Questõessobre Revoluções Liberais na Europa : Ondas de 1820, 1830 e 1848
“A história de todas as sociedades até agora tem sido a história das
lutas de classe. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo,
membros das corporações e aprendiz, em suma, opressores e oprimidos,
estiveram em contraposição uns aos outros e envolvidos em uma luta
ininterrupta, ora disfarçada, ora aberta, que terminou sempre com a
transformação revolucionária da sociedade inteira ou com o declínio
conjunto das classes em conflito.”
Trecho do Manifesto do Partido Comunista de Karl Marx e Friedrich Engels – 1848
Sobre o contexto histórico e as propostas de Marx e Engels considere as seguintes
afirmações:
I. O Manifesto do Partido Comunista foi escrito às vésperas das Revoluções
de 1848, as quais abalaram os setores mais conservadores da Europa,
preocupada em barrar o avanço das transformações iniciadas com a
Revolução Francesa de 1789.II. Assim como em 1871 na Comuna de Paris; em 1848, a classe operária
europeia tornara-se protagonista nos movimentos revolucionários críticos
do modelo capitalista e da sua exploração do trabalho.
III. Conhecida como a Primavera dos Povos, as Revoluções de 1848 uniram
anarquistas, comunistas e socialistas em torno de um projeto essencialmente
marxista, culminando em ações revolucionárias nas principais capitais
europeias.
IV. Na construção de sua teoria, Marx e Engels reapropriam-se criticamente da
filosofia alemã, em especial Hegel, das reflexões dos socialistas utópicos,
da teoria econômica inglesa e da prática política dos movimentos sociais
e operários europeus.
A Revolução do Porto ocorrida em 1820, em Portugal, teve por base ideais:
O excerto a seguir integra a obra do filósofo francês Gilles Lipovetsky, O Império do Efêmero:
Toda cultura de massa trabalhou no mesmo sentido que as estrelas: um extraordinário meio de
desprender os seres de seu enraizamento cultural e familiar, de promover um ego que dispõe
mais de si mesmo. Pelo ângulo da evasão imaginária, a cultura frívola foi uma peça na conquista da autonomia privada moderna: menos imposição coletiva, mais modelos de identificação
e possibilidades de orientações pessoais; a cultura midiática não fez senão difundir os valores
do universo pequeno burguês, foi um vetor da revolução democrática individualista.
Fonte: LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero. Companhia de Bolso. 2009. Pag. 260.
Segundo a análise do excerto, para Lipovetsky
A obra “A liberdade guiando o povo”, pintada por
Delacroix, representa de forma elogiosa a
Revolução de 1830, ocorrida na França e que teve
frutos espalhados pelo mundo inteiro.
Com influência fundamental na crise do Antigo
Regime, esta revolução tem, como uma de suas
consequências, a(o):
As revoluções burguesas tentaram modificar a vida
política, mas encontraram muitos impasses para
concretizar certos ideais. A democracia, por exemplo:
Sobre o Estado no Antigo Regime, na Idade
Moderna, é correto afirmar que:
O nacionalismo ajudou a redesenhar o mapa da Europa no século
XIX. Movimentos políticos, ancorados em conceitos de identidade
nacional, redefiniram as fronteiras europeias e substituíram
monarquias tradicionais por nações-Estado. Assinale V para as
alternativas verdadeiras e F para as falsas:
( ) Os países que derrotaram a França napoleônica reuniram-se em
Viena (1814) para impedir que monarquias destronadas pelos
exércitos bonapartistas se recompusessem. O resultado foi que
Fernando VII, da Espanha, foi banido da Europa; a Itália foi
unificada e virou nação; Noruega e Suécia foram divididas e
perderam suas coroas.
( ) Os movimentos nacionalistas europeus aceitavam depender
economicamente de uma nação estrangeira, desde que tivessem
autonomia política, e defendiam subideologias nacionalistas,
algumas limitadas à defesa de um idioma próprio.
( ) Otto Von Bismarck, estadista prussiano, viu um desejo de
unidade nacional ao defender a supremacia da Prússia na Europa
Central. O processo se inicia em 1864, quando Prússia e Áustria
se unem para anexar ducados dinamarqueses, e culmina em
1871 com a proclamação do Império Alemão, tendo Bismarck
como seu Chanceler.
( ) A lealdade ao rei foi substituída, nos exércitos europeus, pela
lealdade ao país - um patriotismo fundado no conceito de
revolução social. Para defender a pátria, a população contribuiria
para a guerra e o alistamento obrigatório foi introduzido na
Europa.
Assinale a alternativa correta:
Em diferentes tempos, fatores de ordem natural
têm influenciado as ações humanas. Napoleão
Bonaparte, retratado com freqüência como
grande comandante e estrategista militar,
defrontou-se com esses fatores, na ocasião em
que
Cansadas das guerras religiosas do século XVI,
as seitas protestantes da Inglaterra
mantiveram-se politicamente neutras no conflito
entre o Parlamento e os reis da dinastia Stuart.
