Conforme reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo em 22 de outubro de 2017,
os casos de injúria racial explodiram no futebol brasileiro durante o ano de 2017. Até o mês
de outubro, já haviam sido computados 41 casos nos estádios de futebol de todo o Brasil e na
internet. Isso significa um aumento de 64% em relação a 2016.
Diante desses dados, podemos afirmar que:
Gabarito comentado
Tema central: Racismo estrutural e o mito da democracia racial no Brasil.
O enunciado apresenta dados sobre o aumento dos casos de injúria racial no futebol brasileiro em 2017, trazendo como pano de fundo o debate sobre racismo e desigualdades raciais em nossa sociedade.
Conceito-chave: O mito da democracia racial sugere que não existe racismo no Brasil devido à sua história de miscigenação, ideia refutada por estudos e dados sociais. Já o racismo estrutural, conforme Silvio Almeida (em Racismo Estrutural), indica que o racismo está enraizado nas instituições e na lógica de funcionamento da sociedade, afetando oportunidades e perpetuando desigualdades.
Justificativa da alternativa correta (E): Essa alternativa reconhece que a democracia racial é um mito, explicitando que não há igualdade de condições entre brancos e negros, visto a persistência de diferenças sociais e econômicas que configuram o racismo estrutural. Essa análise está em consonância com as principais referências sociológicas e estudos sobre o tema.
Análise das alternativas incorretas:
A) Afirma que as diferenças são pequenas e restritas ao futebol, negando a existência de desigualdades reais – o que contradiz dados estatísticos e pesquisas sociais.
B) Defende que a presença social de brancos e negros seria proporcional, ignorando a sub-representação de negros em cargos e espaços privilegiados.
C) Reduz a discussão ao número de jogadores negros, desconsiderando a abrangência do racismo estrutural na sociedade, além de ser uma falsa relação de causa e efeito.
D) Limita o racismo ao futebol, negligenciando provas de racismo em outros setores da vida social brasileira, o que é empiricamente incorreto.
Estratégias de prova: Atenção para generalizações ("todos", "nenhum"), negação de dados empíricos e análise crítica de afirmações que buscam isolar problemas sociais. O examinador pode tentar minimizar ou regionalizar a presença do racismo em alternativas incorretas.
Em resumo: o correto é admitir a existência do racismo estrutural e o mito da democracia racial, como faz a alternativa E.
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