Como o preconceito contribui para o aumento da epidemia de aids
Apesar dos avanços da medicina, a mentalidade em relação à aids e ao HIV continua na
década de 1980.
O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2016, mostrou que os
casos de HIV entre os jovens no Brasil aumentaram consideravelmente. O problema avançou:
das 32 321 novas infecções por HIV registradas em 2015, 24,8% aconteceram com pessoas
entre 15 e 24 anos.
Muitos apontam como causa o fato de que os adolescentes não conviveram com o
auge da epidemia. Mas, para os especialistas, a questão é bem mais complexa. “Continuamos
com essa visão hipócrita de que falar sobre sexo incita os mais jovens, e não damos
ferramentas para que eles tomem decisões mais seguras em relação à sexualidade”, afirma
Georgiana Braga-Orillard, diretora do Unaids, programa conjunto da ONU sobre HIV e aids,
que tem como meta acabar com a epidemia até 2030.
A questão do preconceito não pode ser separada de uma síndrome estigmatizante como
a aids. Leis como a que garante o tratamento gratuito pelo SUS e a que penaliza atos de
discriminação ajudam, mas não são suficientes para mudar a mentalidade da sociedade, que
ainda enxerga quem vive com o vírus como um “merecedor”. Além disso, o acesso à saúde e à
orientação não é igual para todos.
Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2017 (adaptado).
Essa reportagem discute o preconceito de não se falar abertamente sobre sexo com os mais
jovens como um fator responsável pelo avanço do número de casos de aids no Brasil. A
estratégia usada pelo repórter para tentar desconstruir esse preconceito é
Como o preconceito contribui para o aumento da epidemia de aids
Apesar dos avanços da medicina, a mentalidade em relação à aids e ao HIV continua na década de 1980.
O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2016, mostrou que os casos de HIV entre os jovens no Brasil aumentaram consideravelmente. O problema avançou: das 32 321 novas infecções por HIV registradas em 2015, 24,8% aconteceram com pessoas entre 15 e 24 anos.
Muitos apontam como causa o fato de que os adolescentes não conviveram com o auge da epidemia. Mas, para os especialistas, a questão é bem mais complexa. “Continuamos com essa visão hipócrita de que falar sobre sexo incita os mais jovens, e não damos ferramentas para que eles tomem decisões mais seguras em relação à sexualidade”, afirma Georgiana Braga-Orillard, diretora do Unaids, programa conjunto da ONU sobre HIV e aids, que tem como meta acabar com a epidemia até 2030.
A questão do preconceito não pode ser separada de uma síndrome estigmatizante como a aids. Leis como a que garante o tratamento gratuito pelo SUS e a que penaliza atos de discriminação ajudam, mas não são suficientes para mudar a mentalidade da sociedade, que ainda enxerga quem vive com o vírus como um “merecedor”. Além disso, o acesso à saúde e à orientação não é igual para todos.
Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2017 (adaptado).
Essa reportagem discute o preconceito de não se falar abertamente sobre sexo com os mais
jovens como um fator responsável pelo avanço do número de casos de aids no Brasil. A
estratégia usada pelo repórter para tentar desconstruir esse preconceito é