Questõesde FAMEMA sobre História

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FAMEMA 2016 - História - História da América Latina

    A instabilidade social e política do Terceiro Mundo era evidente para os EUA, protetores do status quo global, que a identificavam com o comunismo soviético. Quase desde o início da Guerra Fria, os EUA partiram para combater esse perigo por todos os meios, desde a ajuda econômica e a propaganda ideológica até a guerra maior, passando pela subversão militar oficial e não oficial.

                                                                 (Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995. Adaptado.)



Durante as décadas de 1960 e 1970, setores sociais de países da América Latina combateram “esse perigo” por meio de

A
guerrilhas financiadas pelo governo soviético, que promoveram a implantação de regimes comunistas em boa parte do continente.
B
governos populistas, que se legitimaram em eleições fraudulentas e adotaram medidas modernizantes ao romper relações com os EUA.
C
empréstimos oriundos da União Europeia, que visaram à melhoria das condições sociais nos países mais pobres do continente.
D
golpes que estabeleceram ditaduras militares e privaram os cidadãos de parte de seus direitos, às vezes com apoio explícito dos EUA.
E
campanhas publicitárias que mostraram os progressos dos países do bloco socialista e criticaram o modelo econômico estadunidense.
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FAMEMA 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No Brasil Colonial, uma determinada atividade gerou maior articulação entre regiões distantes, ampliou a intervenção regulamentadora da metrópole e deu origem a uma sociedade diferenciada, caracterizada pela vida urbana, pelo aumento da mestiçagem e do número de alforrias e por uma notável produção cultural. Trata-se

A
da pecuária no sertão nordestino.
B
das plantations de tabaco e algodão no Nordeste.
C
da coleta de drogas do sertão na região amazônica.
D
das missões jesuíticas no Sul.
E
da extração de ouro nas Minas Gerais.
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FAMEMA 2016 - História - Construção do Estado Liberal: Revolução Francesa, História Geral

    Nosso atual modelo de Estado é fruto da Revolução Francesa, que, fascinada pela democracia grega, considerava que os atenienses criaram o princípio do Estado legal – um governo fundado em leis discutidas, planejadas, emendadas e obedecidas por cidadãos livres – e a ideia de que o Estado representa uma comunidade de cidadãos livres. Ao afirmarem que o governo era algo que as pessoas criavam para satisfazer as necessidades humanas, os atenienses consideravam seus governantes homens que haviam demonstrado capacidade para dirigir o Estado, e não deuses ou sacerdotes.

                                                          (Flavio de Campos e Renan G. Miranda. A escrita da História, 2005.)



De acordo com o excerto e seus conhecimentos, é correto afirmar que

A
a concepção moderna de democracia deriva da Revolução Francesa e da Atenas antiga, embora nesta a cidadania estivesse limitada à minoria da população.
B
a democracia ateniense, por fundamentar-se na comunidade de homens livres, não era compatível com a existência de trabalho escravo.
C
a Revolução Francesa ampliou o conceito de democracia grega, ao tornar cidadãos todos os habitantes da comunidade, inclusive as mulheres e os estrangeiros.
D
os gregos desenvolveram a noção de lei como uma emanação dos deuses, à qual os homens deveriam obedecer após discussão em assembleia.
E
os atenienses vinculavam a política à religião e, por isso, seu Estado nacional dependia da razão divina e limitava a expressão política dos cidadãos.
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FAMEMA 2017 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil, República de 1954 a 1964

A tragédia dos últimos meses do governo Goulart residiu na tendência cada vez mais acentuada de se descartar a via democrática para a solução da crise. A direita ganhou os conservadores moderados, sobretudo amplos setores da classe média, para sua perspectiva de que só uma revolução promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim aos perigos do comunismo, à luta de classes, ao poder dos sindicatos e à corrupção. Na esquerda, a então chamada democracia formal era vista apenas como um instrumento que ia se tornando inútil, ao aproximar-se a tomada do poder.


(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org). Olhando para dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)


Essa interpretação do historiador sobre o final do governo de João Goulart (1961-1964) remete 

A
aos interesses dos comunistas na manutenção da democracia, que justificaram a derrubada do presidente.
B
às ambiguidades do populismo, que permitiram uma sólida aliança entre partidos comunistas e ultradireitistas.
C
aos reflexos da Revolução Cubana, que levaram ao alinhamento político do Brasil com o bloco socialista.
D
às tensões políticas internas e seus vínculos com a Guerra Fria, que estimularam os discursos anticomunistas.
E
aos problemas econômicos do país, que justificaram a tomada do poder pela classe média nacionalista.
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FAMEMA 2017 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial

Observe a charge sobre o Tratado de Versalhes.

A
a humilhação da Alemanha após a Primeira Guerra e a ascensão do nazismo.
B
o grande poderio bélico da Alemanha e suas conquistas durante a Primeira Guerra.
C
a derrocada da Alemanha nazista e a condenação dos crimes da Segunda Guerra.
D
a paz sem vencedores da Segunda Guerra e o crescimento do partido nazista.
E
o auge do Império Alemão após a Guerra Franco-Prussiana e a crise partidária no país.
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FAMEMA 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Havia muito capital e muita riqueza entre os lavradores de cana, alguns ligados por laços de sangue ou matrimônio aos senhores de engenho. Havia também um bom número de mulheres, não raro viúvas, participando da economia açucareira. Digno de nota até o fim do século XVIII, contudo, era o fato de os lavradores de cana serem quase invariavelmente brancos. Os negros e mulatos livres simplesmente não dispunham de créditos ou capital para assumir os encargos desse tipo de agricultura.

                                                             (Stuart Schwartz. “O Nordeste açucareiro no Brasil Colonial”. In: João Luis R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (orgs). O Brasil Colonial, vol 2, 2014.)


O excerto indica que a sociedade colonial açucareira foi

A
organizada em classes, cuja posição dependia de bens móveis.
B
apoiada no trabalho escravo, principalmente o dos lavradores de cana.
C
baseada na “limpeza de sangue”, portanto se proibia a miscigenação.
D
determinada pelos recursos financeiros, o que impedia a mobilidade.
E
hierarquizada por critérios diversos, tais como a etnia e riqueza.
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FAMEMA 2018 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

Analise a charge de Luiz Gê, publicada na Folha de S.Paulo em 1981.

O processo de abertura política iniciou-se no governo do general Geisel e prosseguiu no de Figueiredo. A charge revela que esse processo

A
apoiava a liberdade de expressão e de imprensa.
B
associava medidas democráticas a outras autoritárias.
C
articulava os sindicatos como base de apoio ao governo.
D
unificava diferentes correntes ideológicas e partidárias.
E
relacionava o nacionalismo ao intervencionismo estatal.
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FAMEMA 2018 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina, Civilizações Pré-Colombianas: Maias, Aztecas e Incas

   A varíola cruzou pela primeira vez o oceano Atlântico, chegando, especificamente, à ilha Hispaniola no final de 1518 ou início de 1519. Durante os quatro séculos seguintes, a doença desempenhou um papel tão essencial quanto a pólvora no avanço do imperialismo branco do ultramar – um papel talvez até mais importante, pois os indígenas acabaram voltando o mosquete, e depois o rifle, contra os invasores, mas a varíola pouquíssimas vezes lutou do lado dos primeiros habitantes.


                                 (Alfred W. Crosby. Imperialismo ecológico: a expansão biológica da Europa, 900-1900, 2011. Adaptado.)


Depreende-se do excerto que

A
o uso de armas de fogo foi o fator principal da vitória dos ameríndios sobre os europeus.
B
a vulnerabilidade dos europeus decorreu da tecnologia bélica dos ameríndios.
C
o controle sobre o avanço da varíola trazida pelos europeus fortaleceu os ameríndios.
D
a suscetibilidade dos ameríndios a novas doenças facilitou o domínio dos europeus.
E
a passividade dos ameríndios diante da conquista europeia consolidou a colonização.
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FAMEMA 2018 - História - História Geral, Descolonização Afro-asiática : novos Estados, nova arena internacional

Os anos de 1945 a 1960 foram marcados pela explosão do sentimento nacional nas dezenas de países da Ásia, da África e do Oriente Médio. É na modificação das relações de força no seio de cada colônia ou em cada grupo de colônias que se devem procurar as causas do enfraquecimento do velho sistema de dominação. Nenhum movimento de libertação nacional podia esperar a vitória se não contasse com o apoio total de sua população. Uma das consequências da Segunda Guerra Mundial foi o enfraquecimento da Europa e a emergência de duas grandes potências: a União Soviética e os Estados Unidos da América. As duas tomaram posições anticolonialistas.


                                               (Carlos Serrano e Kabengele Munanga. A revolta dos colonizados, 1995. Adaptado.)



De acordo com o excerto, esses movimentos de independência conjugavam


A
a unificação política das colônias e a ascensão de partidos comunistas.
B
a conscientização dos povos coloniais e as tensões da Guerra Fria.
C
o pacifismo nas colônias e o desenvolvimento dos países capitalistas.
D
a ação de elites coloniais e os confrontos militares entre as superpotências.
E
o nacionalismo dos dominados e a hegemonia das potências europeias.
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FAMEMA 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

    O problema das “origens” do feudalismo gerou inúmeras polêmicas sobre o fim do Império Romano no Ocidente (século V) e o surgimento das instituições feudais. Comumente, aceita-se a tese da junção de formas sociais romanas e germânicas que, justapostas, engendrariam as bases da sociedade feudal.

    Outros historiadores têm procurado ver na própria crise interna do império, particularmente a partir do século III, as causas da decadência romana e sua fragilidade em face dos bárbaros.

                                                                   (Francisco C. T. da Silva. Sociedade feudal, 1982. Adaptado.)


As origens do sistema feudal podem ser encontradas 

A
no declínio da escravidão no Império Romano, o que originou nova forma de trabalho, e na noção de fidelidade pessoal dos germanos.
B
no fracasso da reforma agrária no Império Romano, o que intensificou as guerras civis, e na concepção de poder divino dos germanos.
C
na assimilação dos povos dominados, que se tornaram plenos cidadãos romanos, e na ideia de propriedade privada dos germanos.
D
no fortalecimento da autoridade imperial, que se sobrepôs ao Senado romano, e na tradição das leis escritas dos povos germânicos.
E
na crise dos minifúndios romanos, o que gerou intenso êxodo rural, e nas relações escravistas típicas das comunidades germânicas.
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FAMEMA 2019 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai de família. Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à fratria1 paterna, inicialmente em um sacrifício oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era indispensável que o jovem passasse pelas duas.

(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.)

1 fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral.

De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia

A
da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade.
B
da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra.
C
do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado.
D
de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos.
E
do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica.
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FAMEMA 2019 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O período mais produtivo da Época de Ouro da MPB coincide, basicamente, com o Estado Novo (1937-1945), implantado por Getúlio Vargas. Não é uma simples coincidência. Em 1937, Vargas criou o Ince (Instituto Nacional de Cinema Educativo), o SNT (Serviço Nacional de Teatro) e o INL (Instituto Nacional do Livro). De outro lado, Vargas também operava, com mão de ferro, o famigerado DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

(José Arbex Jr. e Maria Helena V. Senise. Cinco séculos de Brasil, 1998. Adaptado.)

Durante o Estado Novo,

A
a postura crítica na música contrastava com a simplicidade das outras áreas da cultura, que se submetiam ao governo.
B
a criação de instituições culturais prejudicava intelectuais e artistas, que intensificavam sua oposição ao governo.
C
a política econômica do governo privilegiava a industrialização, o que deixava a cultura sem verbas suficientes.
D
a produção cultural reforçava o nacionalismo exaltado pelo governo, que cerceava a liberdade de expressão.
E
o projeto do governo baseava-se em medidas elitistas, o que limitava as manifestações culturais populares.
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FAMEMA 2019 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, História da América Latina

Observe as obras que representaram, posteriormente aos fatos, os processos de independência da Venezuela e do Brasil.

Nessas representações, pode-se observar

A
o caráter elitista dos movimentos emancipatórios.
B
a influência das ideias liberais vindas da Europa.
C
o uso de tropas coloniais com participação popular.
D
o exemplo da independência norte-americana.
E
a negociação diplomática com as metrópoles.
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FAMEMA 2019 - História - História Geral, Ocupação de novos territórios: Colonialismo

O avanço das culturas sul-americanas nas zonas tropicais africanas conhece três etapas. Num primeiro tempo, a América exporta mandioca através da Guanabara e do litoral vicentino. Numa segunda etapa, a mandioca, o milho, a batata-doce e frutas sul-americanas passam a ser plantados nas terras africanas. Num terceiro tempo, tais culturas espalham- -se pelos sertões africanos. O uso do milho e da mandioca como ração dos povos da região permitiu que os guerreiros negreiros dilatassem suas áreas de captura. Roças de mandioca e milho são abertas nas áreas de parada e descanso dos bandos, facilitando o transporte terrestre de um maior número de cativos do sertão.

(Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes, 2000. Adaptado.)


O historiador

A
relaciona a influência cultural africana com o desenvolvimento da agricultura na América.
B
mostra o intercâmbio econômico entre os indígenas americanos e os guerreiros africanos.
C
associa a introdução de novos cultivos na África com o aumento do tráfico negreiro.
D
evidencia o escambo de produtos agrícolas americanos por cativos do interior africano.
E
destaca a importância da monocultura de exportação desenvolvida no Atlântico Sul.