Na temática da Lógica, leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência:
A dedução e a indução são conhecidas com o nome de inferência, isto é, concluir alguma coisa
a partir de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedução, entende-se como inferências
mediatas.
(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.) Adaptado.
A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de inferência no âmbito da razão discursiva.
Sobre isso, observe a seguinte inferência:
Sócrates é homem e mortal
Platão é homem e mortal
Aristóteles é homem e mortal
Logo, todos os homens são mortais.
A inferência expressa o raciocínio
Na temática da Lógica, leia o texto a seguir sobre os tipos de inferência:
A dedução e a indução são conhecidas com o nome de inferência, isto é, concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida. Sobre a indução e a dedução, entende-se como inferências mediatas.
(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1996, p. 68.) Adaptado.
A autora acima enfatiza a singularidade dos tipos de inferência no âmbito da razão discursiva. Sobre isso, observe a seguinte inferência:
Sócrates é homem e mortal
Platão é homem e mortal
Aristóteles é homem e mortal
Logo, todos os homens são mortais.
A inferência expressa o raciocínio
dedutivo.
Gabarito comentado
Alternativa correta: D — indutivo
Tema central: tipos de inferência lógica — em especial a distinção entre indução e dedução. Essa distinção é recorrente em questões de filosofia e lógica nos concursos, porque exige reconhecer a direção do raciocínio (particular → geral ou geral → particular) e saber as consequências epistemológicas (ampliatividade vs. garantia da verdade).
Resumo teórico: Indução: inferência ampliativa que generaliza a partir de casos particulares para uma conclusão geral (ex.: observações de vários homens mortais → “todos os homens são mortais”). Não garante a verdade da conclusão; é probabilística e suscetível ao erro (generalização precipitada). Dedução: inferência não-ampliativa que parte de regras gerais para casos particulares; se válida e verdadeiras as premissas, a conclusão é garantida (ex.: “Todos os homens são mortais” + “Sócrates é homem” → “Sócrates é mortal”).
Justificativa da alternativa D: A inferência proposta parte de exemplos particulares (Sócrates, Platão, Aristóteles — cada um homem e mortal) e conclui uma afirmação universal (“todos os homens são mortais”). Esse movimento de particular para geral é característico da indução. A própria referência da questão (Chauí) trata indução e dedução como inferências mediatas com essa distinção.
Análise das alternativas incorretas:
A — Dedutivo: incorreto porque dedução vai do geral ao particular e preserva a verdade se válida — não é o caso aqui.
B — Dialético: dialética refere-se a método de argumentação, confronto de teses e contrateses (Socrático/hegeliano), não ao tipo de inferência lógico-formal indicado.
C — Disjuntivo: refere-se a operações envolvendo “ou” (disjunção) e inferências específicas (eliminação da disjunção), não ao processo de generalização mostrado.
E — Conjuntivo: “conjuntivo” só indica uso de conjunção (e/AND) para ligar premissas; não nomeia o tipo de raciocínio que generaliza de casos para uma lei geral.
Estratégia prática para provas: procure palavras que indiquem a direção do raciocínio — se a conclusão é uma generalização a partir de exemplos, trata-se de indução; se a conclusão aplica uma regra geral a um caso particular, é dedução. Cuidado com generalizações a partir de amostras pequenas (pegadinha: "hasty generalization").
Fonte recomendada: Marilena Chauí, Convite à Filosofia (uso conceitual citado no enunciado); ver também discussões clássicas sobre indução em Aristóteles (epagógica) e em epistemologia contemporânea.
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