Questõessobre Literatura

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UNIFESP 2015 - Literatura - Barroco, Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo



A conhecida pintura de Pedro Américo (1840-1905) remete a um fato histórico relacionado à seguinte escola literária brasileira:

A
Barroco.
B
Arcadismo.
C
Naturalismo.
D
Realismo.
E
Romantismo.
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URCA 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

É correto afirmar sobre as personagens da narrativa de Lima Barreto, EXCETO:

ESPINHOS E FLORES


Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa cousa em matéria de edificação de cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções. Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiam como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado. Às vezes se sucedem na mesma direção com uma frequência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.

Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas. Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada a querer ocultar-se, diante daquela onda de edifícios disparatados e novos. Não há nos nossos subúrbios cousa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.

Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre um rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos. Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empane o brilho do vestido; há operário de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa. Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim obtidos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino. Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repartições, contínuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes, num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem. Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios. Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando da janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos.

Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no programa um sabor de confusão democrática, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitavam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços. Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas. Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sentia ser, a alma, consubstanciado os seus tênues sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação... Em que pensava ele? Não pensava só, sofria também. Aquele tal preto continuava na sua mania de querer fazer a modinha dizer alguma cousa, e tinha adeptos. Alguns já o citavam como rival dele, Ricardo; outros já afirmavam que o tal rapaz deixava longe o Coração dos Outros, e alguns mais – ingratos! – já esqueciam os trabalhos, o tenaz trabalhar de Ricardo Coração dos Outros em prol do levantamento da modinha e do violão, e nem nomeavam o abnegado obreiro.


                                                                                                        

(Triste Fim de Policarpo Quaresma, pp.160­-165)

A
Major Quaresma é um sonhador patriota que se deixa levar pelo sonho de um nacionalismo exagerado;
B
Olga é vizinha do Quaresma, estava noiva há cinco anos, até que quando o casamento é marcado, seu noivo some. A jovem menina fica tão triste, que acaba adoecendo, psicologicamente e fisicamente;
C

Ricardo Coração dos Outros: Tocava violão e cantava modinhas. É um artista admirado pela sociedade e torna-se amigo de Quaresma, pelo amor pelo violão e pelo comum patriotismo;

D

Anastácio é empregado negro de Policarpo Quaresma. Companheiro na solidão com seu patrão, foi com ele para o sítio. Era seu servo fiel;

E
Adelaide: irmã mais velha de Policarpo. Solteira, vivia com Policarpo e foi com ele para o sítio.
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URCA 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Também faz parte da obra de Eça de Queirós:

A
O Crime do Padre Amaro; O Primo Basílio; O Mandarim; Verão nos Trópicos;
B
A Relíquia; Os Maias; Renúncia; O crime de Padre Amaro; Correspondência de Fradique Mendes;
C
Uma Campanha Alegre; A Ilustre Casa de Ramires; O Crime do Padre Amaro; Mensagem;
D
Dicionário de Milagres; A Cidade e as Serras; Prosas Bárbaras; Os Maias;
E
Cartas de Inglaterra; Ecos de Paris; Verão nos Trópicos; A Relíquia.
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URCA 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Sobre o romance de Eça de Queirós, A Cidade e as Serras, publicado em 1901, podemos afirmar que:

A

Apresenta uma voz narrativa em primeira pessoa que discorre sobre as angustias e aflições por que passa um coração que não é correspondido;

B

É uma narrativa de relato de experimento em que se analisam os preceitos e as convenções do casamento e o comportamento da pequena burguesia da cidade de Lisboa;

C

Apresenta uma personagem que detesta inicialmente a vida do campo, aderindo ao desenvolvimento tecnológico da cidade, mas que ao final regressa à vida campesina e a transforma com a aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos;

D

É uma narrativa cujo enredo fala sobre a vida devota da província e o celibato clerical, caracteriza a situação de decadência e alienação do distrito de Leiria, tomando-a como espelho da marginalização de todo o país com relação ao contexto europeu;

E

Desenvolve-se em dois grandes blocos temáticos de ação: um norteado por amores incestuosos; outro voltado para a análise da vida da alta burguesia lisboeta.

