Questõesde USP sobre História

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USP 2011 - História - Reconstrução Democrática: Governo Collor e o Impeachment, História do Brasil

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi apenas um “acidente” na história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, disse o presidente do Senado.
Correio Braziliense, 30/05/2011.

Sobre o “episódio” mencionado na notícia acima, pode- se dizer acertadamente que foi um acontecimento

A
de grande impacto na história recente do Brasil e teve efeitos negativos na trajetória política de Fernando Collor, o que faz com que seus atuais aliados se empenhem em desmerecer este episódio, tentando diminuir a importância que realmente teve.
B
nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, que, em sua maioria, trataram de censurá-lo, impedindo uma justa e equilibrada compreensão dos fatos que o envolvem.
C
acidental, na medida em que o impeachment de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, possibilitou seu posterior retorno à cena política nacional, agora como senador.
D
menor na história política recente do Brasil, o que permite tomar a censura em torno dele, promovida oficialmente pelo Senado Federal, como um episódio ainda menos significativo.
E
indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, o que provocou uma onda de comoção popular e permitiu o retorno triunfal de Fernando Collor à cena política, sendo candidato conduzido por mais duas vezes ao segundo turno das eleições presidenciais.
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USP 2011 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

No início de 1969, a situação política se modifica. A repressão endurece e leva à retração do movimento de massas. As primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm seus dirigentes perseguidos e são suspensas. O movimento estudantil reflui. A oposição liberal está amordaçada pela censura à imprensa e pela cassação de mandatos.
Apolônio de Carvalho. Vale a pena sonhar. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.


O testemunho, dado por um participante da resistência à ditadura militar brasileira, sintetiza o panorama político dos últimos anos da década de 1960, marcados

A
pela adesão total dos grupos oposicionistas à luta armada e pela subordinação dos sindicatos e centrais operárias aos partidos de extrema esquerda.
B
pelo bipartidarismo implantado por meio do Ato Institucional nº 2, que eliminou toda forma de oposição institucional ao regime militar.
C
pela desmobilização do movimento estudantil, que foi bastante combativo nos anos imediatamente posteriores ao golpe de 64, mas depois passou a defender o regime.
D
pelo apoio da maioria das organizações da sociedade civil ao governo militar, empenhadas em combater a subversão e afastar, do Brasil, o perigo comunista.
E
pela decretação do Ato Institucional nº 5, que limitou drasticamente a liberdade de expressão e instituiu medidas que ampliaram a repressão aos opositores do regime.
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USP 2011 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Examine a seguinte tabela:


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A tabela apresenta dados que podem ser explicados

A
pela lei de 1831, que reduziu os impostos sobre os escravos importados da África para o Brasil.
B
pelo descontentamento dos grandes proprietários de terras em meio ao auge da campanha abolicionista no Brasil.
C
pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota de tráfico de escravos entre Brasil e Moçambique.
D
pelo aumento da demanda por escravos no Brasil, em função da expansão cafeeira, a despeito da promulgação da Lei Aberdeen, em 1845.
E
pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós, que ampliou a entrada de escravos no Brasil e tributou o tráfico interno.
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USP 2011 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O Estado de compromisso, expressão do reajuste nas relações internas das classes dominantes, corresponde, por outro lado, a uma nova forma do Estado, que se caracteriza pela maior centralização, o intervencionismo ampliado e não restrito apenas à área do café, o estabelecimento de uma certa racionalização no uso de algumas fontes fundamentais de riqueza pelo capitalismo internacional (...).
Boris Fausto. A revolução de 1930. Historiografia e história. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 109-110.

