Questõesde USP sobre História

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Foram encontradas 119 questões
60ae3d9a-97
USP 2015 - História - História Geral

O documento, divulgado no início de 1994 pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional, refere-se, entre outros processos históricos, à

Somos produto de 500 anos de luta: primeiro, contra a escravidão, na Guerra de Independência contra a Espanha, encabeçada pelos insurgentes; depois, para evitar sermos absorvidos pelo expansionismo norte americano; em seguida, para promulgar nossa Constituição e expulsar o Império Francês de nosso solo; depois, a ditadura porfirista nos negou a aplicação justa das leis de Reforma e o povo se
rebelou criando seus próprios líderes; assim surgiram Villa e Zapata, homens pobres como nós, a quem se negou a preparação mais elementar, para assim utilizar nos como bucha de canhão e saquear as riquezas de nossa pátria, sem importar que estejamos morrendo de fome e enfermidades curáveis, sem importar que não tenhamos nada, absolutamente nada, nem um teto digno, nem terra, nem trabalho, nem saúde, nem alimentação, nem educação, sem ter direito a eleger livre e democraticamente nossas autoridades, sem independência dos estrangeiros, sem paz nem justiça para nós e nossos filhos.

“Primeira declaração da Selva Lacandona" (janeiro de 1994), in Massimo di
Felice e Cristoval Munoz (orgs.). A revolução invencível. Subcomandante
Marcos e Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e
comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998. Adaptado.
A

luta de independência contra a Espanha, no início do século XIX, que erradicou o trabalho livre indígena e fundou a primeira república na América.

B
colonização francesa do território mexicano, entre os séculos XVI e XIX, que implantou o trabalho escravo indígena na mineração.
C
reforma liberal, na metade do século XX, quando a Igreja Católica passou a controlar quase todo o território mexicano.
D
guerra entre Estados Unidos e México, em meados do século XIX, em que o México perdeu quase metade de seu território.
E
ditadura militar, no final do século XIX, que devolveu às comunidades indígenas do México as terras expropriadas e rompeu com o capitalismo internacional.
60cf347b-97
USP 2015 - História - História do Brasil

Entre as tentativas de responder, durante a Belle Époque brasileira, às dúvidas mencionadas no texto, é correto incluir

Na Belle Époque brasileira, que difusamente coincidiu com a transição para o regime republicano, surgiram aquelas perguntas cruciais, envoltas no oxigênio mental da época, muitas das quais, contudo, nos incomodam até hoje: como construir uma nação se não tínhamos uma população definida ou um tipo definido? Frente àquele amálgama de passado e futuro, alimentado e realimentado pela República, quem era o brasileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas a todas estas questões mobilizaram os intelectuais brasileiros durante várias décadas.

Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
A
as explicações positivistas e evolucionistas sobre o impacto da mistura de raças na formação do caráter nacional brasileiro.
B
os projetos de valorização dos vínculos entre o caráter nacional brasileiro e os produtos da indústria cultural norte americana.
C
o reconhecimento e a celebração da origem africana da maioria dos brasileiros e a rejeição das tradições europeias.
D
a percepção de que o país estava plenamente inserido na modernidade e havia assumido a condição de potência mundial.
E
o desejo de retornar ao período anterior à chegada dos europeus e de recuperar padrões culturais e cotidianos indígenas.
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USP 2015 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O gráfico fornece elementos para afirmar:

Examine o gráfico.


A
A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico negreiro em direção ao Brasil era pouco significativo nas primeiras décadas do século XIX, pois a mão de obra livre já estava em franca expansão no país.
B
As grandes turbulências mundiais de finais do século XVIII e de começos do XIX prejudicaram a economia do Brasil, fortemente dependente do trabalho escravo, mas incapaz de obter fornecimento regular e estável dessa mão de obra.
C
Não obstante pressões britânicas contra o tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se manteve alto, contribuindo para que a ordem nacional surgida com a Independência fosse escravista.
D
Desde o final do século XVIII, criaram se as condições para que a economia e a sociedade do Império do Brasil deixassem de ser escravistas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
E
Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda antiescravista britânica formulada no final do século XVIII, firmando tratados de diminuição e extinção do tráfico negreiro e acatando as imposições favoráveis ao trabalho livre.
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USP 2015 - História - História Geral

A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de

A
Camarões, Angola e África do Sul.
B
Serra Leoa, Nigéria e África do Sul.
C
Angola, Moçambique e Cabo Verde.
D
Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
E
Camarões, Congo e Zimbábue.
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USP 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Os impérios do mundo antigo tinham ampla abrangência territorial e estruturas politicamente complexas, o que implicava custos crescentes de administração. No caso do Império Romano da Antiguidade, são exemplos desses custos:

A
as expropriações de terras dos patrícios e a geração de empregos para os plebeus.
B
os investimentos na melhoria dos serviços de assistência e da previdência social.
C
as reduções de impostos, que tinham a finalidade de evitar revoltas provinciais e rebeliões populares.
D
os gastos cotidianos das famílias pobres com alimentação, moradia, educação e saúde.
E
as despesas militares, a realização de obras públicas e a manutenção de estradas.
609c85a2-97
USP 2015 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

O texto associa a mudança da percepção do tempo pelos mercadores medievais ao

Assim como o camponês, o mercador está a princípio submetido, na sua atividade profissional, ao tempo meteorológico, ao ciclo das estações, à imprevisibilidade das intempéries e dos cataclismos naturais. Como, durante muito tempo, não houve nesse domínio senão necessidade de submissão à ordem da natureza e de Deus, o mercador só teve como meio de ação as preces e as práticas supersticiosas. Mas, quando se organiza uma rede comercial, o tempo se torna objeto de medida. A duração de uma viagem por mar ou por terra, ou de um lugar para outro, o problema dos preços que, no curso de uma mesma operação comercial, mais ainda quando o circuito se complica, sobem ou descem tudo isso se impõe cada vez mais à sua atenção. Mudança também importante: o mercador descobre o preço do tempo no mesmo momento em que ele explora o espaço, pois para ele a duração essencial é aquela de um trajeto.

Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média.
Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.
A
respeito estrito aos princípios do livre comércio, que determinavam a obediência às regras internacionais de circulação de mercadorias.
B
crescimento das relações mercantis, que passaram a envolver territórios mais amplos e distâncias mais longas.
C
aumento da navegação oceânica, que permitiu o estabelecimento de relações comerciais regulares com a América.
D
avanço das superstições na Europa ocidental, que se difundiram a partir de contatos com povos do leste desse continente e da Ásia.

E
aparecimento dos relógios, que foram inventados para calcular a duração das viagens ultramarinas.
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USP 2015 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral


A imagem pode ser corretamente lida como uma

A
defesa do mercantilismo e do protecionismo comercial ingleses, ameaçados pela cobiça de outros impérios, sobretudo o francês.
B
crítica à monarquia inglesa, vista, no contexto da expansão revolucionária francesa, como opressora da própria sociedade inglesa.
C
alegoria das pretensões francesas sobre a Inglaterra, já que Napoleão Bonaparte era frequentemente considerado, pela burguesia, um líder revolucionário ateu.
D
apologia da monarquia e da igreja inglesas, contrárias à laicização da política e dos costumes típicos da Europa da época.
E
propaganda de setores comerciais ingleses, defensores dos monopólios comerciais e contrários ao livre cambismo que, à época, ganhava força no país.
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USP 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.


Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego.
Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.
A
o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens.
B
o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos.
C
a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca.
D
a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais.
E
a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros.
faf9d440-3b
USP 2014 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A colonização, apesar de toda violência e disrupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje.


Carlos Fausto. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.


Com base no trecho acima, é correto afirmar que

A
o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas.
B
várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana.
C
a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
D
a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu.
E
não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural.
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USP 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Se o açúcar do Brasil o tem dado a conhecer a todos os reinos e províncias da Europa, o tabaco o tem feito muito afamado em todas as quatro partes do mundo, em as quais hoje tanto se deseja e com tantas diligências e por qualquer via se procura. Há pouco mais de cem anos que esta folhase começou a plantar e beneficiar na Bahia [...] e, destasorte, uma folha antes desprezada e quase desconhecidatem dado e dá atualmente grandes cabedais aos moradoresdo Brasil e incríveis emolumentos aos Erários dos príncipes.


                          André João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas.

                                                                                               São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado


O texto acima, escrito por um padre italiano em 1711,revela que


A
o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar.
B
todo o rendimento do tabaco, a exemplo do que ocorria com outros produtos, era direcionado à metrópole.
C
não se pode exagerar quanto à lucratividade propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do tabaco, desde seu início, era maior.
D
os europeus, naquele ano, já conheciam plenamente o potencial econômico de suas colônias americanas.
E
economia colonial foi marcada pela simultaneidade de produtos, cuja lucratividade se relacionava com sua inserção em mercados internacionais.
faeb405e-3b
USP 2014 - História - História Geral, Questões no Oriente Médio do pós guerra

Examine a seguinte imagem, que foi inspirada pela situação da Índia de 1946.



Legenda:

MOSLEM: muçulmano;

NEW CONSTITUTION: nova Constituição;

CIVIL WAR: guerra civil;

FAMINE: fome.


