Questõesde UNICAMP sobre História

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Foram encontradas 117 questões
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UNICAMP 2017 - História - História Geral

Consideramos estas verdades como autoevidentes: que todos os homens e mulheres foram criados iguais; que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis. Entre os direitos inalienáveis estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Para garantir esses direitos, os governos são instituídos. Os poderes do governo emanam do consentimento daqueles que são governados. Qualquer governo que se torna destrutivo para os direitos inalienáveis pode ser destituído por aqueles que sofrem. Os que sofrem podem recusar lealdade e exigir a instituição de um novo governo. E assim tem sido o sofrimento das mulheres sob este governo. E, por isso, é necessário exigir uma mudança.
(Adaptado de Elizabeth Cady Stanton, A History of Woman Suffrage, v. 1. Rochester: Fowler and Wells, 1889, p. 70-71.)

Assinale a alternativa correta.

O documento acima integra

A
a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, baseada nos princípios de Jean-Jacques Rousseau e do Pacto Social.
B
a Declaração da primeira Convenção dos Direitos das Mulheres nos Estados Unidos da América, que reconhece os princípios liberais de John Locke e o direito à propriedade privada, ampliando-os.
C
a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, baseada nos princípios de Thomas Paine, que reconhece como direitos inalienáveis a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
D
a Declaração da primeira Convenção dos Direitos das Mulheres nos Estados Unidos da América, baseada nos princípios de Alexis de Tocqueville, que se opunha à democracia na América.
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UNICAMP 2017 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Revolução Russa de 1917

Em julho de 1917, convocou-se, em São Paulo, uma greve geral, com adesão de 45.000 trabalhadores, para pedir aumento salarial. A greve se estendeu ao Rio de Janeiro e levou o governo a reforçar o aparato repressivo e decretar estado de sítio em 1918. Nos anos de 1917-1919, o Chile registrou o recrudescimento da agitação sindical. Mobilizavam-se com facilidade 100.000 trabalhadores, como durante as manifestações contra o custo dos alimentos em 1918 e 1919. A Argentina foi outro país que teve um movimento sindical poderoso. Entre 1917 e 1921, o movimento sindical conheceu seu apogeu. Apenas durante o ano de 1919, registraram-se 367 greves na capital Buenos Aires.

(Adaptado de Olivier Dabène, América Latina no século XX. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, p. 64-65.)

Considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre o tema, assinale a alternativa correta.

A
Os movimentos grevistas foram espontâneos e apartidários nos anos de 1910, rejeitando a infiltração ideológica das lideranças sindicais, de maioria marxista e comunista, pouco mobilizadoras no período.
B
Os movimentos sindicais estavam em processo de fortalecimento, entre outras razões, pela intensa ruralização dos países latino-americanos na década de 1900.
C
O processo de fortalecimento dos movimentos sindicais enfrentou um forte aparato repressivo, nos anos de 1920, marcado pela colaboração entre os Estados latino-americanos.
D
Os movimentos sindicais latino-americanos apresentavam, em 1917, especificidades em relação aos da Europa quanto às pautas reivindicatórias dos trabalhadores.
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UNICAMP 2017 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, inventaram a polis: a comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a necessidade da natureza, nem a vontade dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de criar problemas e propor soluções. O nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente falando, que já se produziu na história humana, é democracia.

(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.) 

 Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga.

A
Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses.
B
Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político vigente atualmente no Brasil.
C
Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na polis e estava relacionada à capacidade de invenção da política.
D
A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em função do excesso de liberdade dos homens.
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UNICAMP 2017 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Estamos acostumados a considerar que o sistema centro/periferia, ao menos no Ocidente, é um eixo essencial da estrutura e do funcionamento no espaço das economias, das sociedades, das civilizações. O historiador Fernand Braudel estimou que tal sistema só existiu e funcionou plenamente a partir do século XV. Essa definição não se aplica à Cristandade Medieval sem importantes correções. A noção de centro e a oposição centro/periferia são menos decisivas que outros sistemas de orientação espacial. O principal sistema é o que opõe o baixo ao alto, quer dizer, o Aqui, esse “mundo” imperfeito e marcado pelo Pecado Original, ao céu, morada de Deus.

(Adaptado de Jacques Le Goff e Jean-Claude Schmitt, “Centro/Periferia”, em Dicionário temático do ocidente medieval, v. 2. São Paulo: Edusc, 2002, p. 203.)

A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.

A
Usada nas Ciências Humanas para a compreensão de períodos históricos desde a Antiguidade, a noção de centro/periferia perdura até a atualidade e estrutura o sistema econômico global contemporâneo.
B
As noções de baixo e alto têm um sentido histórico mais preciso para a compreensão da Cristandade Medieval do que o sistema centro/periferia.
C
O sistema centro/periferia é aplicável ao estudo da Cristandade Medieval, já que os feudos constituíam o centro da vida econômica e cultural naquele contexto. 
D
O sistema centro/periferia aplicado durante a Era Medieval espelhava o sistema de orientação baixo e alto, sendo o baixo o mundo do pecado e o alto o mundo da virtude cristã.  
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UNICAMP 2016 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, República de 1954 a 1964

“O tropicalismo buscava revolucionar a linguagem e o comportamento na vida cotidiana, incorporando-se simultaneamente à sociedade de massa e aos mecanismos do mercado de produção cultural. Criticava ao mesmo tempo a ditadura e uma estética de esquerda acusada de menosprezar a forma artística. Articulava aspectos modernos e arcaicos, buscava retomar criticamente a tradição brasileira e absorver influências estrangeiras de modo ‘antropofágico’.”
(Marcelo Ridenti, “Cultura”, em Daniel Aarão Reis (org.), Modernização, ditadura e democracia: 1964-2010. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p. 256.)
O tropicalismo, no contexto cultural brasileiro dos anos 1960 e 1970,

A
foi influenciado pelo manifesto antropofágico e propunha digerir aspectos da cultura mundial – como a guitarra elétrica e a televisão – para difundir o ideal de uma sociedade alinhada com os interesses da modernização econômica da ditadura.
B
era um movimento que criticava a ditadura, associada à Jovem Guarda, e a esquerda, identificada com a Bossa Nova, propondo uma leitura imparcial para a cultura, como se observa na música popular e na dramaturgia do Teatro Oficina.
C
criticava o Cinema Novo e a glamorização da “estética da fome”, preferindo abrir-se para os movimentos internacionais, como fizeram o modernismo em relação ao futurismo e a vanguarda do grupo do Teatro Opinião.
D
usava referências eruditas e populares, incorporava aspectos da música pop mesclada a aspectos regionais e expressava críticas à ditadura e ao patrulhamento praticado por alguns fãs das canções de protesto.
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UNICAMP 2016 - História - História Geral, Período Entre-Guerras: Totalitarismos

“Hitler considerava que a propaganda sempre deveria ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. (...) O essencial da propaganda era atingir o coração das grandes massas, compreender seu mundo maniqueísta, representar seus sentimentos.”
(Alcir Lenharo, Nazismo: o triunfo da vontade. São Paulo: Ática,1986, p. 47- 48.)
Sobre a propaganda no nazismo, é correto afirmar: 

A
o nível elementar da propaganda era contraposto às óperas e desfiles suntuosos que o regime nazista promovia.
B
a propaganda deveria restringir-se a poucos pontos, como o enaltecimento da superioridade racial e a defesa da democracia.
C
a propaganda deveria estimular o ódio das massas contra grupos específicos, como os judeus, negros, homossexuais e ciganos.
D
o cinema e a produção artística foram as áreas que resistiram ao sistema de propaganda do nazismo na Alemanha do final da década de 1930.
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UNICAMP 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Compare as duas ilustrações de Angelo Agostini (1843- 1910) sobre o reconhecimento da República brasileira pela Argentina (fig.1) e pela França (fig.2).

Assinale a alternativa correta.

