Questõesde CEDERJ sobre História do Brasil
A Revolução de 1930 estabeleceu um
novo caminho para o desenvolvimento
brasileiro que está associado à crise das
oligarquias do café e
“Não podemos ver com bons olhos os selvagens
vivendo ao seu lado livres e em pleno gozo dos seus
direitos de homens, quando podiam tê-los por escravos
[...]”
(Trecho de reportagem publicada no jornal Gazeta de
Campinas (1871)
Disponível em: http://eventoscopq.mackenzie.br/index.php/jor-nada/xvjornada/paper/viewPDFInterstitial/1388/1003 Acesso em: 29/05/2021
O trecho acima é parte de uma reportagem de um jornal
da cidade de Campinas, repercutindo a aprovação da
Lei do Ventre Livre em 1871. A posição do jornal e a própria aprovação da referida lei mostram que o processo
de abolição da escravidão no Brasil foi
“Resumindo as ideias centrais do nosso programa
de reconstrução nacional, podemos destacar, como
mais oportunas e de imediata utilidade:
[...] 7) reforma do sistema eleitoral, tendo em vista, precipuamente, a garantia do voto
8) reorganização do aparelho judiciário, no sentido de
tornar uma realidade a independência moral e material
da magistratura, que terá competência para conhecer
do processo eleitoral em todas as suas fases
9) feita a reforma eleitoral, consultar a nação sobre a
escolha de seus representantes, com poderes amplos
de constituintes, a fim de procederem à revisão do Estatuto Federal, melhor amparando as liberdades, públicas
e individuais [...]”
VARGAS, Getúlio. Discurso de Tomada de Posse do Presidente Getúlio Var-
gas (3 de novembro de 1930). Retirado de: http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presiden-cia/ex-presidentes/getulio-vargas/discursos/discursos-de-posse/discurso-de-posse-1930/view (Acesso em: 29/05/2021)
O discurso acima foi proferido no momento da posse de
Getúlio Vargas, no governo provisório, em novembro de
1930. Nesse discurso, o chefe de estado brasileiro revela que as motivações para a realização da Revolução de
1930 consistiam em combater
“Art. 4- No interesse de preservar a Revolução, o
Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos
eletivos federais, estaduais e municipais.
Art 10. Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos
casos de crimes políticos, contra a segurança nacional,
a ordem económica e social e a economia popular.
Art. 11. Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com este Ato Institucional Complementares, bem como os respectivos
efeitos.”
Ato Institucional Nº 5 (AI-5), 13/12/1968
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ait/ait-05-68.htm Acesso em
29/05/2021.
O AI-5 foi responsável pelo endurecimento da ditadura
militar brasileira, dando início a um período histórico comumente conhecido como “os anos de chumbo”.
Uma consequência das medidas criadas pelo AI-5 foi a
“São conflitantes as informações sobre o número de
construções demolidas para dar passagem à nova avenida, variando entre setecentas e três mil. Ao atuar sobre
velhas freguesias e distritos centrais, esse conjunto de intervenções urbanísticas resultou na destruição de quarteirões inteiros de hospedagens, cortiços, casas de cômodos
e estalagens, além de armazéns e trapiches de áreas junto
ao mar, forçando boa parte da população que aí vivia e trabalhava a se deslocar.”
(MOTTA, Marly. O Bota-Abaixo. In: Atlas histórico do Brasil. Rio de Janeiro: FGV/
CPDOC, 2016.) Disponível em: https://atlas.fgv.br/verbetes/o-bota-abaixo (último
acesso em 29/05/2021)
A Reforma Urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos
(1902-1906), no Rio de Janeiro, acarretou consequências
sérias para a então capital da República.
Com relação ao processo descrito no texto, a principal consequência foi
0 tráfico de escravos da África para o Brasil, por
menos que se queira, faz parte da nossa história.
Mesmo que se tente esquecer ou esconder - como
fez Rui Barbosa quando mandou queimar a
documentação existente sobre escravidão no Brasil -
não se pode ignorar sua existência.
(Extraído: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-deescravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/)
O traficante de escravos ganhava muito dinheiro,
pois, trazendo para os nossos dias, os escravos
valiam na África cerca de U$ 40 e podiam ser
vendidos no Brasil por U$ 400, mas podendo chegar
até U$ 1.200 que, na lógica cruel mercantilista, a
perda de alguns homens durante a viagem não fazia
diferença.
(Fonte: O Globo, 22 de janeiro de 2011.)
O comércio negreiro, demonstrado pelos relatos
acima, marcou profundam ente a história da
sociedade brasileira e era bastante lucrativo.
Entre as opções que se seguem, uma explicação da
predominância do trabalho do africano escravizado
na América portuguesa, já a partir do século XVII, era:
0 tráfico de escravos da África para o Brasil, por menos que se queira, faz parte da nossa história. Mesmo que se tente esquecer ou esconder - como fez Rui Barbosa quando mandou queimar a documentação existente sobre escravidão no Brasil - não se pode ignorar sua existência.
(Extraído: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/trafico-deescravos-no-brasil/trafico-e-comercio-de-escravos/)
O traficante de escravos ganhava muito dinheiro, pois, trazendo para os nossos dias, os escravos valiam na África cerca de U$ 40 e podiam ser vendidos no Brasil por U$ 400, mas podendo chegar até U$ 1.200 que, na lógica cruel mercantilista, a perda de alguns homens durante a viagem não fazia diferença.
(Fonte: O Globo, 22 de janeiro de 2011.)
O comércio negreiro, demonstrado pelos relatos acima, marcou profundam ente a história da sociedade brasileira e era bastante lucrativo.
Entre as opções que se seguem, uma explicação da
predominância do trabalho do africano escravizado
na América portuguesa, já a partir do século XVII, era:
[...] A coluna realizou uma incrível marcha pelo
interior do país, percorrendo cerca de 24 mil
quilômetros até fevereiro/março de 1927, quando
seus remanescentes deram o movimento por
terminado e se internaram na Bolívia e Paraguai.
Seus componentes nunca passaram de 1.500
pessoas, oscilando muito com a entrada e saída de
participantes transitórios. (...) O apoio da população
rural não passou de uma ilusão, e as possibilidades
de êxito militar eram praticamente nulas. Entretanto,
ela teve um efeito simbólico entre setores da
população urbana insatisfeitos com a elite dirigente.
Para esses setores, havia esperanças de mudar os
destinos da República, como mostravam aqueles
heróis que corriam todos os riscos para salvar uma
nação.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2006. p.
309.)
Mapa da Coluna Prestes
(Extraído: http://www.megatim es.com .br/2012/11/colunaprestes-1925-1927.html)
Durante a Primeira República no Brasil (1889-1930),
ocorreram várias revoltas, de grupos descontentes
com a situação política, econômica e social da época.
Dentre essas revoltas, destaca-se a Coluna Prestes,
que foi liderada pelo capitão do exército Luís Carlos
Prestes.
Essa revolta fez parte do movimento que ficou
conhecido como:
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas
suicidava-se, deixando em despedida ao povo, no
seu melhor estilo populista, a sua famosa Carta-Testamento.
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a
espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O
ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo.
Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha
morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro
passo no caminho da eternidade e saio da vida para
entrar na História”.
(Último parágrafo da famosa Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Fonte:
CPDOC-FGV).
Acerca desse documento, considerado um dos mais
importantes da História do Brasil do século XX, pode-se apreender que:
No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas suicidava-se, deixando em despedida ao povo, no seu melhor estilo populista, a sua famosa Carta-Testamento.
“Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História”.
(Último parágrafo da famosa Carta-Testamento de Getúlio Vargas. Fonte: CPDOC-FGV).
Acerca desse documento, considerado um dos mais
importantes da História do Brasil do século XX, pode-se apreender que:
No dia 04 de maio de 2020, veio a falecer, por
causa das complicações do Covid-19, o compositor
de cerca de 500 letras de músicas, Aldir Blanc. Junto
com João Bosco, compôs inúmeras canções,
destacando-se a música “O bêbado e a equilibrista”.
“Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto me lembrou Carlitos
A lua, tal qual a dona de um bordel
Pedia a cada estrela fria um brilho de aluguel
E nuvens, lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas, que sufoco
Louco, o bêbado com chapéu-côco
Fazia irreverências mil pra noite do Brasil, meu Brasil
Que sonha com a volta do irmão do Henfil
Com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete
Chora a nossa pátria, mãe gentil
Choram Marias e Clarices no solo do Brasil
Mas sei, que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente, a esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha pode se machucar
Azar, a esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista tem que continuar.”
