Questõesde UNICAMP sobre História
O bolchevique, Boris Kustodiev, 1920. Disponível em Galeria Tretyakov. Moscou.
O quadro O Bolchevique foi pintado pelo artista russo Boris
Kustodiev (1878-1927). Ele faz referências à Revolução de
1917 e tem em seu centro a figura de um proletário
segurando uma bandeira pintada na cor vermelha. A partir
da leitura do quadro (aqui reproduzido em preto e branco)
e do seu contexto histórico, assinale a alternativa correta.
Leia o trecho do poema da poetisa grega Safo acerca da
beleza de uma jovem chamada Anactória.
uns dizem que é uma hoste de cavalaria, outros de
infantaria;
outros dizem ser uma frota de naus, na terra negra,
a coisa mais bela: mas eu digo ser aquilo
que se ama.
(Adaptado de Luísa de Nazaré Ferreira, “Turismo e património na antiguidade
clássica: o texto atribuído a Fílon de Bizâncio sobre as Sete Maravilhas”, em
Espaços e Paisagens: Antiguidade Clássica e heranças contemporâneas. 2012.
V. 1. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra e Annablume, p. 73.)
A partir da leitura do poema, assinale a alternativa correta
sobre o conceito de beleza na Grécia Antiga.
Seguindo a trajetória das ativistas, vemos que lutaram ao
lado dos homens no movimento popular urbano e
participaram de várias jornadas populares, como as de 9 de abril, 20 de junho e 10 de agosto de 1792, as quais
resultaram na queda da monarquia. Abraçaram a
Revolução, queriam armar-se para defender a nação dos
inimigos internos, e tomaram parte nas festas cívicas.
Algumas se alistaram no exército e foram lutar nas
fronteiras. No caso das Republicanas Revolucionárias,
durante certo tempo contaram com o apoio dos deputados
da Montanha e os ajudaram a derrubar os Girondinos.
Nessa ocasião, mereceram elogios públicos. Depois se
aliaram aos radicais e fizeram oposição aos Montanheses.
As militantes adquiriram uma visibilidade nunca imaginada
para mulheres do povo, despertando o interesse e a
inquietação de integrantes do governo acerca da questão
dos direitos civis e políticos femininos. Sua presença na
cena política foi tolerada e até incentivada no início da
Revolução Francesa, porém reprimida em outubro de
1793, e depois de forma definitiva em 1795.
(Adaptado de Tania Machado Morin, Virtuosas e perigosas: as mulheres na
Revolução Francesa. São Paulo: Alameda, 2013, p. 4-6.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a
Revolução Francesa, assinale a alternativa correta.
Segundos os historiadores, pela primeira vez, uma
potência europeia desenvolveu um projeto planetário que
abrangia quatro continentes, a fim de assentar as
pretensões universais da monarquia. Para isso, os juristas
espanhóis invocaram a noção de extensão geográfica sem
precedentes de suas possessões. Com a monarquia
católica surgiram a primeira economia mundial e um
regime capitalista e comercial intercontinental.
(Adaptado de Serge Gruzinski, “Babel no século XVI. A mundialização e
Globalização das Línguas”, em Eddy Stols, Iris Kantor, Werner Thomas e Júnia
Furtado (orgs.), Um Mundo sobre Papel. São Paulo/Belo Horizonte: EDUSP/
Editora UFMG, 2014, p. 385.)
Com base no texto do historiador Serge Gruzinski sobre as
monarquias católicas, assinale a alternativa correta.
Lélia Gonzalez (1935–1994) teve um papel pioneiro na
criação de uma teoria do feminismo negro brasileiro. O
momento mais intenso de sua militância ocorreu durante a
Ditadura Militar (1964–1985), que coibiu a organização
política da sociedade civil. A Lei de Segurança Nacional,
de setembro de 1967, estabelecia que era crime “incitar
publicamente ao ódio ou à discriminação racial”. O que, na
verdade, poderia ser usado contra o movimento negro,
uma vez que denunciar o racismo e expor o mito da
democracia racial poderia ser considerado uma ameaça à
ordem social, um estímulo ao antagonismo e uma incitação
ao preconceito.
(Adaptado de Raquel Barreto, “Memória – Lélia Gonzalez”. Revista Cult 247.
