Questõesde FGV sobre República Oligárquica - 1889 a 1930

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FGV 2015 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Sobre as revoltas no Brasil na primeira metade do século XIX, é correto afirmar:

A
A Balaiada (1838-1840) manteve-se, até o final, dirigida pelas elites maranhenses.
B
A Cabanagem (1835-1840) e a Sabinada (1837-1838) foram revoltas restauradoras.
C
A Revolta dos Malês, em Salvador, (1835) é um exemplo de revolta popular.
D
A revolta dos Cabanos (1832-1835) foi uma revolta iniciada por populares e depois dirigida por restauradores.
E
Todas as revoltas tinham como motivação a revogação da Lei de Terras e o livre acesso à propriedade fundiária.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Sobre a regência do paulista Diogo Antônio Feijó, entre 1835 e 1837, é correto afirmar que

A
o regente conseguiu vencer a eleição devido ao apoio recebido dos produtores de algodão do Nordeste, classe emergente nos anos 1830, o que possibilitou o combate às rebeliões regenciais e o início do processo de centralização político-administrativa.
B
o apoio inicial que Feijó recebeu de todas as forças políticas do Império foi, progressivamente, sendo corroído porque o regente eleito mostrou simpatia pelo projeto político da Balaiada, que defendia uma Monarquia baseada no voto universal.
C
a opção de Feijó em negociar com os farroupilhas e com a liderança popular da Cabanagem provocou forte reação dos grupos mais conservadores, especialmente do Partido Conservador, que organizaram a queda de Feijó por meio de um golpe de Estado.
D
o isolamento político do regente Feijó, que provocou a sua renúncia do mandato, relacionou-se com a sua incapacidade de conter as rebeliões que se espalhavam por várias províncias do Império e com a vitória eleitoral do grupo regressista.
E
as condições econômicas brasileiras foram se deteriorando durante a década de 1830 e provocaram um forte desgaste da regência de Feijó, que renunciou ao cargo depois de um acordo para uma reforma constitucional.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

        A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário.

                                     FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.


A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 

A
ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de enfraquecimento da economia paulista.
B
foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestes em aliança com a oligarquia gaúcha.
C
foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução Russa de 1917.
D
aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das oligarquias nordestinas.
E
foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

  A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace inscrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional. Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento, voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez mais precário.

FAUSTO, B. A Revolução de 1930. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 112.

A respeito da Revolução de 1930, é correto afirmar que ela 

A
ocorreu devido à divisão das oligarquias brasileiras num contexto de enfraquecimento da economia paulista.
B
foi liderada pelos antigos tenentes e por Luís Carlos Prestes em aliança com a oligarquia gaúcha.
C
foi desencadeada pelo movimento operário influenciado pelo sucesso da Revolução Russa de 1917.
D
aconteceu devido à desaceleração da indústria paulista e às contestações das oligarquias nordestinas.
E
foi provocada pelas desavenças entre as oligarquias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
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FGV 2016 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Em 1934, um grupo de mulheres brasileiras, liderado por Bertha Lutz, elaborou um texto que ficou conhecido como Manifesto Feminista. Leia um trecho desse documento.

As mulheres, assim como os homens, nascem membros livres e independentes da espécie humana, dotados de faculdades equivalentes e igualmente chamados a exercer, sem peias, os seus direitos e deveres individuais, os sexos são interdependentes e devem, um ao outro, a sua cooperação. A supressão dos direitos de um acarretará, inevitavelmente, prejuízos para o outro, e, consequentemente, para a Nação. Em todos os países e tempos, as leis, preconceitos e costumes tendentes a restringir a mulher, a limitar a sua instrução, a entravar o desenvolvimento das suas aptidões naturais, a subordinar sua individualidade ao juízo de uma personalidade alheia, foram baseados em teorias falsas, produzindo, na vida moderna, intenso desequilíbrio social; a autonomia constitui o direito fundamental de todo indivíduo adulto; a recusa desse direito à mulher é uma injustiça social, legal e econômica que repercute desfavoravelmente na vida da coletividade, retardando o progresso geral...

Apud DUARTE, C. L. “Feminismo e literatura no Brasil.” Revista de Estudos Avançados, v. 17, n. 49, set/dez 2003. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142003000300010#back19 acesso em 6/7/2016.

Tendo em vista a situação das mulheres no Brasil, na década de 1930, é correto afirmar que o texto

A
busca estimular as mulheres a exercerem o seu direito de voto que havia sido garantido pela Constituição Brasileira de 1891.
B
defende a superioridade das mulheres e condena as decisões da Constituição Brasileira de 1934, que negaram o direito ao voto feminino.
C
diverge das ações feministas do Rio Grande do Norte, que culminaram no exercício do direito de voto pelas mulheres em 1928.
D
reflete o clima de radicalização política no Brasil no período e acabou por impedir o avanço nas conquistas políticas das mulheres.
E
sustenta a igualdade de gêneros em sintonia com campanhas que consagraram o direito de voto para as mulheres na Constituição de 1934.
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FGV 2015, FGV 2015 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

I.

      “Em Canudos representa de elemento passivo o jagunço que corrigindo a loucura mística de Antônio Conselheiro e dando-lhe umas tinturas das questões políticas e sociais do momento, criou, tornou plausível e deu objeto ao conteúdo do delírio, tornando-o capaz de fazer vibrar a nota étnica dos instintos guerreiros, atávicos, mal extintos ou apenas sofreados no meio social híbrido dos nossos sertões, de que o louco como os contagiados são fiéis e legítimas criações. Ali se achavam de fato, admiravelmente realizadas, todas as condições para uma constituição epidêmica de loucura."

                                                                      (Nina Rodrigues, As coletividades anormais. 2006)

                                                            II.

                                    Ergueu-se contra a República

                                    O bandido mais cruel

                                     Iludindo um grande povo

                                     Com a doutrina infiel

                                     Seu nome era Antônio

                                     Vicente Mendes Maciel

                                      [...]

                                     Os homens mais perversos

                                     De instinto desordeiro

                                     Desertor, ladrão de cavalo

                                     Criminoso e feiticeiro

                                     Vieram engrossar as tropas

                                     Do fanático Conselheiro

               (João Melchíades Ferreira da Silva apud Mark Curran, História do Brasil em cordel. 1998)

Acerca das leituras que os textos fazem de Canudos, é correto afirmar que

A
I pondera sobre a necessidade de se compreender a Guerra de Canudos no contexto das rebeliões contra o avanço do capitalismo no sertão brasileiro; II refere-se aos rebeldes do sertão baiano como principais responsá- veis pela instabilidade político-institucional dos primeiros anos da República brasileira.
B
I analisa o evento ocorrido no sertão baiano a partir de referências médicas e antropológicas, tratando-o como o embate entre a barbárie, em função da condição primitiva e enlouquecida do sertanejo, e a civilização; II identifica a prática dos combatentes do Arraial de Canudos à dos cangaceiros.
C
I reconhece legitimidade na rebelião dos sertanejos baianos, em razão do abandono institucional de que essas pessoas foram vítimas ao longo do tempo; II mostra o líder Antônio Conselheiro como um importante articulador político, vinculado aos mais importantes oligarcas baianos, os chamados coronéis.
D
I condena as principais lideranças da rebelião baiana pela postura de defesa das práticas religiosas primitivas e rústicas, que se contrapunham aos princípios cristãos; II acusa o líder Antônio Conselheiro de provocar tensões étnicas e de classe, ao propor uma sociedade igualitária social e economicamente.
E
I denuncia a ausência de uma compreensão científica, por parte do poder público, sobre as motivações dos rebeldes de Canudos; II critica os moradores do arraial de Canudos pela violência gratuita contra as forças legais, que estavam preocupadas em oferecer aos sertanejos a entrada no mundo da civilização.
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FGV 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil



Leia um trecho de uma entrevista com o historiador Francisco Alembert.

    (...) os governos vêm sucessivamente utilizando a retórica, a imagem e o mito do governo de Juscelino, por isso ele continua tão forte e tão presente. Mas há também algo em comum na utilização de JK por esses governos. De uma forma ou de outra, eles procuram justificar o crescimento econômico dentro da democracia. Ele agradava a burguesia, porque se mostrava um governo modernizador, e também agradava a esquerda, mesmo não tendo uma política de esquerda. Mas alcançou um crescimento realmente fantástico, nunca visto antes. O grande problema é que isso não foi dividido por toda a sociedade.

(www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=102&materia=281. Acessado em 20.08.2014)

A partir da entrevista, é correto afirmar que o chamado mito JK

A
fundamenta-se em dois avanços essenciais do governo Juscelino Kubitscheck: a eficiente política de combate às disparidades regionais, o que garantiu um enorme crescimento econômico do Nordeste, e a melhoria da distribuição de renda nacional por meio dos aumentos salariais do operariado.
B
tem sido alimentado por diversos governos brasileiros, mesmo com posturas ideológicas diferentes, porque o ex-presidente pode ser lembrado como o autor de um importante processo de abertura da economia, como também o artífice de um desenvolvimento econômico acelerado.
C
constituiu-se a partir da competência única do presidente da República em amarrar as lideranças políticas da UDN, do PTB e do PSD ao projeto de mudança da capital e construção de Brasília, compreendida por todas essas forças políticas democráticas como necessidade para o desenvolvimento nacional.
D
baseia-se na capacidade política do então presidente brasileiro, líder de uma grande negociação entre as forças econômicas e políticas nacionais, que efetivou um processo de reforma agrária progressista, além da extensão dos direitos trabalhistas aos homens do campo.
E
está vinculado à reconhecida sensibilidade política de Juscelino Kubitscheck, que foi capaz de articular todas as principais forças políticas nacionais, formando um governo de coalizão de centro-esquerda, com a participação das mais representativas lideranças da UDN e do PSB.
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FGV 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Observe a tabela.

 INDÚSTRIA – 1920 – PERCENTAGEM POR RAMOS




(Recenseamento do Brasil, 1920 Apud Boris Fausto, A revolução de 1930: historiografia e história, 1979, p. 20)

A partir dos dados, é correto afirmar que a indústria brasileira, em 1920,

A
concentrava a sua produção em grandes fábricas, especialmente localizadas nas capitais nordestinas, com o aproveitamento das matérias-primas locais, como a juta.
B
apresentava-se como a principal atividade econômica do país, superando as rendas da exportação do café, prejudicadas pelos efeitos da Primeira Guerra Mundial.
C
caracterizava-se pela dependência do setor agrário-exportador e pela presença pouco representativa dos ramos da infraestrutura industrial, caso da siderurgia.
D
representava o sucesso da política federal de apoio à indústria de base, concretizada nas isenções tributárias e nos empréstimos públicos oferecidos aos industriais.
E
revelava um crescimento sólido e surpreendente, porque contou com rígidas leis protecionistas, como a que restringia a importação de bens de consumo duráveis.