Questõesde FAMEMA 2016

1
1
Foram encontradas 38 questões
53773cec-dc
FAMEMA 2016 - Geografia - Geografia Econômica

    O diagnóstico é do economista Víctor Álvarez, ex-ministro de Indústrias Básicas do governo Hugo Chávez: “A crise econômica, social e política que está sofrendo o país neste momento é uma nova expressão de esgotamento de um modelo que se impôs na Venezuela há mais de um século”.

                                                                                   (www.cartacapital.com.br. Adaptado.)



Considerando o cenário econômico e geopolítico da Venezuela, é correto afirmar que o modelo citado no excerto se baseia                                          

A
no extrativismo mineral, com a intensa exploração de petróleo.
B
na industrialização nacional, com a total substituição das importações.
C
no extrativismo vegetal, com a valorização das especificidades genéticas da região.
D
na inovação industrial, com o financiamento de polos de pesquisa avançada.
E
na agricultura de exportação, com o compromisso de abastecer os países latinos.
534ce074-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Áreas e Perímetros, Geometria Plana

Na figura, ABCD é um quadrado de lado 6 cm e AFE é um triângulo retângulo de hipotenusa . Considere que  e DE = 4 cm.


Sabendo que os pontos A, D e E estão alinhados, o valor da área destacada, em cm2 , é


A
24.
B
18.
C
22.
D
20.
E
16.
53656ff2-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Pontos e Retas, Geometria Analítica, Funções, Função de 2º Grau

Em um plano cartesiano, o ponto P(a, b), com a e b números reais, é o ponto de máximo da função f(x) = –x2 + 2x + 8. Se a função g(x) = 3–2x + k, com k um número real, é tal que g(a) = b, o valor de k é

A
2.
B
3.
C
4.
D
1.
E
0.
5361dabf-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Progressão Aritmética - PA, Progressões

Considere a progressão aritmética (a1 , 4, a3 , a4 , a5 , 16, ...) de razão r e a progressão geométrica (b1 , b2 , b3 , b4 , 4, ...) de razão q.

Sabendo que r/q = 6, o valor de a9 – b3 é

A
12.
B
6.
C
3.
D
15.
E
9.
535cc236-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Análise Combinatória em Matemática

Uma pessoa dispõe de 5 blocos de papel colorido nas cores azul, amarelo, verde, branco e rosa, sendo cada um deles de uma única cor, e irá utilizar 3 folhas para anotações. O número total de maneiras possíveis de essa pessoa escolher essas 3 folhas, sendo pelo menos 2 delas de uma mesma cor, é

A
22.
B
12.
C
15.
D
18.
E
25.
53583417-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Probabilidade

Um professor colocou em uma pasta 36 trabalhos de alunos, sendo 21 deles de alunos do 1o ano e os demais de alunos do 2o ano. Retirando-se aleatoriamente 2 trabalhos dessa pasta, um após o outro, a probabilidade de os dois serem de alunos de um mesmo ano é

A
1/2
B
1/3
C
1/4
D
1/5
E
1/6
535285a2-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Funções, Função de 2º Grau

Em um plano cartesiano, a parábola y = –x2 + 4x + 5 e a reta y = x + 5 se intersectam nos pontos P e Q. A distância entre esses dois pontos é

A
2√3
B
√2
C
3
D
3√2
E
4
533905e9-dc
FAMEMA 2016 - Português - Morfologia - Verbos, Flexão de voz (ativa, passiva, reflexiva)

“Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei”.


Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o conteúdo dessa oração.

Leia o texto de Claudia Wallin para responder à questão.


    Vossas excelências, ilustríssimos senhores e senhoras, trago notícias urgentes de um reino distante. É mister vos alertar, Vossas Excelências, que nesta estranha terra os habitantes criaram um país onde os mui digníssimos e respeitáveis representantes do povo são tratados, imaginem Vossas Senhorias, como o próprio povo. Insânia! Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de contos de fada, pois há neste rico reino, que chamam de Suécia, rei, rainha e princesas. Mas não se iludam! Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei, em nome de uma democracia que proclama uma tal igualdade entre todos, e o que digo são coisas que tenho visto com os olhos que esta mesma terra um dia há de comer.

