Questõesde PUC-GO sobre Biologia

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Foram encontradas 32 questões
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PUC-GO 2015 - Biologia - Hereditariedade e diversidade da vida, Introdução à genética: 1ª e 2ª leis de Mendel

O Texto 3, “A dor do mundo" faz referência a galinhas, animal de grande importância alimentar no que diz respeito a fonte de proteínas. Nesses animais, o tipo de crista é um caso de interação gênica entre dois genes (“R" e “E") nas seguintes configurações:   

                 GENÓTIPO            FENÓTIPO

                      rrE-                       Ervilha

                      R-ee                     Rosa

                      R-E-                     Noz rree Simples

     Ao cruzar um galo de crista rosa com uma galinha de crista noz, se produz a seguinte geração: 3/8 noz, 3/8 rosa, 1/8 ervilha e 1/8 simples. Com base nessas informações, podemos afirmar que (marque a resposta correta):


TEXTO 3

                              A dor do mundo

      Eu não queria sair do meu brinquedo. Eu escrevia versos na areia na clara areia sob a paineira frondosa ou pensava mundos com a mão enquanto mexia com a terra. Eram formas de nada que acabavam compondo seres estranhos, animais de outro mundo, fantasmas, tudo o que a areia podia fornecer às minhas mãos de oito anos. Mas mãos de oito anos já suportam a alça de um balde com água, ou um feixe de gravetos para ajudar a fazer fogo no fogão a lenha. Mãos de oito anos já podem fazer coisas concretas, como tirar água da cisterna se o balde não for muito grande. Elas não servem apenas para criar mundos com terra molhada ou escrever poemas na areia seca. Não se pode dizer que é feio ser pobre, mas não há como negar que a pobreza dói. E essa dor sentida pelo adulto é intuída pela criança das mais variadas formas. Todas elas repousam na intrincada natureza do não. Era tão simples o meu modo de brincar. Do que vivenciei na infância, ficaram os mais puros fios de tristeza. As alegrias ficaram nas intenções de ser. As mais puras veias de dor. As sensações de não compreensão por estar ali, fazendo o quê? O que fazia ali, um menino com dor de ter de ficar ali, no canto do mundo, mirando e mirando as coisas em si? Todas elas ali, do mesmo jeito do monte de lenha, ou das galinhas no terreiro que aprendi desde cedo a entender sua forma enigmática de olhar o mundo. Elas olhavam ao ar como se vissem algo que pudesse anunciar um estranhamento qualquer com que se devesse ter cuidado. O universo das galinhas é uma espécie de síntese crucial da humanidade. Uma de minhas obrigações era colher os ovos nos ninhos esparramados pelo quintal. Eu gostava e não gostava de fazer esse trabalho. De procurar eu gostava. Os ninhos ficavam bem escondidos e arquitetonicamente perfeitos. Eram construídos em espaços difíceis. Ao construírem seus ninhos, as galinhas optam pelo difícil, como os bons poetas. Suas escolhas se apresentam desde a topologia do lugar onde constroem até o detalhamento, a perfeição na elaboração do ninho. Havia ninhos que ficavam suspensos em filetes secos, ramos complexos, espaços abertos. Havia ninhos que ficavam suspensos e presos por poucos ramos. Mas ficavam muito bem protegidos. Encontrá-los era uma emoção, era uma quase de felicidade. Sempre era nova a sensação. Se acontecesse da galinha estar no ninho, eu me afastava rapidamente e da maneira mais delicada possível. Ela poderia se assustar e aquele era um momento mágico. Eu só me aproximava do ninho, na ausência da galinha. Daí, ao ver aquilo, como se fosse a primeira vez que eu via um ninho e ainda mais precioso, como se fosse a primeira vez que eu visse um ninho de galinha com ovos, então eu ficava a contemplar por um tempo, sem saber o que fazer a não ser olhar pro ninho e olhar pros ovos e olhar pro ninho com ovos e ficar olhando. A forma de composição era tão perfeita e tão bonita que minhas mãos não conseguiam tocar os ovos. Era a profunda sensação do proibido que me invadia. Na verdade, era uma espécie de crime o que a gente cometia. Imaginemos como a galinha se sentia ao ver o seu belo ninho quase completamente esvaziado. Eu deixava só um, o endez, para ela não abandonar o ninho. Era bom, por outro lado, encher de ovos o cestinho de vime e ir correndo mostrar pra minha mãe o meu grande feito. Algumas vezes, e isso era raro, surgia entre os ovos, uns dois ou três azuis. Era muito bonito e a gente mostrava pra todo o mundo. Esse universo de aves e ninhos é muito rico e muito próximo do processo de composição artístico. Guimarães Rosa mostrou isso de forma maravilhosa na sua narrativa Uns inhos engenheiros, criando uma analogia entre o processo de criação do ninho do pássaro e o poema lírico. Para mim, a relação era totalmente lúdica.

                                       (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 64-65.)

A
O galo de crista rosa apresenta o genótipo RRee.
B
A galinha de crista noz só pode apresentar o genótipo RrEe.
C
A galinha de crista noz é heterozigótica para os dois genes, “R" e “E".
D
Não existe a possibilidade de o galo de crista rosa ser heterozigoto para o gene “R".
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PUC-GO 2015 - Biologia - Introdução ao Estudo dos Animais, Identidade dos seres vivos

Em um trecho do Texto 2 é citada “uma manhã de sangrenta primavera", que remete a um importante componente do sistema circulatório, o sangue. Leia atentamente os itens a seguir que tratam do sistema circulatório e depois responda.     

 I-Os protistas apresentam sistema circulatório aberto;

II-Os anelídeos possuem sistema circulatório fechado com cinco arcos (corações) que bombeiam o sangue;

III-Os artrópodes, em sua maioria, apresentam sistema circulatório fechado.

IV-O sistema circulatório dos répteis é semelhante ao dos anfíbios.

Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos:


TEXTO 2

                                                   XX

                                        Os Homens

                                         nesta manhã de sangrenta primavera

                                         parecem não mais saber

                                         o que nunca souberam,

                                         que a Vida é para sempre

                                         sã ou demente

                                          tão de repente

                                          tão de repente! 


                        (VIEIRA, Delermando.  Os tambores da tempestade. Goiânia: Poligráfica, 2010. p. 108.)

A
I e II.
B
I e IV.
C
II e III.
D
II e IV.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Introdução aos estudos das Plantas, Identidade dos seres vivos

Analise os versos extraídos do Texto 1:

“Fim de tarde, boquinha da noite

com as primeiras estrelas

e os derradeiros sinos."

Esses versos fazem referência ao começo da noite, período que influencia a atividade de vários animais e também a atividade de plantas. Nas alternativas a seguir, marque a resposta correta em relação ao nome do movimento que as folhas de algumas plantas apresentam em resposta aos ritmos diários de luz e escuro.


TEXTO 1

                                     O mundo do menino impossível

Fim de tarde, boquinha da noite

com as primeiras estrelas e os derradeiros sinos.

Entre as estrelas e lá detrás da igreja,

surge a lua cheia

para chorar com os poetas.

E vão dormir as duas coisas novas desse mundo:

o sol e os meninos.

Mas ainda vela

o menino impossível,

aí do lado,

enquanto todas as crianças mansas

dormem

           acalentadas

por Mãe-negra da Noite.

O menino impossível

que destruiu

os brinquedos perfeitos

que os vovós lhe deram:

o urso de Nurnberg,

o velho barbado jugoslavo,

as poupées de Paris aux

cheveux crêpés,

o carrinho português

feito de folha de flandres a

caixa de música checoslovaca,

o polichinelo italiano

made in England,

o trem de ferro de U. S. A.

e o macaco brasileiro

de Buenos Aires,

moviendo la cola y la cabeza.

 O menino impossível

que destruiu até

os soldados de chumbo de Moscou

e furou os olhos de um Papá Noel,

brinca com sabugos de milho,

caixas vazias,

tacos de pau,

pedrinhas brancas do rio...

“Faz de conta que os sabugos

são bois...”

“Faz de conta...”

“Faz de conta...”

[...]

O menino pousa a testa

e sonha dentro da noite quieta

da lâmpada apagada,

com o mundo maravilhoso

que ele tirou do nada...

[...] 

(LIMA, Jorge de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2006. p. 27-30. Adaptado.)

A
Nictinastismo.
B
Tigmonastismo.
C
Geotropismo.
D
Fototropismo.
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PUC-GO 2015 - Biologia - A química da vida, Moléculas, células e tecidos

O Texto 8 apresenta, repetidas vezes a expressão “Ao vencedor, as batatas!”. Ao natural, 100 gramas de batata possuem, em média, 65 calorias. Porém, quando frita, este número cresce bastante. Esse tubérculo é muito utilizado na culinária em saladas, acompanhamento de carnes (frango, peixe e boi), purês e frito. A batata possui fósforo (em boa quantidade), ferro, potássio e cálcio. A China é o maior produtor de batatas do mundo. A batata é uma fonte importante de amido. Supondo-se que a batata frita tenha o dobro de calorias que a batata ao natural, pode-se afirmar que em 80 gramas de batatas fritas há (marque a alternativa com resposta correta):

TEXTO 8

CAPÍTULO XVIII

Rubião e o cachorro, entrando em casa, sentiram, ouviram a pessoa e as vozes do finado amigo. Enquanto o cachorro farejava por toda a parte, Rubião foi sentar-se na cadeira, onde estivera quando Quincas Borba referiu a morte da avó com explicações científicas. A memória dele recompôs, ainda que de embrulho e esgarçadamente, os argumentos do filósofo. Pela primeira vez, atentou bem na alegoria das tribos famintas e compreendeu a conclusão: “Ao vencedor, as batatas!”. Ouviu distintamente a voz roufenha do finado expor a situação das tribos, a luta e a razão da luta, o extermínio de uma e a vitória da outra, e murmurou baixinho:

— Ao vencedor, as batatas! 

     Tão simples! tão claro! Olhou para as calças de brim surrado e o rodaque cerzido, e notou que até há pouco fora, por assim dizer, um exterminado, uma bolha; mas que ora não, era um vencedor. Não havia dúvida; as batatas fizeram-se para a tribo que elimina a outra a fim de transpor a montanha e ir às batatas do outro lado. Justamente o seu caso. Ia descer de Barbacena para arrancar e comer as batatas da capital. Cumpria-lhe ser duro e implacável, era poderoso e forte. E levantando-se de golpe, alvoroçado, ergueu os braços exclamando: 

— Ao vencedor, as batatas!

      Gostava da fórmula, achava-a engenhosa, compendiosa e eloquente, além de verdadeira e profunda. Ideou as batatas em suas várias formas, classificou-as pelo sabor, pelo aspecto, pelo poder nutritivo, fartou- -se antemão do banquete da vida. Era tempo de acabar com as raízes pobres e secas, que apenas enganavam o estômago, triste comida de longos anos; agora o farto, o sólido, o perpétuo, comer até morrer, e morrer em colchas de seda, que é melhor que trapos. E voltava à afirmação de ser duro e implacável, e à fórmula da alegoria. Chegou a compor de cabeça um sinete para seu uso, com este lema: AO VENCEDOR AS BATATAS. 

    Esqueceu o projeto do sinete; mas a fórmula viveu no espírito de Rubião, por alguns dias: — Ao vencedor as batatas! Não a compreenderia antes do testamento; ao contrário, vimos que a achou obscura e sem explicação. Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

(ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 38-39.)

A
134 calorias.
B
114 calorias.
C
104 calorias.
D
94 calorias.
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PUC-GO 2015 - Biologia - A química da vida, Moléculas, células e tecidos

     Analise o trecho retirado do Texto 7: “Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas".


     A carne do pescado apresenta um conteúdo de proteínas que pode variar, geralmente, entre 15 a 24%. No músculo do peixe existem proteínas, como por exemplo a actina e a miosina. Sobre as proteínas, são feitas as seguintes afirmações:


I- São biomoléculas formadas por monômeros que apresentam caráter anfótero.

II-A representação do grupo ácido ionizado nos monômeros citados no item anterior é -NH3+ .

III-Actina e miosina são proteínas responsáveis por transporte de oxigênio às células.

IV-Numa molécula de proteína, existem várias ligações peptídicas formadas a partir da reação entre grupo carboxila e grupo amino.

Assinale a única alternativa que apresenta todos os itens verdadeiros:


TEXTO 7

                                      Ao mar

    Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David... 

     O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros: Krishna, o faquir que ficou cento e dez dias comendo cascas de ovo; Mac-Dougal, o inglês que escalou o Itatiaia com uma das mãos amarradas às costas; Fred, que foi lançado num barril ao golfo do México e recolhido um ano depois na ilha da Pintada. Moma, irmão de sangue de um chefe comanche; Demócrito que dançava charleston sobre fios de alta tensão... 

    — A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu! 

     E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu? 

     Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: "Mar, animal rumorejante!" Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou. 

     À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu? 

     — Joel, vem almoçar! – gritava a mãe. Joel viajava ao largo; perto da África. 

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 105/106.)


A
Apenas I.
B
I, II, III.
C
I, IV.
D
II, IV.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Órgãos dos sentidos, Identidade dos seres vivos

     O texto de Machado de Assis (Texto 8) menciona a presença de um cachorro, considerado por muitos o melhor amigo do homem. Mamífero quadrúpede, o cão, popularmente conhecido como cachorro, apresenta características peculiares em relação aos seus sentidos, locomoção e envelhecimento.


Assinale a alternativa correta em relação a esses animais:


TEXTO 8

CAPÍTULO XVIII

Rubião e o cachorro, entrando em casa, sentiram, ouviram a pessoa e as vozes do finado amigo. Enquanto o cachorro farejava por toda a parte, Rubião foi sentar-se na cadeira, onde estivera quando Quincas Borba referiu a morte da avó com explicações científicas. A memória dele recompôs, ainda que de embrulho e esgarçadamente, os argumentos do filósofo. Pela primeira vez, atentou bem na alegoria das tribos famintas e compreendeu a conclusão: “Ao vencedor, as batatas!”. Ouviu distintamente a voz roufenha do finado expor a situação das tribos, a luta e a razão da luta, o extermínio de uma e a vitória da outra, e murmurou baixinho:

— Ao vencedor, as batatas! 

     Tão simples! tão claro! Olhou para as calças de brim surrado e o rodaque cerzido, e notou que até há pouco fora, por assim dizer, um exterminado, uma bolha; mas que ora não, era um vencedor. Não havia dúvida; as batatas fizeram-se para a tribo que elimina a outra a fim de transpor a montanha e ir às batatas do outro lado. Justamente o seu caso. Ia descer de Barbacena para arrancar e comer as batatas da capital. Cumpria-lhe ser duro e implacável, era poderoso e forte. E levantando-se de golpe, alvoroçado, ergueu os braços exclamando: 

— Ao vencedor, as batatas!

      Gostava da fórmula, achava-a engenhosa, compendiosa e eloquente, além de verdadeira e profunda. Ideou as batatas em suas várias formas, classificou-as pelo sabor, pelo aspecto, pelo poder nutritivo, fartou- -se antemão do banquete da vida. Era tempo de acabar com as raízes pobres e secas, que apenas enganavam o estômago, triste comida de longos anos; agora o farto, o sólido, o perpétuo, comer até morrer, e morrer em colchas de seda, que é melhor que trapos. E voltava à afirmação de ser duro e implacável, e à fórmula da alegoria. Chegou a compor de cabeça um sinete para seu uso, com este lema: AO VENCEDOR AS BATATAS. 

    Esqueceu o projeto do sinete; mas a fórmula viveu no espírito de Rubião, por alguns dias: — Ao vencedor as batatas! Não a compreenderia antes do testamento; ao contrário, vimos que a achou obscura e sem explicação. Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, e que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

(ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo: Ática, 2011. p. 38-39.)

A
Em relação à visão, apresentam, tal como os seres humanos, total capacidade de diferenciação das cores e maior capacidade e foco.
B
São considerados macrosmáticos por apresentarem um olfato bastante desenvolvido, o principal sentido desse animal.
C
Os cães apresentam sistema circulatório fechado e coração com três cavidades.
D
Durante toda a vida do cão, seus estágios de desenvolvimento são idênticos aos dos seres humanos, considerando-se o início da vida adulta e o envelhecimento.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

Na passagem “Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado!” é citado um dos grandes problemas urbanos da atualidade: as inundações. Dentre os itens apresentados a seguir, marque aquele que indica, corretamente, os fatores que promovem a ocorrência desse fenômeno

TEXTO 7

                                      Ao mar

    Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David... 

     O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros: Krishna, o faquir que ficou cento e dez dias comendo cascas de ovo; Mac-Dougal, o inglês que escalou o Itatiaia com uma das mãos amarradas às costas; Fred, que foi lançado num barril ao golfo do México e recolhido um ano depois na ilha da Pintada. Moma, irmão de sangue de um chefe comanche; Demócrito que dançava charleston sobre fios de alta tensão... 

    — A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu! 

     E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu? 

     Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: "Mar, animal rumorejante!" Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou. 

     À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu? 

     — Joel, vem almoçar! – gritava a mãe. Joel viajava ao largo; perto da África. 

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 105/106.)


A
Impermeabilização do solo, inversão térmica e movimentos tectônicos.
B
Disposição de lixo em locais inadequados, desmatamento e erosões glaciais.
C
Retirada de cobertura vegetal, obstrução de galerias pluviais e chuvas intensas.
D
Ocorrências de estiagens, pavimentação de quintais e lançamento de esgoto em rios.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

“— A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas."


Nesse trecho do Texto 7 é feita menção a peixes exóticos. Leia atentamente os itens a seguir e marque a única alternativa correta:

TEXTO 7

                                      Ao mar

    Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David... 

     O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros: Krishna, o faquir que ficou cento e dez dias comendo cascas de ovo; Mac-Dougal, o inglês que escalou o Itatiaia com uma das mãos amarradas às costas; Fred, que foi lançado num barril ao golfo do México e recolhido um ano depois na ilha da Pintada. Moma, irmão de sangue de um chefe comanche; Demócrito que dançava charleston sobre fios de alta tensão... 

    — A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu! 

     E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu? 

     Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: "Mar, animal rumorejante!" Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou. 

     À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu? 

     — Joel, vem almoçar! – gritava a mãe. Joel viajava ao largo; perto da África. 

(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 105/106.)


A
Um animal exótico é aquele nativo de uma região ou bioma e que somente pode ser encontrado em sua região de origem.
B
A introdução de peixes exóticos como o bagre africano, não constitui ameaça à diversidade de uma região, pois existe uma rápida adaptação dos animais nativos.
C
Os animais exóticos, quando em contato com um novo ambiente, podem alterar as relações ecológicas de uma região.
D
Quando uma espécie exótica se adapta e se reproduz em novo ambiente, sua descendência não é mais considerada exótica, mas nativa da região.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Hereditariedade e diversidade da vida

Sonhara em ter uma dúzia de filhos, mas o destino lhe dera apenas dois. Sua mulher, após o segundo parto, ficara impossibilitada de procriar.” A leitura desse fragmento do Texto 5 pode remeter-nos a reflexões sobre hereditariedade. Imagine que pais heterozigotos com olhos castanhos tenham tido um filho com olhos azuis. Nas proposições abaixo, marque a alternativa que explica esse fenômeno:

TEXTO 5

    TODO PIONEIRO É UM FORTE, pensava Bambico. Acredita nos sonhos. Se não fosse por ele, o mundo ainda estaria no tempo das cavernas... Quanto mais pensava nisso, mais se fortalecia. 

     Bambico chegara à Amazônia com as mãos vazias, vindo do Sul. Mas tinha na cabeça projetos grandiosos. Queria extrair da natureza toda a riqueza intacta, como o garimpeiro faz. Não desejava, entretanto, cavar rio e terra para achar pepitas de ouro. Não tinha vocação para tatu. Não faria como os garimpeiros: quando não havia mais nada, eles se mudavam, atrás de outros garimpos.

    — Garimpeiro vive de ilusões. Eu gosto de projetos! 

    Que projetos grandiosos eram? Cortar árvores, exportar madeiras preciosas para a casa e a mobília dos ricos. Em seguida, semear capim, povoando os campos com as boiadas de nelore brilhando de tanta saúde. A riqueza estava acima do chão. A imensidão verde desaparecia no horizonte. Só de olhar para uma árvore, sabia quantos dólares cairia em seus bolsos. Quando ouvia os roncos das motosserras, costumava dizer, orgulhoso: 

    — Eis o barulho da fortuna! 

    Montes de serragem eram avistados de longe quando o visitante chegava às pequenas comunidades. Os caminhões de toras gemiam nas estradas esburacadas. Índios e caboclos eram afugentados à bala. A floresta se transformava num pó fino, que logo apodrecia. Quando os montes de serragem não apodreciam, eram queimados, sempre apressadamente. Por dias, os canudos negros de fumaça subindo pesadamente ao céu. Havia o medo dos fiscais. Quando apareciam, quase nunca eram vistos, era conveniente que houvesse pouca serragem...

    Que história, a de Bambico! Teria muita coisa a contar para os netos que haveriam de chegar. 

    Em seu escritório, fumando um Havana, que um importador americano lhe presenteara, estufou o peito, vaidoso. 

    — Sim, muitas coisas! Quem te viu, quem te vê!

    [...]

    Sentia prazer com seus projetos grandiosos. Toda manhã se levantava para conquistar o mundo. Vereança era merreca. Não se rastejava em pequenos projetos. Muito menos desejava ser deputado... Ambicionava altos voos. Todo deputado era pau-mandado dos ricos. O Senado, sim, era o grande alvo. Lá, ele poderia afrontar esses “falsos profetas protetores da natureza". Essas ONGs de fachada... Lá, o seu cajado cairia sem dó, como um verdugo, sobre o costado dessa gente tola. Enquanto isso, ele poderia continuar seus projetos grandiosos. Cortar árvores, exportar madeiras preciosas para a casa e a mobília dos ricos, e semear capim. 

    Sonhara em ter uma dúzia de filhos, mas o destino lhe dera apenas dois. Sua mulher, após o segundo parto, ficara impossibilitada de procriar. Não queria fêmea entre os seus descendentes, mas logo no primeiro parto veio a decepção. Uma menina. Decepcionado, nada comentou com a esposa. No segundo, depois de uma gravidez tumultuada, veio o varão. Encheu-se de alegria. Com certeza, mais varões estavam para vir... [...]

                               (GONÇALVES, David. Sangue verde. São Paulo: Sucesso Pocket, 2014. p. 114-115.)


A
Variação independente.
B
Diferenciação e dominância incompleta.
C
Dominância incompleta e codominância.
D
Segregação e recombinação.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Ciclos biogeoquímicos, Ecologia e ciências ambientais

No trecho do Texto 5: “Que projetos grandiosos eram? Cortar árvores, exportar madeiras preciosas para a casa e a mobília dos ricos. Em seguida, semear capim, povoando os campos com as boiadas de nelore brilhando de tanta saúde. A riqueza estava acima do chão. A imensidão verde desaparecia no horizonte” é feita menção à destruição da natureza pela atividade humana. A destruição das florestas pode afetar o ciclo da água, promovendo alterações na quantidade de chuva sob uma região, como temos observado ultimamente. Assinale, entre as proposições a seguir, aquela que corresponde ao processo de perda de água na forma de vapor que ocorre nas folhas das plantas e contribui para o aumento da umidade atmosférica:

TEXTO 5

    TODO PIONEIRO É UM FORTE, pensava Bambico. Acredita nos sonhos. Se não fosse por ele, o mundo ainda estaria no tempo das cavernas... Quanto mais pensava nisso, mais se fortalecia. 

     Bambico chegara à Amazônia com as mãos vazias, vindo do Sul. Mas tinha na cabeça projetos grandiosos. Queria extrair da natureza toda a riqueza intacta, como o garimpeiro faz. Não desejava, entretanto, cavar rio e terra para achar pepitas de ouro. Não tinha vocação para tatu. Não faria como os garimpeiros: quando não havia mais nada, eles se mudavam, atrás de outros garimpos.

    — Garimpeiro vive de ilusões. Eu gosto de projetos! 

    Que projetos grandiosos eram? Cortar árvores, exportar madeiras preciosas para a casa e a mobília dos ricos. Em seguida, semear capim, povoando os campos com as boiadas de nelore brilhando de tanta saúde. A riqueza estava acima do chão. A imensidão verde desaparecia no horizonte. Só de olhar para uma árvore, sabia quantos dólares cairia em seus bolsos. Quando ouvia os roncos das motosserras, costumava dizer, orgulhoso: 

    — Eis o barulho da fortuna! 

    Montes de serragem eram avistados de longe quando o visitante chegava às pequenas comunidades. Os caminhões de toras gemiam nas estradas esburacadas. Índios e caboclos eram afugentados à bala. A floresta se transformava num pó fino, que logo apodrecia. Quando os montes de serragem não apodreciam, eram queimados, sempre apressadamente. Por dias, os canudos negros de fumaça subindo pesadamente ao céu. Havia o medo dos fiscais. Quando apareciam, quase nunca eram vistos, era conveniente que houvesse pouca serragem...

    Que história, a de Bambico! Teria muita coisa a contar para os netos que haveriam de chegar. 

    Em seu escritório, fumando um Havana, que um importador americano lhe presenteara, estufou o peito, vaidoso. 

    — Sim, muitas coisas! Quem te viu, quem te vê!

    [...]

    Sentia prazer com seus projetos grandiosos. Toda manhã se levantava para conquistar o mundo. Vereança era merreca. Não se rastejava em pequenos projetos. Muito menos desejava ser deputado... Ambicionava altos voos. Todo deputado era pau-mandado dos ricos. O Senado, sim, era o grande alvo. Lá, ele poderia afrontar esses “falsos profetas protetores da natureza". Essas ONGs de fachada... Lá, o seu cajado cairia sem dó, como um verdugo, sobre o costado dessa gente tola. Enquanto isso, ele poderia continuar seus projetos grandiosos. Cortar árvores, exportar madeiras preciosas para a casa e a mobília dos ricos, e semear capim. 

    Sonhara em ter uma dúzia de filhos, mas o destino lhe dera apenas dois. Sua mulher, após o segundo parto, ficara impossibilitada de procriar. Não queria fêmea entre os seus descendentes, mas logo no primeiro parto veio a decepção. Uma menina. Decepcionado, nada comentou com a esposa. No segundo, depois de uma gravidez tumultuada, veio o varão. Encheu-se de alegria. Com certeza, mais varões estavam para vir... [...]

                               (GONÇALVES, David. Sangue verde. São Paulo: Sucesso Pocket, 2014. p. 114-115.)


A
Transpiração.
B
Condensação.
C
Fotossíntese.
D
Precipitação.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Hereditariedade e diversidade da vida

     “Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos..."


    O trecho acima retirado do Texto 2, “O outro", faz referência a cabelos grisalhos. Sabe-se que a cor dos cabelos varia de acordo com os diferentes níveis do pigmento melanina. Cabelos naturais são, basicamente, castanhos, loiros, ruivos e pretos, e podem, por meios artificiais, atingir tonalidades variadas da cor natural e até mesmo mudar a sua cor original.


Marque a alternativa correta:


TEXTO 3  

                                       O outro

     Ele me olhou como se estivesse descobrindo o mundo. Me olhou e reolhou em fração de segundo. Só vi isso porque estava olhando-o na mesma sintonia. A singularização do olhar. Tentei disfarçar virando o pescoço para a direita e para a esquerda, como se estivesse fazendo um exercício, e numa dessas viradas olhei rapidamente para ele no volante. Ele me olhava e volveu rapidamente os olhos, fingindo estar tirando um cisco da camisa. Era um ser de meia idade, os cabelos com alguns fios grisalhos, postura de gente séria, camisa branca, um cidadão comum que jamais flertaria com outra pessoa no trânsito. E assim, enquanto o semáforo estava no vermelho para nós, ficou esse jogo de olhares que não queriam se fixar, mas observar o outro espécime que nada tinha de diferente e ao mesmo tempo tinha tudo de diferente. Ele era o outro e isso era tudo. É como se, na igualdade de milhares de humanos, de repente, o ser se redescobrisse num outro espécime. Quando o semáforo ficou verde, nós nos olhamos e acionamos os motores. 

                                              (GONÇALVES, Aguinaldo. Das estampas. São Paulo: Nankin, 2013. p. 130.)

A
Quando um indivíduo loiro tinge o seu cabelo na cor marrom, sua nova aparência caracteriza um novo genótipo se comparada à aparência de sua cor natural.
B
A deficiência de melanina nos cabelos ocorre apenas nos casos de envelhecimento.
C
Denominamos fenótipo a carga genética de um indivíduo para determinada característica.
D
O albinismo é uma condição genética que determina uma deficiência de melanina no organismo e, dentre outras características, a alteração de pigmento nos cabelos.
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PUC-GO 2015 - Biologia - Sistema Digestório Humano, Identidade dos seres vivos

No Texto 1, “As vozes do homem”, há uma referência a estômago. Sobre esse tema, marque a alternativa correta:

TEXTO 1

               As vozes do homem 

Naquele momento de angústia,

o homem não sabia se era o mau ou o bom ladrão.

E quando a mais amarga das estrelas o oprimia demais,

eis que a sua boca ia dizendo:

eu sou anjo.

E os pés do homem: nós somos asas.

E as mãos: nós somos asas.

E a testa do homem: eu sou a lei.

E os braços: nós somos cetros.

E o peito: eu sou o escudo.

E as pernas: nós somos as colunas.

E a palavra do homem: eu sou o Verbo.

E o espírito do homem: eu sou o Verbo.

E o cérebro: eu sou o guia.

E o estômago: eu sou o alimento.

E se repetiram depois as acusações milenárias.

E todas as alianças se desfizeram de súbito.

E todas as maldições ressoaram tremendas.

E as espadas de fogo interceptaram o caminho da

[árvore da vida.

E as mãos abarcaram o pescoço do homem:

nós te abarcaremos.



[...]

                                                           (LIMA, Jorge de. Melhores poemas. São Paulo: Global, 2006. p. 94.)

A
É um órgão do Aparelho Digestório que, nos seres humanos, promove a digestão mecânica dos alimentos, além de participar ativamente na digestão dos carboidratos.
B
A pepsina é uma enzima digestiva secretada no estômago, que atua em meio ácido, desdobrando proteínas em peptídeos.
C
No estômago, o bolo alimentar é transformado em quilo por ação de enzimas pancreáticas que, com o auxílio da bile, degrada as proteínas e os carboidratos, tornando-os aptos à absorção.
D
A colecistocinina é um hormônio hepático que atua estimulando a contração da vesícula biliar. Juntamente com a tripsina, produzida no estômago, atua na digestão química de proteínas, gorduras e carboidratos.