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FUVEST 2018 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Os comentadores do texto sagrado (…) reconhecem a submissão da mulher ao homem como um dos momentos da divisão hierárquica que regula as relações entre Deus, Cristo e a humanidade, encontrando ainda a origem e o fundamento divino daquela submissão na cena primária da criação de Adão e Eva e no seu destino antes e depois da queda.

CASAGRANDE, C., A mulher sob custódia, in: História das Mulheres, Lisboa:
Afrontamento, 1993, v. 2, p. 122‐123.

O excerto refere‐se à apreensão de determinadas passagens bíblicas pela cristandade medieval, especificamente em relação à condição das mulheres na sociedade feudal. A esse respeito, é correto afirmar:

A
As mulheres originárias da nobreza podiam ingressar nos conventos e ministrar os sacramentos como os homens de mesma condição social.
B
A culpabilização das mulheres pela expulsão do Paraíso Terrestre servia de justificativa para sua subordinação social aos homens.
C
As mulheres medievais eram impedidas do exercício das atividades políticas, ao contrário do que acontecera no mundo greco‐romano.
D
As mulheres medievais eram iletradas e tinham o acesso à cultura e às artes proibido, devido à sua condição social e natural.
E
A submissão das mulheres medievais aos homens esteve desvinculada de normatizações acerca da sexualidade.
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FUVEST 2018 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

(…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções.

PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto
Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81.

Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada

A
no processo de formação da urbe romana e de edificação de entradas defensivas contra invasões de povos considerados bárbaros.
B
nas celebrações religiosas das divindades romanas vinculadas aos ritos de fertilidade e aos seus ancestrais etruscos.
C
nas celebrações das vitórias militares romanas que permitiram a expansão territorial, a consolidação territorial e o estabelecimento do sistema escravista.
D
na edificação de monumentos comemorativos em memória das lutas dos plebeus e do alargamento da cidadania romana.
E
nos registros das perseguições ao cristianismo e da destruição de suas edificações monásticas.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Segundo o texto, após ingresso nos Estados Unidos, os migrantes que requerem asilo

TIME, August 23, 2018. Adaptado.

A
têm seu processo julgado com mais rapidez.
B
precisam comprovar sua idoneidade.
C
aguardam na fronteira, onde sua petição é avaliada.
D
são mais determinados a permanecer no país.
E
têm seu pedido negado com frequência.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

Com base no texto e nos fatos que envolveram a política imigratória dos EUA em junho de 2018, é correto afirmar:

TIME, August 23, 2018. Adaptado.

A
O presidente Donald Trump, por pressão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), flexibilizou a punição aos imigrantes ilegais, passando a tratar os casos em cortes de imigração e não mais por meio de indiciamento criminal.
B
O presidente Donald Trump finalizou a construção do muro na fronteira México‐EUA, desde a costa leste até a oeste, com o objetivo de conter a nova onda imigratória de venezuelanos e hondurenhos.
C
Imigrantes mexicanos que seguiram as regras oficiais para imigração nos EUA obtiveram concessão de asilo político em curto prazo, especialmente nas cortes da Califórnia, tradicional reduto conservador e base eleitoral do presidente Donald Trump.
D
A construção de uma barreira física entre México e EUA visa, segundo o presidente Donald Trump, consolidar um estado fronteiriço, no qual os imigrantes deverão permanecer algum tempo antes de ingressarem em outras partes do país.
E
As barreiras construídas entre México e EUA são, além de físicas, também psicológicas, como pôde ser visto no caso em que milhares de crianças imigrantes foram separadas de suas famílias.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

A frase nominal “this kind of barrier” (L. 14‐15) refere‐se

TIME, August 23, 2018. Adaptado.

A
ao muro de Trump na fronteira com o México.
B
à ponte The Gateway International Bridge.
C
a protestos de migrantes na fronteira.
D
ao muro invisível criado por práticas do governo Trump.
E
a medidas adotadas nos tribunais de imigração.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

De acordo com o texto, para ingresso nos Estados Unidos, o cruzamento da fronteira entre este país e o México, no local denominado The Gateway International Bridge, é

TIME, August 23, 2018. Adaptado.

A
dificultado para alguns migrantes.
B
negado para casos de reincidentes.
C
adiado para os migrantes que seguem as regras.
D
condicionado à nacionalidade do solicitante.
E
liberado para os migrantes com documentação válida.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

De acordo com o texto, considera‐se contraditório, em relação à percepção humana do tempo,

Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

A
seu poder de cura e destruição.
B
sua natureza pública e privada.
C
seu caráter ordenado e irregular.
D
seu sentido de submissão e liberdade.
E
seu grau de abundância e desperdício.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

No texto, a expressão que melhor representa o caráter supostamente exato do tempo é:

Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

A
“In our clock‐studded, cell‐phone society” (L. 2).
B
“never more than a glance away” (L. 3).
C
“confident that we will always know it is 7:03 P.M.” (L. 5‐6).
D
“Bound by the speed of light” (L. 10‐11).
E
“like a strange syrup” (L. 16).
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Entre os dois trechos do romance, nota‐se o movimento que vai da memória de vivências à revisão que o defunto autor faz de um mesmo episódio. A citação, pertencente a outro capítulo do mesmo livro, que melhor sintetiza essa duplicidade narrativa, é:

I. Cinquenta anos! Não era preciso confessá‐lo. Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto* como nos primeiros dias. Naquela ocasião, cessado o diálogo com o oficial da marinha, que enfiou a capa e saiu, confesso que fiquei um pouco triste. Voltei à sala, lembrou‐me dançar uma polca, embriagar‐ me das luzes, das flores, dos cristais, dos olhos bonitos, e do burburinho surdo e ligeiro das conversas particulares. E não me arrependo; remocei. Mas, meia hora depois, quando me retirei do baile, às quatro da manhã, o que é que fui achar no fundo do carro? Os meus cinquenta anos.  

*ágil

II.     Meu caro crítico,
        Algumas páginas atrás, dizendo eu que tinha cinquenta anos, acrescentei: “Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto como nos primeiros dias”. Talvez aches esta frase incompreensível, sabendo‐se o meu atual estado; mas eu chamo a tua atenção para a sutileza daquele pensamento. O que eu quero dizer não é que esteja agora mais velho do que quando comecei o livro. A morte não envelhece. Quero dizer, sim, que em cada fase da narração da minha vida experimento a sensação correspondente. Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo. 

Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A
“A conclusão, portanto, é que há duas forças capitais: o amor, que multiplica a espécie, e o nariz, que a subordina ao indivíduo”.
B
“Obra de finado. Escrevi‐a com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, e não é difícil perceber o que poderá sair desse conúbio”.
C
“Mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica; vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito do livro és tu, leitor”.
D
“Viver não é a mesma cousa que morrer; assim o afirmam todos os joalheiros desse mundo, gente muito vista na gramática”.
E
“Não havia ali a atmosfera somente da águia e do beija‐flor; havia também a da lesma e do sapo”.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

E grita a piranha cor de palha, irritadíssima:

– Tenho dentes de navalha, e com um pulo de ida‐e‐volta resolvo a questão!...

– Exagero... – diz a arraia – eu durmo na areia, de ferrão a prumo, e sempre há um descuidoso que vem se espetar.

– Pois, amigas, – murmura o gimnoto*, mole, carregando a bateria – nem quero pensar no assunto: se eu soltar três pensamentos elétricos, bate‐poço, poço em volta, até vocês duas boiarão mortas...


*peixe elétrico. 


Esse texto, extraído de Sagarana, de Guimarães Rosa,

A
antecipa o destino funesto do ex‐militar Cassiano Gomes e do marido traído Turíbio Todo, em “Duelo”, ao qual serve como epígrafe.
B
assemelha‐se ao caráter existencial da disputa entre Brilhante, Dansador e Rodapião na novela “Conversa de Bois”.
C
reúne as três figurações do protagonista da novela “A hora e vez de Augusto Matraga”, assim denominados: Augusto Estêves, Nhô Augusto e Augusto Matraga.
D
representa o misticismo e a atmosfera de feitiçaria que envolve o preto velho João Mangalô e sua desavença com o narrador‐personagem José, em “São Marcos”.
E
constitui uma das cantigas de “O burrinho Pedrês”, em que a sagacidade da boiada se sobressai à ignorância do burrinho.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em:

Carlos Drummond de Andrade.

Claro Enigma.


Ulisses


O mito é o nada que é tudo.

O mesmo sol que abre os céus

É um mito brilhante e mudo ‐ 

O corpo morto de Deus,

Vivo e desnudo.


Este, que aqui aportou,

Foi por não ser existindo.

Sem existir nos bastou.

Por não ter vindo foi vindo

E nos criou.


Assim a lenda se escorre

A entrar na realidade,

E a fecundá‐la decorre.

Em baixo, a vida, metade

De nada, morre.


Fernando Pessoa. Mensagem


*conversa íntima entre casais.

A
“Onde morri, existo” (L. 2).
B
“E das peles que visto / muitas há que não vi” (L. 3‐4).
C
“Desisto / de tudo quanto é misto / e que odiei ou senti” (L. 6‐8).
D
“à deusa que se ri / deste nosso oaristo” (L. 10‐11).
E
“mas não sou eu, nem isto” (L. 14).
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A passagem final do texto II – “Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo.” – denota um elemento presente no estilo do romance, ou seja,

I. Cinquenta anos! Não era preciso confessá‐lo. Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto* como nos primeiros dias. Naquela ocasião, cessado o diálogo com o oficial da marinha, que enfiou a capa e saiu, confesso que fiquei um pouco triste. Voltei à sala, lembrou‐me dançar uma polca, embriagar‐ me das luzes, das flores, dos cristais, dos olhos bonitos, e do burburinho surdo e ligeiro das conversas particulares. E não me arrependo; remocei. Mas, meia hora depois, quando me retirei do baile, às quatro da manhã, o que é que fui achar no fundo do carro? Os meus cinquenta anos.  

*ágil

II.     Meu caro crítico,
        Algumas páginas atrás, dizendo eu que tinha cinquenta anos, acrescentei: “Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto como nos primeiros dias”. Talvez aches esta frase incompreensível, sabendo‐se o meu atual estado; mas eu chamo a tua atenção para a sutileza daquele pensamento. O que eu quero dizer não é que esteja agora mais velho do que quando comecei o livro. A morte não envelhece. Quero dizer, sim, que em cada fase da narração da minha vida experimento a sensação correspondente. Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo. 

Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.
A
o realismo, visto no rigor explicativo dos fatos.
B
a religiosidade, que se socorre do auxílio divino.
C
o humor, capaz de relativizar as ideias.
D
a metalinguagem, que imprime linearidade à narração.
E
a ironia, própria do discurso positivo.
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FUVEST 2018 - Inglês - Interpretação de texto | Reading comprehension

No texto, a pergunta “What time is it?” (L. 1), inserida no debate da ciência moderna sobre a noção de tempo,

Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

A
corrobora a crença de que a passagem do tempo é uma garantia de renovação para a humanidade.
B
consiste na prova de que “o agora” é a realização de uma troca harmoniosa com o mundo.
C
representa a obsessão dos seres humanos pelo controle da vida com auxílio do relógio.
D
revela o esforço empreendido pelas pessoas na distribuição das tarefas ao longo do dia.
E
mostra o descompasso e a imprecisão relativos à percepção do presente e do passado.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando os poemas, assinale a alternativa correta.

Carlos Drummond de Andrade.

Claro Enigma.


Ulisses


O mito é o nada que é tudo.

O mesmo sol que abre os céus

É um mito brilhante e mudo ‐ 

O corpo morto de Deus,

Vivo e desnudo.


Este, que aqui aportou,

Foi por não ser existindo.

Sem existir nos bastou.

Por não ter vindo foi vindo

E nos criou.


Assim a lenda se escorre

A entrar na realidade,

E a fecundá‐la decorre.

Em baixo, a vida, metade

De nada, morre.


Fernando Pessoa. Mensagem


*conversa íntima entre casais.

A
As noções de que a identidade do poeta independe de sua existência biográfica, no “Sonetilho”, e de que o mito se perpetua para além da vida, em “Ulisses”, produzem uma analogia entre os poemas.
B
As referências a Mefisto (“diabo”, na lenda alemã de Fausto) e a Deus no “Sonetilho” e em “Ulisses”, respectivamente, associadas ao polo de opostos “morte” e “vida”, revelam uma perspectiva cristã comum aos poemas.
C
O resgate da forma clássica, no “Sonetilho”, e a referência à primeira pessoa do plural, em “Ulisses”, denotam um mesmo espírito agregador e comunitário.
D
O eu lírico de cada poema se identifica, respectivamente, com seus títulos. No poema de Drummond, trata‐se de alguém referido como “falso Fernando Pessoa”, já no poema de Pessoa, o eu lírico é “Ulisses”.
E
Os versos “As coisas tangíveis / tornam‐se insensíveis / à palma da mão. // Mas as coisas findas, / muito mais que lindas, / essas ficarão”, de outro poema de Claro Enigma, sugerem uma relação de contraste com os poemas citados.
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FUVEST 2018 - Português - Análise sintática, Sintaxe

No trecho “outras remexe o uru de palha matizada”, a palavra sublinhada expressa ideia de

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?  
José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro.


A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda e as tintas de que matiza o algodão.
José de Alencar. Iracema.



Glossário:
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 
A
concessão.
B
finalidade.
C
adição.
D
tempo.
E
consequência.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base nos trechos acima, é adequado afirmar:

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?  
José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro.


A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda e as tintas de que matiza o algodão.
José de Alencar. Iracema.



Glossário:
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 
A
Para Alencar, a literatura brasileira deveria ser capaz de representar os valores nacionais com o mesmo espírito do europeu que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera.
B
Ao discutir, no primeiro trecho, a importação de ideias e costumes, Alencar propõe uma literatura baseada no abrasileiramento da língua portuguesa, como se verifica no segundo trecho.
C
O contraste entre os verbos “chupar” e “sorver”, empregados no primeiro trecho, revela o rebaixamento de linguagem buscado pelo escritor em Iracema.
D
Em Iracema, a construção de uma literatura exótica, tal como se verifica no segundo trecho, pautou‐se pela recusa de nossos elementos naturais.
E
Ambos os trechos são representativos da tendência escapista de nosso romantismo, na medida em que valorizam os elementos naturais em detrimento da realidade rotineira.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para as seguintes afirmações relativas ao desfecho do romance A Relíquia, de Eça de Queirós:

I. O autor revela, por meio de Teodorico, sua descrença num Jesus divinizado, imagem que é substituída pela ideia de Consciência.
II. Ao ser sincero com Crispim, Teodorico conquista a vida de burguês que sempre almejou.
III. Teodorico dá ouvidos à mensagem de Cristo, arrepende‐se de sua hipocrisia beata e abraça a fé católica.

Está correto o que se afirma apenas em

A
I.
B
II.
C
I e II.
D
II e III.
E
I e III.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

I. Surge então a pergunta: se a fantasia funciona como realidade; se não conseguimos agir senão mutilando o nosso eu; se o que há de mais profundo em nós é no fim de contas a opinião dos outros; se estamos condenados a não atingir o que nos parece realmente valioso –, qual a diferença entre o bem e o mal, o justo e o injusto, o certo e o errado? O autor passou a vida a ilustrar esta pergunta, que é modulada de maneira exemplar no primeiro e mais conhecido dos seus grandes romances de maturidade.

II. É preciso todavia lembrar que essa ligação com o problema geográfico e social só adquire significado pleno, isto é, só atua sobre o leitor, graças à elevada qualidade artística do livro. O seu autor soube transpor o ritmo mesológico para a própria estrutura da narrativa, mobilizando recursos que a fazem parecer movida pela mesma fatalidade sem saída. (...) Da consciência mortiça da personagem podem emergir os transes periódicos em que se estorce o homem esmagado pela paisagem e pelos outros homens.


Nos fragmentos I e II, aqui adaptados, o crítico Antonio Candido avalia duas obras literárias, que são, respectivamente,

A
A Relíquia e Sagarana.
B
O Cortiço e Iracema.
C
Sagarana e O Cortiço.
D
Mayombe e Minha Vida de Menina.
E
Memórias Póstumas de Brás Cubas e Vidas Secas. 
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Uso dos conectivos, Coesão e coerência, Sintaxe

I. Diante da dificuldade, municípios de diferentes regiões do país realizaram um segundo “dia D” neste sábado. O primeiro ocorreu em 18 de agosto. A adesão, no entanto, ainda ficou abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que todo o público‐alvo da campanha seja vacinado.
Folha de S. Paulo. São Paulo. 03/09/2018.

II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o que ela busca já faz de você alguém especial. Muitos que procuram o balcão de emprego não compreendem que os detalhes são fundamentais para conseguir a recolocação. Agora, não pense que você vai conseguir na primeira investida, a busca por um novo emprego requer paciência e persistência, tenha você 20 anos ou 50.
Balcão de Emprego. Disponível em: <https://empregabrasil.com.br/>

O termo “Agora” pode ser substituído, respectivamente, em I e II e sem prejuízo de sentidos nos dois textos, por

A
Neste momento; Por conseguinte.
B
Neste ínterim; De fato.
C
Portanto; Ademais.
D
Todavia; Então.
E
Doravante; Mas.
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FUVEST 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Examine o anúncio.


Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul.


No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a

A
necessidade de leis de proteção para todos que trabalham.
B
existência de desigualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho.
C
permanência de preconceito racial na contratação de mulheres para determinadas profissões.
D
importância de campanhas dirigidas para a mulher trabalhadora.
E
discriminação de gênero que se manifesta na própria linguagem.