Questão fe30e68c-e7
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de A cidade e as
serras, de Eça de Queirós.
Assinale a opção que apresenta corretamente a análise crítica de A cidade e as
serras, de Eça de Queirós.
A
“A paixão da personagem dessa história, que começa sendo o conhecimento e o poder,
termina por ser a contemplação da ‘verdade’. Ou melhor, a contemplação de uma verdade,
a verdade da ‘natureza’, que permite o término da demanda de Jacinto, com a conquista
do objeto do seu desejo: o findar da inquietação que o caracterizava desde o princípio da
história narrada”. (Paulo Franchetti).
B
“Se por um lado, temos como protagonistas os herdeiros de uma aristocracia rural,
mandatária e poderosa, por outro são estes os que melhor personificam a tradição do não
trabalho e a eleição do ócio como modo de existência. Eça de Queirós dá vida a personagens
masculinos desprovidos de capacidade produtiva, incapazes de transformar a fisionomia de
um país carente de urgentes transformações”. (Monica Figueiredo).
C
“O narrador conduz o leitor aos bastidores da ficção, levantando questões de método e
escancarando os procedimentos da escrita. Ao mesmo tempo que rompe com as convenções
do ilusionismo ficcional, mostrando o que há por trás das linhas vistas, faz dessa quebra matéria para a construção de um novo tipo de pacto com nós, leitores”. (Hélio Guimarães).
D
“Um livro movido pela paixão da nomeada seria assim um livro que toma a vida como
acidente e, ao mesmo tempo, mantém com ela uma relação necessária e essencial: ao
mesmo tempo ficção e autobiografia, romance e memórias, reconfiguração da vida pelo
romanesco e mobilização do romanesco para continuação da vida depois da morte”. (Abel
Barros Baptista).
E
“As personagens do livro são, na maioria, tipos. As personagens típicas, bem como as
alegóricas, costumam ser esquemáticas, superficiais. Na medida em que se configuram como
representações de ideias ou tipos sociais, tendem a não apresentar traços profundos ou
atitudes surpreendentes. (...) Como tais, muitas dessas personagens são concebidas como
instrumentos de crítica a uma sociedade de valores superficiais”. (Marise Hansen).