(Compositores: Aldir Blanc / Joao Bosco. Letra de O bêbado e a
equilibrista ©Universal Music Publishing Group, 1979)
Essa música faz parte das chamadas “canções de
protesto” e se refere ao período da história do Brasil
conhecido como:
A abolição da escravatura foi um processo lento
e gradual que se estendeu no Brasil ao longo de
grande parte do século XIX. A pressão do movimento
abolicionista e os distúrbios causados pelas formas
de resistência e luta dos escravos forçaram o Império
a abolir essa forma de trabalho.
Com a Lei Áurea, os negros permaneceram
marginalizados na sociedade, uma vez que políticas
de integração social e econômica não foram
realizadas, e o racismo permaneceu como um
problema grave na sociedade brasileira.(Extraído: h ttps://escolakids.uol.com .br/historia/a-abolicao-daescravidao-no-brasil--1888.html)
A Abolição da Escravatura, que ocorreu no Brasil em
13 de maio de 1888, percorreu um longo processo
para ser realizada. Muitos fatos foram de fundamental
importância para a concretização deste movimento.
As revoltas, as fugas, os quilombos eram formas de
manifestações dos negros escravizados, além das
leis de emancipação que foram feitas a partir da
segunda metade do século XIX.
Dentre as revoltas e leis que antecederam a Abolição
tem-se, respectivamente:
A reportagem retrata a época do Presidente da República brasileira Jânio da Silva Quadros, que colocou em
prática um estilo de governo que agradou, pelo menos no
início de sua gestão, setores da classe média.
HÁ 50 ANOS - O GLOBO
O GLOBO NOTICIAVA EM 10 DE FEVEREIRO
DE 1961
O delegado Lafaiete Stockler, da Delegacia de Costumes
e diversões, disse a O Globo que o policiamento durante
o carnaval será intensificado e que não será permitido, de
forma alguma, o uso de fantasias consideradas amorais,
indecorosas, tais como biquínis e estilizações deturpadoras. O uso de lança-perfume e bebidas alcoólicas não
será permitido em bailes infantis. “Nos bailes para adultos, o lança-perfume foi permitido. No entanto, aqueles
que o utilizarem para fins indevidos serão rigorosamente
punidos”, esclareceu.
Fonte: O Globo, em 10/02/2011
Tal estilo foi definido por alguns historiadores como:
“Havia dois golpes em marcha. O de Jango viria amparado no ‘dispositivo militar’ e nas bases sindicais, que
cairiam sobre o Congresso, obrigando-o a aprovar um
pacote de reformas e a mudança das regras do jogo da
sucessão presidencial.” (p.51)
“Se o golpe de Jango se destinava a mantê-lo no poder,
o outro destinava-se a pô-lo para fora. A árvore do regime
estava caindo, tratava-se de empurrá-lo para a direita ou
para a esquerda.” (p. 52)
GASPARI, Elio. A Ditadura Envergonhada. Cia das Letras.
São Paulo. 2002.
Os fragmentos referem-se à conjuntura de crise que marcou o Brasil nos momentos finais do governo de João
Goulart (1961-1964).
Sobre o período citado, pode-se afirmar corretamente que:
Quando foram comemorados os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, o IBGE apresentou dados
oficiais sobre a imigração no país, segundo a nacionalidade, de 1884 a 1939:
Nacionalidade Total %
Alemães 170.645 4,1
Espanhóis 581.718 13,99
Italianos 1.412.263 33,96
Japoneses 185.799 4,47
Portugueses 1.204.394 28,96
Sírios e turcos 98.962 2,38
Outros 504.936 12,14
Total 4.158.717 100
Sobre os dados apresentados pela tabela, referindo-se à
história da imigração no Brasil, pode-se afirmar que:
As intervenções urbanas, na cidade do Rio de Janeiro, marcaram o século XX carioca. Dentre elas, podemos
destacar a Reforma Pereira Passos e o Plano Agache. Na
década de 1960, entretanto, a cidade teve uma intervenção
que modificava em muito a sua condição anterior.
São denominações correspondentes ao plano de intervenção da década de 1960 e à condição diferente da cidade
nessa mesma época:
As intervenções urbanas, na cidade do Rio de Janeiro, marcaram o século XX carioca. Dentre elas, podemos destacar a Reforma Pereira Passos e o Plano Agache. Na década de 1960, entretanto, a cidade teve uma intervenção que modificava em muito a sua condição anterior.
São denominações correspondentes ao plano de intervenção da década de 1960 e à condição diferente da cidade nessa mesma época: