Apaga o fogo, Mané
(Adoniran Barbosa)
Inês saiu dizendo
que ia comprar um pavio
pro lampião
Anoiteceu e ela não voltou
Fui pra rua feito louco
Pra saber o que aconteceu
Procurei na Central
Procurei no Hospital e no xadrez
Andei a cidade inteira
E não encontrei Inês
Voltei pra casa triste demais
O que Inês me fez não se faz
E no chão bem perto do fogão
encontrei um papel
escrito assim:
“Pode apagar o fogo, Mané, que eu não volto mais”.
(http://goo.gl/BYWps. Acesso: 24/12/2012. Adaptado.)
Tendo-se em vista a linguagem usada, o bilhete reproduzido no texto está inserido em
Apaga o fogo, Mané
(Adoniran Barbosa)
Inês saiu dizendo
que ia comprar um pavio
pro lampião
Anoiteceu e ela não voltou
Fui pra rua feito louco
Pra saber o que aconteceu
Procurei na Central
Procurei no Hospital e no xadrez
Andei a cidade inteira
E não encontrei Inês
Voltei pra casa triste demais
O que Inês me fez não se faz
E no chão bem perto do fogão
encontrei um papel
escrito assim:
“Pode apagar o fogo, Mané, que eu não volto mais”.
(http://goo.gl/BYWps. Acesso: 24/12/2012. Adaptado.)
Tendo-se em vista a linguagem usada, o bilhete reproduzido no texto está inserido em
Gabarito comentado
Comentário da Questão – Gabarito D
Tema central: A questão aborda o uso da linguagem informal e da variação linguística na Língua Portuguesa. Ter clareza sobre registros de linguagem (formal x informal) é fundamental para interpretar corretamente textos em provas de vestibular e concursos.
Análise da mensagem: O trecho extraído é um bilhete popular, marcado por elementos típicos da linguagem coloquial:
- Vocabulário simples e espontâneo (“apagar o fogo”, “Mané”);
- Estrutura sintática sem rigidez gramatical;
- Uso de expressão popular e subjetividade.
Pela norma-padrão, linguagem formal exige obediência às regras gramaticais, escolha vocabular técnica e impessoalidade. Já a informalidade admite desvios, afetividade, regionalismos e criatividade, como explicado em Moderna Gramática Portuguesa (Bechara) e Nova Gramática do Português Contemporâneo (Cunha & Cintra).
Por isso, a alternativa correta é: D) uma situação de uso informal e não padrão da língua portuguesa.
Análise das alternativas incorretas:
A) Contexto formal e denotativo: Incorreta, pois há claro emprego de informalidade e expressões figuradas, fugindo do sentido literal e do rigor gramatical.
B) Sem criatividade e coerência: Incorreta, já que o bilhete é coerente e criativo na forma como comunica o rompimento.
C) Impessoalidade e exatidão: Incorreta, pois há direcionamento a uma pessoa (“Mané”) e subjetividade emocional.
Estratégia para provas: Ao identificar termos afetivos, uso de gírias e construções que fogem ao padrão culto, pense imediatamente em linguagem informal! Fique atento a essas pistas para não cair em pegadinhas que misturam termos “técnicos” nas alternativas.
Se precisar, recorra à definição de variação linguística nas gramáticas recomendadas e lembre: textos reais variam conforme o contexto social e intenção do autor.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