A chamada “Revolução Gloriosa”, que marcou a história da
monarquia inglesa no final do século XVII, publicou a “Bill of
Rights” (Declaração de Direitos), que estabelecia, dentre outros,
Leia a afirmação a seguir, com especial atenção ao período grifado.
“O que constitui a comunidade, e leva os homens do livre estado da natureza para uma só
sociedade política, é o acordo que cada um faz com os outros para se incorporar com eles
e deliberar como um só corpo e, desse modo, formar uma única sociedade política distinta”.
Essa afirmação foi feita por
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a
Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo
Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa
Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o
governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825.
Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico
dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da
Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
Na Europa, as forças reacionárias que compunham a Santa Aliança não viam com bons olhos a emancipação política das colônias ibéricas na América. […] Todavia, o novo Império do Brasil podia contar com a aliança da poderosa Inglaterra, representada por George Canning, primeiro-ministro do rei Jorge IV. […] Canning acabaria por convencer o governo português a aceitar a soberania do Brasil, em 1825. Uma atitude coerente com o apoio que o governo britânico dera aos EUA, no ano anterior, por ocasião do lançamento da Doutrina Monroe, que afirmava o princípio da não intervenção europeia na América.
(Ilmar Rohloff de Mattos e Luis Affonso Seigneur de Albuquerque.
Independência ou morte: a emancipação política do Brasil, 1991.)
O texto relaciona
O século XIV foi marcado pela crise na Europa do Ocidente. Entre as alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO explica a crise mencionada.
Leia o texto a seguir.
Na madrugada de 18 de Março, Paris acordou com o rebentamento do trovão vive la commune! Que é a
Comuna, essa esfinge que atormenta o espírito burguês?
“Os proletários da capital – dizia o Comitê Central no seu manifesto do dia 18 de Março – no meio dos
desfalecimentos e das traições das classes governantes, compreenderam que para eles tinha chegado a
hora de salvar a situação tomando em mãos a direção dos negócios públicos.”
MAX, Karl. Vive la Comune! In: MARQUES, A. BERUTTI, F. FARIA, R. História contemporânea através de textos. São Paulo: Contexto, 2010. p. 56.
A citação refere-se à Comuna de Paris, movimento popular que controlou a capital francesa em 1871. O
manifesto dos revolucionários acusou o governo francês de traição porque o mesmo
Em relação ao culto da nacionalidade, a que o texto se refere, é correto afirmar que o nacionalismo da segunda metade do
século XIX foi, em parte, uma reação
Considere o texto abaixo.
Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época.
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208)
Em Utopia, tudo é comum a todos. A distribuição
dos bens lá não é um problema, não se vê nem pobre
nem mendigo e, embora ninguém tenha nada de seu,
todos são ricos. Haverá maior riqueza do que levar uma
existência alegre e pacífica, livre de ansiedades e sem
precisar se preocupar com a subsistência?
MORUS, T. Utopia. Brasília: UnB, 2004.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI,
esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX
que lutaram para
Em Utopia, tudo é comum a todos. A distribuição dos bens lá não é um problema, não se vê nem pobre nem mendigo e, embora ninguém tenha nada de seu, todos são ricos. Haverá maior riqueza do que levar uma existência alegre e pacífica, livre de ansiedades e sem precisar se preocupar com a subsistência?
MORUS, T. Utopia. Brasília: UnB, 2004.
Retirado da obra de Thomas Morus, escrita no século XVI, esse trecho influenciou movimentos sociais do século XIX que lutaram para
Leia o texto a seguir.
Assim como Darwin descobriu a lei do desenvolvimento
da natureza orgânica, Marx descobriu a lei do desenvolvimento
da história humana. A produção dos meios imediatos
de vida, materiais e, por conseguinte, a correspondente
fase de desenvolvimento econômico de um povo
ou de uma época é a base a partir da qual tem se desenvolvido
as instituições políticas, as concepções jurídicas,
as idéias artísticas. A descoberta da mais-valia clareou
estes problemas.
(Adaptado de: ENGELS, F. Discurso diante do túmulo de Marx. 1883. Disponível em: <http://www.marxists.org/espanol/m-e/1880s/83- tumba.htm>. Acesso em: 11 set. 2017.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção
materialista da história, assinale a alternativa
correta.
“Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar.
Proletários de todo o mundo, uni-vos.”. Estas frases, escritas por Karl Marx e Frederich Engels,
encerram o Manifesto Comunista, publicado em Londres, em 1848.
A respeito das condições de trabalho na Europa, durante o século XIX, é correto afirmar:
“Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todo o mundo, uni-vos.”. Estas frases, escritas por Karl Marx e Frederich Engels, encerram o Manifesto Comunista, publicado em Londres, em 1848.
A respeito das condições de trabalho na Europa, durante o século XIX, é correto afirmar: