Sobre o romance de Eça de Queirós, A Cidade e as Serras, publicado em
1901, podemos afirmar que:
Apresenta uma voz narrativa em primeira pessoa que discorre sobre as
angustias e aflições por que passa um coração que não é correspondido;
É uma narrativa de relato de experimento em que se analisam os preceitos e as convenções do casamento e o comportamento da pequena burguesia da cidade de Lisboa;
Apresenta uma personagem que detesta inicialmente a vida do campo, aderindo ao desenvolvimento tecnológico da cidade, mas que ao final regressa à vida campesina e a transforma com a aplicação de seus conhecimentos técnicos e científicos;
É uma narrativa cujo enredo fala sobre a vida devota da província e o celibato clerical, caracteriza a situação de decadência e alienação do distrito de Leiria, tomando-a como espelho da marginalização de todo o país com relação ao contexto europeu;
Desenvolve-se em dois grandes blocos temáticos de ação: um norteado por amores incestuosos; outro voltado para a análise da vida da alta burguesia lisboeta.