Leia o texto a seguir.
O imperativo não admite hipóteses (“se... então”) nem condições que fariam valer em certas situações
e não valer em outras, mas vale incondicionalmente e sem exceções para todas as circunstâncias de
todas as ações morais. Por isso, o dever é um imperativo categórico.
(CHAUI, M. Convite à Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2000. p.346.)
Com base na leitura do texto e nos conhecimentos sobre a formulação do Imperativo Categórico na moral
kantiana, segundo seus objetivos, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) Servir de critério racional para a discriminação das máximas de ação.
( ) Orientar a ação humana de forma objetiva com a pretensão de validar universalmente sua prática.
( ) Determinar o conteúdo valorativo do ato humano a partir do lastro cultural e religioso.
( ) Conservar um princípio formal e procedimental como condição orientadora da ação humana.
( ) Adequar a vontade humana aos preceitos de fé manifestados no interior da consciência moral.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A — V, V, F, V, F
Tema central: trata-se do Imperativo Categórico de Immanuel Kant — princípio moral racional, universal e formal, que diferencia-se do imperativo hipotético e não se funda em autoridade religiosa ou costume.
Resumo teórico (essencial): o Imperativo Categórico é uma regra normativa que serve como critério racional para testar máximas: age apenas segundo a máxima que possas querer que se torne lei universal (Fundamentação da Metafísica dos Costumes). É universalizável, objetivo e formal — orienta a vontade pela razão, não por inclinações, tradições ou fé.
Justificativa das assertivas (de cima para baixo):
1) V — Correto. O IC funciona como critério racional para aceitar ou rejeitar máximas (teste de univerasalização).
2) V — Correto. Kant pretende uma moral objetiva com pretensão de validade universal, não relativa a preferências.
3) F — Errado. O valor moral não depende de lastro cultural/religioso; fundamenta‑se na razão prática e na autonomia da vontade.
4) V — Correto. O princípio é formal e procedimental: fornece um procedimento (testar máxima) para orientar a ação.
5) F — Errado. Kant não reduz a moral a preceitos de fé; a obrigação moral decorre da razão e não da revelação interior.
Fontes recomendadas: Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes; Marilena Chaui, Convite à Filosofia (trecho citado no enunciado).
Dicas de prova: ao lidar com Kant, procure palavras‑chave: universalizável, autonomia, formalismo, hipotético vs. categórico. Se uma alternativa liga moral a tradição/religião ou condições, provavelmente é incorreta.
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