    Nestas longínquas comarcas, os mui distintos parlamentares, ministros e prefeitos viajam de trem ou de ônibus para o trabalho, em sua labuta para adoçar as mazelas do povo. De ônibus, Eminências! E muitos castelos há pelos quatro cantos deste próspero reino, mas aos egrégios representantes do povo é oferecido abrigo apenas em pífias habitações de um cômodo, indignas dos ilustríssimos defensores dos direitos dos cidadãos e da democracia.

    Este reino está cercado por outros ricos reinos, numa península chamada Escandinávia, onde também há príncipes e reis, e onde os representantes do povo vivem como sobrevive um súdito qualquer. E isto eu também vi, com os olhos que esta terra há de comer: em um dos povos vizinhos, conhecido como o reino dos noruegueses, os nobres representantes do povo chegam a almoçar sanduíches que trazem de casa, e que tiram dos bolsos dos paletós quando a fome aperta.

    É preciso cautela, Vossas Excelências. Deste reino, que chamam de Suécia ainda pouco se ouve falar. Mas as notícias sobre o igualitário reino dos suecos se espalham.

Estocolmo, 6 de janeiro de 2013.

(Um país sem excelências e mordomias, 2014. Adaptado.)

A
Todos os poderes do rei já tiraram os habitantes desta terra.
B
Os habitantes desta terra já tiram todos os poderes do rei.
C
Os habitantes desta terra já foram tirados por todos os poderes do rei.
D
Todos os poderes do rei já foram tirados pelos habitantes desta terra.
E
Todos os poderes do rei já são tirados pelos habitantes desta terra.
53464543-dc
FAMEMA 2016 - Matemática - Aritmética e Problemas, Porcentagem

Um laboratório comprou uma caixa de tubos de ensaio e, ao abri-la, constatou que 5% deles apresentavam defeitos e não poderiam ser utilizados. Dos tubos sem defeitos, 36 foram utilizados imediatamente, 60% dos demais foram guardados no estoque e os 92 tubos restantes foram colocados nos armários do laboratório. O número total de tubos de ensaio da caixa era

A
240.
B
300.
C
320.
D
260.
E
280.
53420aa4-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“As pessoas enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos mais altos marcariam as sepulturas mais ricas” (2o parágrafo).


As palavras em destaque indicam que o texto trata, nessa passagem, de

Leia o texto de Richard Conniff para responder à questão.


    Consideremos, por exemplo, a questão da morte, que, pelo menos à primeira vista, parece ser um indicador fidedigno de que se perdeu a luta darwiniana. Os ricos também morrem, é claro – só que não tão cedo. Levam uma vida mais longa e mais sadia do que o resto de nós. Diz o velho clichê que todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde, mas as pessoas endinheiradas geralmente a têm. E, em média, quanto mais dinheiro têm, melhor é sua saúde. O estudo Longitudinal de 1990, no Reino Unido, constatou que os donos de casa própria que têm um automóvel tendem a morrer mais moços do que os que têm dois, e assim sucessivamente, num “gradiente contínuo” de redução de mortalidade que vai das áreas mais desprivilegiadas até as mais opulentas. (O estudo considerou a posse de automóveis meramente como uma medida conveniente da riqueza; não pretendeu implicar que ter vinte carros qualificaria Elton John para a imortalidade.)

    Outras pesquisas indicaram que as pessoas abastadas tinham vida mais longa no passado. Numa das mais estranhas pesquisas demográficas de que se tem notícia, uma equipe de epidemiologistas e psicólogos vasculhou o cemitério de Glasgow, em meados dos anos 90, munidos de varas de limpar chaminés. Usaram-nas para medir a altura de mais de oitocentos obeliscos do século XIX. As pessoas enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos mais altos marcariam as sepulturas mais ricas. O estudo revelou que cada metro extra de altura do obelisco traduzia-se em quase dois anos de longevidade adicional para a pessoa sepultada sob ele.

(História natural dos ricos, 2004. Adaptado.)

A
uma conclusão indireta, deduzida a partir da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
B
uma decorrência lógica da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
C
uma hipótese em que se apoiou a pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
D
uma solução correta para uma das questões da pesquisa feita nos obeliscos do século XIX.
E
uma das motivações que levaram à pesquisa nos obeliscos do século XIX.
533db02e-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Diz o velho clichê que todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde”.


Assinale a alternativa que estabelece a correta relação entre o texto e o clichê citado.

Leia o texto de Richard Conniff para responder à questão.


    Consideremos, por exemplo, a questão da morte, que, pelo menos à primeira vista, parece ser um indicador fidedigno de que se perdeu a luta darwiniana. Os ricos também morrem, é claro – só que não tão cedo. Levam uma vida mais longa e mais sadia do que o resto de nós. Diz o velho clichê que todo dinheiro do mundo não significa nada quando não se tem saúde, mas as pessoas endinheiradas geralmente a têm. E, em média, quanto mais dinheiro têm, melhor é sua saúde. O estudo Longitudinal de 1990, no Reino Unido, constatou que os donos de casa própria que têm um automóvel tendem a morrer mais moços do que os que têm dois, e assim sucessivamente, num “gradiente contínuo” de redução de mortalidade que vai das áreas mais desprivilegiadas até as mais opulentas. (O estudo considerou a posse de automóveis meramente como uma medida conveniente da riqueza; não pretendeu implicar que ter vinte carros qualificaria Elton John para a imortalidade.)

    Outras pesquisas indicaram que as pessoas abastadas tinham vida mais longa no passado. Numa das mais estranhas pesquisas demográficas de que se tem notícia, uma equipe de epidemiologistas e psicólogos vasculhou o cemitério de Glasgow, em meados dos anos 90, munidos de varas de limpar chaminés. Usaram-nas para medir a altura de mais de oitocentos obeliscos do século XIX. As pessoas enterradas sob os obeliscos tendem a ser abastadas, e os pesquisadores presumiram que os obeliscos mais altos marcariam as sepulturas mais ricas. O estudo revelou que cada metro extra de altura do obelisco traduzia-se em quase dois anos de longevidade adicional para a pessoa sepultada sob ele.

(História natural dos ricos, 2004. Adaptado.)

A
O texto relativiza o clichê, notando que há uma correlação direta entre a saúde das pessoas e o dinheiro que elas têm.
B
O texto confirma a afirmação do clichê, trazendo dados numéricos e rigor científico ao que o clichê afirmava a partir da sabedoria popular.
C
O texto contesta o que o clichê diz, afirmando que, mesmo para pessoas com saúde debilitada, o dinheiro pode amenizar os sofrimentos durante o tempo que precede a morte.
D
O texto relativiza o clichê, questionando com dados e pesquisas científicas atualizadas os dados em que o clichê se baseia.
E
O texto contesta a validade do clichê, afirmando que pessoas mais saudáveis tendem a ganhar mais dinheiro.
5333aded-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Assinale a alternativa em que ocorre um pleonasmo.

Leia o texto de Claudia Wallin para responder à questão.


    Vossas excelências, ilustríssimos senhores e senhoras, trago notícias urgentes de um reino distante. É mister vos alertar, Vossas Excelências, que nesta estranha terra os habitantes criaram um país onde os mui digníssimos e respeitáveis representantes do povo são tratados, imaginem Vossas Senhorias, como o próprio povo. Insânia! Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de contos de fada, pois há neste rico reino, que chamam de Suécia, rei, rainha e princesas. Mas não se iludam! Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei, em nome de uma democracia que proclama uma tal igualdade entre todos, e o que digo são coisas que tenho visto com os olhos que esta mesma terra um dia há de comer.

    Nestas longínquas comarcas, os mui distintos parlamentares, ministros e prefeitos viajam de trem ou de ônibus para o trabalho, em sua labuta para adoçar as mazelas do povo. De ônibus, Eminências! E muitos castelos há pelos quatro cantos deste próspero reino, mas aos egrégios representantes do povo é oferecido abrigo apenas em pífias habitações de um cômodo, indignas dos ilustríssimos defensores dos direitos dos cidadãos e da democracia.

    Este reino está cercado por outros ricos reinos, numa península chamada Escandinávia, onde também há príncipes e reis, e onde os representantes do povo vivem como sobrevive um súdito qualquer. E isto eu também vi, com os olhos que esta terra há de comer: em um dos povos vizinhos, conhecido como o reino dos noruegueses, os nobres representantes do povo chegam a almoçar sanduíches que trazem de casa, e que tiram dos bolsos dos paletós quando a fome aperta.

    É preciso cautela, Vossas Excelências. Deste reino, que chamam de Suécia ainda pouco se ouve falar. Mas as notícias sobre o igualitário reino dos suecos se espalham.

Estocolmo, 6 de janeiro de 2013.

(Um país sem excelências e mordomias, 2014. Adaptado.)

A
“Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de contos de fada”
B
“em sua labuta para adoçar as mazelas do povo”
C
“trago notícias urgentes de um reino distante”
D
“o que digo são coisas que tenho visto com os olhos que esta mesma terra um dia há de comer”
E
“Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei”
53249845-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O romance O guarani, exemplificado pelo trecho apresentado, é expressão de uma intenção literária de José de Alencar:

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.


    A inundação crescia sempre; o leito do rio elevava-se gradualmente; as árvores pequenas desapareciam; e a folhagem dos soberbos jacarandás sobrenadava já como grandes moitas de arbustos.

    A cúpula da palmeira, em que se achavam Peri e Cecília, parecia uma ilha de verdura banhando-se nas águas da corrente; as palmas que se abriam formavam no centro um berço mimoso, onde os dois amigos, estreitando-se, pediam ao céu para ambos uma só morte, pois uma só era a sua vida.

    Cecília esperava o seu último momento com a sublime resignação evangélica, que só dá a religião do Cristo; morria feliz; Peri tinha confundido as suas almas na derradeira prece que expirara dos seus lábios.

    — Podemos morrer, meu amigo! disse ela com uma expressão sublime.

    Peri estremeceu; ainda nessa hora suprema seu espírito revoltava-se contra aquela ideia, e não podia conceber que a vida de sua senhora tivesse de perecer como a de um simples mortal.

    — Não! exclamou ele. Tu não podes morrer.

    A menina sorriu docemente.

    — Olha! disse ela com a sua voz maviosa, a água sobe, sobe...

    — Que importa! Peri vencerá a água, como venceu a todos os teus inimigos.

    — Se fosse um inimigo, tu o vencerias, Peri. Mas é Deus... É o seu poder infinito!

    — Tu não sabes? disse o índio como inspirado pelo seu amor ardente, o Senhor do céu manda às vezes àqueles a quem ama um bom pensamento.

    E o índio ergueu os olhos com uma expressão inefável de reconhecimento.

    Falou com um tom solene:

    “Foi longe, bem longe dos tempos de agora. As águas caíram, e começaram a cobrir toda a terra. Os homens subiram ao alto dos montes; um só ficou na várzea com sua esposa.

    “Era Tamandaré; forte entre os fortes; sabia mais que todos. O Senhor falava-lhe de noite; e de dia ele ensinava aos filhos da tribo o que aprendia do céu.

    [...]”

(O guarani, 1997.)

A
defender a superioridade da ingenuidade da cultura indígena sobre a malandragem e a malícia do europeu, mais especificamente o português.
B
formular um fundamento mítico para a origem mestiça do povo brasileiro a partir da união harmônica entre portugueses e índios.
C
afirmar a superioridade da cultura europeia, que deveria prevalecer sobre as demais culturas que formavam o caldeirão cultural brasileiro.
D
criticar a idealização tanto de índios como de brancos europeus, que deveria ser substituída por uma visão mais realista das diversas populações que formavam o país.
E
propor a paz entre índios e brancos europeus, feita a partir das narrativas sobre os sucessivos e desastrosos combates entre os dois grupos durante a história do país.
532dc0c0-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Quanto aos recursos formais e ao conteúdo, o texto

Leia o texto de Claudia Wallin para responder à questão.


    Vossas excelências, ilustríssimos senhores e senhoras, trago notícias urgentes de um reino distante. É mister vos alertar, Vossas Excelências, que nesta estranha terra os habitantes criaram um país onde os mui digníssimos e respeitáveis representantes do povo são tratados, imaginem Vossas Senhorias, como o próprio povo. Insânia! Dirão que as histórias que aqui relato são meras alucinações de contos de fada, pois há neste rico reino, que chamam de Suécia, rei, rainha e princesas. Mas não se iludam! Os habitantes desta terra já tiraram todos os poderes do rei, em nome de uma democracia que proclama uma tal igualdade entre todos, e o que digo são coisas que tenho visto com os olhos que esta mesma terra um dia há de comer.

    Nestas longínquas comarcas, os mui distintos parlamentares, ministros e prefeitos viajam de trem ou de ônibus para o trabalho, em sua labuta para adoçar as mazelas do povo. De ônibus, Eminências! E muitos castelos há pelos quatro cantos deste próspero reino, mas aos egrégios representantes do povo é oferecido abrigo apenas em pífias habitações de um cômodo, indignas dos ilustríssimos defensores dos direitos dos cidadãos e da democracia.

    Este reino está cercado por outros ricos reinos, numa península chamada Escandinávia, onde também há príncipes e reis, e onde os representantes do povo vivem como sobrevive um súdito qualquer. E isto eu também vi, com os olhos que esta terra há de comer: em um dos povos vizinhos, conhecido como o reino dos noruegueses, os nobres representantes do povo chegam a almoçar sanduíches que trazem de casa, e que tiram dos bolsos dos paletós quando a fome aperta.

    É preciso cautela, Vossas Excelências. Deste reino, que chamam de Suécia ainda pouco se ouve falar. Mas as notícias sobre o igualitário reino dos suecos se espalham.

Estocolmo, 6 de janeiro de 2013.

(Um país sem excelências e mordomias, 2014. Adaptado.)

A
utiliza padrões de formalidade adequados à descrição de povos desconhecidos, por reverência regimental tanto a tais povos quanto ao leitor do relato.
B
emprega linguagem simples e objetiva a fim de mimetizar o comportamento simplório dos dirigentes do povo retratado no relato.
C
critica a falta de formalidade e a pobreza linguística do povo retratado, utilizando os padrões de linguagem da norma culta.
D
elogia a rígida formalidade com que se comportam os dirigentes do povo retratado, utilizando no relato um padrão de linguagem elevado.
E
contrapõe ironicamente a simplicidade do comportamento de membros da população retratada à linguagem rebuscada e cheia de reverências utilizada no relato.
53289889-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia - Verbos, Flexão verbal de tempo (presente, pretérito, futuro), Flexão verbal de modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“A inundação crescia sempre; o leito do rio elevava-se gradualmente; as árvores pequenas desapareciam; e a folhagem dos soberbos jacarandás sobrenadava já como grandes moitas de arbustos.” 


Nesse trecho, os verbos indicam

Leia o trecho do romance O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.


    A inundação crescia sempre; o leito do rio elevava-se gradualmente; as árvores pequenas desapareciam; e a folhagem dos soberbos jacarandás sobrenadava já como grandes moitas de arbustos.

    A cúpula da palmeira, em que se achavam Peri e Cecília, parecia uma ilha de verdura banhando-se nas águas da corrente; as palmas que se abriam formavam no centro um berço mimoso, onde os dois amigos, estreitando-se, pediam ao céu para ambos uma só morte, pois uma só era a sua vida.

    Cecília esperava o seu último momento com a sublime resignação evangélica, que só dá a religião do Cristo; morria feliz; Peri tinha confundido as suas almas na derradeira prece que expirara dos seus lábios.

    — Podemos morrer, meu amigo! disse ela com uma expressão sublime.

    Peri estremeceu; ainda nessa hora suprema seu espírito revoltava-se contra aquela ideia, e não podia conceber que a vida de sua senhora tivesse de perecer como a de um simples mortal.

    — Não! exclamou ele. Tu não podes morrer.

    A menina sorriu docemente.

    — Olha! disse ela com a sua voz maviosa, a água sobe, sobe...

    — Que importa! Peri vencerá a água, como venceu a todos os teus inimigos.

    — Se fosse um inimigo, tu o vencerias, Peri. Mas é Deus... É o seu poder infinito!

    — Tu não sabes? disse o índio como inspirado pelo seu amor ardente, o Senhor do céu manda às vezes àqueles a quem ama um bom pensamento.

    E o índio ergueu os olhos com uma expressão inefável de reconhecimento.

    Falou com um tom solene:

    “Foi longe, bem longe dos tempos de agora. As águas caíram, e começaram a cobrir toda a terra. Os homens subiram ao alto dos montes; um só ficou na várzea com sua esposa.

    “Era Tamandaré; forte entre os fortes; sabia mais que todos. O Senhor falava-lhe de noite; e de dia ele ensinava aos filhos da tribo o que aprendia do céu.

    [...]”

(O guarani, 1997.)

A
fatos isolados, pontuais, inteiramente no passado.
B
fatos no passado, anteriores a outros fatos também no passado.
C
processos contínuos inteiramente no passado.
D
processos contínuos que se estendem do passado até o presente.
E
fatos que se repetem pontualmente no passado.
5320e8b2-dc
FAMEMA 2016 - Português - Análise sintática, Sintaxe

“Estes cães da roça parecem homens de negócios”.


A função sintática do termo destacado no excerto é a mesma do termo destacado em:

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.



A estrada

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,

Interessa mais que uma avenida urbana.

Nas cidades todas as pessoas se parecem.

Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.

Cada criatura é única.

Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens de negócios:

Andam sempre preocupados.

E quanta gente vem e vai!

E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!

E que a mocidade vai acabar.

(Estrela da vida inteira, 2009.)

A
“cada um traz a sua alma.”
B
“E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:”
C
“Cada criatura é única.”
D
“Nem falta o murmúrio da água,”
E
“Nas cidades todas as pessoas se parecem.”
531b38f5-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poema se desenvolve em acordo com uma característica típica da poesia de Manuel Bandeira:

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.



A estrada

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,

Interessa mais que uma avenida urbana.

Nas cidades todas as pessoas se parecem.

Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.

Cada criatura é única.

Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens de negócios:

Andam sempre preocupados.

E quanta gente vem e vai!

E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!

E que a mocidade vai acabar.

(Estrela da vida inteira, 2009.)

A
a reflexão sobre questões abrangentes, por vezes abstratas, a partir de elementos pontuais, simples e cotidianos.
B
o elogio à contenção das emoções e ao regramento, o que é adequado a uma vida disciplinada, sem lugar para ações intempestivas.
C
a defesa de uma atitude humana libertária em face das questões do mundo, o que tem paralelo na utilização de métrica variada e versos livres.
D
a visão positiva a respeito dos homens, como indivíduos, e de suas organizações sociais.
E
a crítica aos avanços da modernidade em uma visão saudosista que se consolida na recuperação dos formatos clássicos da poesia.
5315198b-dc
FAMEMA 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poema faz referência

Leia o poema de Manuel Bandeira para responder à questão.



A estrada

Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,

Interessa mais que uma avenida urbana.

Nas cidades todas as pessoas se parecem.

Todo o mundo é igual. Todo o mundo é toda a gente.

Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.

Cada criatura é única.

Até os cães.

Estes cães da roça parecem homens de negócios:

Andam sempre preocupados.

E quanta gente vem e vai!

E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:

Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso.

Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos,

Que a vida passa! que a vida passa!

E que a mocidade vai acabar.

(Estrela da vida inteira, 2009.)

A
à pobreza do campo, quando comparada à riqueza das cidades.
B
à possibilidade de as cidades se expandirem em direção ao campo.
C
à beleza que surge do crescimento e da modernização dos ambientes urbanos.
D
à importância do jovem na construção de uma sociedade melhor.
E
à desumanização dos indivíduos no processo de homogeneização das cidades.