A Revolução de 1930 estabeleceu um novo caminho para o desenvolvimento brasileiro que está associado à crise das oligarquias do café e

Alternativa correta: A

Tema central: a questão aborda as consequências da Revolução de 1930 para o desenvolvimento econômico brasileiro, relacionando-a à crise da oligarquia cafeeira, ao colapso econômico internacional de 1929 e ao processo de industrialização por substituição de importações (ISI).

Resumo teórico: a crise de 1929 derrubou preços e demanda por café, fragilizando as oligarquias paulistas que dominavam a política. A Revolução de 1930 levou Getúlio Vargas ao poder e abriu caminho para um Estado mais intervencionista, favorecendo políticas que estimularam a indústria interna — a industrialização por substituição de importações — e o crescimento do setor manufatureiro nas cidades. Esse processo inclui política fiscal, proteção à indústria nascente e incentivos à urbanização e ao mercado interno (ver Fausto; Skidmore).

Justificativa da alternativa A: ela conecta corretamente a queda da hegemonia cafeeira à crise mundial de 1929, identifica o modelo econômico predominante no período (ISI) e aponta o crescimento do setor manufatureiro como consequência direta do novo projeto de desenvolvimento iniciado em 1930. Essas relações são consenso na historiografia sobre o período (B. Fausto; T. Skidmore).

Análise das alternativas incorretas:

B — Erro em dois pontos: as revoluções socialistas (ex.: 1917) não foram causa direta da Revolução de 1930 no Brasil; e o termo correto é substituição de importações, não “exportações”. Além disso, o efeito central foi industrial, não primariamente agrícola.

C — Inválida: o “suicídio de Getúlio Vargas” ocorreu em 1954, muito depois de 1930; e a menção às indústrias frigoríficas do Sul é específica e não representa a tendência dominante do período, que foi o avanço manufatureiro nas regiões urbanas.

D — Parcialmente enganosa: o New Deal influenciou ideias de intervenção estatal, mas não é a causa direta da Revolução de 1930 no Brasil; além disso, repete o erro do item B ao falar em “substituição de exportações”. O crescimento das camadas médias urbanas é uma consequência gradual, mas a alternativa mistura conceitos incorretos.

Dica de prova: ao ler enunciados, destaque eventos-chave (ex.: “crise das oligarquias do café”) e associe-os a causas e efeitos cronologicamente coerentes. Desconfie de termos invertidos como “substituição de exportações”, que costuma ser pegadinha.

Fontes sugeridas: Boris Fausto, História do Brasil; Thomas E. Skidmore, Brasil: de Getúlio a Castelo.

Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!