A leitura correta da imagem permite concluir que ela constitui uma crítica

A
à passividade da ONU e dos países do chamado Terceiro Mundo diante do avanço do fundamentalismo hindu no sudeste asiático.
B
à oficialização da religião muçulmana na Índia, diante da qual seria preferível sua manutenção como Estado cristão
C
ao colonialismo britânico, metaforicamente representado por animais ferozes prontos a destruir a liberdade do povo hindu.
D
aos políticos que, distanciados da realidade da maioria da população, não seriam capazes de enfrentar os maiores desafios que se impunham à união do país.
E
à desesperança do povo hindu, que deveria, não obstante as dificuldades pelas quais passara durante anos de dominação britânica, ser mais otimista.
fae43d48-3b
USP 2014 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina

Uma observação comparada dos regimes de trabalho adotados nas Américas de colonização ibérica permite afirmar corretamente que, entre os séculos XVI e XVIII,

A
a servidão foi dominante em todo o mundo português, enquanto, no espanhol, a mão de obra principal foi assalariada.
B
liberdade foi conseguida plenamente pelas populações indígenas da América espanhola e da América portuguesa, enquanto a dos escravos africanos jamais o foi.
C
escravidão de origem africana, embora presente em várias regiões da América espanhola, esteve mais generalizada na América portuguesa.
D
não houve escravidão africana nos territórios espanhóis, pois estes dispunham de farta oferta de mão de obra indígena.
E
o Brasil forneceu escravos africanos aos territórios espanhóis, que, em contrapartida, traficavam escravos indígenas para o Brasil.
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USP 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

A cidade é [desde o ano 1000] o principal lugar das trocas econômicas que recorrem sempre mais a um meio de troca essencial: a moeda. [...] Centro econômico, a cidade é também um centro de poder. Ao lado do e, às vezes, contra o poder tradicional do bispo e do senhor, frequentemente confundidos numa única pessoa, um grupo de homens novos, os cidadãos ou burgueses, conquista “liberdades”, privilégios cada vez mais amplos.


Jacques Le Goff. São Francisco de Assis. Rio de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.


O texto trata de um período em que

A
os fundamentos do sistema feudal coexistiam com novas formas de organização política e econômica, que produziam alterações na hierarquia social e nas relações de poder.
B
o excesso de metais nobres na Europa provocava abundância de moedas, que circulavam apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e dos comerciantes internacionais.
C
o anseio popular por liberdade e igualdade social mobilizava e unificava os trabalhadores urbanos e rurais e envolvia ativa participação de membros do baixo clero.
D
a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo de bens materiais, enfrentava forte oposição da burguesia ascendente e dos grandes proprietários de terras.
E
as principais características do feudalismo, sobretudo a valorização da terra, haviam sido completamente superadas e substituídas pela busca incessante do lucro e pela valorização do livre comércio.
fad59b37-3b
USP 2014 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500 km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).


                          M. I. Finley. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado. 


Com base no texto, pode-se apontar corretamente


A
a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.
B
a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.
C
a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político
D
a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.
E
a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional.
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USP 2014 - História - História Geral, Antiguidade Oriental (Egípcios, Mesopotâmicos, Persas, Indianos e Chineses)

Examine estas imagens produzidas no antigo Egito:



As imagens revelam

A
o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório.
B
a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
C
o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
D
dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação de gado de maior porte.
E
importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente metade do ano.
27d85655-e4
USP 2012 - História - História Geral

imagem-115.jpg

Com base nas charges e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

A
Apesar da grave crise econômica que atingiu alguns países da Zona do Euro, entre os quais a Grécia, outras nações ainda pleiteiam sua entrada nesse Bloco.
B
A ajuda financeira dirigida aos países da Zona do Euro e, em especial à Grécia, visou evitar o espalhamento, pelo mundo, dos efeitos da bolha imobiliária grega.
C
Por causa de exigências dos credores responsáveis pela ajuda financeira à Zona do Euro, a Grécia foi temporariamente suspensa desse Bloco.
D
Com a crise econômica na Zona do Euro, houve uma sensível diminuição dos fluxos turísticos internacionais para a Europa, causando desemprego em massa, sobretudo na Grécia.
E
Graças à rápida intervenção dos países membros, a grave crise econômica que atingiu a Zona do Euro restringiu-se à Grécia, França e Reino Unido.
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USP 2012 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral, Trinta anos de ouro: expansão do socialismo ( 1945- 1975)

Fosse com militares ou civis, a África esteve por vários anos entregue a ditadores. Em alguns países, vigorava uma espécie de semidemocracia, com uma oposição consentida e controlada, um regime que era, em última análise, um governo autoritário. A única saída para os insatisfeitos e também para aqueles que tinham ambições de poder passou a ser a luta armada. Alguns países foram castigados por ferozes guerras civis, que, em certos casos, foram alongadas por interesses extracontinentais.

Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos.
Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139.

Entre os exemplos do alongamento dos conflitos internos nos países africanos em função de “interesses extracontinentais”, a que se refere o texto, pode-se citar a participação

A
da Holanda e da Itália na guerra civil do Zaire, na década de 1960, motivada pelo controle sobre a mineração de cobre na região.
B
dos Estados Unidos na implantação do apartheid na África do Sul, na década de 1970, devido às tensões decorrentes do movimento pelos direitos civis.
C
da França no apoio à luta de independência na Argélia e no Marrocos, na década de 1950, motivada pelo interesse em controlar as reservas de gás natural desses países.
D
da China na luta pela estabilização política no Sudão e na Etiópia, na década de 1960, motivada pelas necessidades do governo Mao Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
E
da União Soviética e Cuba nas guerras civis de Angola e Moçambique, na década de 1970, motivada pelas rivalidades e interesses geopolíticos característicos da Guerra Fria.
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USP 2012 - História - História Geral, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

O que acontece quando a gente se vê duplicado na televisão? (...) Aprendemos não só durante os anos de formação mas também na prática a lidar com nós mesmos com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em 1974, ainda detido para averiguação na penitenciária de Colônia-Ossendorf, quando me foi atendida, sem problemas, a solicitação de um aparelho de televisão na cela, apenas durante o período da Copa do Mundo, os acontecimentos na tela me dividiram em vários sentidos. Não quando os poloneses jogaram uma partida fantástica sob uma chuva torrencial, não quando a partida contra a Austrália foi vitoriosa e houve um empate contra o Chile, aconteceu quando a Alemanha jogou contra a Alemanha. Torcer para quem? Eu ou eu torci para quem? Para que lado vibrar? Qual Alemanha venceu?


Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro:

O trecho acima, extraído de uma obra literária, alude a um acontecimento diretamente relacionado

A
à política nazista de fomento aos esportes considerados “arianos” na Alemanha.
B
ao aumento da criminalidade na Alemanha, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
C
à Guerra Fria e à divisão política da Alemanha em duas partes, a “ocidental” e a “oriental”.
D
ao recente aumento da população de imigrantes na Alemanha e reforço de sentimentos xenófobos.
E
ao caráter despolitizado dos esportes em um contexto de capitalismo globalizado.
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USP 2012 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Quando a guerra mundial de 1914-1918 se iniciou, a ciência médica tinha feito progressos tão grandes que se esperava uma conflagração sem a interferência de grandes epidemias. Isso sucedeu na frente ocidental, mas à leste o tifo precisou de apenas três meses para aparecer e se estabelecer como o principal estrategista na região (...). No momento em que a Segunda Guerra Mundial está acontecendo, em territórios em que o tifo é endêmico, o espectro de uma grande epidemia constitui ameaça constante. Enquanto estas linhas estão sendo escritas (primavera de 1942) já foram recebidas notificações de surtos locais, e pequenos, mas a doença parece continuar sob controle e muito provavelmente permanecerá assim por algum tempo.

Henry E. Sigerist, Civilização e doença.
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.

O correto entendimento do texto acima permite afirmar que

A
o tifo, quando a humanidade enfrentou as duas grandes guerras mundiais do século XX, era uma ameaça porque ainda não tinha se desenvolvido a biologia microscópica, que anos depois permitiria identificar a existência da doença.
B
parte significativa da pesquisa biológica foi abandonada em prol do atendimento de demandas militares advindas dessas duas guerras, o que causou um generalizado abandono dos recursos necessários ao controle de doenças como o tifo.
C
as epidemias, nas duas guerras mundiais, não afetaram os combatentes dos países ricos, já que estes, ao contrário dos combatentes dos países pobres, encontravam-se imunizados contra doenças causadas por vírus.
D
a ameaça constante de epidemia de tifo resultava da precariedade das condições de higiene e saneamento decorrentes do enfrentamento de populações humanas submetidas a uma escala de destruição incomum promovida pelas duas guerras mundiais.
E
o tifo, principalmente na Primeira Guerra Mundial, foi utilizado como arma letal contra exércitos inimigos no leste europeu, que eram propositadamente contaminados com o vírus da doença.
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USP 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia:

A
tabaco, algodão e derivados da pecuária.
B
ferro, sal e tecidos.
C
escravos indígenas, arroz e diamantes.
D
animais exóticos, cacau e embarcações.
E
drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.