A
As alegorias expressam visões diferentes sobre o imaginário da República brasileira: na primeira ela é representada com um olhar de proximidade, e, na segunda o olhar expressa admiração, remetendo à visão corrente do gravurista sobre as relações entre Brasil, França e Argentina.
B
O reconhecimento da França traz a confraternização entre dois países com tradições políticas muito diferentes, porém unidos pelo constitucionalismo monárquico e posteriormente pelo ideário republicano.
C
No reconhecimento da Argentina ao regime republicano brasileiro, as duas repúblicas ocupam a mesma posição, indicando ter a mesma idade de fundação do regime e a similaridade de suas histórias de passado colonial ibérico.
D
As duas imagens usam a figura feminina para representar as três repúblicas, característica não usual para a representação artística do ideário republicano, protagonizado por lideranças masculinas.
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UNICAMP 2016 - História - História Geral

A dona de casa entre as classes populares urbanas é uma personagem maior e majoritária. A dona de casa não tem muitas papas na língua. Muitas vezes é uma rebelde, tanto na vida privada quanto na vida pública. E não raro paga um alto preço por isso, como alvo principal de violências que podem chegar ao crime “passional”.
(Adaptado de Michelle Perrot, “Figuras e papéis”, em Philippe Ariès (org.), História da vida privada. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. v. 4, p. 146.)
A mulher das classes populares nas sociedades urbanas do século XIX na Europa 

A
tinha múltiplas funções, como educar os filhos, cuidar da casa e administrar as finanças, mas vivia restrita ao espaço doméstico e por isso sua rebeldia era punida com violência.
B
era responsável pelo trabalho doméstico e muitas vezes tinha uma jornada dupla, pelo trabalho externo que realizava em fábricas, pequenos comércios e outros serviços.
C
sofreu estigma e violência por revolucionar os costumes e liderar o movimento de conquista do voto feminino.
D
contrariava o senso comum de ser cordata e obediente, pois sua condição social indicava que não tinha referencial de uma boa educação.
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UNICAMP 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

O escritor José de Alencar relata como ocorriam as reuniões do Clube da Maioridade, realizadas na casa de seu pai em 1840. Discutia-se nessas ocasiões a antecipação da maioridade do imperador D. Pedro II, então com apenas 14 anos, para que ele pudesse assumir o trono antes do tempo determinado pela Constituição. No fim da vida, José de Alencar rememora os episódios de sua infância e chega a uma surpreendente conclusão: os políticos que frequentavam sua casa na ocasião iam lá não porque estavam pensando no futuro do país, mas apenas para devorar tabletes e bombons de chocolate. Conforme o relato do escritor, os membros do Clube da Maioridade, discutindo altos assuntos na sala de sua casa, pareciam realmente gente séria e preocupada com os destinos do Brasil, até que chegava a hora do chocolate.
Para Alencar, a discussão política no Brasil se resumia a um “devorar de chocolate”, isto é, cada um defendia apenas seus interesses particulares e nada mais.
(Adaptado de Daniel Pinha Silva, “O império do chocolate”, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/leituras/o-imperio-do-chocolate. Acessado em 01/08/2016.)
Sobre o Golpe da Maioridade e a visão de José de Alencar a esse respeito, é correto afirmar que:

A
O golpe foi uma manobra das elites políticas, que criaram uma forma de alterar a Constituição e contemplar os seus interesses durante o período regencial, fato criticado por Alencar ao fazer uma anedota com o chocolate.
B
Ao entregar o poder a um jovem de 14 anos, alegando ser maior de 18, os políticos do Império manifestavam uma ousada visão política para evitar a influência da Inglaterra nos assuntos brasileiros, preservando seus interesses como donos de escravos.
C
O golpe foi uma resposta dos conservadores às propostas liberais que pretendiam estabelecer a República no país, e Alencar apontou uma prática política dos parlamentares que é recorrente na história do país.
D
José de Alencar expressou sua decepção com os políticos e, ao registrar sua visão sobre o Clube da Maioridade, o escritor contribuiu para inibir procedimentos semelhantes durante o Império, assegurando uma transição pacífica e legal para a República, em 1889.
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UNICAMP 2016 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)


A imagem acima retrata parte do mosaico romano de Nennig, um dos mais bem conservados que se encontram até o momento no norte da Europa. A composição conta com mais de 160 m2 e apresenta como tema cenas próprias de um anfiteatro romano. (https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/media/File:Retiarius_stabs_secutor_(c olor).jpg. Acessado em 12/08/2016.)

