Questõessobre Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

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SÃO CAMILO 2019 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Os vestígios dessa época, entre 12000 e 8000 anos atrás, são agora inquestionáveis e ocorrem em várias partes do território brasileiro, o que significa que este já estava densamente ocupado. Quase todos os sítios são abrigos sob rocha — não porque os homens neles morassem normalmente, mas porque preservaram melhor os vestígios e são mais facilmente localizados pelos arqueólogos. Desconhecemos, portanto, as moradias principais, provavelmente edificadas a céu aberto.

(André Prous. O Brasil antes dos brasileiros, 2007.)

O excerto revela aspectos da pesquisa arqueológica sobre os primeiros habitantes do território do atual Brasil. Com base nas informações do texto, pode-se afirmar que:

A
a localização das moradias habituais é incerta, pois os vestígios só resistem à passagem do tempo em algumas circunstâncias.
B
o período de surgimento de grupos organizados é uma incógnita, pois as únicas fontes de que dispomos são os relatos dos colonizadores.
C
os primeiros moradores tinham consciência dos perigos naturais que enfrentavam, pois eles só habitavam abrigos de rochas.
D
os primeiros habitantes eram procedentes do Norte do continente, pois não havia outras rotas de acesso ao território.
E
o território foi ocupado integralmente, pois os vestígios indicam que havia apenas um grupo étnico espalhado pelo continente.
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UPE 2021 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

“Mandioca, mandioca-mansa, macaxeira, aipim e vários outros nomes no Brasil. Existem muitas formas para designar a espécie Manihot esculenta, que produz uma raiz rica em amido e foi domesticada há cerca de 9 mil anos. Estudos genéticos e arqueológicos indicam que isso ocorreu na região do Alto Rio Madeira, no atual estado de Rondônia.”
Disponível em: https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-agrarias/forma-mais-popular-da-mandioca-e-consumida-ha-9-mil-anos/ Acesso em: 07 ago. 2020.

Com base no texto, uma característica da economia agrícola no Brasil pré-cabralino foi a

A
aculturação com a chegada dos europeus.
B
associação a práticas exclusivas de extrativismo e coleta
C
seleção e o cruzamento de diversos grãos no início do século XIX.
D
ligação aos movimentos humanos ao longo dos rios amazônicos.
E
aparição de grupos autóctones reivindicando os excedentes da produção.
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ENCCEJA 2018 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A imagem revela uma técnica usada por povos indígenas brasileiros para a preparação de utensílios, que consiste em

RIBEIRO, D. Suma etnológica brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians. Petrópolis: Vozes, 1987.

A
modelar o barro antes da queima.
B

trançar a palha para se produzir a cestaria.

C
entalhar a madeira para confeccionar a gamela.
D
juntar as cordas para formar a trama da tecelagem.
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FUVEST 2018 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A figura exemplifica o comportamento de povos indígenas que viveram no Brasil há 1.000 anos. Eles construíam suas casas escavadas na terra, faziam fogueiras e manuseavam objetos. 



Escavações revelam hábitos de antigos povos que ocuparam o Sul do país.
  Folha de S.Paulo. 20/03/2016. Adaptado.


Com base nos dados apresentados e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta quanto à época geológica desses sítios arqueológicos, quanto ao elemento químico analisado coerente com as práticas humanas exemplificadas na figura e quanto ao método de datação.

A
Holoceno, silício e datação por quantificação de isótopos estáveis.
B
Jurássico, carbono e datação por decaimento radioativo de isótopos.
C
Holoceno, carbono e datação por decaimento radioativo de isótopos.
D
Jurássico, silício e datação por decaimento radioativo de isótopos.
E
Jurássico, carbono e datação por quantificação de isótopos estáveis.
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UFC 2009 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Os sambaquis constituem sítios pré-históricos formados pela acumulação de conchas e moluscos, ossos humanos e de animais, que foram descobertos em várias regiões do Brasil, principalmente no Sul. No interior dos sambaquis foram encontrados vestígios de fogueiras, instrumentos cortantes, amoladores, restos de mamíferos, além de ossos de peixes, répteis e baleias, além de ossadas humanas, depositadas com seus pertences. A partir dessa descrição, podemos deduzir corretamente que esses povos:

A
conheciam a escrita.
B
dominavam a agricultura.
C
eram sociedades matriarcais.
D
desconheciam formas ritualizadas de lidar com a morte.
E
constituíam comunidades de caçadores e coletores.
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UFC 2009 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A prática do canibalismo, presente entre alguns povos indígenas do Brasil, estava relacionada:

A
às festas de fertilidade da terra.
B
aos longos períodos de estiagem.
C
ao culto aos deuses oriundos da África.
D
à crença na apropriação das qualidades do guerreiro vencido.
E
à resistência ao português, pois essa prática surge no século XVI.
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EINSTEIN 2018 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Mil anos antes da “descoberta” do Brasil pelos europeus, um grande movimento de migração parece ter se iniciado no sul da floresta amazônica. Os povos que se moviam falavam línguas aparentadas, de uma grande família de línguas que denominamos tupi-guarani. Praticavam a coivara e eram bons caçadores e pescadores.

                                      (Norberto Luiz Guarinello.

                                      Os primeiros habitantes do Brasil, 2009. Adaptado.)

A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que os referidos povos

A
limitavam-se ao extrativismo e alimentavam-se principalmente de moluscos, daí serem também chamados de povos dos sambaquis.
B
eram pacíficos e estabeleceram relações amistosas com outros grupos nativos e, posteriormente, com os colonizadores portugueses.
C
eram originários da Ilha de Marajó e dominavam a cerâmica, o que permitia a conservação de mantimentos e a produção de urnas funerárias.
D
foram dizimados por grupos indígenas procedentes do litoral pacífico do continente, daí sua cultura ter sido extinta antes da conquista portuguesa.
E
praticavam a agricultura e tinham bom domínio da navegação, o que contribuiu para sua expansão pelas terras posteriormente chamadas de Brasil.
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UFRGS 2018 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Leia o segmento abaixo, do escritor indígena Ailton Krenak.


Os fatos e a história recente dos últimos 500 anos têm indicado que o tempo desse encontro entre as nossas culturas é um tempo que acontece e se repete todo dia. Não houve um encontro entre as culturas dos povos do Ocidente e a cultura do continente americano numa data e num tempo demarcado que pudéssemos chamar de 1500 ou de 1800. Estamos convivendo com esse contato desde sempre.

KRENAK, Ailton. O eterno retorno do encontro. In: NOVAES, Adauto (org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Funarte, Companhia das Letras, 1999. p. 25.


Considerando a história indígena no Brasil, a principal ideia contida no segmento é 

A
negação da conquista europeia na América, em 1500.
B
ausência de transformação social nas sociedades ameríndias.
C
exclusão dos povos americanos da história ocidental.
D

estagnação social do continente sul-americano após a chegada dos europeus.

E
continuidade histórica do contato cultural entre ocidentais e indígenas.
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UFU-MG 2017 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Refiro-me à destruição que pudemos fazer da grande (20 x 40 metros) e velha maloca taracuá [...] Sabe V. Rvma. que para o índio a maloca é cozinha, dormitório, refeitório, tenda de trabalho, lugar de reunião na estação de chuvas e sala de dança nas grandes solenidades. [...] A maloca é também, como costumava dizer o zeloso dom Bazola, a “casa do diabo”, pois que ali se fazem as orgias infernais, maquinam-se as mais atrozes vinganças contra os brancos e contra outros índios...

Monsenhor Pedro Massa, início século XX. In: ZENUN, K. H. e ADISSI, V. M. A. Ser índio hoje: a tensão territorial. 2.ed. São Paulo: Loyola, 1999, p. 70. (Adaptado).

Com a chegada dos europeus ao continente americano, teve início a subjetivação da figura do índio, delineando-se, gradativamente, a imagem do nativo ocioso, preguiçoso, indisciplinado e desorganizado. Esse ponto de vista atravessou séculos e sobrevive em nossos dias. Dessa maneira, de acordo com a citação, derrubar a maloca seria uma ação necessária, pois a moradia indígena representava o(a)

A
tradição da cultura pagã que contrariava os planos de conversão e domínio espiritual.
B
baluarte de expressão da organização tribal, influência do contato com a cultura africana.
C
símbolo de superioridade da cultura indígena, quando comparada à europeia.
D
obstáculo que impedia o trabalho de catequese no espaço conhecido como reduções.
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ENEM 2017 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2017.


A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a vinculação histórica fundamental entre

A
etnia e miscigenação racial.
B
sociedade e igualdade jurídica.
C
espaço e sobrevivência cultural.
D
progresso e educação ambiental.
E
bem-estar e modernização econômica.
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PUC - RS 2016 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.

I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse participação de investimentos privados na sua montagem e execução.

II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.

III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve como principais critérios a competência e a experiência profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.

IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse português em controlar a navegação no Atlântico Sul.

Estão corretas apenas as afirmativas

A
I e II.
B
II e IV.
C
I, II e III.
D
I, III e IV.
E
II, III e IV.
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ENEM 2016 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Ao comparar os textos, as formas de designação dos grupos nativos pelos europeus, durante o período analisado, são reveladoras da

TEXTO I

     Documentos do século XVI algumas vezes se referem aos habitantes indígenas como “os brasis”, ou “gente brasília” e, ocasionalmente no século XVII, o termo “brasileiro” era a eles aplicado, mas as referências ao status econômico e jurídico desses eram muito mais populares. Assim, os termos “negro da terra” e “índios” eram utilizados com mais frequência do que qualquer outro.

SCHWARTZ, S. B. Gente da terra braziliense da nação. Pensando o Brasil: a construção de um povo. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).


TEXTO II

      Índio é um conceito construído no processo de conquista da América pelos europeus. Desinteressados pela diversidade cultural, imbuídos de forte preconceito para com o outro, o indivíduo de outras culturas, espanhóis, portugueses, franceses e anglo-saxões terminaram por denominar da mesma forma povos tão díspares quanto os tupinambás e os astecas. SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005.

A
concepção idealizada do território, entendido como geograficamente indiferenciado.
B
percepção corrente de uma ancestralidade comum às populações ameríndias.
C
compreensão etnocêntrica acerca das populações dos territórios conquistados.
D
transposição direta das categorias originadas no imaginário medieval.
E
visão utópica configurada a partir de fantasias de riqueza.
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UERJ 2010 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos


FIGUEIREDO, Luciano (org). Imagens de uma nação. Rio de Janeiro: Sabin, 2009.

Os monumentos históricos possuem relação com a memória, de modo a destacar imagens e valores para a identidade coletiva de povos e sociedades. As fotos acima retratam monumentos históricos brasileiros produzidos em épocas distintas. A comparação entre ambos evidencia uma mudança refererente à identidade nacional brasileira.

Essa mudança está mais claramente vinculada à valorização da:

A
tradição democrática
B
integração territorial
C
miscigenação racial
D
diversidade étnica
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UNESP 2016 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A partir do texto e de seus conhecimentos, é correto afirmar que

Leia o texto para responder à questão.

      Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.

      Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:

      “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.

                 (Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.

                                                          Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)

A
as experiências de canibalismo relatadas tinham significados opostos, pois representavam, entre os tupinambás, a rejeição ao catolicismo e, entre os franceses, a adesão à Igreja de Roma.
B
o calvinista francês acusava os colonizadores portugueses de aceitar o canibalismo dos tupinambás, pois a prática fazia parte da tradição religiosa católica.
C
o calvinista francês defendia a tolerância ao canibalismo, pois o considerava uma forma adequada de derrotar e submeter os inimigos religiosos.
D
as experiências de canibalismo relatadas tinham origem diversa, pois representavam, entre os tupinambás, um ritual religioso e, no caso dos franceses, vingança.
E
as experiências de canibalismo relatadas mostram que a antropofagia era prática religiosa comum na América e na Europa e, em virtude disso, os colonizadores erravam ao condenar os tupinambás.
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PUC-GO 2015 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos, História da América Latina, Civilizações Pré-Colombianas: Maias, Aztecas e Incas

Os versos do Texto 1 tratam da destruição da fauna e da flora em uma queimada e de tambores. Esse cenário nos lembra a situação da América antes da conquista dos europeus. O continente era habitado por cerca de 50 milhões de pessoas, que possuíam diversos níveis culturais. Assinale a alternativa que indica corretamente tal diversidade entre os povos ameríndios e suas respectivas regiões:

TEXTO 1

                              Queimada

À fúria da rubra língua

do fogo

na queimada

envolve e lambe

o campinzal

estiolado em focos

enos

sinal.

É um correr desesperado

de animais silvestres

o que vai, ali, pelo mundo

incendiado e fundo,

talvez,


como o canto da araponga

nos vãos da brisa!


Tambores na tempestade


[...]

E os tambores

  e os tambores

    e os tambores

soando na tempestade,

ao efêmero de sua eterna idade.


[...]

          Onde?

Eu vos contemplo

     à inércia do que me leva

     ao movimento


de naufragar-me

     eternamente

na secura de suas águas

   mais à frente!


Ó tambores

   ruflai

sacudi suas dores!


Eu

que não me sei

não me venho

   por ser

busco apenas ser somenos

no viver,

nada mais que isso!

(VIEIRA, Delermando. Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 164, 544, 552.)

A
Os Tupiniquins, que povoavam o interior brasileiro, e os povos Moicanos, que povoavam o litoral norte-americano, ficaram famosos por sua crueldade nas guerras, mas os primeiros nunca estabeleceram um império, enquanto os últimos conseguiram edificar cidades suntuosas com seus parcos recursos.
B
Enquanto os Maias possuíam enormes cidades no atual território norte-americano, os povos Que-chua, do atual Brasil, eram caracterizados por sua habilidade comercial. Eles abriram caminhos tão perfeitos nas florestas que, posteriormente, vieram a ser utilizados nas construções de estradas atuais.
C
Os povos Incas, que habitavam a atual região da Argentina, foram hábeis guerreiros e conseguiram expandir seu império até as terras da Venezuela. Contudo, no conflito com os Guaranis, que habitavam o Sul do Brasil, foram facilmente derrotados.
D
Os povos Astecas, que habitavam o atual território mexicano, e os povos Tupinambás, do litoral brasileiro, possuíam uma organização social bem distinta, mas mantiveram a prática comum de sacrifícios humanos em rituais.
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USP 2014 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A colonização, apesar de toda violência e disrupção, não excluiu processos de reconstrução e recriação cultural conduzidos pelos povos indígenas. É um erro comum crer que a história da conquista representa, para os índios, uma sucessão linear de perdas em vidas, terras e distintividade cultural. A cultura xinguana – que aparecerá para a nação brasileira nos anos 1940 como símbolo de uma tradição estática, original e intocada – é, ao inverso, o resultado de uma história de contatos e mudanças, que tem início no século X d.C. e continua até hoje.


Carlos Fausto. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.


Com base no trecho acima, é correto afirmar que

A
o processo colonizador europeu não foi violento como se costuma afirmar, já que ele preservou e até mesmo valorizou várias culturas indígenas.
B
várias culturas indígenas resistiram e sobreviveram, mesmo com alterações, ao processo colonizador europeu, como a xinguana.
C
a cultura indígena, extinta graças ao processo colonizador europeu, foi recriada de modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
D
a cultura xinguana, ao contrário de outras culturas indígenas, não foi afetada pelo processo colonizador europeu.
E
não há relação direta entre, de um lado, o processo colonizador europeu e, de outro, a mortalidade indígena e a perda de sua identidade cultural.
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ENEM 2014 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre Jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J . A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).


Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela

A
demarcação do território indígena.
B
manutenção da organização familiar.
C
valorização dos líderes religiosos indígenas.
D
preservação do costume das moradias coletivas.
E
comunicação pela língua geral baseada no tupi.
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UFT 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

 As práticas político-estratégicas que se destacaram nos contatos entre os povos indígenas e os não-indígenas na Capitania de Goiás podem ser agrupadas em três perspectivas: uma civilizatória, uma eliminatória e uma autonomista

Adaptado de Cleube A. da Silva. Confrontando Mundos: os povos indígenas Akwen e a conquista de Goiás (1749-1851). Palmas: Nagô Editora, 2011, p. 77.

No que se refere à chamada perspectiva civilizatória na relação entre indígenas e não-indígenas no então território da Capitania de Goiás, é CORRETO afirmar que

A
a concepção civilizatória foi desenvolvida por administradores que acreditavam na possibilidade de converter os indígenas à fé católica e à "vassalagem" política. Eles procuravam tornar o indígena um cristão fiel, produtor e contribuinte da Fazenda Real, bem como aliado efetivo contra grupos indígenas ainda não conquistados.
B
um dos elementos norteadores das práticas efetivas da concepção eliminatória era a redução dos indígenas a aldeamentos como ocorreu em Mossâmedes e Maria I. Nesse caso, acreditava-se que o contato dos indígenas com a cultura portuguesa eliminaria as práticas culturais e as identidades políticas dos grupos aldeados.
C
a concepção autonomista era assumida pelos grupos indígenas e constitui-se de um conjunto de práticas que nortearam a criação de reservas indígenas a partir de onde se defendia a manutenção da identidade étnica grupal e os direitos dos grupos frente à expansão da agropecuária. São exemplos disso, as reservas Xavante, Xakriabá, Akroá e Xerente que perduram ainda hoje.
D
a concepção civilizatória e a concepção autonomista eram defendidas pela Coroa Portuguesa como momentos distintos do processo de contato entre indígenas e não indígenas. Depois de civilizados, esses grupos receberiam autonomia política e territorial como ocorreu com os Xerente e Xavante.
E
os partidários da concepção civilizatória alegavam que apenas através da violência seria possível trazer os grupos indígenas para a cidadania política. Nesse sentido, patrocinavam campanhas militares de pacificação como ocorreu em vários momentos no norte da Capitania de Goiás.
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UNICAMP 2013 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

A história de São Paulo no século XVII se confunde com a história dos povos indígenas. Os índios não se limitaram ao papel de tábula rasa dos missionários ou vítimas passivas dos colonizadores. Foram participantes ativos e conscientes de uma história que foi pouco generosa com eles.

(Adaptado de John M. Monteiro, “Sangue Nativo”, em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/sangue-nativo. Acessado em 14/07/2013.)

Sobre a atuação dos indígenas no período colonial, pode-se afirmar que:

A
A escravidão foi por eles aceita, na expectativa de sua proibição pela Coroa portuguesa, por pressão dos jesuítas.
B
Sua participação nos aldeamentos fez parte da integração entre os projetos religioso e bélico de domínio português, executados por jesuítas e bandeirantes.
C
A existência de alianças entre indígenas e portugueses não exclui as rivalidades entre grupos indígenas e entre os nativos e os europeus.
D
A adoção do trabalho remunerado dos indígenas nos engenhos de São Vicente contrasta com as práticas de trabalho escravo na Bahia e Pernambuco.
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USP 2013 - História - História do Brasil, Pré-História Brasileira: Legado de povos nativos

Em seu contexto de origem, o quadro acima corresponde a uma;

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A
denúncia política das guerras entre as populações indígenas brasileiras.
B
idealização romântica num contexto de construção da nacionalidade brasileira
C
crítica republicana à versão da história do Brasil difundida pela monarquia.
D
defesa da evangelização dos índios realizada pelas ordens religiosas no Brasil.
E
concepção de inferioridade civilizacional dos nativos brasileiros em relação aos indígenas da América Espanhola.