Com base na leitura da obra As melhores
histórias de Fernando Sabino, analise as
assertivas e assinale a alternativa que
aponta as corretas.
I. Algumas tramas se passam em Nova
Iorque e há referências a espaços
artísticos, bares, restaurantes e
artistas que são famosos no contexto
estadunidense.
II. Por vezes, tem-se nas narrativas uma
perspectiva, da parte do narrador,
perpassada pelo preconceito racial.
Isso se faz notar de maneira explícita na crônica Albertine Disparue, por meio da
caracterização da personagem Albertina,
a qual é funcionária do narrador.
III. O recurso da ironia não é uma constância
na obra.
IV. Por causa da linguagem leve, divertida
e acessível presente nas crônicas, as
reflexões profundas ficam em segundo
plano. Tal característica é comum no
gênero crônica.
V. Muitas das crônicas presentes na obra
apresentam processos intertextuais, seja
por meio da evocação direta e indireta de
textos literários, seja por meio da alusão
ou citação do nome de outros autores da literatura, dentre eles Marcel Proust.
Com base na leitura da obra As melhores histórias de Fernando Sabino, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Algumas tramas se passam em Nova Iorque e há referências a espaços artísticos, bares, restaurantes e artistas que são famosos no contexto estadunidense.
II. Por vezes, tem-se nas narrativas uma perspectiva, da parte do narrador, perpassada pelo preconceito racial. Isso se faz notar de maneira explícita na crônica Albertine Disparue, por meio da caracterização da personagem Albertina, a qual é funcionária do narrador.
III. O recurso da ironia não é uma constância na obra.
IV. Por causa da linguagem leve, divertida e acessível presente nas crônicas, as reflexões profundas ficam em segundo plano. Tal característica é comum no gênero crônica.
V. Muitas das crônicas presentes na obra apresentam processos intertextuais, seja por meio da evocação direta e indireta de textos literários, seja por meio da alusão ou citação do nome de outros autores da literatura, dentre eles Marcel Proust.
A questão refere-se à obra As
melhores histórias de Fernando Sabino.
O texto a seguir é um excerto da crônica O
caso do charuto.
E o ascensorista inflexível. Que o homem
guardasse o charuto no bolso, engolisse o
charuto, fizesse o que melhor lhe parecesse.
Sem o quê, ele não subiria. Distraído pelos
próprios argumentos, o homem, em vez de se
desfazer do charuto, tirou dele uma baforada.
Foi o bastante para generalizar-se a confusão.
A senhora do Bronx resolveu intervir, alegando
raivosamente que ela não tinha nada com
aquela história e queria subir. O panamenho,
como se estivesse no mundo da lua, perguntava
em vão e em mau inglês em que andar era o
Consulado do Panamá. O gordinho gritava que
aquilo era um desaforo etc. etc. E o elevador
parado. O dono do charuto levou-o novamente
à boca, para ter as mãos livres e poder se
explicar, provocando indignação geral. Então
o gordinho, fora de si, estendeu o braço para
com uma tapa derrubar o charuto, resolvendo
assim a questão. Acontece, porém, que seu
gesto foi mal calculado e o que ele deu foi um
bofetão na cara do homem. O charuto saltou
no ar largando brasa para cima do panamenho,
que até então não entendia coisa nenhuma.
SABINO, Fernando. As melhores histórias de Fernando
Sabino. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010. p. 61.
A questão refere-se à obra As melhores histórias de Fernando Sabino.
O texto a seguir é um excerto da crônica O caso do charuto.
E o ascensorista inflexível. Que o homem guardasse o charuto no bolso, engolisse o charuto, fizesse o que melhor lhe parecesse. Sem o quê, ele não subiria. Distraído pelos próprios argumentos, o homem, em vez de se desfazer do charuto, tirou dele uma baforada. Foi o bastante para generalizar-se a confusão. A senhora do Bronx resolveu intervir, alegando raivosamente que ela não tinha nada com aquela história e queria subir. O panamenho, como se estivesse no mundo da lua, perguntava em vão e em mau inglês em que andar era o Consulado do Panamá. O gordinho gritava que aquilo era um desaforo etc. etc. E o elevador parado. O dono do charuto levou-o novamente à boca, para ter as mãos livres e poder se explicar, provocando indignação geral. Então o gordinho, fora de si, estendeu o braço para com uma tapa derrubar o charuto, resolvendo assim a questão. Acontece, porém, que seu gesto foi mal calculado e o que ele deu foi um bofetão na cara do homem. O charuto saltou no ar largando brasa para cima do panamenho, que até então não entendia coisa nenhuma.
SABINO, Fernando. As melhores histórias de Fernando Sabino. Rio de Janeiro: BestBolso, 2010. p. 61.