A partir da leitura da imagem e do conhecimento sobre o período em questão, pode-se afirmar corretamente que a imagem representa

A
uma luta entre três gladiadores, prática popular entre membros da elite romana do século III d. C, que foi criticada pelos cristãos.
B
a popularidade das atividades circenses entre os romanos, prática de cunho religioso que envolvia os prisioneiros de guerra.
C
uma das ações da política do pão e do circo, estratégia da elite romana que usava cidadãos romanos na arena, para lutarem entre si e, assim, divertir o povo.
D
uma luta entre gladiadores, prática que tinha inúmeras funções naquela sociedade, como a diversão, a tentativa de controle social e a valorização da guerra.
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UNICAMP 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O documento abaixo foi redigido pelo governador de Pernambuco, Caetano de Melo e Castro, em 18 de agosto de 1694, para comunicar ao Rei de Portugal a tomada da Serra da Barriga.
“ (...) Não me parece dilatar a Vossa Majestade da gloriosa restauração dos Palmares, cuja feliz vitória senão avalia por menos que a expulsão dos holandeses, e assim foi festejada por todos estes povos com seis dias de luminárias. (...) Os negros se achando de modo poderosos que esperavam o nosso exército metidos na serra (....), fiando-se na aspereza do sítio, na multidão dos defensores. (...) Temeu-se muito a ruína destas Capitanias quando à vista de tamanho exército e repetidos socorros como haviam ido para aquela campanha deixassem de ser vencidos aqueles rebeldes pois imbativelmente se lhes unir-se os escravos todos destes moradores (....)”.
(Décio Freitas, República de Palmares – pesquisa e comentários em documentos históricos do século XVII. Maceió: UFAL, 2004, p. 129.)
Sobre o documento acima e seus significados atuais, é correto afirmar que

A
foi escrito por uma autoridade da Coroa na colônia e tem como principal conteúdo a comemoração da morte de Zumbi dos Palmares. A data de 20 de novembro, como referência ao líder do quilombo, tem uma conotação simbólica para a população negra em contraponto à visão oficial do 13 de maio de 1888.
B
o feito da tomada de Palmares, em 1694, pelos exércitos da Coroa, é entendido como menos glorioso quando comparado à expulsão dos holandeses de Pernambuco, em 1654. Os dois eventos históricos não têm o mesmo apelo para a formação da sociedade brasileira na atualidade.
C
o texto de Caetano de Melo e Castro indica que Palmares não gerou temor às estruturas coloniais da Capitania de Pernambuco. A comemoração oficial do Dia da Consciência Negra é uma invenção política do período recente.
D
o Quilombo de Palmares representou uma ameaça aos poderes coloniais, já que muitos eram os rebeldes que se organizavam ou se aliavam ao quilombo. A data é celebrada, na atualidade, como símbolo da resistência pelos movimentos negros.
6962db2e-19
UNICAMP 2015 - História - História da América Latina

O processo contemporâneo de metropolização do espaço e a grande metamorfose que vem ocorrendo em algumas metrópoles têm significado mudanças territoriais expressivas. Há intensificação e multiplicidade de fluxos de pessoas, mercadorias e informações, bem como crescimento do número de cidades conurbadas, onde não se distingue muito bem, na continuidade da imensa área construída, o limite municipal de cada uma delas. Tanto em São Paulo, por exemplo, como na Cidade do México, em Buenos Aires ou em Santiago, vamos encontrar a manifestação desse momento mais avançado da urbanização.

(Adaptado de Sandra Lencioni, A metamorfose de São Paulo: o anúncio de um novo mundo de aglomerações difusas. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, n.120, p. 133-148, jan./jun., 2011.)

