O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da autonomia do artista em relação ao mercado.

Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar.

Alternativa correta: D

Tema central: trata-se do conceito de “Indústria Cultural” (Adorno & Horkheimer, 1947) — a ideia de que a produção cultural sob capitalismo transforma arte em mercadoria, padroniza conteúdos e integra a população aos mecanismos de reprodução econômica e ideológica.

Resumo teórico (claro e progressivo): segundo a Escola de Frankfurt, a cultura de massa não é expressão autônoma; ela é produzida em série, padronizada e comercializada. Termos-chave: comodificação (arte vira mercadoria), padronização (mesmas fórmulas culturais) e pseudo-individualização (sensação de escolha onde há repetição). Fonte principal: Theodor W. Adorno & Max Horkheimer, Dialectic of Enlightenment (1947), ensaio “The Culture Industry: Enlightenment as Mass Deception”.

Por que a alternativa D está correta: ela afirma que “a obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da sociedade”. Isso sintetiza o argumento adorno-horkheimiano: a obra, no contexto da indústria cultural, perde autonomia estética e passa a obedecer à lógica de mercado — reprodução em massa, lucro e manutenção da ordem social. Ou seja, arte integrada à reprodução econômica e às formas de consumo.

Análise das alternativas incorretas:

A: incorreta — contradiz a crítica central: na visão da Indústria Cultural, a arte frequentemente se confunde com mercadoria e depende de mídia e publicidade para circulação.

B: incorreta — nega a padronização. Adorno e Horkheimer enfatizam justamente a uniformização e a redução da autonomia criativa na cultura de massa.

C: incorreta — afirma independência da cultura em relação aos mecanismos materiais; o eixo da crítica é justamente o contrário: a cultura está profundamente ligada às formas de produção e reprodução materiais (economia, tecnologia, mídia).

E: incorreta — repete a mesma negação da comodificação; a teoria parte do pressuposto de que a arte pode e frequentemente se transforma em artigo de consumo.

Dica de interpretação em provas: busque palavras-chave (autonomia, mercadoria, padronização, reprodução). Questões sobre Indústria Cultural costumam cobrar a ideia de subordinação da arte ao mercado — alternativas absolutistas que neguem isso são quase sempre erradas.

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