Questõessobre Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo
“O fim último, causa final de desígnio dos homens (que amam
naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir
aquela restrição sobre si mesmos sob a qual vemos viver nos Estados,
é o cuidado com sua própria conservação e com a vida mais satisfeita.
Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a
consequência necessária [...] das paixões naturais dos homens, quando
não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por
medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas
leis da natureza [...]”.
“Portanto todo homem, pelo ato de [concordar] [...] com outros em
formar um corpo político debaixo de um governo, se obriga para com
cada um dos membros dessa sociedade a se submeter à determinação
da maioria, e a ser governado por ela”.
Pela análise dos excertos, conclui-se que
“Portanto todo homem, pelo ato de [concordar] [...] com outros em formar um corpo político debaixo de um governo, se obriga para com cada um dos membros dessa sociedade a se submeter à determinação da maioria, e a ser governado por ela”.
Pela análise dos excertos, conclui-se que
Os pensadores iluministas afirmavam que as decisões
políticas deveriam ter como base a fé em Deus,
verdadeira fonte de luz.
Trata-se de um movimento cultural e filosófico que
inspirou diretamente os movimentos culturais das
décadas de 60 e 70 do século XX.
Trata-se um movimento que contribuiu para a
derrubada do Antigo Regime.
Leonardo da Vinci foi um dos mais completos
pensadores do Iluminismo.
O Iluminismo reforçou a ideia de progresso contínuo,
da saída do homem da minoridade para a maioridade,
servindo-se da razão.
“Os escravos tudo perdem sob seus grilhões, até o desejo de escapar deles. (...) A força fez os primeiros
escravos, sua covardia os perpetuou”.
Fonte: ROUSSEAU, J.J. Do contrato social. São Paulo: Abril Cultural, 1999. p. 57.
No trecho acima, o filósofo iluminista, Jean-Jacques Rousseau, toma posição sobre um tema muito debatido
nos círculos intelectuais do seu tempo, a escravidão. Sua reflexão esclarece que:
O fato das colônias inglesas, espanholas e portuguesas
conquistarem sua independência depois de mais de três
séculos de dominação colonial em movimentos sucessivos,
a partir da segunda metade do século XVIII e durante a primeira metade do século XIX, sugere a existência de determinações gerais que transcendem os quadros nacionais.
(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República, 1985.)
As correspondências temporais entre os movimentos de independência das colônias americanas podem ser explicadas
Liberdade foi um conceito político bastante difundido
no Ocidente, a partir do século XVIII. No continente
americano, mesmo com as independências, o tema
liberdade continuou estimulando movimentos de
revolta e contestação, haja vista
No bojo dos movimentos culturais desenvolvidos na
Europa, no século XIX, foram construídos novos
saberes no campo da História, destacando-se:
A burguesia conseguiu sua dominação com a ajuda
das ideias iluministas. Elas foram decisivas para que a
burguesia controlasse o poder. Os iluministas:
François-Marie Arouet, conhecido como
Voltaire, afirma que “a história não é mais que um
quadro de delitos e desventuras”. Interessado nos
aspectos sociais, culturais e econômicos de
diferentes povos, é considerado um dos precursores
da ideia da história como ciência autônoma da
teologia, da moral, e capaz de desfazer o mito da
superioridade dos antigos. Voltaire representa uma
corrente cultural denominada de
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu
poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos,
enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo.
[...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros
quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras,
tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república
ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de
Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do
Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo, composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma, desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)
O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do
No século XVIII, para os iluministas, uma sociedade não alcançaria a liberdade e a justiça
por meio do poder excessivo de seu governante. Esses filósofos contestavam qualquer poder
absoluto e arbitrário, principalmente o poder divino dos reis, crença vigente durante a maior
parte da Idade Moderna. Nesse cenário, Charles Louis de Secondt, Barão de Montesquieu
defendeu a separação do poder em três campos de atuação, a saber:
“A apaixonada crença no progresso que professava o típico pensador iluminista refletia os
aumentos visíveis no conhecimento e na técnica, na riqueza, no bem-estar e na civilização que
podia ver em toda a sua volta e que, com certa justiça, atribuía ao avanço de suas ideias. No começo
do século, as bruxas ainda eram queimadas; no final, os governos do Iluminismo, como o austríaco,
já tinham abolido não só a tortura judicial, mas também a servidão”HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. p. 38.
Considerando-se o Movimento Iluminista, são características desse movimento, EXCETO,
Durante o Iluminismo (séculos XVII e XVIII), vários
filósofos e cientistas questionaram a visão de que a sociedade era resultado de uma ordenação divina e que
deveria se guiar pelas leis da Igreja. Podemos encontrar,
nesse período, a formulação
É possível associar ao movimento emancipacionista, que
o texto de Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez identifica,
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável.
O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de
outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma
insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem
ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento.
Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”.
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de
acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da:
O Iluminismo é a saída do homem do estado de tutela, pelo qual ele próprio é responsável. O estado de tutela é a incapacidade de utilizar o próprio entendimento sem a condução de outrem. Cada um é responsável por esse estado de tutela quando a causa se refere não a uma insuficiência do entendimento, mas à insuficiência da resolução e da coragem para usá-lo sem ser conduzido por outrem. Sapere aude!* Tenha a coragem de usar seu próprio entendimento. Essa é a divisa do Iluminismo.
IMMANUEL KANT (1784)
*Expressão latina que significa “tenha a coragem de saber, de aprender”.
In: BOMENY, Helena e FREIRE-MEDEIROS, Bianca. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. do Brasil, 2010.
No contexto da expansão capitalista no século XIX, uma das ideias centrais do Iluminismo, de acordo com o texto, está associada diretamente à valorização da: