Questõesde IF-GO sobre História e Geografia de Estados e Municípios

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IF-GO 2012 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Goiás

“Baianinho era cativo do coronel Batista, a quem ficara devendo um despropósito. Dívida fantástica, dívida inventada pelo coronel. Baianinho comprava uma rapadura, o coronel assentava duas em sua conta; no mercado a rapadura custava quinhentos réis, nos assentamentos do coronel cada rapadura custava o dobro. Com cinco anos Baianinho devia tanto que não pagaria ainda que trabalhasse o restante da vida”.  

(ÉLIS, Bernardo. O Tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979)

As construções literárias buscam retratar, em essência, ações culturais e a realidade social de um povo ou região. A literatura goiana não foi diferente. Nessa passagem da obra O Tronco, Bernardo Élis busca retratar a realidade social das relações de trabalho entre coronéis e seus agregados no sertão goiano.

A partir do que foi apresentado sobre o coronelismo em Goiás, assinale a alternativa correta

A
O coronelismo foi um fenômeno social muito presente em regiões de forte urbanização. Os coronéis controlavam não só a vida no campo como também na cidade. Juízes, delegados, diretores de escola todos eram subordinados ao coronel.
B
Uma prática comum nas relações entre coronéis e seus agregados era a dependência dos segundos aos primeiros. Esta era conseguida com a violência, a exploração, o abusos de poder, o endividamento nos armazéns do coronel.
C
Há uma forte relação entre a Literatura e a Ciência da História, chegando ao ponto de as duas se confundirem a partir do momento em que as verdades de uma e de outra tornam-se as mesmas, como se vê no romance O Tronco.
D
As oligarquias goianas nada tiveram de coronelismo, muito pelo contrário: Bulhões, Caiados e Teixeiras lutavam para trazer o desenvolvimento para Goiás e acabar com a exploração que havia sobre o povo.
E
É certo que a literatura goiana é muito rica e diversificada, porém em nada ela pode nos ajudar a compreender a história de Goiás. A Literatura em nada pode contribuir com a Ciência da História, pois a Literatura só produz ficções, já a História busca a verdade dos fatos.
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IF-GO 2011 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Goiás

“Do conselho dos notáveis do arraial somente fazem parte dois vogais que não pertencem a essa parentalha dos Pereira Moreira. O chefe, o que manobra, é o mais velho tratado por Zezão Vigilato Pereira Moreira, a quem todos obedecem. O conselho discute tudo, mas na hora de decidir, quem dá a palavra se consente ou não é seu Zezão”.
BERNARDES, Carmo. Santa Rita. Goiânia: Ed. UFG, 1995, p. 13.

Com base no fragmento textual de Carmo Bernardes e no processo histórico concernente a ele, assinale a alternativa incorreta no que se refere ao coronelismo em Goiás.

A
O texto nos mostra, através de uma história fictícia, algumas práticas do coronelismo em Goiás: familiocracia, centralização do poder regional e estreita relação entre o público e o privado.
B
No período da Primeira República brasileira, em Goiás, os coronéis, representados pelo personagem Zezão Vigilato, tinham grande poder regional.
C
O coronelismo em Goiás não é muito bem caracterizado na narrativa de Bernardes, pois as práticas dos Caiados e Bulhões se apoiavam mais na Política do Pão e Circo.
D
A prática coronelística em Goiás não é registrada apenas nas obras de Carmo Bernardes. Escritores como Bernardo Elis e Hugo de Carvalho Ramos, entre outros, escreveram obras que também abordam este fenômeno político-social.
E
Caiadismo e bulhonismo são expressões regionais do coronelismo que caracterizou a política em Goiás na Primeira República.
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IF-GO 2012 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Município de Goiânia, História e Geografia do Estado de Goiás

“Por fim, vamos notar Goiânia como uma consolidação entre urbano e o rural, capaz de absorver os elementos existentes e as ideias em trânsito, o velho e o novo, a oligarquia e a revolução, a agricultura e o comércio. Enfim, Goiânia será também uma obra deste período de transição”
CHAUL, Nasr N. F. A construção de Goiânia e a transferência da capital. Goiânia: Editora da UFG, 1988. p. 46.

Com base no texto do historiador Nasr N. F. Chaul, marque a alternativa correta.

A
A transferência da capital e a construção de Goiânia ocorreram, principalmente, por motivos econômicos, frutos de um contexto de expansão capitalista.
B
A construção de Goiânia ocorreu em um período de transição em que tradição e modernidade, rural e urbano, mesclavam-se.
C
A construção de Goiânia aconteceu em função da Marcha para o Oeste, sobretudo em função da transição da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília.
D
O principal motivo da transferência da capital e da construção de Goiânia foi político. Goiânia foi a superação da tradição e o fim do coronelismo.
E
A construção de Goiânia deve ser vista em um contexto de transição, em que o novo supera o antigo, em que a oligarquia supera a democracia.
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IF-GO 2010 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Goiás

“Baianinho era cativo do coronel Batista, a quem ficara devendo um despropósito. Dívida fantástica, dívida inventada pelo coronel. Baianinho comprava uma rapadura, o coronel assentava duas em sua conta; no mercado a rapadura custava quinhentos réis, nos assentamentos do coronel cada rapadura custava o dobro. Com cinco anos Baianinho devia tanto que não pagaria ainda que trabalhasse o restante da vida”.
(ÉLIS, Bernardo. O Tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979)

As construções literárias buscam retratar, em essência, ações culturais e a realidade social de um povo ou região. A literatura goiana não foi diferente. Nessa passagem da obra O Tronco, Bernardo Élis busca retratar a realidade social das relações de trabalho entre coronéis e seus agregados no sertão goiano.
A partir do que foi apresentado sobre o coronelismo em Goiás, assinale a alternativa correta.

A
O coronelismo foi um fenômeno social muito presente em regiões de forte urbanização. Os coronéis controlavam não só a vida no campo como também na cidade. Juízes, delegados, diretores de escola todos eram subordinados ao coronel.
B
Uma prática comum nas relações entre coronéis e seus agregados era a dependência dos segundos aos primeiros. Esta era conseguida com a violência, a exploração, o abusos de poder, o endividamento nos armazéns do coronel.
C
Há uma forte relação entre a Literatura e a Ciência da História, chegando ao ponto de as duas se confundirem a partir do momento em que as verdades de uma e de outra tornam-se as mesmas, como se vê no romance O Tronco.
D
As oligarquias goianas nada tiveram de coronelismo, muito pelo contrário: Bulhões, Caiados e Teixeiras lutavam para trazer o desenvolvimento para Goiás e acabar com a exploração que havia sobre o povo.
E
É certo que a literatura goiana é muito rica e diversificada, porém em nada ela pode nos ajudar a compreender a história de Goiás. A Literatura em nada pode contribuir com a Ciência da História, pois a Literatura só produz ficções, já a História busca a verdade dos fatos.
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IF-GO 2010 - História e Geografia de Estados e Municípios - História e Geografia do Estado de Goiás

“A ação contra a subversão jesuítica e a longa devassa administrativa contra a corrupção instauradas no governo de João Manuel de Melo em Goiás (1659-1770) nos proporcionam um acesso privilegiado para os estudos da estrutura administrativa e do funcionamento dos governos coloniais da época do iluminismo”.

PALACÍN, Luiz. Subversão e corrupção: um estudo da administração pombalina em Goiás. Goiânia: Editora da UFG, 1983. p. 08.


Baseado no texto, marque a alternativa correta:

A
A administração do Marquês de Pombal, influenciada pelas ideias de racionalização do iluminismo, efetuou devassas e processos para apurar casos de corrupção nos territórios de minas, mas Goiás ficou imune a estas ações
B
O estudo de Palacín ajuda a desmistificar a ideia de que a corrupção é algo presente apenas no sistema político brasileiro atual. Ele afirma, ainda, que a corrupção, do ponto de vista histórico-social, é um elemento inerente ao ser humano.
C
Os iluministas, principalmente Montesquieu, John Locke e Voltaire, defenderam em seus escritos ideias que favorecem as bases de movimentos de independência colonial, como foi o caso do Governador João Manuel de Melo, em Goiás (1659-1770).
D
O estudo de Palacín mostra o que ocorrera em Goiás na época da administração pombalina: devassas e processos para apurar casos de corrupção que esbarravam na própria lógica do sistema existente na capitania, mas que em muito refletia a tendência da administração pombalina de apresentar-se como salvadora, criando o mito do perigo jesuítico e exagerando sua ruptura com o passado.
E
O texto de Palacín faz alusão à tentativa do Marquês de Pombal, como um déspota esclarecido, de colocar em prática as ideias iluministas de racionalização da coisa pública, ir contra as ações de mazelas e preconceitos dos religiosos, sobretudo os jesuíticos, para com os índios e, principalmente, combater a prática de corrupção que havia no governo de João Manuel de Melo.