Considere as seguintes informações:
I. A comparação entre as diferenças dos
seres humanos e dos outros animais é
possível porque há dimensões físicas da
natureza humana, comuns com o mundo
animal.
II. A argumentação do texto foi estruturada
com base em duas ideias opostas de
trabalho: o trabalho alienado e o trabalho
emancipador.
III. O texto reafirma que, na sociedade
capitalista, a alienação do trabalhador é
completa.
IV. As ideias expressas no texto reduzem a
noção de trabalho apenas à rotinização e à
produtividade como meio de subsistência.
Estão corretas:
Texto 3
Muitas coisas nos diferenciam dos outros
animais, mas nada é mais marcante do que a
nossa capacidade de trabalhar, de transformar
o mundo segundo nossa qualificação, nossa
energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a
grande maioria dos homens, o trabalho nada
mais é do que puro desgaste da vida. Na
sociedade capitalista, a produtividade do
trabalho aumentou simultaneamente a tão forte
rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há
nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos
em comum com os outros animais: comer,
dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, a potência
humana de transformação e emancipação de
todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio
de ganhar pão. Capacidade, potência, criação,
o trabalho foi transformado pelo capital no seu
contrário. Tornou-se o instrumento de alienação
no sentido clássico da palavra: o ato de
entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo
de vida.
Sader, Emir. Trabalhemos menos, trabalhemos todos.
In Correio Braziliense, 18/11/2007(adaptado).
Texto 3
Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida.
Sader, Emir. Trabalhemos menos, trabalhemos todos.
In Correio Braziliense, 18/11/2007(adaptado).