Segundo o texto, o Estado de compromisso correspondeu, no Brasil do período posterior a 1930,

A
à retomada do comando político pela elite cafeicultora do sudeste brasileiro.
B
ao primeiro momento de intervenção governamental na economia brasileira.
C
à reorientação da política econômica, com maior presença do Estado na economia.
D
ao esforço de eliminar os problemas sociais internos gerados pelo capitalismo internacional.
E
à ampla democratização nas relações políticas, trabalhistas e sociais.
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USP 2011 - História - História Geral, A estruturação do Estado norte-americano : território, cidadania e política

No século XIX, o surgimento do transporte ferroviário provocou profundas modificações em diversas partes do mundo, possibilitando maior e melhor circulação de pessoas e mercadorias entre grandes distâncias. Dentre tais modificações, as ferrovias

A
facilitaram a integração entre os Estados nacionais latino-americanos, ampliaram a venda do café brasileiro para os países vizinhos e estimularam a constituição de amplo mercado regional.
B
permitiram que a cidade de Manchester se conectasse diretamente com os portos do sul da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o surgimento do sistema de fábrica.
C
facilitaram a integração comercial do ocidente com o extremo oriente, substituíram o transporte de mercadorias pelo Mar Mediterrâneo e despertaram o sonho de integração mundial.
D
permitiram uma ligação mais rápida e ágil, nos Estados Unidos, entre a costa leste e a costa oeste, chegando até a Califórnia, palco da famosa corrida do ouro.
E
permitiram a chegada dos europeus ao centro da África, reforçaram a crença no poder transformador da tecnologia e demonstraram a capacidade humana de se impor à natureza.
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USP 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Os indígenas foram também utilizados em determinados momentos, e sobretudo na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem se podia colocar problema nenhum de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...). O que talvez tenha importado é a rarefação demográfica dos aborígines, e as dificuldades de seu apresamento, transporte, etc. Mas na “preferência” pelo africano revela-se, mais uma vez, a engrenagem do sistema mercantilista de colonização; esta se processa num sistema de relações tendentes a promover a acumulação primitiva de capitais na metrópole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abastecimento das colônias com escravos, abria um novo e importante setor do comércio colonial, enquanto o apresamento dos indígenas era um negócio interno da colônia. Assim, os ganhos comerciais resultantes da preação dos aborígines mantinham-se na colônia, com os colonos empenhados nesse “gênero de vida”; a acumulação gerada no comércio de africanos, entretanto, fluía para a metrópole; realizavam-na os mercadores metropolitanos, engajados no abastecimento dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segredo da melhor “adaptação” do negro à lavoura ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro que se pode entender a escravidão africana colonial, e não o contrário.
Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.

Nesse trecho, o autor afirma que, na América portuguesa,

A
os escravos indígenas eram de mais fácil obtenção do que os de origem africana, e por isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros, já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
B
os escravos africanos aceitavam melhor o trabalho duro dos canaviais do que os indígenas, o que justificava o empenho de comerciantes metropolitanos em gastar mais para a obtenção, na África, daqueles trabalhadores.
C
o comércio negreiro só pôde prosperar porque alguns mercadores metropolitanos preocupavam-se com as condições de vida dos trabalhadores africanos, enquanto que outros os consideravam uma “mercadoria”.
D
a rentabilidade propiciada pelo emprego da mão de obra indígena contribuiu decisivamente para que, a partir de certo momento, também escravos africanos fossem empregados na lavoura, o que resultou em um lucrativo comércio de pessoas.
E
o principal motivo da adoção da mão de obra de origem africana era o fato de que esta precisava ser transportada de outro continente, o que implicava a abertura de um rentável comércio para a metrópole, que se articulava perfeitamente às estruturas do sistema de colonização.
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USP 2011 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Fui à terra fazer compras com Glennie. Há muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazéns não diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazéns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil.
Maria Graham. Diário de uma viagem ao Brasil. São Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado.

Esse trecho do diário da inglesa Maria Graham refere- se à sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotações mostram alguns efeitos

A
do Ato de Navegação, de 1651, que retirou da Inglaterra o controle militar e comercial dos mares do norte, mas permitiu sua interferência nas colônias ultramarinas do sul.
B
do Tratado de Methuen, de 1703, que estabeleceu a troca regular de produtos portugueses por mercadorias de outros países europeus, que seriam também distribuídas nas colônias.
C
da abertura dos portos do Brasil às nações amigas, decretada por D. João em 1808, após a chegada da família real portuguesa à América.
D
do Tratado de Comércio e Navegação, de 1810, que deu início à exportação de produtos do Brasil para a Inglaterra e eliminou a concorrência hispano- americana.
E
da ação expansionista inglesa sobre a América do Sul, gradualmente anexada ao Império Britânico, após sua vitória sobre as tropas napoleônicas, em 1815.
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USP 2011 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A palavra “feudalismo” carrega consigo vários sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a

A
sociedades marcadas por dependências mútuas e assimétricas entre senhores e vassalos.
B
relações de parentesco determinadas pelo local de nascimento, sobretudo quando urbano.
C
regimes inteiramente dominados pela fé religiosa, seja ela cristã ou muçulmana.
D
altas concentrações fundiárias e capitalistas.
E
formas de economias de subsistência pré-agrícolas.
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USP 2011 - História - História do Brasil

á cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações.
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.

O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do atual território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura

A
favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as técnicas de produção de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani.
B
possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem armazenar alimentos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los.
C
proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de objetos de cerâmica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e ferramentas.
D
difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta restritas, o que forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos.
E
era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto, mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América.
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USP 2010 - História - História Geral

Foi precisamente a divisão da economia mundial em múltiplas jurisdições políticas, competindo entre si pelo capital circulante, que deu aos agentes capitalistas as maiores oportunidades de continuar a expandir o valor de seu capital, nos períodos de estagnação material generalizada da economia mundial.

Giovanni Arrighi, O longo século XX. Dinheiro, poder e as origens do nosso tempo.
Rio de Janeiro/São Paulo:
Contraponto/Edunesp, p.237, 1996.

Conforme o texto, uma das características mais marcantes da história da formação e desenvolvimento do sistema capitalista é a

A
incapacidade de o capitalismo se desenvolver em períodos em que os Estados intervêm fortemente na economia de seus países.
B
responsabilidade exclusiva dos agentes capitalistas privados na recuperação do capitalismo, após períodos de crise mundial.
C
dependência que o capitalismo tem da ação dos Estados para a superação de crises econômicas mundiais.
D
dissolução frequente das divisões políticas tradicionais em decorrência da necessidade de desenvolvimento do capitalismo.
E
ocorrência de oportunidades de desenvolvimento financeiro do capital a partir de crises políticas generalizadas.
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USP 2010 - História - História Geral

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A cena retratada no quadro acima simboliza a

A
estupefação diante da destruição e da mortalidade causadas por um tipo de guerra que começava a ser feita em escala até então inédita.
B
Razão, propalada por filósofos europeus do século XVIII, e seu triunfo universal sobre o autoritarismo do Antigo Regime.
C
perseverança da fé católica em momentos de adversidade, como os trazidos pelo advento das revoluções burguesas.
D
força do Estado nacional nascente, a impor sua disciplina civilizatória sobre populações rústicas e despolitizadas.
E
defesa da indústria bélica, considerada força motriz do desenvolvimento econômico dos Estados nacionais do século XIX.
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USP 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

É assim extremamente simples a estrutura social da colônia no primeiro século e meio de colonização. Reduz-se em suma a duas classes: de um lado os proprietários rurais, a classe abastada dos senhores de engenho e fazenda; doutro, a massa da população espúria dos trabalhadores do campo, escravos e semilivres. Da simplicidade da infraestrutura econômica – a terra, única força produtiva, absorvida pela grande exploração agrícola – deriva a da estrutura social: a reduzida classe de proprietários e a grande massa, explorada e oprimida. Há naturalmente no seio desta massa gradações, que assinalamos. Mas, elas não são contudo bastante profundas para se caracterizarem em situações radicalmente distintas.

Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed.
São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].

Neste trecho, o autor observa que, na sociedade colonial,

A
só havia duas classes conhecidas, e que nada é sabido sobre indivíduos que porventura fizessem parte de outras.
B
havia muitas classes diferentes, mas só duas estavam diretamente ligadas a critérios econômicos.
C
todos os membros das classes existentes queriam se transformar em proprietários rurais, exceto os pequenos trabalhadores livres, semilivres ou escravos.
D
diversas classes radicalmente distintas umas das outras compunham um cenário complexo, marcado por conflitos sociais.
E
a população se organizava em duas classes, cujas gradações internas não alteravam a simplicidade da estrutura social.
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USP 2010 - História - História Geral

Quando os Holandeses passaram à ofensiva na sua Guerra dos Oitenta Anos pela independência contra a Espanha, no fim do século XVI, foi contra as possessões coloniais portuguesas, mais do que contra as espanholas, que os seus ataques mais fortes e mais persistentes se dirigiram. Uma vez que as possessões ibéricas estavam espalhadas por todo o mundo, a luta subsequente foi travada em quatro continentes e em sete mares e esta luta seiscentista merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa. Como é evidente, as baixas provocadas pelo conflito ibero-holandês foram em muito menor escala, mas a população mundial era muito menor nessa altura e a luta indubitavelmente mundial.

Charles Boxer, O império marítimo português, 1415-1825.
Lisboa: Edições 70, s.d., p.115.

Podem-se citar, como episódios centrais dessa “luta seiscentista”, a

A
conquista espanhola do México, a fundação de Salvador pelos portugueses e a colonização holandesa da Indonésia.
B
invasão holandesa de Pernambuco, a fundação de Nova Amsterdã (futura Nova York) pelos holandeses e a perda das Molucas pelos portugueses.
C
presença holandesa no litoral oriental da África, a fundação de Olinda pelos portugueses e a colonização espanhola do Japão.
D
expulsão dos holandeses da Espanha, a fundação da Colônia do Sacramento pelos portugueses e a perda espanhola do controle do Cabo da Boa Esperança.
E
conquista holandesa de Angola e Guiné, a fundação de Buenos Aires pelos espanhóis e a expulsão dos judeus de Portugal.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações

A
orientais do continente europeu.
B
nativas da Oceania.
C
africanas do Magreb.
D
indígenas da América Central.
E
asiáticas da Indonésia.
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USP 2010 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

Se o Ocidente procurava, através de suas invasões sucessivas, conter o impulso do Islã, o resultado foi exatamente o inverso.

Amin Maalouf, As Cruzadas vistas pelos árabes.
São Paulo: Brasiliense, p.241, 2007.

Um exemplo do “resultado inverso” das Cruzadas foi a

A
difusão do islamismo no interior dos Reinos Francos e a rápida derrocada do Império fundado por Carlos Magno.
B
maior organização militar dos muçulmanos e seu avanço, nos séculos XV e XVI, sobre o Império Romano do Oriente.
C
imediata reação terrorista islâmica, que colocou em risco o Império britânico na Ásia.
D
resistência ininterrupta que os cruzados enfrentaram nos territórios que passaram a controlar no Irã e Iraque.
E
forte influência árabe que o Ocidente sofreu desde então, expressa na gastronomia, na joalheria e no vestuário.
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USP 2010 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

As cidades [do Mediterrâneo antigo] se formaram, opondo-se ao internacionalismo praticado pelas antigas aristocracias. Elas se fecharam e criaram uma identidade própria, que lhes dava força e significado.

Norberto Luiz Guarinello, A cidade na Antiguidade Clássica.
São Paulo: Atual, p.20, 2006. Adaptado.

