Questõesde IF-BA sobre República Oligárquica - 1889 a 1930

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IF-BA 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930

Leia as citações abaixo:


I. “(...) Custava-lhes admitir que toda aquela gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de súbito. Repugnava aquele triunfo.”

CUNHA, Euclides da. Os sertões. São Paulo, Martin Claret, 2007, p. 593.


II. “No noite de 22 de novembro de 1910, a revolta explodiu. João Cândido assumiu o comando do Minas Gerais (...). Os primeiros tiros assustaram o recém-empossado Hermes da Fonseca, que assistia tranquilamente a uma ópera de Wagner... Outros marujos tomaram o São Paulo, o Bahia e o Deodoro. Manobrando as belonaves com grande perícia, apontaram seus canhões para pontos estratégicos, exigindo (...) a reforma do Código Disciplinar, o fim das chibatadas, 'bolos' e outros castigos, o aumento dos soldos e a preparação e educação dos marinheiros.”

ALENCAR et alii, Francisco. História da sociedade brasileira. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1992, p. 207.


III. “A rebelião, da qual participaram cerca de 50.000 camponeses, recebeu este nome por ter ocorrido em região do planalto Catarinense (…) disputada pelo Paraná e por Santa Catarina. Os romeiros (...) seguiam o monge José Maria, que pregava o fim da República, a 'lei do diabo'.”

ALENCAR et alii, Francisco. Op. cit., p. 209.


Os conflitos a que se referem os fragmentos acima envolveram grupos rebeldes que questionaram aspectos da ordem política vigente no Brasil sob a Primeira República (1889-1930) e foram, respectivamente, denominados

A
Canudos – Sabinada – Farroupilha.
B
Revolta dos 18 do Forte – Revolta da Vacina – Praieira.
C
Revolta dos Malês – Revolta da Armada – Coluna Prestes.
D
Guerra dos Canudos – Revolta da Chibata – Guerra do Contestado.
E
Guerra dos Canudos – Intentona Comunista – Guerrilha do Araguaia.
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IF-BA 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“Em meio às secas do Nordeste, houve um beato, originário do Ceará, que encetou uma peregrinação de quase um quarto de século, no decorrer da qual foi granjeando um séquito cada vez mais numeroso. As primeiras notícias de sua passagem datam de 1874. O beato se dedicava à pregação, à penitência e às boas obras, comandando mutirões de construção e reconstrução de igrejas, cemitérios, calçadas e açudes.

Mas, à medida que o séquito de Antônio Conselheiro se avolumava, as autoridades começaram a manifestar seu desagrado e decidiram acossar o bando.

Prevendo a escalada da perseguição, os peregrinos bateram em retirada até o arraial de Canudos, no fundo do sertão e no alto de serranias, onde se entrincheiraram em 1893 e se fortificaram. Quatro expedições seriam necessárias para erradicar o perigo, destruir o arraial e exterminar seus habitantes.”

GALVÃO, Walnice Nogueira. Uma tragédia brasileira. In. FIGUEIREDO, Luciano (org.). Guerras e batalhas brasileiras. RJ: Sabins, 2009. p. 54


Com base no texto acima e em seus conhecimentos sobre a Guerra de Canudos (1896-1897), analise as sentenças a seguir:


I - O arraial de Belo Monte, ou Canudos como foi denominado, foi fundado no sertão da Bahia (região do rio Vaza-Barris) pelo beato Antônio Conselheiro seguindo preceitos profundamente católicos.

II - Os moradores de Canudos eram oriundos de várias partes do Nordeste e em sua maioria muito pobre, fugindo da seca ou das condições precárias de vida.

III - Antônio Conselheiro foi considerado monarquista, pois lutou pelo fim da República e pregava ideias comunistas e de igualdade entre seus seguidores.

IV - Foram necessárias quatro expedições e a mobilização do Exército para massacrar Canudos, e garantir a existência da República brasileira.


A alternativa que indica a(s) sentenças(s) verdadeira(s) é

A
I.
B
II.
C
I e II.
D
III e IV.
E
I, II e IV.
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IF-BA 2012 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O encontro de Rodolfo
Cavalcante com Lampião
(Trecho de Cordel)


Foi Virgulino Ferreira
Pobre homem injustiçado
E por isto vingativo
Se tornou um acelerado,
Se a justiça fosse reta
Nem jornalista ou poeta,
O teria decantado.
(...)
Embora seja criança
Com meus 15 anos de idade
Pude ver em Lampião
Vítima da sociedade.
Talvez ele em outro meio
(Posso dizer sem receio)
Era útil à humanidade ! (...)

CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2019 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

O relato do revolucionário Gregório Bezerra, nascido em 13 de março de 1900, expõe muito do drama social brasileiro: da seguinte forma:


“Gregório Bezerra só foi comer um “prato de arroz com farofa e carne de porco” aos 7 anos, quando já trabalhava como pequeno lavrador na fazenda de um velho latifundiário. Costumava fazer uma única refeição: farinha com migalhas de charque ou “pirão de água fria com um naco de bacalhau.”


PRIORE, Mary Del. Histórias da Gente Brasileira, volume 3, República – Memórias. Rio de Janeiro: LeYa, 2017. p. 286. 


Na Primeira República ou República Velha (1889-1930) no Brasil, a estrutura da economia brasileira de natureza agrário exportadora e latifundiária era a simbiose de um regime político que tinha como característica:


I – O poder oligárquico coronelista excludente da participação da maioria.

II – Os potentados locais controlavam o sistema eleitoral, fraudando o voto que era aberto e não secreto.

III – A Comissão Verificadora dos Poderes foi estabelecida pela “Política dos Governadores” fortalecendo o “jogo oligárquico”.

IV – Os latifundiários tinham o controle social dos trabalhadores rurais fortalecendo o seu mando político.


Marque a alternativa que apresenta as proposições verdadeiras:

A
Se somente as proposições II e III forem verdadeiras.
B
Se somente as proposições I, II e IV forem verdadeiras.
C
Se somente as proposições I e III forem verdadeiras.
D
Se todas as proposições forem verdadeiras.
E
Se somente as proposições I, III e IV forem verdadeiras.
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IF-BA 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“O protesto contra as desigualdades vinha tanto do fundão dos sertões como das cidades. A República oligárquica utilizou os mais modernos equipamentos bélicos da época para reprimir esses movimentos, desencadeando, em alguns casos, campanhas ‘nacionais’ contra os revoltosos, acusados de inimigos da República.”

LOPES, Adriana; MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil – uma interpretação. São Paulo: Editora SENAC, 2008, p. 605.

Durante a Primeira República (1889-1930), o país foi varrido por uma série de revoltas que puseram a nu as profundas desigualdades existentes e o anseio por cidadania que moviam a maior parte da população. Com base na leitura do fragmento acima e em seus conhecimentos acerca do período, assinale a alternativa correta:

A
A Guerra de Canudos foi motivada pelo fanatismo religioso e pela ignorância dos sertanejos que, sem capacidade de discernimento, aceitaram rapidamente o discurso de Antônio Conselheiro.
B
O principal ponto de insatisfação dos marinheiros que protagonizaram a Revolta da Chibata dizia respeito aos castigos físicos, pois eles não aceitavam que cidadãos brasileiros, homens livres, recebessem tratamento semelhante ao que os escravos recebiam nos tempos do cativeiro.
C
O surgimento dos levantes tenentistas, em 1922, colocou em evidência que somente os militares estavam insatisfeitos com as alianças políticas e a cidadania restrita, típicas da Primeira República.
D
A Revolta da Vacina representou uma insatisfação dos setores populares urbanos que estavam incomodados com a ausência de direitos políticos para os analfabetos e usaram a vacinação obrigatória para pressionar o governo a reformar a Constituição de 1981.
E
O movimento operário brasileiro da época pouco contribuiu para as lutas em prol da cidadania, haja vista que os resquícios da escravidão fizeram com que os trabalhadores brasileiros considerassem moderada a exploração no período republicano
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IF-BA 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

                          O encontro de Rodolfo
                        Cavalcante com Lampião
                              (Trecho de Cordel)

                              Foi Virgulino Ferreira
                            Pobre homem injustiçado
                                E por isto vingativo
                              Se tornou um acelerado,
                               Se a justiça fosse reta
                              Nem jornalista ou poeta,
                                    O teria decantado.
                                                (...)
                                  Embora seja criança
                            Com meus 15 anos de idade
                                   Pude ver em Lampião
                                   Vítima da sociedade.
                                 Talvez ele em outro meio
                                 (Posso dizer sem receio)
                                 Era útil à humanidade ! (...)

            CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante
            com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr,
            Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

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Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes

A
ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país.
B
criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil
C
rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio.
D
invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai.
E
estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região.