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URCA 2017 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre a obra Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles, é correto afirmar:

A

Inconfidência é um poema lírico-narrativo de viés histórico que evoca em versos os personagens e o contexto da Inconfidência Mineira;

B
É o ápice da poética de Cecília Meireles enquanto poetisa neo­-simbolista;
C
É um extenso poema em que o eu poético reflete sobre uma temática sem que haja elementos narrativos;
D

Tiradentes, o alferes que a história transformou em herói, é apresentado na obra como indivíduo ambíguo e de moral discutível, numa clara contraposição literária à imagem apresentada pelos historiadores mais conservadores;

E

Representa grande inovação na construção dos versos, marcando-se sua obra por experimentalismo radical da linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.

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URCA 2017 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Ainda sobre o romance de Eça de Queirós é correto afirmar:

A

Jacinto passa por um processo de regeneração quando entra em contato com a natureza, encantado e cheio de lirismo e integra-se, por fim, na vida produtiva do campo;

B

Jacinto é chamado de “Pai dos Pobres”, essa classificação é uma clara alusão à sua bondade e sua conduta em manter com os pobres da serra uma relação democrática e igualitária;

C

O personagem José Fernandes (Zé) relata a história do protagonista Jacinto de Tormes, isentando-se de sua própria experiência.

D

Jacinto se transforma, sente-se completo com a mudança para a serra e com o amor e a possibilidade da constituição de um lar;

E

O protagonista, supercivilizado, detestava a vida do campo e amontoara em seu palácio, em Paris, os aparelhos tecnicamente mais sofisticados da época.

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ESPM 2019 - Literatura - Gênero Épico ou Narrativo, Gêneros Literários

Considere os dois excertos que seguem.


I

E disse: “Ó gente ousada, mais que quantas

No mundo cometeram grandes cousas,

Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,

E por trabalhos vãos nunca repousas (...)”


(Os Lusíadas, Luís de Camões, canto V)

II
Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!

(Mensagem, de Fernando Pessoa, 2.ª parte)


Em I, o Gigante Adamastor fala aos navegantes portugueses que queriam, pioneiramente, atravessar o Cabo das Tormentas a caminho das Índias; em II, o timoneiro fala ao mostrengo o porquê de a embarcação lusitana estar enfrentando os perigos do mar. A partir dos excertos e dos comentários, assinale a afirmação que esteja incorreta.

A
Ambos os fragmentos trazem em suas falas o sentido de coletividade do povo português.
B
Os dois excertos fazem menção ao fundamento histórico da expansão ultramarina promovida por Portugal.
C
A fala do Gigante, em I, acusa os portugueses de guerreiros cruéis; a do timoneiro, em II, é mais branda, tem um tom de pedido.
D
Camões, poeta clássico renascentista, usou a medida nova dos versos decassílabos; Fernando Pessoa, modernista, fez métrica irregular.
E
Metaforicamente, os fragmentos demonstram que a expansão lusitana passou por obstáculos caros ao ser humano.
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ESPM 2019 - Literatura - Simbolismo, Vanguardas Europeias, Naturalismo, Modernismo, Parnasianismo, Escolas Literárias

Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico Mistério,
Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!

A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões visuais que eu sinto,
Nas divinas visões do íncola¹ etéreo²! 

Vestido de hidrogênio incandescente,
Vaguei um século, improficuamente³,
Pelas monotonias siderais...

Subi talvez às máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que ainda eu suba mais!

(“Solilóquio de um Visionário”, de Augusto dos Anjos, Eu e Outras Poesias)


¹íncola: habitante

²etéreo: referente ao céu

³improficuamente: inutilmente

Augusto dos Anjos é um poeta contextualizado no Pré-Modernismo, época literária em que houve um entrecruzamento de várias posturas artísticas. Assinale a opção que traz um aspecto de estilo não incorporado no poema acima.

A
Do Modernismo, em sua fase inicial, a busca pela hegemonia da cultura popular, com linguagem acessível.
B
Do Parnasianismo, o rigor formal, a escolha do soneto com uso de rimas ricas, ou seja, com palavras de classes gramaticais diferentes.
C
Do Simbolismo, a evocação do aspecto espiritual, mais as referências ao metafísico, etéreo, vago e misterioso.
D
Do Naturalismo, a utilização de vocabulário científico (“hidrogênio”) e imagens agressivas, antirromânticas.
E
Do Expressionismo, o gosto pelo grotesco, com imagens deformadas, pelo tom de exagero.
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ESPM 2019 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A visão depreciativa da existência humana pode ser constatada no seguinte fragmento de Gregório de Matos:


Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te,
Te lembra hoje Deus por sua Igreja,


Identifique em um dos trechos abaixo aquele que possua a mesma temática.

A
Mamãe vestida de rendas
Tocava piano no caos
Uma noite abriu as asas
Cansada de tanto som,
Equilibrou-se no azul,
De tonta não mais olhou
Para mim, para ninguém!
Cai no álbum de retratos.

(“Pré-história”, de Murilo Mendes)
B
E de repente, sim, ali estava a coisa verda-
deira.Um retrato antigo de alguém que não
se conhece e nunca se reconhecerá por-
que o retrato é antigo ou porque o retrata-
do tornou-se pó.

(Perto do Coração Selvagem, de Clarice Lispector)
C
Cada estação da vida é uma edição, que
corrige a anterior, e que será corrigida
também, até a edição definitiva, que o edi-
tor dá de graça aos vermes. 

(Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis)
D
Daqui em diante aparece o reverso da me-
dalha. Seguiu-se a morte de Dona Maria, a
do Leonardo-Pataca, e uma enfiada de acon-
tecimentos tristes que pouparemos aos leito-
res, fazendo aqui o ponto final.

(Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida)
E
O homem, em qualquer estado que esteja, é
certo que foi pó, e há de tornar a ser pó. Foi
pó, e há de tomar a ser pó? Logo é pó. Porque
tudo o que vive nesta vida, não é o que é: é o
que foi e o que há de ser.

(Sermão de Quarta-Feira de Cinzas, do Padre Antônio Vieira)

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UEA 2018, UEA 2018 - Literatura - Barroco, Modernismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Nos anos em que atuaram estes escritores, a poesia brasileira percorreu os meandros do extremo subjetivismo, à Byron e à Musset. Alguns poetas adolescentes, mortos antes de tocarem a plena juventude, darão exemplo de toda uma temática emotiva de amor e morte, dúvida e ironia, entusiasmo e tédio.

(Alfredo Bosi. História concisa da literatura brasileira, 2006. Adaptado.)

O texto refere-se

A
à segunda geração do Romantismo.
B
ao Barroco.
C
ao Arcadismo.
D
à primeira geração do Modernismo.
E
ao Condoreirismo.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Considere as seguintes observações sobre a vida e a obra de Clarice Lispector.


I. Durante sua carreira, Clarice Lispector se consolidou como escritora escrevendo principalmente contos, romances e crônicas.

II. Na infância, antes de se mudar em definitivo para o Rio de Janeiro, Clarice Lispector morou em Alagoas e Pernambuco. Devido a isso, ela se transformou no principal nome do Regionalismo modernista, dando continuidade às temáticas consolidadas por José Lins do Rego.

III. João Guimarães Rosa e Clarice Lispector são considerados pela historiografia literária como dois dos mais relevantes nomes da assim chamada “Terceira Fase” do Modernismo brasileiro.


Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão



A
As afirmações I e II estão corretas.
B
As afirmações I e III estão corretas.
C
As afirmações II e III estão corretas.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias

Assinale as correntes estéticas que, por aproximação, possuem mais afinidades com o simbolismo de “Siderações”.

Texto para a questão


A
Naturalismo e Realismo.
B
Trovadorismo e Quinhentismo.
C
Ultrarromantismo e Decadentismo.
D
Classicismo e Neoclassicismo.
E
Modernismo e Pós-modernismo.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Simbolismo, Escolas Literárias

Considere as afirmações abaixo.


I. Os estados subjetivos da consciência, as impressões sombrias da alma, o hermetismo, o apelo aos sentidos e uma atmosfera permeada por fortes símbolos religiosos ajudam a definir o tom simbolista do poema.

II. A referência a elementos religiosos no poema é sem dúvida uma impregnação do nacionalismo tardo-romântico na obra de Cruz e Sousa, pois tais referências são uma forma de fixar a identidade nacional nos versos de “Siderações”.

III. A visão de mundo em “Siderações” se baseia no conhecimento mais avançado da astronomia da sua época, fundamentando a vertente simbolista brasileira com a objetividade do discurso especializado da ciência do final do século XIX.


Assinale a alternativa correta.

Texto para a questão


A

A afirmação I está correta.

B
A afirmação II está correta.
C
A afirmação III está correta.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

A partir da leitura do trecho de abertura do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, indique qual característica elencada abaixo está completamente ausente do trecho.

O trecho abaixo é um fragmento do capítulo de abertura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
Ironia
B
Metalinguagem
C
Intertextualidade
D
Erotismo
E
Dialogismo
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Considere as seguintes observações sobre a vida e a obra de Machado de Assis.

I. Machado de Assis teve uma origem humilde: foi neto de escravos alforriados e filho de Francisco José de Assis, um pintor de paredes, e de Maria Leopoldina Machado de Assis, portuguesa açoriana que se dedicava a serviços domésticos. Mediante uma carreira dedicada às letras, ao jornalismo e ao funcionalismo público, Machado de Assis viveu ao longo do tempo uma trajetória de ascensão social.
II. Durante décadas de dedicação à vida literária, uma importante faceta de Machado de Assis foi a composição de crônicas, publicadas em jornais e revistas brasileiros. Nas suas crônicas, Machado escrevia sobre uma gama de temas, da vida cotidiana a fatos políticos da sua época.
III. Em 1897 realizou-se a sessão inaugural, no Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Letras, que teve como seu primeiro presidente Machado de Assis.

Assinale a alternativa correta.

O trecho abaixo é um fragmento do capítulo de abertura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
Apenas a afirmação I está correta.
B
Apenas a afirmação II está correta.
C
Apenas a afirmação III está correta.
D
Todas as afirmações estão corretas.
E
Nenhuma das afirmações está correta.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Assinale a alternativa correta.

O trecho abaixo é um fragmento do capítulo de abertura do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.

A
A publicação do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881, é considerada de maneira unânime pela crítica especializada como o marco inicial do Naturalismo na literatura brasileira.
B
Iracema, de José de Alencar, A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, e Navio Negreiro, de Castro Alves, compartilham com Memórias Póstumas de Brás Cubas a mesma filiação literária.
C
Ao idealizar a realidade, o Realismo pouco se interessou pelos contextos econômicos dos seus personagens. Da mesma maneira, os escritores realistas deixaram de lado a reflexão sobre as relações entre as classes sociais.
D
Ao debater, no trecho que serve de base para essa questão, sobre as relações entre a vida e a morte, o narrador de Memórias Póstumas de Brás Cubas flerta com o cientificismo de sua época, muito bem representado em um romance como O cortiço, de Aluísio Azevedo.
E
A presença de elementos fantásticos em Memórias Póstumas de Brás Cubas, a começar pela condição peculiar do seu narrador, nos impede de filiar o romance como um puro representante da estética realista.
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MACKENZIE 2019 - Literatura - Naturalismo, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Arcadismo, Romantismo

Assinale a alternativa correta sobre a produção literária brasileira ao longo do Século XIX.

Read the text and asnwer questions:

HOME

They rose up like men. We saw them. Like men they stood.

We shouldn’t have been anywhere near that place. Like most farmland outside Lotus, Georgia, this here one had plenty scary warning signs. The threats hung from wire mesh fences with wooden stakes every fifty or so feet. But when we saw a crawl space that some animal had dug—a coyote maybe, or a coon dog—we couldn’t resist. Just kids we were. The grass was shoulder high for her and waist high for me so, looking out for snakes, we crawled through it on our bellies. The reward was worth the harm grass juice and clouds of gnats did to our eyes, because there right in front of us, about fifty yards off, they stood like men. Their raised hooves crashing and striking, their manes tossing back from wild white eyes. They bit each other like dogs but when they stood, reared up on their hind legs, their forelegs around the withers of the other, we held our breath in wonder. One was rust-colored, the other deep black, both sunny with sweat. The neighs were not as frightening as the silence following a kick of hind legs into the lifted lips of the opponent. Nearby, colts and mares, indifferent, nibbled grass or looked away. Then it stopped. The rust-colored one dropped his head and pawed the ground while the winner loped off in an arc, nudging the mares before him.

As we elbowed back through the grass looking for the dug-out place, avoiding the line of parked trucks beyond, we lost our way. Although it took forever to re-sight the fence, neither of us panicked until we heard voices, urgent but low. I grabbed her arm and put a finger to my lips. Never lifting our heads, just peeping through the grass, we saw them pull a body from a wheelbarrow and throw it into a hole already waiting. One foot stuck up over the edge and quivered, as though it could get out, as though with a little effort it could break through the dirt being shoveled in. We could not see the faces of the men doing the burying, only their trousers; but we saw the edge of a spade drive the jerking foot down to join the rest of itself. When she saw that black foot with its creamy pink and mud-streaked sole being whacked into the grave, her whole body began to shake. I hugged her shoulders tight and tried to pull her trembling into my own bones because, as a brother four years older, I thought I could handle it. The men were long gone and the moon was a cantaloupe by the time we felt safe enough to disturb even one blade of grass and move on our stomachs, searching for the scooped-out part under the fence. When we got home we expected to be whipped or at least scolded for staying out so late, but the grown-ups did not notice us. Some disturbance had their attention.

Since you’re set on telling my story, whatever you think and whatever you write down, know this: I really forgot about the burial. I only remembered the horses. They were so beautiful. So brutal. And they stood like men.

SOURCE: Excerpted from MORRISON, Toni. Home (2012), Harmondsworth: Penguin, 2012.

A
Poesia e prosa de ficção foram importantes expressões culturais do século XIX, tendo como exemplos importantes as obras de Gonçalves Dias e Cruz e Sousa, no campo poético, por exemplo, ou de José de Alencar, Aluísio Azevedo e Machado de Assis no romance.
B
As gerações românticas, naturalistas e realistas se recusaram a representar a realidade brasileira, bem como a cor local de suas respectivas regiões de origem.
C
A influente Semana de Arte Moderna aconteceu durante dois polêmicos dias, contando com o apoio do Imperador Dom Pedro II e de todos os membros da futura Academia Brasileira de Letras.
D
Foi durante esse período histórico, e tendo como núcleo o Rio de Janeiro, que se organizou a geração de poetas árcades brasileiros, entre eles Cláudio Manoel da Costa e Basílio da Gama.
E
A literatura quinhentista só foi superada esteticamente a partir do modernismo, tendo alcançado seu auge durante as carreiras de José de Alencar e Machado de Assis.
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FIMCA 2019 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...

(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Belo Horizonte – São Paulo: Itatiaia – Edusp, 1987.)