Tendo em vista a metrópole contemporânea, é correto afirmar que se trata de uma

A
única aglomeração, mas dispersa e fragmentada, onde fluxos imateriais regem um conjunto diferenciado de lugares.
B
única aglomeração, pois é compacta e coesa, onde fluxos imateriais regem um conjunto diferenciado de lugares.
C
metrópole compacta e coesa, organizada exclusivamente por uma estrutura hierárquica de fluxos imateriais.
D
metrópole dispersa e fragmentada, organizada exclusivamente por uma estrutura hierárquica de fluxos materiais.
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UNICAMP 2015 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

Sobre o papel da cabotagem no processo de formação do território brasileiro, é correto afirmar:

A
A cabotagem viabilizou o comércio marítimo entre os principais portos do território no período colonial. Todavia, esse sistema de transporte veio a encerrar suas atividades no final do século XIX, quando o transporte ferroviário passou a responder por todas as trocas interprovinciais.
B
A cabotagem consistiu num primitivo sistema de transportes do início da colonização, articulando os portos das principais cidades. Trata-se de um elemento primordial para a formação do território brasileiro, pois permitiu sua precoce unificação e completa articulação inter-regional.
C
A cabotagem teve importante papel no longo processo de formação do território brasileiro, transportando pessoas, mercadorias e informações entre os principais portos desde o período colonial. No século XX, perdeu importância para o sistema de transporte rodoviário.
D
A cabotagem foi implantada no Brasil no final do século XIX, fazendo uso de modernos navios a vapor para articular o comércio interprovincial. Atualmente, concorre com os sistemas ferroviário e rodoviário para transportar cargas, particularmente aquelas conteinerizadas.
695cd5d5-19
UNICAMP 2015 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

País da África Austral que se tornou independente em 1975 após séculos de colonialismo europeu. No período posterior à independência, a terra passou a ser propriedade do Estado, com predomínio de uso pela população camponesa e com forte participação das mulheres na produção agrícola familiar. De 1976-1992 vivenciou intensos conflitos produzidos pela guerra civil envolvendo dois dos principais grupos armados do país.

O texto acima faz referência ao seguinte país:

A
Congo.
B
África do Sul.
C
Moçambique.
D
Nigéria
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UNICAMP 2015 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A aquarela do artista João Teófilo, aqui reproduzida, dialoga com a pintura de Pedro Américo, “Tiradentes esquartejado” (1893).

Sobre a obra de João Teófilo, publicada na capa de uma revista em 2015, é possível afirmar que:


A
Trata-se de uma obra baseada em um quadro do gênero da pintura histórica, sendo que no trabalho de Pedro Américo o corpo de Tiradentes no patíbulo afasta-se da figura do Cristo, exemplo maior de mártir.
B
Utilizando-se das mesmas formas do corpo esquartejado de Tiradentes pintado por Pedro Américo, o autor limita o número de sujeitos esquartejados e acentua o tom conservador da aquarela.
C
A imagem fala sobre seu contexto de produção na atualidade, utilizando-se do simbolismo de Tiradentes, e procura ampliar a presença de negros como sujeitos sociais nas lutas coloniais e antiescravistas.
D
Tiradentes consolidou-se como um mártir nacional no quadro de Pedro Américo, daí a necessidade do pintor de retratar seu corpo esquartejado. A obra de João Teófilo mostra que os mártires, embora negros, são um tema do passado.
69579937-19
UNICAMP 2015 - História - Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral

Imigrantes cruzam a Macedônia para chegar ao Norte da Europa.

Indique a afirmação correta a respeito dos grandes fluxos migratórios atuais no contexto da globalização.

A
Envolvem imigrantes da América Latina, do norte da África e do Oriente Médio, atraídos pela industrialização fordista da Europa e dos Estados Unidos, que gera trabalho nas fábricas e na construção civil.
B
Direcionam-se para os países ricos ou em crescimento econômico e envolvem aquelas áreas de expulsão, cujas populações de origem sempre tiveram culturalmente vocação para a realização de grandes deslocamentos.
C
Resultam das diferenças entre a situação econômica dos países pobres e ricos e se direcionam para os lugares em que as populações falam a mesma língua ou possuem proximidades culturais.
D
Assumem distintas direções, sendo que uma das rotas dos imigrantes para a Europa inicia-se em países do Oriente Médio e da costa oriental do norte da África, indo até a Grécia, com travessia pelo mar Mediterrâneo.
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UNICAMP 2015 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Muitos intelectuais, boa parte da imprensa e dos meios de comunicação, e a sociedade em geral usam o termo populismo para caracterizar uma prática política contemporânea que relaciona as massas e o governante.

