Poemas do Povo da Noite)
Leia o poema de Pedro Tierra para responder à questão:
Fui assassinado.
Morri cem vezes
e cem vezes renasci
sob os golpes do açoite.
Morri cem vezes
e cem vezes renasci
sob os golpes do açoite.
Meus olhos em sangue
Testemunharam
a dança dos algozes
em torno do meu cadáver.
Tornei-me mineral
memória da dor.
Para sobreviver,
recolhi das chagas do corpo
a lua vermelha de minha crença,
no meu sangue amanhecendo.
[...]
Porque sou o poeta
dos mortos assassinados,
dos eletrocutados, dos “suicidas”,
dos “enforcados” e “atropelados”,
dos que “tentaram fugir”,
dos enlouquecidos.
Testemunharam
a dança dos algozes
em torno do meu cadáver.
Tornei-me mineral
memória da dor.
Para sobreviver,
recolhi das chagas do corpo
a lua vermelha de minha crença,
no meu sangue amanhecendo.
[...]
Porque sou o poeta
dos mortos assassinados,
dos eletrocutados, dos “suicidas”,
dos “enforcados” e “atropelados”,
dos que “tentaram fugir”,
dos enlouquecidos.
Sou o poeta
dos torturados,
dos “desaparecidos”,
dos atirados ao mar,
sou os olhos atentos
sobre o crime.
dos torturados,
dos “desaparecidos”,
dos atirados ao mar,
sou os olhos atentos
sobre o crime.
(Pedro Tierra, Poemas do Povo da Noite)
A
expressa seus sentimentos em relação à vida como submissão a um incessante sofrimento, independentemente
da sociedade em que está inserido.
B
emerge como força de resistência, representando a voz
daqueles que foram submetidos, em qualquer tempo, a
toda sorte de violência.
C
refere-se às ações de repressão à liberdade como algo
justificável, pois é inerente à cultura de todos os tempos,
em circunstâncias definidas.
D
mostra-se confiante no propósito de combater toda forma
de opressão, incitando o leitor a partilhar o sentimento
de justiça.
E
declara que sua arte é desvinculada da denúncia de crimes e injustiça, sugerindo implicitamente que não pode
desviar-se de seu propósito.