São Paulo, julho, 2019. Disponível em https://revistacult.uol.com.br/home/ leliagonzalez-perfil/. Acessado em 01/05/2020.)
A partir do excerto sobre Lélia Gonzalez e seu contexto
histórico, assinale a alternativa correta.
Pode-se dizer que o fascismo italiano foi a primeira
ditadura de direita que dominou um país europeu: ele era
uma colagem de diversas ideias políticas e filosóficas. É
possível conceber um movimento totalitário que consiga
juntar monarquia e revolução, exército real e milícia
pessoal de Mussolini, os privilégios concedidos à Igreja e
uma educação estatal que exaltava a violência e o livre
mercado?
(Adaptado de Umberto Eco, “O Fascismo Eterno”, em Cinco Escritos Morais. Rio
de Janeiro: Record, 2010, p. 29-38.)
A partir da leitura do texto do escritor italiano Umberto Eco
(1932-2016), é correto afirmar que o fascismo italiano
A imagem anterior circulou em 1964 e faz parte de um
conjunto de propagandas do governo de Mao Tsé-Tung (1893-
1976). Sobre o cartaz e o contexto, é correto afirmar:
Quando um campesinato afro-brasileiro surgiu no final do
século XVIII, os agricultores do litoral da Bahia misturaram
conhecimentos agrícolas e etnobotânicos da África e do
Brasil para fazer proliferar o dendê africano. Mosaicos de
mata atlântica e campos de mandioca transformaram o
litoral da Bahia em um simulacro transatlântico do
complexo de palmeiras da África Ocidental, criando uma
paisagem afro-brasileira. A Costa do Dendê, no sul da
Bahia, resultante desse processo, permanece como um
testemunho de contribuições africanas e de
afrodescendentes para o desenvolvimento econômico,
ecológico e cultural das Américas.
(Adaptado de Case Watkins, "African Oil Palms, Colonial Socioecological
Transformation and the Making of an Afro-Brazilian Landscape in Bahia, Brazil."
Environment and History. Winwick Cambridgeshire: The White Horse Press,
2015, v. 21, p. 41.)
Com base no excerto e em seus conhecimentos sobre a
cultura brasileira, assinale a alternativa correta.
Os aposentos comuns são aqueles aos quais o povo pode
ir, como os vestíbulos e pátios. Assim, magníficos
vestíbulos, aposentos e átrios não são necessários para as
pessoas de fortuna comum, pois visitam, mas não são
visitados. As casas de banqueiros deveriam ser mais
espaçosas e vistosas, protegidas contra ladrões.
Advogados e retóricos deveriam morar com elegância.
Para aqueles que ocupam cargos e magistraturas,
deveriam ser feitos vestíbulos reais, amplos e devidamente
decorados com grandeza.
(Adaptado de Vitrúvio, “Sobre a Arquitetura”, em Pedro Paulo Funari,
Antiguidade Clássica. Campinas: Editora da Unicamp, 2003, p. 81.)
O arquiteto romano Vitrúvio expressa, em seu texto
clássico sobre os princípios da Arquitetura,
A questão da consciência ou autopercepção nacional nas
colônias da América tem sido frequentemente tratada de
forma desligada do seu contexto político e social.
Podemos, todavia, pensar em um sentimento de distinção
e diferença, uma falta de identificação com a Europa e uma
consciência da realidade colonial que teria existido entre
populações mestiças.
(Adaptado de Stuart B Schwartz, “A formação de uma identidade colonial no
Brasil”, em Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, p. 218.)
Com base no texto acima sobre a formação da identidade
colonial, assinale a alternativa correta.
“Parece-me que nós não aprendemos com a nossa própria
história, pois somos capazes de repetir, como cacoete, as
alianças espúrias entre escravos e a casa-grande. As
pessoas da senzala demoram a aprender a lição: sempre
que há um pequeno espaço de liberdade, se esquecem do
quanto foram aviltadas, do quanto foram violentadas, e
voltam a estabelecer essa espécie de conluio com os
interesses da oligarquia, do latifúndio, das velhas
hierarquias coloniais que sempre marcaram nossa
realidade como um fator de discriminação, segregação e
exclusão.”
