Questõesde ENEM sobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo
A originalidade do Absolutismo português talvez
esteja no fato de ter sido o regime político europeu que
melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os
recursos materiais da nação se confundindo com os bens
pessoais do monarca.
LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna.
São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).
Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa
portuguesa ficou evidente
A originalidade do Absolutismo português talvez esteja no fato de ter sido o regime político europeu que melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os recursos materiais da nação se confundindo com os bens pessoais do monarca.
LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna.
São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).
Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa
portuguesa ficou evidente
Uma sombra pairava sobre as tão esperadas
descobertas auríferas: a multidão de aventureiros que
se espalhara por serras e grotões mostrava-se criminosa
e desobediente aos ditames da Coroa ou da Igreja.
Carregavam consigo tantos escravos que o preço da mão
de obra começara a aumentar na Bahia, Pernambuco
e Rio de Janeiro. Ao fim de dez anos, a tensão entre
paulistas e forasteiros, entre autoridades e mineradores,
só fazia aumentar.
DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil.
São Paulo: Planeta, 2010.
No contexto abordado, do início do século XVIII, a medida
tomada pela Coroa lusitana visando garantir a ordem na
região foi a
As pessoas do Rio de Janeiro se fazem transportar em cadeirinhas bem douradas
sustentadas por negros. Esta cadeira é seguida por um ou dois negros domésticos, trajados de
librés mas com os pés nus. Se é uma mulher que se transporta, ela tem frequentemente
quatro ou cinco negras indumentadas com asseio; elas vão enfeitadas com muitos colares e
brincos de ouro. Outras são levadas em uma rede. Os que querem andar a pé são
acompanhados por um negro, que leva uma sombrinha ou guarda-chuva, como se queira
chamar.
LARA, S. H. Fragmentos setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).
Essas práticas, relatadas pelo capelão de um navio que ancorou na cidade do Rio de Janeiro
em dezembro de 1748, simbolizavam o seguinte aspecto da sociedade colonial:
As pessoas do Rio de Janeiro se fazem transportar em cadeirinhas bem douradas sustentadas por negros. Esta cadeira é seguida por um ou dois negros domésticos, trajados de librés mas com os pés nus. Se é uma mulher que se transporta, ela tem frequentemente quatro ou cinco negras indumentadas com asseio; elas vão enfeitadas com muitos colares e brincos de ouro. Outras são levadas em uma rede. Os que querem andar a pé são acompanhados por um negro, que leva uma sombrinha ou guarda-chuva, como se queira chamar.
LARA, S. H. Fragmentos setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).
Essas práticas, relatadas pelo capelão de um navio que ancorou na cidade do Rio de Janeiro
em dezembro de 1748, simbolizavam o seguinte aspecto da sociedade colonial:
Porque todos confessamos não se poder viver sem
alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e
façam cada dia o pão que se come, e outros serviços
que não são possíveis poderem-se fazer pelos irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria
necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir
escravos, justamente, por meios que as Constituições
permitem, quando puder para nossos colégios e casas
de meninos.
LEITE. S. Historia da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1938 (adaptado).
O texto explicita premissas da expansão ultramarina
portuguesa ao buscar justificar a
A partir da segunda metade do século XVIII,
o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e
se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à
recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,
5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na
dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à
seguinte atividade:
A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.
FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).
Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:
Outra importante manifestação das crenças
e tradições africanas na Colônia eram os objetos
conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança
tanto física como espiritual gerava uma necessidade
generalizada de proteção: das catástrofes da natureza,
das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos
urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de
feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até
atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras
décadas do século XVIII, envolvendo não apenas
escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados.
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no
texto representava um(a)
Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.
CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).
A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou
a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de
1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas
de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que
os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande
adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta
proclamação heroica.
VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa
seiscentista foi o resultado do(a)
A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.
VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.
O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra
de sete ou oito. Eram pardos, todos nus. Nas mãos
traziam arcos com suas setas. Não fazem o menor caso
de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm
tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam
os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos
brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são corredios.
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. Viagem pela história do Brasil: documentos.
São Paulo: Companhia das Letras, 1997 (adaptado).
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha,
documento fundamental para a formação da identidade
brasileira. Tratando da relação que, desde esse primeiro
contato, se estabeleceu entre portugueses e indígenas,
esse trecho da carta revela a
Chegança
Sou Pataxó,
Sou Xavante e Carriri,
Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru,
Carijó, Tupinajé,
Sou Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-ô, Tupinambá.
Eu atraquei num porto muito seguro,
Céu azul, paz e ar puro...
Botei as pernas pro ar.
Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa:
Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
Da grande-nau,
Um branco de barba escura,
Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: "vão me acabar".
Levantei-me de Borduna já na mão.
Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
NÓBREGA, A; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.
A letra da canção apresenta um tema recorrente na
história da colonização brasileira, as relações de poder
entre portugueses e povos nativos, e representa uma
crítica à ideia presente no chamado mito
Chegança
Sou Pataxó,
Sou Xavante e Carriri,
Ianomâmi, sou Tupi
Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru,
Carijó, Tupinajé,
Sou Potiguar, sou Caeté,
Ful-ni-ô, Tupinambá.
Eu atraquei num porto muito seguro,
Céu azul, paz e ar puro...
Botei as pernas pro ar.
Logo sonhei que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa:
Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
Da grande-nau,
Um branco de barba escura,
Vestindo uma armadura me apontou pra me pegar.
E assustado dei um pulo da rede,
Pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: "vão me acabar".
Levantei-me de Borduna já na mão.
Aí, senti no coração,
O Brasil vai começar.
NÓBREGA, A; e FREIRE, W. CD Pernambuco falando para o mundo, 1998.
A letra da canção apresenta um tema recorrente na
história da colonização brasileira, as relações de poder
entre portugueses e povos nativos, e representa uma
crítica à ideia presente no chamado mito
O alfaiate pardo João de Deus, que, na altura em que
foi preso, não tinha mais do que 80 réis e oito filhos,
declarava que “Todos os brasileiros se fizessem
franceses, para viverem em igualdade e abundância".
MAXWELL, K. Condicionalismos da independência do Brasil. SILVA, M. N. (Org.)
O império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.
O texto faz referência à Conjuração Baiana. No contexto
da crise do sistema colonial, esse movimento se
diferenciou dos demais movimentos libertários ocorridos
no Brasil por
Gregório de Matos definiu, no século XVII,
o amor e a sensualidade carnal.
O Amor é finalmente um embaraço de pernas, união de
barrigas, um breve tremor de artérias.
Uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um
rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta.
VAINFAS, R. Brasil de todos os pecados. Revista de História. Ano1, no 1. Rio de Janeiro:
Biblioteca Nacional, nov. 2003.
Vilhena descreveu ao seu amigo Filopono, no
século XVIII, a sensualidade nas ruas de Salvador.
Causa essencial de muitas moléstias nesta cidade é a
desordenada paixão sensual que atropela e relaxa o rigor
da Justiça, as leis divinas, eclesiásticas, civis e criminais.
Logo que anoutece, entulham as ruas libidinosos, vadios
e ociosos de um e outro sexo. Vagam pelas ruas e, sem
pejo, fazem gala da sua torpeza.
VILHENA, L.S. A Bahia no século XVIII. Coleção Baiana. v. 1. Salvador: Itapuã, 1969 (adaptado).
A sensualidade foi assunto recorrente no Brasil
colonial. Opiniões se dividiam quando o tema afrontava
diretamente os “bons costumes”. Nesse contexto,
contribuía para explicar essas divergências
Quando Deus confundiu as línguas na torre de
Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos
e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos
ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel,
houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das
Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta.
E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos
e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto
trabalho serão necessários para que esses mudos falem
e esses surdos ouçam.
VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva.
São Paulo: Global, 1985 (adaptado).
No decorrer da colonização portuguesa na América, as
tentativas de resolução do problema apontado pelo padre
Antônio Vieira resultaram na
TEXTO I
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em
Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria.
A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte
espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de
hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de
Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum
segundo o qual foi D. João VI o responsável pela
unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil
foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma
fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer
um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou
já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello)
1808 - O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adaptado)
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada
da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois
importantes historiadores brasileiros se posicionam
diante de um dos possíveis legados desse episódio para
a história do país. O legado discutido e um argumento
que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para
o segundo estão associados, respectivamente, em:
TEXTO I
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello)
1808 - O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adaptado)
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada
da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois
importantes historiadores brasileiros se posicionam
diante de um dos possíveis legados desse episódio para
a história do país. O legado discutido e um argumento
que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para
o segundo estão associados, respectivamente, em:

O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da
Grama com a casa-grande, a senzala e outros edifícios
representativos de uma estrutura arquitetônica
característica do período escravocrata no Brasil. Esta
organização do espaço representa uma
O desenho retrata a fazenda de São Joaquim da
Grama com a casa-grande, a senzala e outros edifícios
representativos de uma estrutura arquitetônica
característica do período escravocrata no Brasil. Esta
organização do espaço representa uma
TEXTO I
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional
que vai introduzindo o elemento da dignidade humana
em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma
verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura
de duas correntes diversas: o arrependimento dos
descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento
dos herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).
TEXTO II
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como
verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores
para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com
maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão
internacional para a causa abolicionista, publicando
em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites
brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a
escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha
nacional, caminhando assim para o seu fim.
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de m arketing. Disponível em:
www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema
escravista no Brasil ocorreria como resultado da:
TEXTO I
Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos.
NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).
TEXTO II
Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.
COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de m arketing. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).
Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da:
Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram
enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo
Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de
privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático
no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados.
Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha
pretensões à nobreza.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da
Educação, 1995 (adaptado).
Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os
sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que
ordenava a vida cotidiana a partir da
Em teoria, as pessoas livres da Colônia foram enquadradas em uma hierarquia característica do Antigo Regime. A transferência desse modelo, de sociedade de privilégios, vigente em Portugal, teve pouco efeito prático no Brasil. Os títulos de nobreza eram ambicionados. Os fidalgos eram raros e muita gente comum tinha pretensões à nobreza.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp; Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1995 (adaptado).
Ao reelaborarem a lógica social vigente na metrópole, os sujeitos do mundo colonial construíram uma distinção que ordenava a vida cotidiana a partir da
Dos senhores dependem os lavradores que têm
partidos arrendados em terras do mesmo engenho;
e quanto os senhores são mais possantes e bem
aparelhados de todo o necessário, afáveis e verdadeiros,
tanto mais são procurados, ainda dos que não têm a cana
cativa, ou por antiga obrigação, ou por preço que para
isso receberam.
ANTONIL, J. A. Cultura e opulência do Brasil [1711]. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1967 (adaptado).
Segundo o texto, a produção açucareira no Brasil colonial era
Dos senhores dependem os lavradores que têm partidos arrendados em terras do mesmo engenho; e quanto os senhores são mais possantes e bem aparelhados de todo o necessário, afáveis e verdadeiros, tanto mais são procurados, ainda dos que não têm a cana cativa, ou por antiga obrigação, ou por preço que para isso receberam.
ANTONIL, J. A. Cultura e opulência do Brasil [1711]. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967 (adaptado).
Segundo o texto, a produção açucareira no Brasil colonial era
O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses.
Em relação ao nosso país, verificar-se-á que esses
lucros e vantagens são maiores para nós. Os açúcares
do Brasil, enviados diretamente ao nosso país, custarão
bem menos do que custam agora, pois que serão
libertados dos impostos que sobre eles se cobram em
Portugal, e, dessa forma, destruiremos seu comércio de
açúcar. Os artigos europeus, tais como tecidos, pano
etc., poderão, pela mesma razão, ser fornecidos por
nós ao Brasil muito mais baratos; o mesmo se dá com a
madeira e o fumo.
WALBEECK, J. Documentos Holandeses. Disponível em: http://www.mc.unicamp.br.
O texto foi escrito por um conselheiro político holandês
no contexto das chamadas Invasões Holandesas
(1624-1654), no Nordeste da América Portuguesa,
que resultaram na ocupação militar da capitania de
Pernambuco. O conflito se inicia em um período em
que Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, se
encontravam sob domínio da Espanha (1580-1640).
A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses com
essa medida?
O Brasil oferece grandes lucros aos portugueses. Em relação ao nosso país, verificar-se-á que esses lucros e vantagens são maiores para nós. Os açúcares do Brasil, enviados diretamente ao nosso país, custarão bem menos do que custam agora, pois que serão libertados dos impostos que sobre eles se cobram em Portugal, e, dessa forma, destruiremos seu comércio de açúcar. Os artigos europeus, tais como tecidos, pano etc., poderão, pela mesma razão, ser fornecidos por nós ao Brasil muito mais baratos; o mesmo se dá com a madeira e o fumo.
WALBEECK, J. Documentos Holandeses. Disponível em: http://www.mc.unicamp.br.
O texto foi escrito por um conselheiro político holandês no contexto das chamadas Invasões Holandesas (1624-1654), no Nordeste da América Portuguesa, que resultaram na ocupação militar da capitania de Pernambuco. O conflito se inicia em um período em que Portugal e suas colônias, entre elas o Brasil, se encontravam sob domínio da Espanha (1580-1640). A partir do texto, qual o objetivo dos holandeses com essa medida?
Após as três primeiras décadas, marcadas pelo
esforço de garantir a posse da nova terra, a colonização
começou a tomar forma. A política da metrópole
portuguesa consistirá no incentivo à empresa comercial
com base em uns poucos produtos exportáveis em
grande escala, assentada na grande propriedade. Essa
diretriz deveria atender aos interesses de acumulação
de riqueza na metrópole lusa, em mãos dos grandes
comerciantes, da Coroa e de seus afilhados
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2002 (adaptado).
Para concretizar as aspirações expansionistas e
mercantis estabelecidas pela Coroa Portuguesa para a
América, a estratégia lusa se constituiu em
Após as três primeiras décadas, marcadas pelo esforço de garantir a posse da nova terra, a colonização começou a tomar forma. A política da metrópole portuguesa consistirá no incentivo à empresa comercial com base em uns poucos produtos exportáveis em grande escala, assentada na grande propriedade. Essa diretriz deveria atender aos interesses de acumulação de riqueza na metrópole lusa, em mãos dos grandes comerciantes, da Coroa e de seus afilhados
FAUSTO, B. História Concisa do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2002 (adaptado).
Para concretizar as aspirações expansionistas e mercantis estabelecidas pela Coroa Portuguesa para a América, a estratégia lusa se constituiu em