Questõesde UNICENTRO sobre Filosofia e a Grécia Antiga

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UNICENTRO 2018 - Filosofia - Os Pré-Socráticos, Filosofia e a Grécia Antiga

Quanto aos filósofos pré-socráticos, analise se V (verdadeiro) ou F (falso) e, em seguida, assinale a alternativa correta.

( ) A filosofia pré-socrática desenvolveu-se, fundamentalmente, como cosmologia.
( ) Os primeiros filósofos pré-socráticos foram também chamados de sofistas.
( ) Tales de Mileto é considerado, pelos historiadores da filosofia, como o primeiro filósofo grego, tendo se tornado conhecido por defender a tese segundo a qual a água é o maior dom de Deus para a humanidade.
( ) Opondo-se aos mitos, os primeiros filósofos gregos, também chamados de pré-socráticos, desenvolveram rigorosos métodos de comprovação de suas teorias sobre o universo, o que lhes assegurou o reconhecimento como fundadores da cosmologia crítica.

A
V, V, F e F.
B
V, F, V e F.
C
F, F, V e V.
D
V, F, F e V.
E
V, F, F e F.
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UNICENTRO 2018 - Filosofia - Mito e Filosofia, Filosofia e a Grécia Antiga

Sobre as principais características dos relatos mitológicos, é INcorreto afirmar que

A
eram transmitidos pela tradição oral e representavam o pensamento dos primeiros padres da igreja, tendo resultado no que hoje se conhece como filosofia patrística.
B
baseavam-se em personagens sobrenaturais para oferecer explicações a fenômenos naturais.
C
eram transmitidos pela tradição oral e cumpriam uma função de tranquilizar o homem frente ao desconhecido.
D
podem ser considerados como os primeiros esforços do homem ocidental para construir explicações para as coisas.
E
com a utilização da escrita para seu registro, os relatos foram submetidos, gradativamente, ao debate na Ágora, perdendo sua hegemonia explicativa.
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UNICENTRO 2018 - Filosofia - Mito e Filosofia, Filosofia e a Grécia Antiga

Podemos caracterizar a mitologia como resultante dos primeiros esforços do ser humano no Ocidente para dar explicações para as coisas e atribuir sentido à realidade. Com base nesta compreensão, é correto afirmar:

A
Os mitos foram as primeiras formas de manifestação escrita do homem no Ocidente e, nesse sentido, podem ser considerados registros fiéis da realidade no período pré-clássico.
B
O período mitológico teve pouca relevância para a história da humanidade, na medida em que se baseava sempre na religião predominante e, como tal, cumpriu um papel de dominação do homem.
C
Os mitos cumprem um papel importante na história do pensamento ocidental, dada, entre outras coisas, sua importância para o nascimento da filosofia.
D
A filosofia dos filósofos pré-socráticos construiu-se como uma radical oposição aos relatos mitológicos, rebatendo as ilusões epistemológicas e respondendo aos anseios de cientificidade da época.
E
Mito e filosofia pré-socrática se confundem. O que os diferencia é o rigor metodológico dos primeiros filósofos.
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UNICENTRO 2010 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

“Difícil caracterizar o estilo de Sócrates. Os próprios antigos lhe forjaram uma palavra sob medida, eirôn (de onde vem a palavra ironia), que deixa o tradutor moderno tão perplexo quanto o etimologista antigo. Traduzamos, para simplificar, por ‘aquele que se pretende ignorante’, que ‘diz menos do que parece pensar’; portanto, ‘finório’, se tomarmos pelo lado pior, como Aristófanes, ou ‘reservado’, se seguirmos Platão e Aristóteles. Mas também ‘ingênuo’, se admitirmos sem discussão o que ele diz de si mesmo, ou ‘dissimulado’, se não acreditarmos nisso” (WOLF, F. SócratesO sorriso da razão. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987).


Analise as alternativas e assinale a INCORRETA.

A
A ironia é escárnio e sarcasmo. Marcas de um método destrutivo, a ironia socrática é conhecida pelo nome de maiêutica: “dar à luz” novas ideias. Verdadeiramente vaidosa, essa atitude filosófica em Sócrates não pode ser separada da franca hipocrisia, como atesta, seu emblemático “só sei que nada sei”.
B
A ironia é distanciamento. Para poder filosofar, para colocar entre si e o mundo a barreira profilática do questionamento e da reflexão, é preciso reconhecer que a cada conhecimento obtido, uma nova ignorância se abre diante de nós. O conhecimento não é um estado, mas um processo, uma busca, uma procura pela verdade.
C
Ironia: verdade e fingimento, ao mesmo tempo. Nem hipócrita, nem verdadeiramente franca, diz a verdade parecendo dizer o seu contrário. Realmente Sócrates diz a verdade: ele nada sabe, pois só ele sabe que, às questões que ele põe, não há nenhum saber constituído que possa responder. A ironia é refutação, com a finalidade de romper a solidez aparente dos preconceitos.
D
Ironia é zombaria: o diálogo socrático vai justamente dissolver o saber irrefletido de seu interlocutor e reduzir a nada suas pretensões normativas. Curiosa inversão irônica: o “eu nada sei” (daquilo que acreditas que sei), mas tu sabes (o que tu não pensas que sabes)” se duplica num “tu nada sabes” (daquilo que acreditas saber).
E
Ironia é espantar-se com o que já não espanta. Os momentos fugidios, roubados pela ironia à seriedade das coisas e à aderência da existência, são momentos preciosos: são momentos de consciência.
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UNICENTRO 2010 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

De acordo com muitos interpretes, Sócrates (470-399 a.C.) é considerado o primeiro filósofo da ética. Qual das alternativas abaixo NÃO caracteriza corretamente seu pensamento.

A
Sócrates transporta a antiga especulação racional para o terreno ateniense da moralidade, tentando superar a crise dos valores de Atenas para dar novamente à sua moral um fundamento sólido porque pessoal (não-Estatal) e racional (não-religioso).
B
De física, nossa interpretação torna-se moral, de meditação solitária, torna-se diálogo. Assim, Sócrates, filósofo urbano, vai onde estão os atenienses: nos banquetes, no ginásio, sobretudo na ágora, coração da cidade e centro de encontros.
C
Com Sócrates a moral se torna uma questão de Estado. Vivendo o apogeu da cidade de Atenas, em pleno século V a.C., Sócrates faz de Atenas a “civilização do discurso político”, lugar onde todo projeto, toda decisão importante, passa pela discussão pública em comum.
D
Para a moral grega – que era outrora uma questão de crenças, que fazia parte das coisas indiscutíveis –, Sócrates busca um fundamento mais estável do que os costumes relativos e as normas efêmeras: um fundamento racional, baseado na interrogação e discussão individual.
E
Sócrates domina a arte sutil do diálogo, a dialética, jogo de espírito e de finura, feito de fintas e de esquivas, torneio de argumentadores pleno de subentendidos e de alusões. Nesse terreno, o da interrogação moral, interessa a Sócrates apenas isto: o que os homens dizem acerca do que fazem e como justificam o que querem.
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UNICENTRO 2010 - Filosofia - A Origem da Filosofia, O que é a Filosofia, Filosofia e a Grécia Antiga

“A filosofia vai surgir ligada a esses dois tipos de palavras, isto é, à alétheia e à dóxa. Essa ligação é diferenciada, ou seja, não será sempre a mesma nos diferentes períodos da filosofia grega. Assim, na fase inicial, os filósofos procuravam falar nos dois campos: falam como poetas e adivinhos, isto é, no campo da palavra-verdade, e falam como chefes políticos, isto é, no campo da palavra persuasão. A seguir, com os filósofos Pitágoras de Samos e Parmênides de Eléia, afastam a dóxa e fortalecem apenas a alétheia. No entanto, a partir do desenvolvimento da democracia, sobretudo em Atenas, um grupo de filósofos novos, os sofistas, afastam a alétheia e fortalecem exclusivamente a dóxa. Finalmente, com Sócrates e Platão, será feito um esforço gigantesco (decisivo para todo pensamento ocidental) para colocar a alétheia no lugar da dóxa. Será o momento em que a filosofia, em vez de ocupar-se com a origem do mundo e as causas de suas transformações, se interessará exclusivamente pelos homens, pela vida social e política” (CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia – Dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume I. 1ª ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994).


Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre o tema, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) e, em seguida, assinale a alternativa correta.

( ) Essas observações sobre a alétheia e a dóxa nos ajudam a compreender por que a filosofia nascente, embora sendo uma cosmologia (isto é, uma explicação racional sobre a origem do mundo e as causas de suas transformações), emprega um vocabulário político e humano para referir-se o cosmos. É que a linguagem disponível para a filosofia é a linguagem da pólis e esta é projetada na explicação da natureza ou do universo.

( ) A palavra dóxa deriva do verbo dokéo, que significa: 1) tomar o partido que se julga o mais adaptado a uma situação; 2) conformar-se a uma norma; 3) escolher e decidir. A dóxa pertence ao vocabulário político da decisão, deliberação e opinião.

( ) Exercício do pensamento e da linguagem, a filosofia nascente não irá diferenciar-se da palavra dos guerreiros e dos políticos, pois não possui uma pretensão específica, deseja apenas argumentar e persuadir.

( ) No pensamento mítico e na organização sócio-política que antecede o surgimento da pólis, a alétheia possui uma relação intrínseca com os procedimentos oraculares e divinatótios: é a lembrança do que foi contemplado no oráculo e ouvido, ali, dos deuses, que é a verdade, alétheia.

A
F – V – F – V.
B
V – F – V – F.
C
V – V – F – V.
D
V – V – F – F.
E
V – F – F – V.