Questõesde FGV sobre História da América Latina

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FGV 2020 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

As independências das colônias da América Ibérica tiveram aspectos semelhantes e particularidades locais. Entre as semelhanças mais relevantes, pode-se citar

A
a ruptura política sem uma revolução comparável nas estruturas sociais do período colonial.
B
a oposição manifesta dos libertadores aos princípios revolucionários da filosofia iluminista.
C
a ausência de participação de significativos movimentos populares nos processos independentistas.
D
a manutenção dos laços comerciais privilegiados com a economia das antigas metrópoles.
E
a importância ideológica do projeto futuro de unificação política dos povos americanos.
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FGV 2020 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina

Os escravos africanos cultivavam açúcar em ilhas das Caraíbas, que forneciam aos trabalhadores ingleses calorias e estímulos. Mas como se tornou possível uma complementaridade tão terrível? Só graças a poderosos sistemas de comércio e de navegação com capacidade de ligarem entre si partes diferentes deste sistema atlântico. Só graças a um aparelho institucional capaz de assegurar a aplicação de direitos de propriedade em diferentes partes de um sistema imperial.

(Frederick Cooper. Histórias de África. Capitalismo, Modernidade e Globalização, 2016. Adaptado.)

Esse sistema econômico intercontinental, característico da Idade Moderna, baseava-se

A
na atuação de uma estrutura estatal coercitiva.
B
na transferência de operários europeus para as áreas coloniais.
C
na transição da economia de subsistência para a de mercado.
D
na relação pacífica de nações de formações culturais diversas.
E
na incorporação das classes dominantes afro-ameríndias à industrialização.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

No mesmo ano em que o Nafta [1994] entrou em vigor, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), liderado pelo subcomandante Marcos, deu a conhecer ao mundo sua objeção ao tratado. (...) os zapatistas reclamaram uma nova atitude do Estado mexicano perante grupos sociais indígenas condenados a séculos de pobreza, exploração e abandono.

(Maria Ligia Prado e Gabriela Pellegrino. História da América Latina, 2014)

Referência do movimento citado, Emiliano Zapata foi um

A
líder camponês, comandante do Exército Libertador do Sul, que ofereceu importante contribuição para a vitória da Revolução Mexicana de 1910 e defendia a continuidade das terras do pueblo nas mãos das comunidades camponesas.
B
líder guerrilheiro que, depois de 1911, integrou o governo revolucionário mexicano, representando os interesses dos trabalhadores urbanos, assim como dos operários das minas de prata e da construção de ferrovias.
C
nacionalista mexicano que elegeu como o maior inimigo do povo do seu país os Estados Unidos, interessados especialmente na exploração do petróleo e da construção e administração das ferrovias no México.
D
presidente revolucionário mexicano, que assumiu o governo após a queda de Porfírio Dias, e, em 1913, foi emboscado e morto a mando de Venustiano Carranza, outra importante liderança popular da Revolução Mexicana.
E
partidário do ditador Porfírio Dias, que rompeu com o antigo aliado e, ao associar-se ao revolucionário Francisco Madero, organizou e liderou milícias populares com o objetivo de derrubar o regime autoritário mexicano.
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FGV 2017 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina

A respeito da conquista da América e de sua colonização empreendida pelos espanhóis, é correto afirmar:

A
Foram facilitadas pelo baixo índice de ocupação humana nas regiões do México, do Peru e da Bolívia, o que permitiu o estabelecimento de núcleos urbanos baseados nas referências culturais europeias.
B
Basearam-se na produção agrícola realizada nas plantations escravistas e no comércio local, o que garantiu o controle do território frente às invasões de outras potências europeias.
C
Basearam-se em um sistema administrativo dividido em vicereinados, cujas jurisdições se estendiam sobre vastas áreas territoriais e cabildos, representações políticas locais controladas por grandes proprietários, comerciantes e mineradores.
D
Foram marcadas pelo estímulo a fluxos migratórios provenientes da Península Ibérica, o que permitiu que, em poucas décadas, houvesse uma ampla maioria de europeus e seus descendentes nos territórios americanos controlados pela Espanha.
E
Caracterizaram-se pela tolerância religiosa e pela diversidade política, o que acabou por transformar a América Espanhola em área de refúgio para grupos e indivíduos perseguidos no continente europeu por suas crenças e práticas políticas.
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FGV 2016, FGV 2016 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

Sobre o México e o seu processo de emancipação política é correto afirmar:

A
Foi iniciado em 1810, com forte caráter popular, e concluído em 1821, como um movimento de elite.
B
Foi o único movimento de independência política comandado por escravos, libertos e mestiços.
C
Foi inspirado no princípio de unidade latino-americana defendido por Símon Bolívar.
D
Serviu de referência para os demais movimentos emancipatórios americanos pelo seu republicanismo.
E
Foi marcado pela ausência de conflitos armados, ao contrário dos demais movimentos americanos.
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FGV 2015 - História - História da América Latina, Primeira metade do século XX: Revolução Mexicana, peronismo e cardenismo

A imagem acima é representativa do movimento muralista mexicano, que, entre outras características, explorou temas da História do México. Nesse detalhe, é possível identificar a

A
ausência de elementos da religiosidade católica devido à valorização dos aspectos indígenas.
B
representação de uma História com pouca ênfase aos seus conflitos sociais e às tensões políticas.
C
mestiçagem cultural característica da formação do México e de diversos outros Estados latino-americanos.
D
crítica explícita à dominação imperialista dos Estados Unidos em relação ao México.
E
defesa do papel da elite mexicana como condutora dos destinos coletivos de sua nação.
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FGV 2015, FGV 2015 - História - História da América Latina

O poeta canta:

A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem." (Pablo Neruda).

Talvez não seja inútil partir desses versos para tentar perceber por que elementos – que encarados em seu conjunto, constituem um mecanismo – foi possível a conquista da América.

(Ruggiero Romano, Mecanismos da Conquista Colonial. 1973. Adaptado)

Sobre o trecho citado, é correto afirmar que a conquista espanhola da América

A
diferenciou-se muito da praticada pelos portugueses no Brasil, porque houve a instituição de pequenas propriedades rurais, a produção essencialmente voltada para o mercado interno e, ao mesmo tempo, uma política indigenista que privilegiou a catequese e condenou todas as formas de exploração do trabalho indígena, estabelecendo o trabalho assalariado para as atividades produtivas; mas a ausência de alimentos fez a fome prevalecer entre os colonos.
B
contou com muitas condições facilitadoras, caso da organização social das sociedades indígenas, produtoras de excedentes agrícolas e acostumadas com o trabalho de exploração extrativista mineral; mas, por outro lado, os religiosos espanhóis defendiam a necessidade da escravidão indígena a fim de que os nativos da América percebessem a importância da fé religiosa e do temor a Deus para a construção de laços familiares estáveis e moralmente aceitos.
C
foi organizada pelas elites coloniais, representadas pelos criollos, que criaram vários mecanismos de exploração do trabalho indígena, prevalecendo a condição escrava, porque, ainda que os preceitos jurídicos explicitassem a qualidade dos nativos de homens livres, cada morador adulto de aldeias era obrigado a oferecer a metade dos dias do ano de trabalho nas propriedades agrícolas, sempre com o irrestrito apoio das congregações religiosas, especialmente a dos jesuítas.
D
constitui-se como um organismo, no qual se articularam a superioridade bélica do colonizador, exemplificada pelo uso do cavalo; a existência de alguns mitos religiosos que precederam a presença espanhola na América, caso das profecias que garantiam a chegada iminente de novos deuses ou de calamidades; e uma considerável modificação nas formas de organização das sociedades nativas americanas, materializada na imposição de novas formas e ritmos de trabalho.
E
esteve sempre muito ameaçada pela dificuldade em obter mão de obra farta, porque as guerras entre os povos nativos eram constantes e geravam muitas mortes e, além disso, porque havia uma pressão importante de vários setores da Igreja Católica para que os indígenas só fossem deslocados às frentes de trabalho depois da formação catequética, que demorava alguns anos e retirava dos índios a motivação para as atividades mais rudes, caso da extração da prata.
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FGV 2014 - História - História da América Latina, América Latina na segunda metade do século XX: revoluções, transformações e permanências

É a América Latina, as regiões das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, tudo se transformou em capital estrangeiro e como tal acumula-se até hoje. A causa nacional latino-americana é, antes de tudo, uma causa social.

(Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina, 1978, p. 14 e 281. Adaptado)

A partir do texto, é correto afirmar que

A
a luta na América pela ruptura do domínio espanhol manteve o poder econômico dos criollos, somado ao poder político que preservou a estrutura colonial, inclusive a escravidão, e garantiu o livre comércio aos britânicos, enquanto a maioria desapropriada, que lutou pela terra, continuou pobre e excluída, submetida à elite, dominante internamente e dominada externamente.
B
o processo de independência da América Latina transformou a estrutura colonial, na medida em que a elite criolla aboliu a escravidão e promoveu a reforma agrária, diminuindo as distâncias sociais, ou seja, elaborou um projeto social próprio, o que afastou os interesses britânicos, estimulou os investimentos nacionais e fez o Estado assumir sua própria identidade latino-americana.
C
o movimento de emancipação latino-americano restringiu-se aos aspectos culturais, ou seja, não ocorreu a descolonização, pois a estrutura colonial permaneceu, exceção à escravidão, obstáculo ao avanço do liberalismo, abolida pelos criollos para garantir o consumo dos produtos franceses, já que o projeto político dos proprietários estava em sintonia com os interesses externos capitalistas.
D
a ruptura latino-americana com a metrópole espanhola foi revolucionária, na medida em que as classes dominantes locais, os criollos, perderam o poder que tinham na estrutura colonial, graças à luta social dos não-proprietários que promoveram a descolonização e implantaram um projeto político identificado com os interesses populares, como o fim da escravidão, a reforma agrária e o voto universal.
E
o movimento de quebra dos laços coloniais ocorreu de forma violenta, no qual a maioria não-proprietária teve papel decisivo, transformando a luta em uma causa social, destruindo a estrutura colonial e construindo um projeto político que atendeu tanto aos interesses dos criollos como aos dos ingleses, isto é, fornecer produtos para o mercado externo e consumir os produtos industrializados.
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FGV 2014 - História - Guerra Fria e as ditaduras militares, História da América Latina

Examine o seguinte cartaz:



Este cartaz deve ser interpretado como

A
uma convocatória à oposição para que pegasse em armas contra o governo de Juan Domingo Perón.
B
um apelo para que os militares argentinos libertassem os presos políticos durante a Copa do Mundo de futebol de 1978.
C
uma provocação do governo brasileiro da época, contra o regime autoritário que se instalara na Argentina.
D
um alerta aos riscos de se visitar a Argentina após a Copa do Mundo, quando se instaurou a ditadura militar.
E
uma denúncia à violência da ditadura militar argentina, que organizava a Copa do Mundo de 1978.