(Adaptado de Ailton Krenak, Compartilhar a Memória em: Camila Loureiro Dias e Artionka
Capiberibe (orgs.), Os Índios na Constituição. Cotia: Ateliê, 2019, p. 17-33.)
“Eu sou Álvaro Tukano, nasci numa aldeia no alto do Rio
Negro, em 1953. Naquela época não tinha esse negócio de
se organizar os povos indígenas, porque os índios já
estavam organizados ao seu modo, mas de uma maneira
errada eles ajudaram a difundir a economia e o avanço do
Estado brasileiro.”
(Adaptado de Álvaro Tukano em Kaká Werá (org.), Álvaro Tukano, Coleção Tembetá. Rio de
Janeiro: Azougue, 2017, p. 13.)
Os dois textos
“Parece-me que nós não aprendemos com a nossa própria história, pois somos capazes de repetir, como cacoete, as alianças espúrias entre escravos e a casa-grande. As pessoas da senzala demoram a aprender a lição: sempre que há um pequeno espaço de liberdade, se esquecem do quanto foram aviltadas, do quanto foram violentadas, e voltam a estabelecer essa espécie de conluio com os interesses da oligarquia, do latifúndio, das velhas hierarquias coloniais que sempre marcaram nossa realidade como um fator de discriminação, segregação e exclusão.”
(Adaptado de Ailton Krenak, Compartilhar a Memória em: Camila Loureiro Dias e Artionka Capiberibe (orgs.), Os Índios na Constituição. Cotia: Ateliê, 2019, p. 17-33.)
“Eu sou Álvaro Tukano, nasci numa aldeia no alto do Rio Negro, em 1953. Naquela época não tinha esse negócio de se organizar os povos indígenas, porque os índios já estavam organizados ao seu modo, mas de uma maneira errada eles ajudaram a difundir a economia e o avanço do Estado brasileiro.”
(Adaptado de Álvaro Tukano em Kaká Werá (org.), Álvaro Tukano, Coleção Tembetá. Rio de Janeiro: Azougue, 2017, p. 13.)
Os dois textos
A Guerra do Paraguai foi a mais sangrenta da América do
Sul no século XIX. Durou de 1864 a 1870; envolveu o
Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, e contou com a
participação de negros escravos e libertos, além de várias
etnias indígenas. Sobre ela, é correto afirmar:
Os viajantes, missionários, administradores coloniais e
etnógrafos europeus, no passado, tenderam a fundir
múltiplas identidades em um único conceito de tribo. O uso
da palavra tribo para descrever as sociedades africanas
surgiu de um desejo de enaltecer o Estado-nação, ao
mesmo tempo em que sugeria a inferioridade inerente de
outros. Em resumo, conotava políticas primitivas que eram
menos desenvolvidas do que as políticas dos Estados-nação.
(Adaptado de John Parker e Richard Rathbone, “A ideia de África”, em História
da África. Lisboa: Quimera, 2016, p. 56-58.)
Baseado no texto acima e em seus conhecimentos,
assinale a alternativa correta.
Os viajantes, missionários, administradores coloniais e etnógrafos europeus, no passado, tenderam a fundir múltiplas identidades em um único conceito de tribo. O uso da palavra tribo para descrever as sociedades africanas surgiu de um desejo de enaltecer o Estado-nação, ao mesmo tempo em que sugeria a inferioridade inerente de outros. Em resumo, conotava políticas primitivas que eram menos desenvolvidas do que as políticas dos Estados-nação.
(Adaptado de John Parker e Richard Rathbone, “A ideia de África”, em História da África. Lisboa: Quimera, 2016, p. 56-58.)
Baseado no texto acima e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
A crise levaria o último governo da ditadura, chefiado pelo
general João Figueiredo (1979-85), a tomar medidas
drásticas. O objetivo inicial era deter a depreciação da
moeda nacional, incentivar as exportações e fazer frente
ao aumento do deficit em conta corrente. Assim, a moeda
foi desvalorizada em 30% no final de 1979. A medida
acentuou a desaceleração econômica, o descontrole
inflacionário e o desarranjo nas contas públicas. Em 1980,
a inflação batia a simbólica marca de 100% ao ano e em
1981 o país entrava em uma recessão.
(Adaptado de Gilberto Marangoni, Anos 1980, década perdida ou ganha?
Revista Desafios do Desenvolvimento, São Paulo, Ano 9, Edição 72, 2012.)
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a
Nova República no Brasil, assinale a alternativa correta.
A crise levaria o último governo da ditadura, chefiado pelo general João Figueiredo (1979-85), a tomar medidas drásticas. O objetivo inicial era deter a depreciação da moeda nacional, incentivar as exportações e fazer frente ao aumento do deficit em conta corrente. Assim, a moeda foi desvalorizada em 30% no final de 1979. A medida acentuou a desaceleração econômica, o descontrole inflacionário e o desarranjo nas contas públicas. Em 1980, a inflação batia a simbólica marca de 100% ao ano e em 1981 o país entrava em uma recessão.
(Adaptado de Gilberto Marangoni, Anos 1980, década perdida ou ganha? Revista Desafios do Desenvolvimento, São Paulo, Ano 9, Edição 72, 2012.)
A partir do texto acima e de seus conhecimentos sobre a Nova República no Brasil, assinale a alternativa correta.
*si – significa “sim” em italiano.
Bella Ciao
Querida, adeus
Esta manhã, eu acordei
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
Esta manhã, eu acordei
E encontrei um invasor
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Porque sinto que vou morrer
E se eu morrer como um membro da Resistência
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
E se eu morrer como um membro da Resistência
Você deve me enterrar
E me enterre no alto da montanha
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
E me enterre no alto da montanha
Sob a sombra de uma bela flor. (...).
A fotografia anterior registra a fachada do Partido Nacional
Fascista de Benito Mussolini em 1934. A música Bella Ciao
foi um hino cantado contra o fascismo de Mussolini e as
tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 25
de abril de 2018, quando a Itália celebrou 73 anos de sua
libertação do nazifascismo, a canção foi entoada em várias
partes do país.
Sobre os usos da imagem e da música, assinale a
alternativa correta.
*si – significa “sim” em italiano.
Bella Ciao
Querida, adeus
Esta manhã, eu acordei
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
Esta manhã, eu acordei
E encontrei um invasor
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
Oh, membro da Resistência, leve-me embora
Porque sinto que vou morrer
E se eu morrer como um membro da Resistência
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
E se eu morrer como um membro da Resistência
Você deve me enterrar
E me enterre no alto da montanha
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, adeus,
adeus!
E me enterre no alto da montanha
Sob a sombra de uma bela flor. (...).
A fotografia anterior registra a fachada do Partido Nacional Fascista de Benito Mussolini em 1934. A música Bella Ciao foi um hino cantado contra o fascismo de Mussolini e as tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 25 de abril de 2018, quando a Itália celebrou 73 anos de sua libertação do nazifascismo, a canção foi entoada em várias partes do país.
Sobre os usos da imagem e da música, assinale a
alternativa correta.
A propaganda através de inscrições e desenhos em muros
e paredes é uma parte integrante da Paris revolucionária
de Maio de 1968. Ela se tornou uma atividade de massa,
parte e parcela do método de autoexpressão da
Revolução.
Considerando o texto e a imagem anteriores, assinale a
alternativa correta sobre o movimento de Maio de 1968.
A propaganda através de inscrições e desenhos em muros e paredes é uma parte integrante da Paris revolucionária de Maio de 1968. Ela se tornou uma atividade de massa, parte e parcela do método de autoexpressão da Revolução.
Considerando o texto e a imagem anteriores, assinale a
alternativa correta sobre o movimento de Maio de 1968.
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a
largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se
fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a
mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do
Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se
começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não
somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu,
mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e
às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e
tudo o mais que os moradores imaginaram poderia
apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e
industriais, adventícias e próprias.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte:
Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de
metais e pedras preciosas no interior da América
portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é
correto afirmar que:
Tanto que se viu a abundância do ouro que se tirava e a largueza com que se pagava tudo o que lá ia, logo se fizeram estalagens e logo começaram os mercadores a mandar às Minas Gerais o melhor que chega nos navios do Reino e de outras partes. De todas as partes do Brasil, se começou a enviar tudo o que dá a terra, com lucro não somente grande, mas excessivo. Daqui se seguiu, mandarem-se às Minas Gerais as boiadas de Paranaguá, e às do rio das Velhas, as boiadas dos campos da Bahia, e tudo o mais que os moradores imaginaram poderia apetecer-se de qualquer gênero de cousas naturais e industriais, adventícias e próprias.
(Adaptado de André Antonil, Cultura e Opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia-Edusp, 1982, p. 169-171.)
Sobre os efeitos da descoberta das grandes jazidas de metais e pedras preciosas no interior da América portuguesa na formação histórica do centro-sul do Brasil, é correto afirmar que:
Os estudiosos muçulmanos adaptaram a herança recebida
dos povos arabizados. Entre os domínios conquistados
pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo
Egito, civilizações que desde cedo observaram os
fenômenos astronômicos. O estudo dos fenômenos
naturais no Crescente Fértil possibilitou a agricultura e
perdurou por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região
da Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras
explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos
desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram
o início do intercâmbio entre o conhecimento grego, de um
lado, e o dos antigos impérios egípcio, babilônico e persa,
de outro. Além disso, houve trocas científicas e culturais
com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do
século VII, o herdeiro desse legado científico multicultural,
ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus aportes ao
longo da Idade Média.
(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2012, p. 200-201.)
Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e
seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
Os estudiosos muçulmanos adaptaram a herança recebida dos povos arabizados. Entre os domínios conquistados pelos muçulmanos estavam a Mesopotâmia e o antigo Egito, civilizações que desde cedo observaram os fenômenos astronômicos. O estudo dos fenômenos naturais no Crescente Fértil possibilitou a agricultura e perdurou por milênios. Nas costas do Mar Egeu, na região da Jônia, surgiram no século VI a.C. as primeiras explicações dos fenômenos naturais desvinculadas dos desígnios divinos. E as conquistas de Alexandre permitiram o início do intercâmbio entre o conhecimento grego, de um lado, e o dos antigos impérios egípcio, babilônico e persa, de outro. Além disso, houve trocas científicas e culturais com os indianos. O império árabe-islâmico foi, a partir do século VII, o herdeiro desse legado científico multicultural, ao qual os estudiosos muçulmanos deram seus aportes ao longo da Idade Média.
(Adaptado de Beatriz Bissio, O mundo falava árabe. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012, p. 200-201.)
Considerando o texto acima sobre o Islã Medieval e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
A seguir, leia um trecho da petição ao rei de Espanha
escrita por Juan Garrido, conquistador residente na cidade
do México, em 27 de Setembro de 1538.
Eu, Juan Garrido, de cor negra, membro desta comunidade
[vecino], e residente nesta cidade, trago um relato de como
servi à Vossa Majestade na conquista e pacificação desta
Nova Espanha. Desde quando Cortés entrou nela, estive
presente em todas as invasões, conquistas e pacificações
realizadas no sul do Pacífico, nas ilhas de Porto Rico e de
Cuba. Fiz tudo às minhas custas, sem receber nem salário
nem repartimiento de índios ou qualquer outra coisa. De
todas estas formas, durante trinta anos, servi e continuo a
servir à Vossa Majestade.
(Traduzido e adaptado de Matthew Restall, Probanza of Juan Garrido. Black
Conquistadors: Armed Africans in Early Spanish America. The Americas,
Cambridge, v. 57, n. 2, out. 2000, p. 171.)
Assinale a alternativa correta.
A seguir, leia um trecho da petição ao rei de Espanha escrita por Juan Garrido, conquistador residente na cidade do México, em 27 de Setembro de 1538.
Eu, Juan Garrido, de cor negra, membro desta comunidade [vecino], e residente nesta cidade, trago um relato de como servi à Vossa Majestade na conquista e pacificação desta Nova Espanha. Desde quando Cortés entrou nela, estive presente em todas as invasões, conquistas e pacificações realizadas no sul do Pacífico, nas ilhas de Porto Rico e de Cuba. Fiz tudo às minhas custas, sem receber nem salário nem repartimiento de índios ou qualquer outra coisa. De todas estas formas, durante trinta anos, servi e continuo a servir à Vossa Majestade.
(Traduzido e adaptado de Matthew Restall, Probanza of Juan Garrido. Black Conquistadors: Armed Africans in Early Spanish America. The Americas, Cambridge, v. 57, n. 2, out. 2000, p. 171.)
Assinale a alternativa correta.