Sobre o populismo, é correto afirmar que:

A
A figura do líder é fundamental no populismo, a exemplo de Getúlio Vargas e Jânio Quadros, sendo muito forte no Brasil entre 1930 e 1964. Tal prática requer carisma do líder, a fim de diminuir a participação das massas e impedir o nacional-desenvolvimentismo.
B
As massas, em suas expectativas, alinham-se às camadas médias, que são ressentidas por não se tornarem classes dominantes. Surgem, nesse processo, líderes vindos das camadas médias que manipulam as massas, destituídas de vontade política.
C
Ocorre uma associação entre as massas urbanas e o dirigente político carismático que exerce o papel de liderança. É um fenômeno de participação política das classes populares urbanas pouco atingidas pelo desenvolvimento industrial e pelas migrações.
D
O termo é muito usado para nomear um fenômeno político comum na América Latina entre as décadas de 1930 e 1960, sendo associado aos processos de industrialização, urbanização e à emergência de líderes carismáticos.
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UNICAMP 2015 - História - Guerra Fria e seus desdobramentos, História Geral

Desde a queda do império comunista na Europa, nos anos 1989-1991, assiste-se a uma nova forma de messianismo político que consiste em impor o regime democrático e os direitos humanos pela força.

(Adaptado de Tzvetan Todorov, Os inimigos íntimos da democracia. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 55.)

O quadro descrito pelo texto pode ser analisado

A
como herança das lutas anticoloniais exemplificada na organização em torno do Estado multiétnico, como ocorreu na África do Sul.
B
como parte da nova ordem mundial sob a liderança dos EUA e seu poder bélico em regiões como a Síria e o Afeganistão.
C
como o estabelecimento de um princípio que desestabiliza as lógicas internas de organização, como ocorreu no Iraque e na ex-Iugoslávia.
D
como herança da Guerra Fria e como utilização da lógica militar que inviabiliza a adoção da democracia em regiões como a Ucrânia.
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UNICAMP 2015 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

As revoluções de independência na América hispânica foram, ao mesmo tempo, um conflito militar, um processo de mudança política e uma rebelião popular.

(Rafael Rojas, Las repúblicas de aire. Buenos Aires: Taurus, 2010, p. 11.)

São características dos processos de independência nas ex-colônias espanholas na América:

A
o descontentamento com o domínio colonial e a agregação de grupos que expressavam a heterogeneidade étnica, regional, econômica e cultural do continente.
B
o caudilhismo, sob a liderança política criolla, e o discurso revolucionário de uma nova ordem política, que assegurou profundas transformações econômicas na América.
C
o uso dos princípios liberais de organização política republicana e a criação imediata de exércitos nacionais que lutaram contra as forças espanholas.
D
a participação de indígenas e camponeses, determinante para a consolidação do processo de independência em regiões como o México, e sua ausência nas ações comandadas por Bolívar.
694163a5-19
UNICAMP 2015 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“O Rio civiliza-se!” eis a exclamação que irrompe de todos os peitos cariocas. Temos a Avenida Central, a Avenida Beira Mar (os nossos Campos Elíseos), estátuas em toda a parte, cafés e confeitarias (…), um assassinato por dia, um escândalo por semana, cartomantes, médiuns, automóveis, autobus, autores dramáticos, grandmonde, demi-monde, enfim todos os apetrechos das grandes capitais.

(“O Chat Noir”, em Fon-Fon! Nº 41, 1907. Extraído de www.objdigital.bn.br/acervo_digital/div_periodicos/fonfon/fonfon1907.)

A partir do excerto, que se refere ao período da Belle Époque no Brasil, no início do século XX, é correto afirmar que:

A
O Rio de Janeiro procurava apagar aspectos da época do Império e impulsionar a cultura francesa, renegada por D. Pedro II.
B
A cidade expressava as contradições de um processo de transformações urbanas, sociais e políticas nas primeiras décadas da República.
C
Os costumes franceses eram elementos incorporados pela sociedade carioca como sinônimo da modernização republicana obtida pelo tenentismo.
D
A modernização representou um processo de exclusão social e cultural, patrocinado pelo governo francês, que financiava obras públicas e impunha os produtos franceses à população brasileira.