Questão f497dbe8-d9
Prova:
Disciplina:
Assunto:
A “diferença importante”, citada no último período do texto,
corresponde
A “diferença importante”, citada no último período do texto,
corresponde
Leia o texto de Luiz Eduardo Soares para responder à questão.
Logo depois que assumi a Secretaria Nacional de Segurança, em 2003, recebi, por vias transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha. Ele desejava deixar a vida
de traficante e viajar para longe. Tinha chegado à conclusão
de que seu caminho era a perdição: morreria cedo, de modo
cruel, em mãos inimigas. Queria começar de novo e pedia
uma chance. Tratara com respeito a comunidade, que era,
afinal de contas, sua família. A violência, ele a usara apenas
na medida necessária à proteção de seus negócios. Esse era
seu ponto de vista, sem dúvida demasiado edulcorado. Não
obstante a possível autoidealização, o fato é que explicitá-la,
naquele contexto, não deixava de ser significativo, indicando
a valorização positiva do lado certo da vida. Era um negociante clandestino, dizia, não um criminoso selvagem: alguns
traziam uísque do Paraguai; ele vendia outras drogas. Reivindicava uma diferença importante, no mundo do crime carioca.
(Cabeça de porco, 2005.)
Leia o texto de Luiz Eduardo Soares para responder à questão.
Logo depois que assumi a Secretaria Nacional de Segurança, em 2003, recebi, por vias transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha. Ele desejava deixar a vida de traficante e viajar para longe. Tinha chegado à conclusão de que seu caminho era a perdição: morreria cedo, de modo cruel, em mãos inimigas. Queria começar de novo e pedia uma chance. Tratara com respeito a comunidade, que era, afinal de contas, sua família. A violência, ele a usara apenas na medida necessária à proteção de seus negócios. Esse era seu ponto de vista, sem dúvida demasiado edulcorado. Não obstante a possível autoidealização, o fato é que explicitá-la, naquele contexto, não deixava de ser significativo, indicando a valorização positiva do lado certo da vida. Era um negociante clandestino, dizia, não um criminoso selvagem: alguns traziam uísque do Paraguai; ele vendia outras drogas. Reivindicava uma diferença importante, no mundo do crime carioca.
Logo depois que assumi a Secretaria Nacional de Segurança, em 2003, recebi, por vias transversas, uma mensagem de Luciano, da Rocinha. Ele desejava deixar a vida de traficante e viajar para longe. Tinha chegado à conclusão de que seu caminho era a perdição: morreria cedo, de modo cruel, em mãos inimigas. Queria começar de novo e pedia uma chance. Tratara com respeito a comunidade, que era, afinal de contas, sua família. A violência, ele a usara apenas na medida necessária à proteção de seus negócios. Esse era seu ponto de vista, sem dúvida demasiado edulcorado. Não obstante a possível autoidealização, o fato é que explicitá-la, naquele contexto, não deixava de ser significativo, indicando a valorização positiva do lado certo da vida. Era um negociante clandestino, dizia, não um criminoso selvagem: alguns traziam uísque do Paraguai; ele vendia outras drogas. Reivindicava uma diferença importante, no mundo do crime carioca.
(Cabeça de porco, 2005.)
A
à distância entre as posições sociais do traficante e do
Secretário de Segurança.
B
à alegação do traficante de que ele não seria um bandido, mas um comerciante.
C
ao respeito com que o traficante tratou o Secretário de
Segurança.
D
à maneira cordial como os traficantes tratam a comunidade onde vivem.
E
ao modo seguro como o traficante se dirigia ao Secretário
da Segurança.
Gabarito comentado
Thais BatistaFormada em Letras e Grego pela Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, Professora de Português em diversos cursos para concursos públicos.