Mário de Andrade, autor do poema anterior, fez parte do grupo que idealizou a Semana de Arte Moderna. Acerca da linguagem empregada pelo poeta em “Descobrimento”, pode-se afirmar que:

A
A referência à região Norte demonstra o emprego de uma linguagem regionalista demonstrando a intenção dos modernistas de valorizar o povo brasileiro.
B
No primeiro verso do poema é possível destacar a oralidade presente no texto modernista e sua finalidade de modificar as formas poéticas anteriores ao movimento.
C
É possível observar o emprego de dois tipos de linguagem distintos: coloquial e formal, havendo exemplos de construções que apresentam formalidade e informalidade.
D
Seguindo os moldes modernistas, há uma preocupação com o uso da linguagem, prezando o poeta pelo emprego exclusivo de uma linguagem rebuscada e com grande emprego de inversões na ordem das orações.
E
A escolha do emprego exclusivo de uma linguagem coloquial reflete o seguimento modernista que reage radicalmente contra todo tipo de formalismo da linguagem utilizado até aquele momento na literatura.
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FIMCA 2019 - Literatura - Barroco, Modernismo, Realismo, Escolas Literárias, Romantismo

Considerando os estilos literários e as informações correspondentes, relacione adequadamente as colunas a seguir.

I. Barroco.
II. Realismo.
III. Classicismo.
IV. Romantismo.
V. Modernismo.

( ) Predomina o determinismo: o indivíduo de nada vale, existem leis universais que regem a história, a sociedade e o homem.
( ) Tem como características, dentre outras, a defesa da pátria e da liberdade, o mal do século e o sentimentalismo.
( ) Termina junto com a 2ª Guerra; tem como características o ataque à arte tradicional, o desejo de renovar e nacionalizar a arte brasileira.

A sequência está correta em

A
I, II, V.
B
I, II, III.
C
II, IV, V.
D
III, IV, V.
E
II, III, IV.
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FIMCA 2019 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Capítulo XXXVIII: Que Susto, Meu Deus!

Quando Pádua, vindo pelo interior, entrou na sala de visitas, Capitu, em pé, de costas para mim, inclinada sobre a costura, como a recolhê-la, perguntava em voz alta:
— Mas, Bentinho, que é protonotário apostólico?
— Ora, vivam! exclamou o pai.
— Que susto, meu Deus!
Agora é que o lance é o mesmo; mas se conto aqui, tais quais, ou dois lances de há quarenta anos, é para mostrar que Capitu não se dominava só em presença da mãe; o pai não lhe meteu mais medo. No meio de uma situação que me atava a língua, usava da palavra com a maior ingenuidade deste mundo. A minha persuasão é que o coração não lhe batia mais nem menos. Alegou susto, e deu à cara um ar meio enfiado; mas eu, que sabia tudo, vi que era mentira e fiquei com inveja. Foi logo falar ao pai, que apertou a minha mão, e quis saber por que a filha falava em protonotário apostólico. Capitu repetiu-lhe o que ouvira de mim, e opinou logo que o pai devia ir cumprimentar o padre em casa dele; ela iria à minha. E coligindo os petrechos da costura, enfiou pelo corredor, bradando infantilmente:
— Mamãe, jantar, papai chegou!

(Machado de Assis – Dom Casmurro.)

O romance realista machadiano alcançou grande destaque na literatura, sendo Machado de Assis reconhecido como o autor que marcou o início do Realismo no Brasil, em 1881.

De acordo com o trecho, é possível reconhecer em sua obra:

A
A caracterização do artista do “eu”, a fuga para a tristeza, para dentro de si mesmo, elegendo o amor como centro da existência.
B
A evidência maniqueísta por meio da caracterização dos personagens apresentados de uma sociedade constantemente em crise.
C
Submissão ao modelo europeu caracterizado pelo modelo patriarcal demonstrando uma menor idealização da figura feminina assim como sua segregação.
D
Aprofundamento e questionamento na focalização das relações humanas o que o levou a ser reconhecido como introdutor do realismo interior ou psicológico.
E
A vassalagem ocorrendo de forma metafórica no relacionamento amoroso entre os personagens preservando uma herança do estilo romântico.