As cidades-estados gregas da Antiguidade Clássica podem ser caracterizadas pela

A
autossuficiência econômica e igualdade de direitos políticos entre seus habitantes.
B
disciplina militar imposta a todas as crianças durante sua formação escolar.
C
ocupação de territórios herdados de ancestrais e definição de leis e moeda próprias.
D
concentração populacional em núcleos urbanos e isolamento em relação aos grupos que habitavam o meio rural.
E
submissão da sociedade às decisões dos governantes e adoção de modelos democráticos de organização política.
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USP 2010 - História - História Geral

A passagem do modo de vida caçador - coletor para um modo de vida mais sedentário aconteceu há cerca de 12 mil anos e foi causada pela domesticação de animais e de plantas. Com base nessa informação, é correto afirmar que

A
no início da domesticação, a espécie humana descobriu como induzir mutações nas plantas para obter sementes com características desejáveis.
B
a produção de excedentes agrícolas permitiu a paulatina regressão do trabalho, ou seja, a diminuição das intervenções humanas no meio natural com fins produtivos.
C
a grande concentração de plantas cultivadas em um único lugar aumentou a quantidade de alimentos, o que prejudicou o processo de sedentarização das populações.
D
no processo de domesticação, sementes com características desejáveis pelos seres humanos foram escolhidas para serem plantadas, num processo de seleção artificial.
E
a chamada Revolução Neolítica permitiu o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio, garantindo a eliminação progressiva de relações sociais escravistas.
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USP 2010 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Considere as afirmações abaixo:

I. O excerto de Leonardo da Vinci é um exemplo do humanismo renascentista que valoriza o racionalismo como instrumento de investigação dos fenômenos naturais e a aplicação da perspectiva em suas representações pictóricas.

II. Num olho humano com visão perfeita, o cristalino focaliza exatamente sobre a retina um feixe de luz vindo de um objeto. Quando o cristalino está em sua forma mais alongada, é possível focalizar o feixe de luz vindo de um objeto distante. Quando o cristalino encontra-se em sua forma mais arredondada, é possível a focalização de objetos cada vez mais próximos do olho, até uma distância mínima.

III. Um dos problemas de visão humana é a miopia. No olho míope, a imagem de um objeto distante forma- se depois da retina. Para corrigir tal defeito, utiliza- se uma lente divergente.

Está correto o que se afirma em

O olho é o senhor da astronomia, autor da
cosmografia, conselheiro e corretor de todas as artes
humanas (...). É o príncipe das matemáticas; suas
disciplinas são intimamente certas; determinou as
altitudes e dimensões das estrelas; descobriu os
elementos e seus níveis; permitiu o anúncio de
acontecimentos futuros, graças ao curso dos astros;
engendrou a arquitetura, a perspectiva, a divina pintura
(...). O engenho humano lhe deve a descoberta do fogo,
que oferece ao olhar o que as trevas haviam roubado.

Leonardo da Vinci, Tratado da pintura.
A
I, apenas.
B
I e II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
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USP 2009 - História - História do Brasil, Reconstrução Democrática : Governo Sarney

A partir da redemocratização do Brasil (1985), é possível observar mudanças econômicas significativas no país. Entre elas, a

A
exclusão de produtos agrícolas do rol das principais exportações brasileiras.
B
privatização de empresas estatais em diversos setores como os de comunicação e de mineração.
C
ampliação das tarifas alfandegárias de importação, protegendo a indústria nacional.
D
implementação da reforma agrária sem pagamento de indenização aos proprietários.
E
continuidade do comércio internacional voltado prioritariamente aos mercados africanos e asiáticos.
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USP 2009 - História - História Geral

No “Manifesto Antropófago”, lançado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Queremos a Revolução Caraíba (...). A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem (...). Sem nós, a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.”

Essas passagens expressam a

A
defesa de concepções artísticas do impressionismo.
B
crítica aos princípios da Revolução Francesa.
C
valorização da cultura nacional.
D
adesão à ideologia socialista.
E
afinidade com a cultura norte-americana.